O presidente da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, cardeal Darío Castrillón Hoyos, revelou que após o Motu Proprio de Bento XVI sobre a liturgia pré-concliar, muitos cristãos que haviam se afastado da Igreja por causa das reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II “estão retornando à plena comunhão com Roma”.
O cardeal colombiano explicou ao jornal Osservatore Romano que ao abrir a possibilidade de celebrar segundo o rito antigo, a Summorum Pontificum, levou muitos cristãos a pedirem o regresso a Roma.
Dom Castrillón Hoyos declara que após a decisão do papa, um mosteiro de clausura com 30 religiosas espanholas foi reconhecido e regularizado por sua Comissão Pontifícia, e adiantou que grupos americanos, alemães e franceses estão ‘em vias de regularização’.
O Rito de São Pio V, que a Igreja Católica adoptou até a reforma litúrgica de 1970 foi substituído pela Liturgia do "Novus Ordo" (Novo Ordinário), aprovada pela reforma litúrgica do Concílio Vaticano II.
Com o Motu Próprio de 2007, Bento XVI estendeu a toda a Igreja de rito latino a possibilidade de celebrar a missa e os Sacramentos segundo livros litúrgicos promulgados antes do Concílio.
Esta aprovação universal significa que a missa do antigo rito pode agora ser celebrada livremente em todo mundo, pelos sacerdotes que o desejarem, sem necessidade de autorização hierárquica - licença ou indulto - de um bispo.
Para o presidente da Comissão Ecclesia Dei, não é correto falar de ‘retorno ao passado’, mas sim de progresso, “porque agora temos duas riquezas, em vez de uma só”.
O cardeal Castrillón Hoyos revelou também que a Comissão Pontifícia está pensando em organizar uma forma de ajuda aos seminários, dioceses e conferências episcopais, para uma melhor aplicação da Summorum Pontificum. Também serão promovidos subsídios multimídias para o a difusão e a aprendizagem da forma extraordinária, com toda a riqueza teológica, espiritual e artística ligada à antiga liturgia, envolvendo grupos de sacerdotes que já adoptam esta forma.