sábado, 20 de setembro de 2008
A manifestação da beleza se manifesta na celebração do mistério da santa Missa. O impacto da beleza nos revela a ternura de Deus em cores, luzes e sons, a partir do que os nossos olhos contemplam na natureza .Na Eucaristia , a natureza aparece transformada, o trigo em pão, a uva em vinho, a árvore em mesa, o algodão em toalha, a cera das abelhas em vela . Não se pode apreciar devidamente a Eucaristia se a sua celebração não estiver impregnada do encanto da beleza . A alegria da beleza tem a propriedade de produzir a bondade , a função da liturgia é abrir espaço para a Beleza, para a bondade que salva . É função do rito fazer a passagem de uma situação caótica ou de dispersão para uma nova realidade que integra o que está disperso e dá significado à existência . O rito alarga a compreensão da realidade que nos envolve e nos propõe o mistério na sua totalidade. O rito, como a beleza, necessita de tempo, espaço, proximidade e atenção para transformar o que é meramente exterioridade em interioridade. E, para isso recorre à memória e à repetição de certos gestos, palavras e símbolos, actuando nas três dimensões da temporalidade: o presente, o passado e o futuro . A ritualidade litúrgica revela uma Igreja, reunida em nome do Senhor, que busca o divino, a graça, a salvação, o invisível na fragilidade do humano. Busca nas coisas que passam, as que não passam . O que nos é dado a ver, nos é dado a viver. Na liturgia, beleza e ritualidade se encontram