-A propósito da riqueza, alguns liturgistas, sublinharam o facto que o rito extraordinário não oferece a riqueza bíblica introduzida pelo novus ordo…
-Esses não leram o Motu próprio, porque o Papa afirma que as duas formas devem enriquecer-se mutuamente.É evidente que tal riqueza litúrgica não pode ser desprezada.No novus ordo , em alguns anos lê-se praticamente toda a Bíblia , e esta é uma riqueza que não se opõe, mas que vai integrada no rito extraordináro.
-Uma outra objeção é sobre o perigo que celebrações separadas e diferentes podem criar comunidades separadas…
-É uma multiplicidade que enriquece, é uma mais ampla liberdade cultural que o Papa introduz de forma audaz. De resto nas paróquias há muitas diferenças nas celebrações. E não quero falar dos abusos, porque não são os abusos a razão principal do Motu próprio.
-O seu secretário,monsenhor Perl, anunciou para breve que haverá um documento de esclarecimento sobre o Motu próprio.Quando sairá?
-Foi o cardeal Bertone a anunciá-lo, e tem o direito de o fazer.Mas eu, que sou um servidor do Papa, só o anunciarei quando o Papa o disser.A nossa Comissão referiu ao Pontífice que de todas as partes do mundo nos chegam tantas perguntas, muitíssimas justificadas, outras devidas a falta de conhecimento. O Santo Padre, e só ele, dirá se convém fazer um tal documento e quando.