-Quais são as perguntas que vos chegaram e que mereciam uma resposta?
- A primeira refere-se ao latim, porquê –dizem- celebrar numa língua que não se conhece ? Infelizmente os seminaristas , mas também alguns sacerdotes, não estudaram o latim e por isso lhes é difícil celebrar na forma extraordinária.Para fazê-lo deviam ao menos conhecer o cânone da Missa , a parte da consagração. Nós na Nossa Comissão “Ecclesia Dei” estamos preparando encontros, cursos e comunicação informática para um profundo conhecimento da liturgia anterior. Alguns cursos já estão activos na França, Alemanha, Brasil, América central e Estados Unidos.Em Toledo, na Espanha, por exemplo, estão avaliando se convém fazer um seminário extra para a preparação ao rito extraordinário ou então dar cursos especiais no seminário da diocese.
Em geral nota-se um interesse pela volta do latim no mundo académico.Foi triste nestes anos passados constatar o abandono não só da língua, mas também de certos conteúdos relacionados com a precisão semântica da língua latina.
-Outro problema é a falta de padres…
-Se numa diocese faltam padres e só três ou quatros fiéis pedem o rito extraordinário.é uma coisa de bom senso pensar que será difícil satisfazer esse pedido. Mas, dado que a intenção do Papa é conceder este tesouro para o bem da Igreja, lá onde não existem sacerdotes , a coisa melhor seria oferecer uma celebração segundo o rito extraordinário numa das Missas dominicais que se celebram na paróquia.Seria uma Missa para todos, e todos, mesmo as jovens gerações, usufruiriam da riqueza do rito extraordinário, por exemplo daqueles momentos de contemplação que no novo ordo desapareceram.