“A Idade Média, que, notadamente com São Bernardo, cantou a glória de Maria e lhe celebrou os mistérios, viu a admirável eflorescência das vossas catedrais dedicadas a Nossa Senhora: Le Puy, Reims, Amiens, Paris e tantas outras... “Essa glória da Imaculada anunciam-na elas de longe pelas suas flechas esbeltas, fazem-na resplandecer na pura luz dos seus vitrais e na harmoniosa beleza das suas estátuas; atestam elas sobretudo a fé de um povo a se alçar acima de si mesmo num surto magnífico, para erguer no céu da França a homenagem permanente da sua piedade mariana.
“Nas cidades e nos campos, no topo das colinas ou dominando o mar, os santuários consagrados a Maria humildes capelas ou esplêndidas basílicas cobriram pouco a pouco o país com a sua sombra tutelar.
“Neles, príncipes, pastores e fiéis inúmeros afluíram, ao longo dos séculos, para a Virgem santa, a quem saudaram com os títulos mais expressivos da sua confiança ou da sua gratidão.
“Admirável ladainha de invocações, cuja enumeração jamais acabada narra, de província em província, os benefícios que a Mãe de Deus tem derramado, no correr dos tempos, sobre a terra da França.”
Carta Encíclica “Le Pelèrinage de Lourdes”, 2 de julho de 1957