terça-feira, 19 de abril de 2011

Venerável Papa João Paulo II . Sabedoria do Venerável Papa João Paulo II

 

“O Papa reza por todos, porque ama a todos”

                                     Papa João Paulo II

A família
 A preparação para o sacerdócio, recebida no seminário, foi de certo modo precedida por aquela que me foi oferecida com a vida e o exemplo dos meus pais em família. O meu reconhecimento vai sobretudo para o meu pai, que enviuvara prematuramente. Ainda não tinha feito a primeira comunhão, quando perdi a minha mãe: tinha apenas nove anos. Por isso, não tenho plena consciência da contribuição, certamente grande, que ela deu para a minha educação religiosa. Depois da sua morte e, posteriormente, após o falecimento do meu irmão mais velho, fiquei só com meu Pai, homem profundamente religioso…quando ficou viúvo, …foi uma vida de constante oração. Às vezes me acontecia de acordar de noite e de encontrar meu pai de joelhos, assim com de joelhos sempre o via na igreja paroquial. Entre nós não se falava de vocação ao sacerdócio, mas o seu exemplo foi para mim, de algum modo, o primeiro seminário, uma espécie de seminário doméstico. (p.29-30)
  A vocação sacerdotal
 A história da minha vocação sacerdotal? É sobretudo Deus quem a conhece. Na sua essência mais profunda, toda vocação sacerdotal é um grande mistério, é um dom que supera infinitamente o homem…A vocação é o mistério da eleição divina: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça”. (Jo 15, 16) (p.9)
 ...O arcebispo metropolita de Cracóvia,…visitou a paróquia de Wadowice quando eu era estudante do liceu. O meu professor de religião, Padre Edward Zacher, confiou-me o encargo de lhe dar as boas-vindas. Tive então pela primeira vez a oportunidade de me encontrar diante daquele homem muito venerado por todos. Sei que, depois do meu discurso, o arcebispo perguntou ao professor de religião que faculdade eu escolheria, ao final do curso secundário. Pe. Zacher respondeu: “Irá estudar filologia polonesa”. O prelado teria respondido: “Que pena não ser a teologia”.(p.10)
 Compreendi mais tarde que os estudos de filologia polonesa preparavam em mim o terreno para outro tipo de atrativos e de estudos. Predispunham minha alma para introduzir-me na filosofia e na teologia.(p.12)
 Naquele período da minha vida, a vocação sacerdotal ainda não tinha amadurecido, apesar de não faltar, em torno de mim, quem achasse que eu deveria entrar no seminário.(p.12)
  A decisão de entrar no seminário
 No outono de 1972, tomei a decisão definitiva de entrar no seminário de Cracóvia, que funcionava clandestinamente. Recebeu-me o reitor,…O fato devia permanecer no mais estrito segredo, mesmo com as pessoas queridas…(p.21)
 Durante a ocupação o arcebispo metropolita organizou o seminário, sempre de forma clandestina, na sua residência. Isto podia provocar em qualquer momento, tanto para os superiores como para os seminaristas, severas repressões por parte das autoridades alemãs….(p.21)
 Assim se foram completando os anos de formação no seminário…Hoje, abraço, com um pensamento cheio de gratidão, a todos os meus superiores, diretores espirituais e professores, que, no período do seminário, contribuíram para a minha formação. O Senhor recompense os seus esforços e o seu sacrifício. (p.23)
Trabalho de operário
 Verdadeiramente, a minha experiência não foi a de “padre-operário”, mas de “seminarista-operário”. Trabalhando manualmente, conhecia bem o que significava o cansaço físico. Todos os dias me encontrava com pessoas que trabalhavam duramente…Pessoalmente sentia muita cordialidade da parte delas. Sabiam que eu era estudante, e que, logo que as circunstancias o permitissem, eu voltaria aos estudos…Não se importavam que eu levasse livros para o trabalho. Diziam: “Nós vigiaremos: você continua lendo”. Isto acontecia principalmente, durante os turnos da noite. Muitas vezes diziam: “Descansa, nós ficaremos de guarda”. Travei amizade com muitos operários. Por vezes, convidavam-me para ir às suas casas. Posteriormente, já como sacerdote e bispo, batizei os seus filhos e netos, abençoei os matrimônios e fiz os funerais de muitos deles. Tive ocasião também de notar quantos sentimentos religiosos neles se entranhavam, e quanta sabedoria de vida. (p.31)
 O amor ao carisma carmelita
 Durante algum tempo, cheguei à considerar também a possibilidade de entrar no Carmelo. As dúvidas foram resolvidas pelo arcebispo e cardeal Sapieha, que, com o estilho que lhe era próprio, me disse em breves palavras: “Primeiro é preciso terminar o que se começou”. E assim foi. (p.35)
 A devoção mariana
 Naturalmente, ao falar das origens da minha vocação sacerdotal, não posso esquecer a devoção mariana…veio em minha ajuda o livro de São Luís Maria Grignion de Montfort, o “Tratado da verdadeira devoção à Virgem Santa”. Nele encontrei a resposta…Sim, Maria aproxima-nos de Cristo, conduz-nos a ele..
Também de lá provêm o “Totus tuus”. A expressão deriva de São Luís Maria Grignion de Montfort. É a abreviação de uma forma mais ampla da consagração à mãe de Deus…Assim, graças a São Luís, comecei a descobrir todos os tesouros da devoção mariana, a partir de um ângulo, de certa forma, novo…(p.37-39)
Ordenação Sacerdotal
 No início do quinto ano, o arcebispo decidiu que eu deveria ir para Roma completar os estudos. Foi assim que, antecipado-me aos meus colegas, fui ordenado sacerdote no dia 1º de novembro de 1946. Naquele ano, o grupo era, naturalmente, pouco numeroso: éramos, ao todo, sete…(p.23)
 Quem está para receber a ordenação sagrada prostra-se por terra com todo o corpo e apóia a fronte no chão do templo, manifestando deste modo a sua completa disponibilidade para exercer o ministério que lhe é confiado. Aquele rito marcou profundamente a minha existência sacerdotal. (p.53)
 Apostolado dos leigos
 Na verdade, sempre tive a profunda sensação da urgente necessidade do apostolado dos leigos na Igreja. Quando o concílio Vaticano II falou da vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, não pude deixar de experimentar uma grande alegria: o que o concílio ensinava correspondia às convicções que tinham guiado a minha ação desde os primeiros anos do ministério sacerdotal. (p.80)
 Eleição para Papa
 Depois da eleição como papa, o meu primeiro impulso espiritual foi voltar-me para o Cristo redentor. Assim nasceu a encíclica Redemptor hominis. Refletindo sobre todo esse processo, vejo sempre melhor o laço estreito que existe entre a mensagem desta encíclica e tudo o que se inscreve no espírito do homem com a participação do sacerdócio de Cristo. (p.92-93)
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Ladainha de Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima
Senhor, tende piedade de nós /      Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós   /      Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós /      Senhor, tende piedade de nós
Cristo, ouvi-nos       /      Cristo, ouvi-nos
Cristo, atendei-nos  /      Cristo, atendei-nos

Deus, Pai celestial, tende piedade de nós
Deus Filho, Redentor do mundo,
Espírito Santo que sois Deus,
Santíssima Trindade que sois um só Deus,
Jesus, Sacerdote e Vítima, tende piedade de nós
Jesus, Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedec,
Jesus, Sacerdote a quem o Pai enviou a evangelizar os pobres,
Jesus, Sacerdote que na última Ceia instituístes o memorial do Vosso Sacrifício,

Jesus, Sacerdote sempre vivo para interceder por nós,
Jesus, Pontífice a quem o Pai ungiu com a força do Espírito Santo,
Jesus, Pontífice tomado de entre os homens,
Jesus, Pontífice constituído em favor dos homens,
Jesus, Pontífice do nosso testemunho,
Jesus, Pontífice de maior glória que Moisés,
Jesus, Pontífice do autêntico Templo,
Jesus, Pontífice dos bens futuros,
Jesus, Pontífice inocente, imaculado e santo,
Jesus, Pontífice misericordioso e fiel,
Jesus, Pontífice consumido pelo zelo do Pai e das almas,
Jesus, Pontífice perfeito para sempre,
Jesus, Pontífice que entrastes nos céus derramando o Vosso próprio sangue,
Jesus, Pontífice que iniciaste um novo caminho em nosso favor,
Jesus, Pontífice que nos amastes e nos purificastes do pecado pelo Vosso sangue,
Jesus, Pontífice que Vos entregastes a Deus como oblação e vítima,
Jesus, Vítima dos Homens,
Jesus, Vítima santa e imaculada,
Jesus, Vítima indulgente,
Jesus, Vítima pacífica,
Jesus, Vítima de propiciação e digna de louvor,
Jesus, Vitima da reconciliação e da paz,
Jesus, Vítima na qual temos a fé e o acesso para Deus,
Jesus, Vítima que vive pelos séculos dos séculos,
Sede-nos propício, atendei-nos, Senhor
Sede-nos propício, livrai-nos, Senhor
Da busca temerária do ministério, livrai-nos, Senhor
Do pecado do sacrilégio,
Do espírito de incontinência,
De desejos desonestos,
De toda ignominiosa simonia,
Do abuso dos bens da Igreja,
Do amor do mundo e das suas vaidades,
Da indigna celebração dos Vossos Mistérios,
Pelo Vosso sacerdócio eterno,
Pela Vossa santa unção, pela qual o Pai Vos constituiu como Sumo Sacerdote,
Pelo Vosso espírito sacerdotal,
Por aquele ministério pelo qual glorificastes na terra a Deus Pai,
Pela cruenta imolação do Vosso corpo na cruz, realizada de uma vez para
sempre,
Por aquele mesmo Sacrifício que se renova cada dia no altar,
Por aquele poder divino, que exerceis de maneira invisível por meio dos
sacerdotes,
Para que Vos digneis conservar na santidade toda a Ordem Sacerdotal, Nós Vos rogamos, Senhor, ouvi-nos
Para que concedas ao teu povo pastores segundo o Vosso coração,
Para que os enchas de espírito sacerdotal,
Para que os lábios dos sacerdotes guardem a Vossa sabedoria,
Para que envieis operários para a Vossa messe,
Para que aumenteis o número de fiéis dispensadores dos Vossos mistérios,
Para que lhes façais perseverantes no ministério que lhes haveis confiado,
Para que lhes concedeis paciência no ministério, eficácia na ação e
perseverança na oração,
Para que, por seu intermédio, se promova em toda a parte o culto do
Santíssimo Sacramento,
Para que recebais no gozo eterno os que desempenharam o ministério,
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor.
Cristo, Sacerdote eterno, ouvi-nos.
Cristo, Sumo e eterno Sacerdote, atendei-nos.
 Oremos:
Ó Deus, Vós que cuidais e santificais a Vossa Igreja, por meio do Vosso Espírito, suscitai nela dispensadores fiéis e idôneos para os Santos Mistérios, para que por seu ministério e exemplo, o povo cristão, protegido por Vós, progrida no caminho da Salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 Ó Deus, que ordenastes aos Vossos discípulos, enquanto celebravam o culto e depois de terem jejuado, de separar Saulo e Barnabé para a obra a que os tinha destinado, assisti a vossa Igreja em oração, Vós que conheceis os nossos corações, e mostrai-nos aqueles que escolhestes para o ministério. Por Cristo Nosso Senhor,
R/. Amém
 Fonte:João Paulo II. Dom e Mistério. Por ocasião do 50º aniversário da minha ordenação sacerdotal. Ed. Paulinas.2.ed.1996.

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Sabedoria do Papa João Paulo II

Coração acolhedor
 Sei que muitos entre vós vieram de longe e com certo sacrifício eu venho de Roma…mas na Igreja de Deus não há distancias e aqui estarmos reunidos, em nome do Senhor. (p.11)
 Por mim, teria prazer em cumprimentá-los de um a um…fiquem sabendo ao menos, como se eu dissesse a cada um em particular, que o Papa tem muita consideração por vocês, sabe e precisa o que vocês fazem, ama-os como verdadeiros filhos e está feliz com este encontro. (p.198)
 Coração agradecido
 E quero agradecer com uma das primeiras expressões que aprendi no meu recentíssimo estudo da língua portuguesa e que tem para mim uma significação particular: muito obrigado! (p.21)
 Muito obrigado pela generosa disponibilidade afirmada e demonstrada…Muito obrigado pela amável presença…(p.21)
 Aprendi, por exemplo, que “quem parte leva saudades”. Devo confessar que já estou sentindo o que significa este ditado. Mas, com a saudade do Brasil, levo também no coração uma imensa alegria e a mais grata satisfação, por tudo aquilo que me foi dado ver, comungar e viver convosco, nestes dias da minha permanência entre vós. (p.274)
 Coração amoroso
 NÃO ao desamor, à violência, ao mal; SIM ao amor, porque só o amor salva e constrói! (p.30)
 Coração cheio de ternura
 Agradeço a palavra de saudação do senhor Arcebispo de Belo Horizonte…
 Agradeço a todos os que aqui estão e que encontrei ao vir aqui…Pode-se olhar as montanhas, atrás, e se deve dizer: belo horizonte! Pode-se olhar a cidade, e se deve dizer: belo horizonte! Mas, sobretudo, pode-se olhar a vocês e se deve dizer: que belo horizonte! (p.31)
 Coração que busca a unidade
 Rezo ainda para que num mundo frequentemente dominado pelas contendas..o Brasil possa dar…a espontaneidade e a naturalidade que caracterizam a sua gente, uma lição essencial, a da verdadeira integração: de como as pessoas podem viver como uma só família, dentro de um país-continente, pessoas vindas dos mais diversos recantos do mundo….E rezo, enfim, pelos membros desta “grande família,…e cujo sacrifício é um permanente apelo à união entre os povos. (p.39)
  Coração que valoriza o testemunho de vida
 O testemunho é fundamental. A palavra de Deus é eficaz em si mesma, mas adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa que anuncia. (p.148)
 Coração zeloso com a liturgia da Igreja Católica
 Neste sentido, a experiência mostra, de modo convincente, que é possível salvaguardar religiosamente aquelas verdades e expressões culturais que a legítima autoridade eclesiástica propõe como de instituição divina. E outro assim respeitar com amorosa e atenta fidelidade os textos e ritos que a mesma legítima autoridade deliberadamente exclui da criatividade dos comentadores, animadores litúrgicos, presidentes de Assembléias Eucarísticas…(p.195)
 …As manifestações religiosas populares, purificadas dos seus desvalores, de toda superstição e magia, são sem dúvida um meio providencial para a perseverança das massas em sua adesão à fé dos seus antepassados e à Igreja de Cristo. (p.196)
Coração que ama as bem-aventuranças
 Os pobres de espírito são aqueles que são mais abertos a Deus e às “maravilhas de Deus”(At 2, 11)…Pobres em espírito – aqueles que vivem na consciência de ter recebido tudo das mãos de Deus como um dom gratuito e que dão valor a cada bem recebido. Constantemente agradecidos, repetem sem cessar: “Tudo é graça”!(p.51)
 …De fato, os pobres em espírito são mais misericordiosos. Os corações abertos para Deus são, por isso mesmo, mais abertos para os homens. Estão prontos para ajudar prestativamente, prontos a partilhar o que tem…(p.51)
 …Importa, no entanto, que a pobreza seja genuinamente evangélica para se reconhecer Cristo nos “mais pequeninos”; importa saber identificar-se com o irmão necessitado, sendo “pobre em espírito” (cf. Mt 5,3); ora, isto exige simplicidade e humildade, amor à paz..e forte certezas da fé. (p.96)
 …Felizes os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática;(Lc 11, 28) por em prática a palavra de Deus é sinônimo de viver o mandamento do amor…(p.223)
 …Felizes “os mansos e humildes de coração” que em si cultivam “os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus”…Sim, é preciso vencer o mal com o bem, pôr os dons recebidos ao serviço uns dos outros e revestir-se continuamente de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência “mas acima de tudo, de caridade, que é o vinculo da perfeição”. (Col 3, 15). (p.223)
 …, “Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas” (Cf. Rom 10, 15), em particular, a boa nova por excelência, o amor de Deus revelado em Jesus Cristo: a alegria de termos um Salvador e de sermos, por Ele, chamados a ser filhos de Deus e irmãos uns dos outros…sede arautos desta boa notícia a todos. (p.223)
 Coração humilde que ama todos os povos
 Não foi sem grande e profunda emoção que beijei há pouco o bom e generoso solo brasileiro. Este gesto repetido 13 vezes já – tantos são os países que tive a alegria de visitar como Papa…(p.7)
 Coração que sonha ardentemente em amar e ir ao encontro das pessoas
 Esta visita ao Brasil que agora começa a realizar-se foi um sonho longamente acalentado. Eu desejava, por muitos diferentes motivos, conhecer esta terra. (p.8)
 Coração que ama e vê as qualidades dos povos
 Sois os pastores de um povo bondoso e simples que revela uma grande fome de Deus. (p.12)
 Minha alegria cresce no contato com vosso entusiasmo contagiante, próprio de uma nação de jovens, e coerente com as características do otimismo brasileiro, vivo e generoso. (p.94)
 Muito obrigado pelo entusiasmo e cordialidade com que me destes as boas-vindas e que me sensibilizam. É mais uma manifestação da tradicional hospitalidade brasileira que tenho experimentado ao longo destes dias. (p.151)
 Há uma arte na acolhida. Há um jeito de receber,…Haverá países em que a assimilação e integração do imigrado se faça com igual naturalidade? Com maior naturalidade do que aqui, é impossível…(p.169)
 Este encontro com vocês, me traz grande alegria; o calor da sua acolhida me impressiona e me comove…(p.188)
 Coração amigo
 A visita que vos faço, embora breve, significa muito para mim…É a visita de um amigo. (p.29)
 Coração sábio
 Aprendi que um jovem cristão deixa de ser jovem…quando se deixa seduzir por doutrinas ou ideologias que pregam o ódio e a violência. (p.34)
 Coração verdadeiro
 Nesta perspectiva é necessário situar o diálogo ecumênico…O diálogo entre irmãos de diferentes confissões não anula nossa própria identidade…Sei bem que vos empenhais para criar um clima de maior aproximação e respeito, dificultado por alguns métodos proselitistas não sempre corretos. (p.63)
 Coração grande
 Com esta breve visita, o Papa, com Cristo, gostaria de confortar, infundir esperança e animar a todos, sem esquecer ninguém: crianças, jovens, pais e mães de família, anciãos, doentes, detentos, desalentados e angustiados. Para todos desejaria ser portador de confiança, de amor e de paz. (p.75)
 Coração missionário
 Esta tem sido sempre a única motivação das viagens que me conduziram aos vários Continentes: são viagens apostólicas daquele que, por ser o Servo de Cristo, quer confirmar os irmãos na fé. É este o motivo, também hoje, porque me encontro no meio de vós…(p.87)
 Coração puro
 Queridos meninos e meninas: o papa está muito contente por estar aqui no meio de vocês, porque gosta muito das crianças….Eu quero dizer para vocês que Deus vos ama, está com todos e todos são importantes para Ele. Por isso, Ele pensa sempre em cada um de vocês. (p.93)
 Coração que ama a oração
 Por isso, a vossa vida contemplativa é absolutamente vital para a Igreja e para a humanidade, não obstante a incompreensão ou mesmo a oposição..na opinião pública…Que os vossos mosteiros permaneçam lugares de paz e de interioridade, sem deixardes que pressões do exterior venham demolir as vossas sadias tradições e anular os vossos meios de cultivar e promover o recolhimento. E orai, orai muito pelos que não sabem rezar e pelos que não querem rezar. (p.100)
 Sim, o Papa reza por todos, porque ama a todos: veio aqui precisamente pra vos conhecer e poder amar-vos ainda mais. (p.223)
 Coração firme na fé
 Não é irreal nem remota em religiosos e religiosas a tentação de abandonar os traços característicos da própria família religiosa para se confundir com os outros e de deixar as obras que realizavam para dar-se ao que se convencionou chamar a “pastoral direta”. (p.116-117)
  Coração consagrado à Maria
 Senhora Aparecida, um filho vosso que vos pertence sem reserva – Totus Tuus – chamado por misterioso desígnio da providencia a ser vigário de vosso Filho na terra, quer dirigir-se a vós, neste momento….Mãe de Deus e nossa, protegei a Igreja,o papa, os bispos, os sacerdotes e todo o povo fiel; acolhei sob o vosso manto protetor os religiosos, religiosas, as famílias, as crianças, os jovens e seus educadores. (p.128)
 Coração Eucarístico
 O amor e a adoração a Jesus Sacramentado, sejam, pois, o sinal mais luminoso de vossa fé, da fé do povo brasileiro. (p.235)
 Fonte: Pronunciamentos do papa no Brasil. Texto integral segundo a CNBB 6.ed. edições Loyola,1980.
 O amor aos estudos
 Os compromissos que pesam nas costas de um bispo são muitos. Senti isso ma pele e me dei conta de como o tempo pode verdadeiramente faltar. Essa mesma experiência, no entanto, também me ensinou o quanto sejam necessários ao bispo o recolhimento e o estudo. (p.99)
 Os santos geram e formam outros santos
 Em 18 de maio de 2003 canonizei a irmã Urszula Ledóchowska, grande educadora. Nasceu na Áustria, mas em fins do século XIX toda a família se transferiu para Lipnica Murowana…Sua irmã, Maria Teresa, chamada “Mãe da África”, foi beatificada; seu irmão Wlodzimierz foi prepósito-geral dos jesuítas. O exemplo desses irmãos mostra como o desejo de santidade se desenvolve com força particular quando encontra à sua volta o clima favorável de uma boa família. Como é importante o ambiente familiar! Os santos geraram e formaram santos. (p.106)
 Reservava tempo para evangelizar as crianças
 Durante as visitas pastorais, mesmo as que realizo em Roma,sempre procurei e procuro a todo momento, encontrar tempo para um encontro com as crianças, e nunca parei de animar os sacerdotes a dedicar-lhes, com sua generosidade, um certo tempo no confessionário. É muito importante formar bem a consciência das crianças e dos jovens. (p.106)
 Estive sempre convencido de que, sem a oração, não conseguiremos educar bem as crianças. (p.107)
 Às vezes o bispo atinge mais facilmente os adultos abençoando-lhes os filhos e dedicando-lhes um pouco de tempo. (p.111)
 Viver no amor
 Precisamos de pessoas que amem…
…porque a criatividade vive de amor… (p.111)
 A paternidade de São José
 A vida com Jesus foi para São José uma contínua descoberta da própria vocação de ser pai. Tornara-se pai de uma maneira extraordinária, sem dar seu corpo ao Filho. Não será essa, porventura, a realização da paternidade que nos é proposta, sacerdotes e bispos, como modelo? (p.141)
 O amor de Deus
 O amor de Deus não nos põe aos ombros pesos que não possamos carregar, nem nos faz exigências que não seja possível enfrentar. Ao mesmo tempo que pede, Ele oferece a ajuda necessária. (p.207)
 Fonte: João Paulo II. Levantai-vos! Vamos! Ed. Planeta.2004.

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