Arcebispo de Goa e Damão preside à peregrinação internacional de outubro
Arcebispo de Goa e Damão trará a Fátima uma mensagem “que não é nova”
A poucos dias da peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de outubro, D. Filipe Néri Ferrão, que preside às celebrações, antecipa a mensagem e as intenções de oração que pretende trazer a Fátima, naquela que será a sua segunda vinda a este santuário. Num país em que o Catolicismo é uma minoria religiosa, ainda que os católicos sejam 20 milhões, o arcebispo de Goa e Damão descreve a Índia como uma zona do Mundo em que a religião católica floresce.
Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, D. Filipe Néri Ferrão afirma ver neste convite, do bispo de Leiria-Fátima, para presidir à peregrinação “a oportunidade de poder ir prestar, em público, a minha homenagem pessoal à Virgem de Fátima, que aprendi a venerar desde pequenino”.
Interrogado também sobre a atualidade do Mundo, sobretudo sobre a perseguição às minorias religiosas no Médio Oriente e em África, D. Filipe Néri Ferrão é assertivo: “É extremamente doloroso observar a intensidade e a insensatez da violência que está assolando populações inteiras, perseguidas e dizimadas em nome da religião. Esta paixão que leva uma pessoa a eliminar uma outra em nome de Deus é nada menos que diabólica!”.
Na mesma ENTREVISTA, o arcebispo de Goa e Damão sublinha a intemporalidade da mensagem que transmitirá em Fátima aos peregrinos: “A minha mensagem não é nova. É a eloquente e mui típica mensagem de Maria para a humanidade de todos os tempos: Fazei tudo o que Ele, o meu Filho, disser. Tal como Ela fez”.
Como meio para a concretização deste apelo de Maria, o arcebispo aponta Jesus: “é preciso caminhar com Jesus e crescer na Sua amizade, na Sua intimidade e fazer de Jesus o centro da nossa vida. É necessário construir com Jesus e sobre Jesus, a pedra angular: construir sociedade, igreja, família. E, finalmente, precisamos de proclamar Cristo e viver os valores do Seu Evangelho na nossa vida social, económica, cultural e política”.
Para a Índia, o presidente da peregrinação pedirá uma Igreja capaz de se tornar “evangelizadora, irradiando Cristo e compartilhando-O com os outros povos do Oriente”, uma Igreja que possa “também contribuir para a re-evangelização do Ocidente, e assim poder restituir-lhe a grande dádiva que dele recebeu: a Fé Cristã”.
Ainda sobre as convulsões religiosas e sociais em pontos concretos do Mundo, o arcebispo acrescenta que “nenhuma religião professa fé em um Deus que ama a guerra e a violência”, e pede oração “para que membros de todas as religiões se abram à inspiração divina e busquem o caminho da paz, o respeito pela pessoa e o bem comum, tornando-se agentes de diálogo e de reconciliação”.
D. Filipe Néri António Sebastião do Rosário Ferrão, de 61 anos, é natural de Goa; é arcebispo de Goa e Damão, atual Patriarca das Índias Orientais, Primaz da Índia.
“Os nossos seminários não se fecharam e os nossos sacerdotes estão ajudando muitas igrejas na Europa e nas Américas. Na minha própria diocese, trabalham quase 800 sacerdotes diocesanos e religiosos e tenho cerca de 30 a 35 ordenações por ano”, descreve, acrescentando que “a devoção a Senhora de Fátima é muito popular”, na Índia.
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