OS DOIS FRANCISCOS, O DA MÍDIA E O REAL
FONTE: LA PORTE LATINE – TRADUÇÃO: DOMINUS EST
ORIGINAL DE SANDRO MAGISTER
Do Papa Francisco existem agora duas versões cada vez mais distantes entre elas: o Francisco da mídia e o verdadeiro, o real.
O primeiro é bem conhecido e esteve na onda desde a sua primeira aparição na varanda da Basílica de São Pedro.
É a história do Papa que revoluciona a Igreja, que depôs as chaves para ligar e desligar, que não condena, mas apenas perdoa, mais ainda, nem sequer julga, que lava os pés de uma prisioneira muçulmana e de um transexual, que deixa o palácio para se lançar às periferias, que abre caminhos em todos os campos, sobre o divorciados recasados e sobre as finanças do Vaticano, que fecha os costumes de dogma e abre as portas da misericórdia. Um Papa amigo do mundo, de quem regogiza-se a iminente encíclica sobre o “desenvolvimento sustentável”, antes mesmo de conhecer seu contúdo.
De fato, nas palavras e gestos de Jorge Mario Bergoglio há muito que se presta a esse relato.
O Francisco da mídia é também um pouco criação sua, genial, que da noite para o dia milagrosamente inverteu a imagem da Igreja Católica, de opulenta e decadente à “pobres e para os pobres.”
Mas se constatarmos apenas a contribuição que verdadeiramente trouxe o novo pontificado Francisco, as coisas mudam. Continuar lendo