sábado, 28 de fevereiro de 2009
DON ORANI NOVO ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO
Dom Orani é o novo Arcebispo do Rio de Janeiro
O Papa Bento XVI nomeou Dom Orani João Tempesta Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, transferindo-o da arquidiocese de Belém, no Pará, onde está desde dezembro de 2004. Ele vai suceder o Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid, que renunciou ao governo da Arquidiocese do Rio conforme o cânon 401, parágrafo 1º do Código de Direto Canônico que prescreve a renúncia do bispo ao completar 75 anos. A nomeação foi anunciada hoje, 27, ao meio dia, horário de Roma. Normalmente, as nomeações para bispos no Brasil são anunciadas nas quartas-feiras.
Dom Orani
Nasceu em São José do Rio Pardo (SP), religioso da Ordem Cisterciense, foi ordenado padre em 1974 e bispo de São José do Rio Preto (SP) em 1997 e, sete anos depois, em 2004, é transferido para a Arquidiocese de Belém. Atual vice-presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), Dom Orani é presidente, pela segunda vez consecutiva, da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB.
É membro dos Conselhos Permanente, Episcopal de Pastoral e Econômico da CNBB. No Rio de Janeiro, Dom Orani contará com a colaboração de seis bispos auxiliares, entre os quais o secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
BISPO DE AUGSBURG RELACIONA O TOTAL DE ABORTOS NA ALEMANHA COM O HOLOCAUSTRO
Bispo de Augsburg também desafia do dogma judeu?
O bispo de Augsburg está começando a sentir na pele o mesmo espinho que foi cravado no bispo Richard Williamson: o desafio ao dogma judaico da Shoa é imperdoável.
O bispo Walter Mixa fez uma homilia onde relacionou o número de abortos na Alemanha, nos últimos anos, com o holocausto. Aiaiai!
A comunidade judaica, consciente do seu máximo poder, já está se mobilizando e uma declaração, do prefeito de Dinkelsbühl, sintetiza toda a intolerância da Shoa:
O Holocausto é um crime tão bruta e horrível que nunca poderia ser comparado a outra injustiça, afirmou o político.
Que sentença absurda! O que foi o holocausto? Um crime de ódio onde 6 milhões (ou 300 mil, se você estudou com uma certa cartilha...) de pessoas foram assassinadas. E o que é o aborto? Um crime de ódio contra a vida, onde milhões de seres humanos indefesos são brutalmente assassinados no ventre das suas mães, sem qualquer motivo e com a cruel tutela do Estado!!! Qual é o pior crime? É evidente que é o "holocausto dos não nascidos!"
Afirmar que o Holocausto é tão ruim quanto o aborto, ou vice-versa, é constatar o óbvio e demonstrar um mínimo de consideração com os fatos.
Conforme afirmou o bispo, apenas na Alemanha o número de abortos na última década já supera a casa diabólica dos 9 milhões. O contexto do aborto e seus números são infinitamente mais terríveis que a Shoa e isso, absolutamente, não torna o holocausto justificável, aceitável ou relativo, mas pelo contrário, demonstra claramente que a capacidade humana para o mal é infinita!
Fonte: A Igreja catolica é una
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
BENTO XVI "APRENDER A CELEBRAR SIGNIFICA CONHECER JESUS CRISTO, ENTRAR EM CONTACTO COM ELE"
Bento XVI ao clero de Roma: palavra e testemunho para chegar ao coração do homem. E sobre a crise económica salienta que as raízes estão no egoísmo
(26/2/2009) As motivações profundas da crise económica, a importância do primeiro anuncio e , ainda a emergência educativa, o papel do pároco na sociedade de hoje e a centralidade da liturgia na vida do cristão: são alguns dos temas fortes enfrentados na manhã desta quinta feira, no Vaticano pelo Papa Bento XVI, no seu tradicional encontro com o clero romano, no inicio da Quaresma, o primeiro com o novo cardeal Vigário Agostinho Vallini.
Introduzindo o encontro e saudando o Santo Padre salientou a dimensão familiar deste evento, durante o qual os párocos de Roma puderem contar ao próprio Bispo os sucessos e as fadigas da própria actividade pastoral. Um encontro caracterizado pela afecto e pela franqueza. Uma troca de ideias familiar, disse o Papa, sublinhando a importância que para ele reveste escutar as experiências dos padres da sua diocese.
Bento XVI respondeu a oito perguntas de párocos, expressão da Igreja de Roma, que enfrentaram vários temas.
Respondendo a um sacerdote da zona periférica de Tor Bella Monaca, onde se faz sentir de maneira particular a crise económica, o Papa reafirmou que a Igreja é chamada a denunciar a falência do sistema económico-financeiro sem moralismos:
“Denunciar estes erros fundamentais que se mostram agora na falencia dos grandes bancos americanos: a avareza humana é idolatria que vai contra o verdadeiro Deus e a falsificação da imagem de Deus com um outro Deus – o dinheiro; devemos denunciar com coragem, mas também concretamente, porque os grandes moralismos não ajudam se não são sustentados pelo conhecimento da realidade, que ajuda também a compreender o que é que concretamente se pode fazer.”
Desde sempre - salientou depois o Papa – a Igreja não só denuncia ao males, mas indica os caminhos que levam á justiça, á caridade, á conversão dos corações. Nem sempre é fácil – reconheceu – porque muitas vezes se opõem interesses de grupo.. Também na economia – prosseguiu - a justiça constrói-se somente se existem os justos e estes formam-se com a conversão do coração. Recordou em seguida que sobre este tema está a preparar uma Encíclica.
Duas perguntas foram feitas depois sobre o desafio da missão evangelizadora. Bento XVI exortou o clero de Roma a unir os estudos de teologia com a experiência concreta para traduzir a Palavra de Deus ao homem de hoje. Não devemos perder a simplicidade da Verdade, disse ainda, que não pode ser assimilada a uma filosofia. O Papa salientou depois o papel do pároco que como ninguém conhece o homem na sua profundidade, para além do papel que desempenha na sociedade:
“para o anuncio precisamos de dois elementos: testemunho e palavra. É necessária a palavra, que faz aparecer a verdade de Deus, a presença de Deus em Cristo e portanto o anuncio é uma coisa absolutamente indispensável, fundamental, mas é necessário também o testemunho que dá credibilidade a esta palavra, para que não apareça apenas como uma linda filosofia, uma utopia. E neste sentido, -acrescentou o Papa – parece-me que o testemunho da comunidade crente é de grandíssima importância. Devemos abrir, na medida do possível, lugares de experiência da fé.
Bento XVI ofereceu depois a sua reflexão sobre um tema que tem particularmente a peito: a emergência educativa. Tarefa dos padres - disse – é oferecer aos jovens uma formação humana integral. E reafirmou que hoje vivemos num mundo onde muitas pessoas possuem tantos conhecimentos, mas sem orientação interior ética. Por isso, a Igreja tem o dever de propor uma formação humana iluminada pela fé. Abrir-se portanto á cultura do nosso tempo, mas indicando critérios de discernimento.
Durante este colóquio com o clero de Roma o Papa falou também da liturgia reafirmando que aprender a celebrar significa conhecer Jesus Cristo, entrar em contacto com Ele. A Liturgia deve ser cada vez mais o coração do nosso ser cristãos. Bento XVI indicou depois a peculiaridade da Igreja de Roma, chamada a presidir na Caridade. Um dom – afirmou – que diz respeito a todos os fiéis de Roma. O ministério petrino – acrescentou – deve garantir a unidade e a riqueza da Igreja, prevenindo qualquer tipo de absolutização e excluindo todo o tipo de particularismo
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
" É A PARTIR DA LITURGIA QUE COMEÇA A RENOVAÇÃO DA IGREJA" DIZ MONS. GUIDO MARINI EM ENTREVISTA
Ofrecemos nuestra traducción de una entrevista que Monseñor Guido Marini, Maestro de las Celebraciones Litúrgicas Pontificias, ha concedido a la revista Radici Cristiane.
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Parecería que, para el Santo Padre, la Liturgia es uno de los temas de fondo de su pontificado. Usted, que lo sigue de cerca, ¿nos puede confirmar esta impresión?
Diría que sí. Por otra parte, cabe señalar que el primer volumen de la Opera omnia del Santo Padre, de próxima publicación también en Italia, es precisamente el dedicado a los escritos que tienen como objeto la Liturgia. En el prefacio al volumen, el mismo Joseph Ratzinger subraya este hecho, señalando que la precedencia dada a los escritos litúrgicos no es casual sino deseada: siguiendo al Concilio Vaticano II, que promulgó como primer documento la Constitución sobre la Sagrada Liturgia, seguida de otra gran Constitución sobre la Iglesia. Es en la Liturgia, de hecho, donde se manifiesta el misterio de la Iglesia. Se comprende, entonces, el motivo por el que la Liturgia es uno de los temas principales del pontificado de Benedicto XVI: desde la Liturgia se pone en marcha la renovación y la reforma de la Iglesia.
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¿Existe una relación entre la Liturgia y el arte y la arquitectura sagrada? El llamado del Papa a una continuidad de la Iglesia en el campo litúrgico, ¿no debería extenderse también al arte y la arquitectura sagrada?
Existe, ciertamente, una relación vital entre la Liturgia, el arte y la arquitectura sagrada. También porque el arte y la arquitectura sagrada, precisamente en cuanto tales, deben resultar idóneos para la Liturgia y sus grandes contenidos que encuentran expresión en la celebración. El arte sagrado, en sus múltiples manifestaciones, vive en relación con la infinita belleza de Dios y debe orientar a Dios su alabanza y su gloria. Entre Liturgia, arte y arquitectura no puede haber, entonces, contradicción o dialéctica. Por lo tanto, si es necesario que exista una continuidad teológica-histórica en la Liturgia, esta misma continuidad debe encontrar una expresión visible y coherente también en el arte y en la arquitectura sagrada.
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El Papa Benedicto XVI ha afirmado recientemente en un mensaje que “la sociedad habla con el hábito que usa”. ¿Piensa que se podría aplicar esto también a la Liturgia?
En efecto, todos hablamos también a través del hábito que usamos. El hábito es un lenguaje, así como lo es toda forma expresiva sensible. También la liturgia habla con el hábito que usa, es decir, con todas sus formas expresivas, que son múltiples y riquísimas, antiguas y siempre nuevas. En este sentido, “el hábito litúrgico”, para continuar con el término que usted ha usado, debe ser siempre verdadero, en plena sintonía con la verdad del misterio celebrado. El signo externo debe estar en relación coherente con el misterio de la salvación realizado en el rito. Y, no debe ser nunca olvidado, el hábito propio de la liturgia es un hábito de santidad: allí encuentra expresión, de hecho, la Santidad de Dios. A esa Santidad estamos llamados a dirigirnos, de esa Santidad estamos llamados a revestirnos, realizando así la plenitud de la participación.
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En una entrevista a L’Osservatore Romano, usted ha señalado los principales cambios realizados desde que ha asumido el cargo de Maestro de las Celebraciones Litúrgicas Pontificias. ¿Podía recordarlos y explicar su significado?
Afirmando, en primer lugar, que los cambios a los que usted se refiere deben ser leídos en el signo de un desarrollo en la continuidad con el pasado, incluso el más reciente, recuerdo uno en particular: la ubicación de la cruz en el centro del altar. Esta ubicación tiene la capacidad de traducir, también en el signo externo, la orientación correcta de la celebración en el momento de la Liturgia Eucarística, cuando celebrante y asamblea no se miran recíprocamente sino que miran juntos hacia el Señor. Por otra parte, la relación altar-cruz permite resaltar mejor, junto al aspecto de banquete, la dimensión sacrificial de la Misa, cuya relevancia es siempre esencial y, por lo tanto, es necesario que encuentre siempre una expresión bien visible en el rito.
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Hemos notado que el Santo Padre, desde hace algún tiempo, da siempre la Sagrada Comunión en la boca y de rodillas. ¿Quiere ser esto un ejemplo para toda la Iglesia y un estímulo para que los fieles reciban a Nuestro Señor con mayor devoción?
Como se sabe, la distribución de la Santa Comunión en la mano sigue siendo hasta ahora, desde el punto de vista jurídico, un indulto a la ley universal concedido por la Santa Sede a aquellas Conferencias Episcopales que lo han solicitado. Y cada fiel, incluso en presencia del eventual indulto, tiene el derecho de elegir el modo para acercarse a la Comunión. Benedicto XVI, comenzando a distribuir la Comunión en la boca y de rodillas con ocasión de la solemnidad del Corpus Domini del año pasado, en plena consonancia con lo que está previsto en la normativa litúrgica actual, ha querido posiblemente señalar una preferencia por esta modalidad. Por otro lado, se puede también intuir el motivo de esta preferencia: se ilumina mejor la verdad de la presencia real en la Eucaristía, se ayuda a la devoción de los fieles, se introduce con más facilidad en el sentido del misterio.
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El Motu Proprio Summorum Pontificum se presenta como uno de los actos más importantes del pontificado de Benedicto XVI. ¿Cuál es su opinión?
No sé decir si es uno de los más importantes pero sin duda es un acto importante. Y lo es no sólo porque se trata de un paso muy significativo en vistas a una reconciliación en el interior de la Iglesia, no sólo porque expresa el deseo de que se llegue a un recíproco enriquecimiento entre las dos formas del rito romano (ordinaria y extraordinaria), sino también porque es la indicación precisa, en el plano normativo y litúrgico, de aquella continuidad teológica que el Santo Padre había presentado como la única hermenéutica correcta para la lectura y la comprensión de la vida de la Iglesia y, en especial, del Concilio Vaticano II.
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¿Cuál es, en su opinión, la importancia del silencio en la Liturgia y en la vida de la Iglesia?
Es una importancia fundamental. El silencio es necesario en la vida del hombre porque el hombre vive de palabras y de silencios. El silencio es aún más necesario en la vida del creyente que allí encuentra un momento insustituible de la propia experiencia del misterio de Dios. No se sustrae a esta necesidad la vida de la Iglesia y, en la Iglesia, la Liturgia. Aquí el silencio quiere decir escucha y atención al Señor, a su presencia y a su Palabra; y, junto a ello, implica la actitud de adoración. La adoración, dimensión necesaria del acto litúrgico, expresa la incapacidad humana de pronunciar palabras, permaneciendo “sin palabras” ante la grandeza del misterio de Dios y la belleza de su amor.
La celebración litúrgica está hecha de palabras, de cantos, de música, de gestos… Está hecha también del silencio y de silencios. Si estos faltaran o no fueran suficientemente subrayados, la Liturgia no sería plenamente ella misma porque estaría privada de una dimensión insustituible de su naturaleza.
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Hoy en día se escuchan, durante las celebraciones litúrgicas, las músicas más diversas. ¿Qué música, según usted, es más adecuada para acompañar la Liturgia?
Como nos recuerda el Santo Padre Benedicto XVI, y con él toda la tradición pasada y reciente de la Iglesia, hay un canto propio de la liturgia y es el canto gregoriano que, como tal, constituye un criterio permanente para la música litúrgica. Como también constituye un criterio permanente la gran polifonía de la época de la renovación católica, que encuentra su expresión más alta en Palestrina.
Junto a estas formas insustituibles del canto litúrgico, encontramos las múltiples manifestaciones del canto popular, importantísimas y necesarias: siempre que se adhieran a aquel criterio permanente por el cual el canto y la música tienen derecho de ciudadanía en la Liturgia en la medida en que brotan de la oración y conducen a la oración, permitiendo así una participación auténtica en el misterio celebrado.
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Fuente: Oficina de las celebraciones litúrgicas del Sumo Pontífice
fonte: La Buhardilla de Jerónimo
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A QUARESMA É A PREPARAÇÃO PRÓXIMA PARA A REDENÇÃO
* 1. Origen y vicisitudes de la Cuaresma.
* 2. Prácticas cuaresmales.
* 3. Aspecto exterior del Templo.
* 4. El alma de la liturgia cuaresmal.
* 5. La Misa "estacional".
* 6. Los Domingos de Cuaresma.
* 7. El Domingo "Laetare".
* 8. Las Ferias más notables de Cuaresma.
1. Origen y vicisitudes de la Cuaresma. - La Cuaresma es hoy un período litúrgico de cuarenta días, destinados a preparar la digna celebración de la Pasión, Muerte y Resurrecci6n de Nuestro Señor Jesucristo. Por lo mismo, es un tiempo de mayor penitencia y recogimiento, y en que con más ahínco ha de procurarse la compunción del corazón.
Por más que los liturgistas no están aún acordes acerca de la fecha precisa en que se estableció en la Iglesia la Cuaresma, si viviendo todavía los Apóstoles o bastante después, todos sabemos que hay una Cuaresma de origen bíblico; pues en la Biblia constan expresamente las de Moisés, Elías y Jesucristo. ¿La practicarían como observancia eclesiástica los Apóstoles y los primitivos cristianos? San Jerónimo, San León Magno y otros Santos Padres pretenden que sí, y su opinión por cierto es muy probable, aunque no se apoya en ningún documento escrito. Verdad es que San Ireneo, en el siglo II, y la "Didascalia", en el III, hablan de ayunos preparatorios para la Cuaresma pero los ayunos de aquél son nada más que de contados días, y los de ésta de sola la Semana Santa.
El primer documento conocido que menciona la Cuaresma propiamente dicha, es el canon 5 del Concilio ecuménico de Nicea, celebrado en 325. A partir de esta fecha, abundan los testimonios en los escritos y concilios de Oriente, y desde el año 340, también en Occidente.
Pero lo que, ni en Oriente ni en Occidente se descubre claramente en aquellos primeros siglos es el comienzo y término de la Cuaresma. Combinándola de muy distinta manera las diversas iglesias, incluyendo unas, en ella, la Semana Santa, y otras excluyéndola. En una cosa empero, convenían todas: en el número de ayunos, que solía ser, para los fieles, de treinta y seis días. En el siglo V se unificó por fin, la duración; y en el VII, un Papa posterior a San Gregorio Magno, completó los cuatro días de ayuno que faltaban a la Cuaresma, prescribiéndolo como obligatorio desde el Miércoles de Ceniza, que por eso se llamó caput jejunii o "principio del ayuno".
2. Prácticas cuaresmales. Lo que Moisés, Elías y Jesucristo practicaron con más rigor en sus respectivas cuaresmas, fue el ayuno y la oración, los que, por lo mismo, sirvieron de base para la Cuaresma cristiana, a la cual agregó la Iglesia la práctica de la limosna y obras de caridad.
La ley del ayuno la observaban los antiguos con sumo rigor. No contentos con cercenar la cantidad del alimento, privábanse totalmente de carnes, huevos, lacticinios, pescado, vino y todo aquello que el uso común considerábalo como un regalo. Hacían sólo una comida diaria, después de la Misa "estacional" y Vísperas, que terminaban al declinar la tarde; y esa única comida solamente consistía en pan, legumbres y agua, y, a veces, una cucharada de miel. Con la particularidad que ninguno se eximía del ayuno, ni aún los jornaleros, ni los ancianos, ni los mismos niños de más de doce años de edad; tan sólo para los enfermos hacíase una excepción, que habían de refrendar el médico y el sacerdote.
A estas penitencias añadían otras privaciones, tales como la continencia conyugal, la supresión de las bodas y festines, del ejercicio judicial, de los juegos, recreos públicos, caza, deportes, etc. De este modo se santificaba la Cuaresma no ya solamente en el templo como ahora, sino también en los hogares, y hasta en los tribunales, en los casinos, en los hoteles, en los teatros Y en los circos. Es decir, que el espíritu de Cuaresma informaba la vida de toda la sociedad cristiana.
Actualmente la observancia íntegra del ayuno y abstinencia cuaresmal ha quedado confinada a algunas Órdenes religiosas, ya que el Derecho común tan sólo manda ayunar con abstinencia el Miércoles de Ceniza y de Témporas y los Viernes y Sábados de Cuaresma, y sin abstinencia, todos los demás días(1).
De hecho, estos mismos ayunos cuaresmales están reducidos en muchos países casi a la nada, merced a los Indultos, Bulas y Privilegios particulares; habiendo llegado a tanto la condescendencia de la Iglesia, en cuanto al modo de observarlos, que en ellos ha permitido leche, huevos, pescado, vino y otros géneros de regalos, además de autorizar una comida fuerte, un desayuno, aunque leve, y una ligera colación.
La oración cuaresmal por excelencia era la Santa Misa, precedida de la procesión estacional.
La limosna practicábase en la iglesia con ocasión de la "colecta" de la Misa y otras particulares que se hacían en favor del clero, viudas, huérfanos y menesterosos, con quienes también ejercitaban a porfía otras obras de caridad.
3. Aspecto exterior del Templo. - La ley de la abstinencia cuaresmal diríase que hasta a los templos materiales alcanza, pues a ellos también les impone la ley litúrgica sus privaciones, con las que se fomenta la compunción y el recogimiento.
Los templos, en efecto, vénse privados durante los Oficios cuaresmales del alegre aleluya, del himno angélico Gloria in excelsis, de la festiva despedida Ite missa est, de los acordes del órgano, de los floreros, iluminaciones y demás elementos de adorno, y del uso; fuera de las festividades de los Santos, de otros ornamentos que los morados, de cuyo color se cubren también, desde el Domingo de Pasión, los crucifijos y las imágenes. Tal es el aspecto severo del templo, o como si dijéramos, el continente exterior de la liturgia en tiempo de Cuaresma, el que acentúan todavía más los cantos graves y melancó1icos del repertorio gregoriano y el frecuente arrodillarse para los rezos corales.
4. El alma de la liturgia cuaresmal. - Si, empero, sondeamos el alma de la Liturgia cuaresmal a la luz de los Evangelios, de sus Epístolas, Oraciones, Antífonas y demás textos de su rica literatura, la vemos embargada de los más variados sentimientos de arrepentimiento, de confianza, de ternura, de compasión, de pena, de temor.
El Breviario de Cuaresma, con sus homilías y sermones, con sus himnos, sus capítulos y sus responsorios, a cual más expresivos y piadosos, pone en juego los más delicados recursos de nuestra madre la Iglesia, para conmover los corazones de sus hijos; pero con eso y todo todavía le supera el Misal. Aquí encontramos cuadros indescriptibles: conversiones y absoluciones de pecadores, como la Samaritana, la Magdalena, la adúltera, el Hijo Pródigo, los Ninivitas; multitud de curaciones y milagros del Sa1vador; rasgos generosos de desprendimiento, como el de la viuda de Sarepta; difuntos resucitados y madres y hermanos consolados; a José, víctima de la envidia de sus hermarmanos, y a Jesús, vendido por uno de sus íntimos; amenazas y voces de trueno y vaticinios terroríficos de los antiguos Profetas, para los pecadores obstinados, y, en cambio, palabras dulces y persuasivas del Divino Maestro, llamándolos a penitencia; ríos de lágrimas que cuestan a la Iglesia los cristianos impenitentes, y gozos inenarrables que suscita en el cielo su conversión; quejas de los sacerdotes en vista de la indiferencia de muchos, y tiernos clamores del pueblo fiel pidiendo al Señor perdón y misericordia.
Si penetramos todavía más hondamente en el corazón de la Liturgia cuaresmal, descubrimos además tres grandes preocupaciones que embargan a la Iglesia:
la trama y desarrollo de la Pasión del Señor,
la preparación de los Catecúmenos,
y la Reconciliación de los penitentes públicos.
No hay día ni casi Oficio en que no se manifieste de algún modo esta triple preocupación, y es menester estar de ello advertidos, para interpretar ciertos pasajes y aun ciertos ritos especiales que, aunque muy hermosos, parecerían, sin eso, intempestivos.
5. La Misa "estacional". - Una de las particularidades más características de la liturgia cuaresmal antigua era la Misa "estacional ". Tenía lugar todos los días, al atardecer, después de la Hora de Nona. Durante todo el día, el pueblo y el clero dedicábanse a sus ocupaciones habituales, pero cuando el cuadrante solar del Forum marcaba la hora de Nona, los fieles de toda la ciudad de Roma se dirigían a la porfía hacia la iglesia estacional, a la que a menudo el mismo Papa acudía para ofrecer el Santo Sacrificio. Ordinariamente, la "colecta" o reunión efectuábase en una de las basílicas vecinas, donde esperaban la llegada del Sumo Pontífice y de su séquito. Una vez éstos en la basílica, revestíase el Papa de sus ornamentos y subía al altar para rezar la "colecta" u oración de toda la asamblea, terminada la cual iban todos en procesión a la Iglesia "estacional", al son de las Letanías y precedidos por la Cruz procesional. Allí el Papa celebraba ]a Misa del día, en la que todos los asistentes ofrecían y comulgaban. Era ya la puesta de sol, cuando el pueblo volvía a sus casas, satisfecho de haber ofrecido a Dios el sacrificio vespertino, como coronamiento de una jornada laboriosa, santificada por la oración, por la penitencia y por el trabajo(2).
Esta Misa "estacional" era la única que antiguamente había en cada población: por eso la celebraba el Pontífice con asistencia del clero y del pueblo. Como los de Cuaresma eran todos días de ayuno riguroso, todos esperaban en ayunas la hora de la Misa, para poder comulgar en ella. Después hacían su única comida, y los monjes completaban el Oficio canónico, cantando en sus monasterios las Vísperas. He aquí la razón de cantar Vísperas por la mañana, antes de la comida, todos los días de Cuaresma, excepto los domingos, que no son de ayuno.
Un momento antes de la Comunión, un Subdiácono anunciaba al pueblo el lugar de la estación del día siguiente en estos términog: "Mañana, la estación será en la iglesia de San N.". Y la Schola respondía: "A Dios gracias". En seguida de la Comunión y de la Oración-colecta, decía el Celebrante la colecta "super pópulum", que entonces reemplazaba a la bendición final. Estas fórmulas de despedida que, antiguamente, estaban en uso en todas les liturgias, aun orientales, y que llevaban a veces consigo la imposición de las manos del Obispo, sólo las ha conservado nuestro Misal en las ferias de Cuaresma, por el carácter solemne y episcopal que éstas tenían(3).
Cuando el Papa no intervenía en la fiesta estacional, un acólito iba, después de la Misa, a su palacio, y le llevaba por devoción un poco de algodón mojado en la lámpara del santuario. Al llegar, le pedía la bendición, la cual recibida, decíale: "Hoy tuvo lugar la "estación" en San N., y te saluda". El Papa le respondía: "Deo gratias", y después de besar respetuosamente el algodón, entregábaselo su cubiculario, quien lo guardaba con cuidado para meterlo, al morir el Papa, en la almohadilla fúnebre(4).
En el actual Misal Romano se indica todavía, al principio de la Misa correspondiente, la basílica o iglesia "estacional", de cada día, lo que muchas veces será útil tener en cuenta para explicarse el uso de ciertos textos y su verdadero significado en aquel día determinado(5).
6. Los Domingos de Cuaresma. - Descontando el de Pasión y el de Ramos, que habremos de estudiar aparte, son cuatro los domingos de Cuaresma siendo el primero el de más categoría, y el cuarto, de "Laetare" el más popular.
El I Domingo ha tomado entre los Latinos el nombre de "invocabit" de la primera palabra del Intróito de la Misa, y entre los Griegos se le llama la "Fiesta de la Ortodoxia", por señalar el aniversario del restablecimiento de las santas Imágenes, en el siglo IX.
En la Edad Media llamósele el domingo de las "Antorchas", porque los jóvenes, que se habían desenfrenado en los jolgorios de Carnaval, presentábanse ese día en la iglesia con una tea encendida para pedir una penitencia al sacerdote, a fin de reparar sus pasados excesos, de los que eran absueltos el Jueves Santo en la Reconciliación general. También es conocido con el nombre de domingo de la Tentación, por referir el Evangelio de la Misa la triple tentación del Señor en el desierto.
El II Domingo, hasta el siglo IX, fue de los llamados "domingos vacantes", o libres de "estación", a causa de haberlo precedido con las suyas las IV Témporas y estar el público cansado. Después del siglo IX, empero, señalósele ya su estación, como a los demás.
El III Domingo - era el de los "Escrutinios", porque en él, o comenzaba el examen de los Catecúmenos que habían de recibir el Bautismo la Vigilia de Pascua, o bien se les citaba para el Miércoles siguiente.
7. El Domingo "Laetare". - El IV Domingo, llamado "Laetare" (del Intróito), de los "Cinco panes" (del Evangelio), y de la "Rosa de oro" (de la bendición de la misma), es de los más celebrados del año litúrgico. Por coincidir en la mitad de Cuaresma y suponer la Iglesia que los cristianos han vivido hasta aquí embargados, como ella, de una santa tristeza, la liturgia de este domingo se propone renovar en los ayunadores cuaresmales la alegría y la esperanza que todavía han menester, hasta llegar al triunfo pascual.
A ese fin, además de elegir textos muy hermosos y muy adecuados para infundir alientos, permite en el templo las flores de adorno, el uso del órgano y hasta de ornamentos de color rosa; todo lo cual causa la impresión de ser éste un día de asueto litúrgico, podríamos decir, y de respiro espiritual. La Iglesia se alegra hoy intensamente, pero con moderación todavía, como quien está dispuesto a reanudar en seguida las penitencias y las meditaciones dolorosas.
El rito característico de este domingo es la Bendición de la Rosa de Oro, que efectúa en Roma el mismo Soberano Pontífice. Data de hacia el siglo X, y viene a ser como un anuncio poético de la proximidad de la "Pascua Florida".
Antiguamente la ceremonia se celebraba en el Palacio de Letrán, residencia habitual de los Papas, desde donde el Pontífice, montado a caballo, y con la tiara y acompañado por el Sacro Colegio y el público de la Ciudad, llevaba la Rosa bendita a la íglesia "estacional" que era la de Santa Cruz de Jerusalén.
Hoy se hace todo en el Vaticano, por lo que la ceremonia no suscita ya tanto el entusiasmo popular, si bien su eco resuena en todo el mundo, merced a las informaciones de los diarios.
Además de bendecirla, el Papa unge la Rosa de Oro con el Santo Crisma y la espolvorea con polvos olorosos, conforme al uso tradicional. Al fin la regala a algún alto personaje del mundo católico, a alguna ciudad, etc., a quien quiere honrar; y por eso dícese que su bendición sustituyó a la de las Llaves de oro y plata; con limaduras de la cadena de San Pedro, que los soberanos Pontífices enviaban antiguamente a los Príncipes cristianos, en pago de haberle proporcionado ellos reliquias de los Apóstoles(6). Místicamente representa esta rosa a Jesucristo resucitado, como lo explican los varios discursos pronunciados por los Papas en la ceremonia(7). El origen de la ceremonia quizás derive de la fiesta bizantina de la media cuaresma, aunque también puede ser provenga de que antiguamente se solemnizaba hoy en Roma el principio del ayuno preparatorio para Pascua, que abarcaba entonces tres semanas(8).
8. Las ferias más notables de Cuaresma. - Aparte del Miércoles, Viernes y Sábado de las IV Témporas de Cuaresma, de que hablaremos en su lugar, son dignas de especial mención, entre las ferias cuaresmales, el Miércoles de la III y IV semana, por ser días de Escrutinio, y el Jueves de la III, que es como el jalón de media Cuaresma.
Empezamos por advertir que todas las ferias de Cuaresma tienen, en el Breviario, su homilía propia, y en el Misal, su misa correspondiente; lo que constituye un caudal riquísimo y variadísimo de doctrina y de piedad. Los jueves al principio, eran días alitúrgicos (sin reuniones litúrgicas), y por lo mismo carecían de Misa propia; pero bajo el Papa Gregorio II (715-31), se les fijó también a ellos su misa, utilizando los elementos ya existentes.
El Miércoles de la III semana comenzaba el "Escrutinio" o examen de los Catecúmenos que deseaban ser admitidos al Bautismo en la Vigilia de Pascua.
Empezábase por anotar sus nombres y separar en dos grupos los hombres y las mujeres. Luego, se rezaba por ellos, y ellos mismos también eran invitados a rezar; se les leía algún pasaje de la Biblia en vista de su instrucción; se les exorcizaba, se les imponían las manos, se les signaba, etc., y se les despedía del templo antes del Evangelio. Al ofertorio, los padrinos y madrinas presentaban al Papa las oblaciones ,por sus futuros ahijados, euyos nombres se leían públicamente durante el Canon. Esto mismo se practicaba en los demás escrutinios.
El Jueves de la III semana señala propiamente la mitad de los ayunos cuaresmales, no de la Cuaresma misma, la cual promedia justamente el domingo IV, como ya lo hemos notado. Esta circunstancia hizo que esta feria tuviese entre los antiguos, un carácter medio festivo y alentador, contribuyendo a ello no poco el recuerdo de los santos médicos Cosme y Damián, cuya basílica era la designada para la Misa estacional.
Los textos de la misa aluden casi todos a la salud y bienestar corporal, que la Iglesia pide a Dios para sus hijos, por intercesión de San Cosme y San Damián, para que terminen valerosamente el ayuno cuaresmal. Eran esos Santos dos médicos sirios, que, por ejercer su profesión gratuitamente, eran conocidos con el sobrenombre de Anargyros' , (sin plata), y constaba que curaban a los enfermos no tanto por su pericia profesional, como por virtud divina. Su culto fue siempre muy popular, y más desde que el Papa Félix IV les dedicó, en el siglo VI, la Basílica de la Vía Sacra, convertida pronto en un centro de peregrinación para. enfermos y dolientes.
El Miércoles de la IV semana era el día del "Gran Escrutinio", el cual se celebraba en la majestuosa Basílica de San Pablo.
Los ritos especiales de este Escrutinio eran: las oraciones, lecturas y exorcismos de costumbre; la lectura, por primera vez, y explicación del principio de cada uno de los cuatro Evangelios; la recitación, también por primera vez, del Símbolo de la fe, en latín y en griego, en atención a los catecúmenos de ambas lenguas, y su explicación por el sacerdote; ítem del Pater Noster, petición tras petición. Continuaba luego la Misa, y los catecúmenos se retiraban al recibir la orden del diácono. Al conjunto de estos ritos se le denominaba apertio aurium (acto de abrir los oídos), porque por primera vez escuchaban esos textos sagrados, hasta entonces desconocidos. Restos de este tercer escrutinio son, en la Misa actual, la Oración, la Lección y el Gradual que preceden a la Epístola ordinaria de este día.
NOTAS
*
* Sacado de "La Flor de la Liturgia" del R. P. Azcárate O.S.B.
*
(1) "Código de Der. Can..", can. 1252, 2 Y 3.
En la Argentina el Indulto Apostólico reduce los ayunos con abstinencia al Miércoles de Ceniza y a todos los Viernes, y los ayunos sin abstinencia a los Miércoles y al Jueves Santo. (volver)
*
(2) Ca.rd.Schuster: ob. cit., vol. III, c. I. (volver)
*
(3) Card. Schuster: ob. cit. (volver)
*
(4) Card. Schuster: ob. cit. (volver)
*
(5) Para ello ninguna guía mejor que el "Liber Sacramentorum" del Card. Schuster. (volver)
*
(6) Molien: "La Prière de l'Eglise" I, p. 304. (volver)
*
(7) Cf. ."Année Lit." (Carême) de Dom Guéranger. (volver)
*
(8) Cf.. Schuster: "Liber Sacramentorum", vol. III, p. 117. -Dom Krebs: "Les Quest. lit. et Paroiis". (Abril y Junio 1926.) (volver)
FONTE: Devoción Católica
MONS. JOSÉ CAMPOS CONFRATERNIZA COM SACEDOTES DA FSSPX NO MÉXICO
Todo un ejemplo, Su Excelencia!
S.E R. Mons. José Guadalupe Torres Campos, primer Obispo de la Diócesis de Durango
¡Qué diferente sería si también en otras partes del mundo los obispos no solo rezaran por este Papa sino que lo entendieran y siguieran su ejemplo!
El pasado 25 de Noviembre del 2008, fue publicado en L’Osservatore Romano en Roma que Su Santidad Benedicto XVI se había dignado erigir, con territorio separado de la Arquidiócesis de Durango, la nueva Diócesis de Gómez Palacio, nombrando como primer Obispo a S.E. Mons. José Guadalupe Torres Campos, entonces Obispo titular de Quiza y Auxiliar de Ciudad Juárez.
Mons. Torres, quien recién ha cumplido 49 años, ha tomado posesión de la nueva Catedral esta semana. Un buen amigo que se encuentra en aquella zona conurbada conocida como “La Laguna” nos ha hecho llegar una información que ojalá fuera conocida en muchas otras partes por alguno que otro Obispo.
Los gestos tanto del este primer Obispo de la diócesis, como de los sacerdotes del priorato de la FSSPX que se encuentran en aquella ciudad, son realmente alentadores y dignos del más cristiano respeto.
El mensaje que nos envían, principalmente dice lo siguiente:
En este semana que paso, la Región Lagunera de Durango recibió en la nueva Catedral al primer Obispo Don José Guadalupe Torres Campos de la nueva Diocesis de Gómez Palacio el cual fue recibido calurosamente por la comunidad católica lagunera.
Al arribo de Monseñor Torres Campos a su Catedral para cantar el Te Deum, justo en la entrada estaban algunos sacerdotes de la Fraternidad San Pío X, a los cuales el nuevo Obispo saludo con gusto, quizá porque portaban su sotana negra. Una vez concluido el Te Deum, el Señor Obispo invito a los Padres, a la Comida en su Honor, asistiendo a ella el R.P. Gerald L. Fallarcuna FSSPX, el cual el señor Obispo sento a un costado donde el presidia el festejo.
Monseñor Torres Campos se le vió conversando con el R.P. Fallarcuna FSSPX, el cual lo invito a visitar el Priorato de San Benito, y el Señor Obispo para regresarle su invitación, le dijo: “quiero verte en mi primera Misa como Obispo de esta Diócesis”…
A las 6: 00 pm de la tarde empezo la Misa, y pues efectivamente el R. P. Gerald Fallarcuna en representación del buen Padre Lawrence Novak Prior FSSPX, asistió a la Misa, portando su traje de “Coro”, al cual sentaron justo a un lado de todos los Obispos asistentes.
Aun falta la visita formal que harán los cuatro sacerdotes FSSPX del Priorato de San Benito al Obispo de Gómez Palacio, por el cual ya rezan en el Canon.
Así que los gestos no fueron menores, que Monseñor haya invitado al P. Fallarcuna a la comida en su honor y lo haya sentado a su lado no es una cortesía menor. La asistencia en Coro del P. Fallarcuna a la primera Misa del Obispo también es un signo fraternal muy importante, como importante es el lugar junto a los demás Obispos que le fue cedido en esta liturgia.
El sentido profundo de ambos gestos representa cómo a nivel diócesis y prioratos se puede entender y asimilar la actitud de S.S. Benedicto XVI y de Mons. Bernard Fellay; con valentía, caridad, paciencia y sobretodo, amor por la Esposa de Cristo.
BENTO XVI PROPÕE S.PAULO COMO GUIA ESPIRITUAL NESTA QUARESMA
As fotos mostram o Papa Bento XVI que visitou hoje as obras de restauração da Capela Paulina
Bento XVI propõe São Paulo como guia espiritual nesta Quaresma. O percurso quaresmal - recorda - é baptismal e pascal e inclui alimentar-se da Palavra de Deus
(25/2/2009) Hoje, quarta-feira de Cinzas, iniciou a Quaresma, período forte de preparação para a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Salvador. É também um tempo em que a Igreja nos convida, de modo particular, às práticas penitenciais da oração, jejum e esmola.
No Vaticano não houve a tradicional audiência geral; esta tarde Bento XVI deslocou-se ao bairro romano do Aventino onde nas Basílicas de Santo Anselmo e de Santa Sabina, presidiu a procissão, a Santa Missa ,a bênção e a imposição da Cinzas
Foi no Apóstolo dos Gentios que Bento XVI se inspirou para a homilia da celebração das Cinzas, partindo do texto da segunda Carta aos Coríntios, proclamada como leitura da Missa: “Suplicamo-vos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus”.
“Este convite do Apóstolo – observou o Papa – soa como mais um estímulo a tomar a sério o apelo quaresmal à conversão. Paulo experimentou de maneira extraordinária a potência da graça de Deus, a graça do mistério pascal, de que vive a Quaresma.”
“Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, o primeiro dos quais sou eu” – escreveu Paulo na Carta a Timóteo. E logo acrescenta: “Precisamente por isto é que obtive misericórdia, porque Cristo quis demonstrar a mim a sua magnanimidade, para que eu fosse de exemplo para aqueles que haveriam de acreditar n’Ele para terem a vida eterna”.
“O Apóstolo está portanto consciente de ter sido escolhido como exemplo – sublinhou Bento XVI – e esta exemplaridade diz precisamente respeito à sua conversão, a transformação da sua vida graças ao amor misericordioso de Deus”.
Por outro lado, “São Paulo reconhece que nele tudo é obra da graça de Deus, mas não esquece que ocorre aderir livremente ao dom da vida nova recebida no Baptismo”. No capítulo sexto da Carta aos Romanos, proclamado na Vigília Pascal, exorta: “Não ofereçais ao pecado os vossos membros… mas oferecei-vos a vós mesmos, a Deus, como seres vivos…”
“Nestas palavras está contido o programa da Quaresma segundo a sua intrínseca perspectiva baptismal. Por um lado, afirma-se a vitória de Cristo sobre o pecado, ocorrida de uma vez para sempre com a sua morte e ressurreição. Por outro lado, somos exortados a não oferecer ao pecado os nossos membros, isto é, a não conceder espaço (por assim dizer) para o pecado se vingar. A vitória de Cristo aguarda que o discípulo a faça sua.”
Tal acontece antes de mais com o Baptismo – explicou ainda o Papa. Mas o baptizado, para que Cristo possa reinar plenamente em si, deve seguir fielmente os seus ensinamentos, e não se deve descuidar, para não permitir ao adversário recuperar de algum modo o terreno”.
Mas como levar à realização a vocação baptismal, como ser vitorioso na luta entre a carne e o espírito? – interrogou-se o pontífice, que logo recordou os três “meios” que o Evangelho do dia aponta: a oração, a esmola e o jejum. Também sobre cada um deles, Paulo pode servir de guia. No caso da oração, ele exorta a “perseverar”, a “rezar ininterruptamente”. Quanto à esmola, são importantes as páginas dedicadas à grande colecta a favor dos irmãos pobres e a sua indicação de que é a caridade o cume da vida do crente, o “vínculo da perfeição”. Quanto ao jejum, embora dele não fale expressamente, é de notar que ele exorta muitas vezes à sobriedade, como característica de quem está chamado a viver vigilante, aguardando o Senhor que vem.
A concluir, Bento XVI recordou ainda que, “para viver esta nova existência em Deus, é indispensável nutrir-se da Palavra de Deus”.
“Também nisto, o Apóstolo é antes de mais uma testemunha: as suas Cartas são a prova eloquente do facto que ele vivia da Palavra de Deus: pensamento, acção, oração, teologia, pregação, exortação, tudo nele era fruto da Palavra, recebida desde a juventude na fé judaica, e plenamente desvelada aos seus olhos pelo encontro com Cristo morto e ressuscitado, pregada no resto da vida na sua ‘corrida’ missionária. Foi-lhe revelado que em Jesus Cristo Deus pronunciou a sua Palavra definitiva, Palavra de salvação que coincide com o mistério da Cruz”.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
OS ORTODOXOS APOIAM AO PAPA BENTO XVI POR BUSCAR A COMUNHÃO COM OS BISPOS DA FSSPX
"Sólo podemos alegrarnos de los pasos que se han dado para lograr la comunión entre el Papa Benedicto XVI y la Fraternidad Sacerdotal de San Pío X". Estas palabras del padre Alexandre Siniakov, responsable de relaciones con las otras iglesias del patriarcado ortodoxo ruso en Francia, reflejan la opinión mayoritaria entre los cristianos ortodoxos acerca de la decisión del Papa de revocar las excomuniones a los obispos lefebvrianos.
Al mismo tiempo, el padre Siniakov se muestra "sorprendido por la falta de solidaridad que algunos católicos han demostrado en relación a la decisión tomada por el Papa".
"No ha hecho otra cosa que ejercitar su ministerio en favor de la unidad y resulta triste ver que su actuación está provocando cierta división en la Iglesia Católica", declara el delegado para el ecumenismo de los ortodoxos rusos en Francia. Además ha asegurado que los medios de comunicación rusos han acogido favorablemente la noticia que supone el primer paso hacia la reconciliación plena de la FSSPX con la Iglesia.
"Nos parece que el Papa no quiere romper con la tradición anterior al Concilio Vaticano II", opina el padre Siniakov, quien recuerda el cisma que sufrió la Iglesia Ortodoxa Rusa tras un concilio en los años 1666-1667, debido a la imposición de reformas litúrgicas. Unas reformas, en palabras del sacerdote ortodoxo, "mucho menos importantes que las que se llevaron a cabo tras el Vaticano II".
Sin embargo, afirma, "las excomuniones que se lanzaron entonces lograron que el cisma perdurara durante siglos. El Patriarca de Moscú las levantó en 1970, demasiado tarde. Creo modestamente que el Papa ha hecho bien al levantar estas excomuniones rápidamente para evitar que el cisma se eternizara".
Al mismo tiempo, el padre Siniakov se muestra "sorprendido por la falta de solidaridad que algunos católicos han demostrado en relación a la decisión tomada por el Papa".
"No ha hecho otra cosa que ejercitar su ministerio en favor de la unidad y resulta triste ver que su actuación está provocando cierta división en la Iglesia Católica", declara el delegado para el ecumenismo de los ortodoxos rusos en Francia. Además ha asegurado que los medios de comunicación rusos han acogido favorablemente la noticia que supone el primer paso hacia la reconciliación plena de la FSSPX con la Iglesia.
"Nos parece que el Papa no quiere romper con la tradición anterior al Concilio Vaticano II", opina el padre Siniakov, quien recuerda el cisma que sufrió la Iglesia Ortodoxa Rusa tras un concilio en los años 1666-1667, debido a la imposición de reformas litúrgicas. Unas reformas, en palabras del sacerdote ortodoxo, "mucho menos importantes que las que se llevaron a cabo tras el Vaticano II".
Sin embargo, afirma, "las excomuniones que se lanzaron entonces lograron que el cisma perdurara durante siglos. El Patriarca de Moscú las levantó en 1970, demasiado tarde. Creo modestamente que el Papa ha hecho bien al levantar estas excomuniones rápidamente para evitar que el cisma se eternizara".
BENTO XVI : " LIBERDADE NÃO É LIBERTINAGEM; É SERVIR, NA CARIDADE"
Sexta-feira ao fim da tarde, Bento XVI visitou, o Seminário Maior Romano, na véspera da festa da respectiva padroeira, Nossa Senhora da Confiança. O papa foi acolhido pelo seu Vigário para a Diocese de Roma, cardeal Agostino Vallini, e pelo reitor do Seminário.
Num momento de oração na capela, o Santo Padre comentou, em palavras improvisadas e em jeito de “lectio divina”, um versículo da Carta de São Paulo aos Gálatas: “fostes chamados à liberdade”.
A liberdade – observou – é o grande sonho da liberdade, por maioria de razão na época moderna. Mas – perguntou: o que é liberdade? Como podemos ser livres? E respondeu: “Sem dúvida que liberdade não é libertinagem. A liberdade que vai contra a verdade não é liberdade”.
“Paulo tem a ousadia de um paradoxo forte: mediante a caridade, colocai-vos ao serviço. Paradoxalmente, é servindo que nos tornamos livres. A nossa verdade é que somos antes de mais criaturas, criaturas de Deus e vivemos na relação com o Criador. Somos seres relacionais. Só aceitando esta relacionalidade entramos na verdade, caso contrário caímos na mentira, e acabamos por nos destruirmos a nós próprios”.
A concluir, o Papa fez ainda uma alusão às polémicas que nascem quando a fé degenera em intelectualismo e a humildade é substituída pela arrogância de pretender ser melhores do que os outros. “Em vez de nos inserirmos na comunhão com Cristo, no Corpo de Cristo que é a Igreja, queremos ser superiores aos outros e, com arrogânjavascript:void(0)cia intelectual, queremos demonstrar ser maiores que os outros. Nascem assim polémicas destrutivas, caricaturas de uma Igreja que deveria ser um só coração e uma só alma”.
É então fundamental – concluiu o papa – extrair ensinamentos dos escritos paulinos: "Segundo a advertência de São Paulo, devemos também fazer um exame de consciência: não querermos ser superior aos outros, mas sermos humildes, em Cristo, identificar-nos com a humildade de Maria, obedientes à fé. Justamente assim se abre realmente o grande espaço da verdade e da liberdade no amor.
BENTO XVI: "ESTA FESTA OFERECE-ME A OCASIÃO PARA VOS PEDIR QUE ME ACOMPAHEIS COM AS VOSSAS ORAÇÕES..."
Ontem foi a festa da Cátedra de São Pedro, na alocução dominical, ao meio-dia, antes da recitação do Angelus, Bento XVI pediu orações para que possa exercer fielmente o papel que a Providência lhe confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro, nomeadamente a bem da unidade da Igreja.
O Papa começou por evocar o Evangelho do dia, o episódio do paralítico perdoado e curado: “Esta passagem evangélica mostra que Jesus tem o poder não só de sanar o corpo doente, mas também de perdoar os pecados. Mais ainda: a cura física é sinal da cura espiritual que o perdão produz. Na verdade, o pecado é uma espécie de paralisia do espírito, da qual só a potência do amor misericordioso de Deus nos pode libertar, permitindo-nos levantar de novo, para retomar o caminho do bem”.
Para além da celebração dominical – observou depois o Papa – ocorre neste dia 22 de Fevereiro a festa da Cátedra de São Pedro: “A Cátedra de Pedro simboliza a autoridade do Bispo de Roma, chamado a desempenhar um peculiar serviço em relação a todo o Povo de Deus.
Logo depois do martírio de são Pedro e são Paulo, foi reconhecido à Igreja de Roma o papel primacial em toda a comunidade católica, papel já atestado no século II por santo Inácio de Antioquia e santo Ireneu de Lyon. Este singular e específico ministério do Bispo de Roma foi reafirmado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II.
‘Na comunhão eclesiástica – lê-se na Constituição dogmática sobre a Igreja – existem legitimamente Igrejas particulares, que gozam de tradições próprias, permanecendo íntegro o primado da Cátedra de Pedro, que preside à comunhão universal da caridade, tutela as legítimas variedades, e ao mesmo tempo vela para que o que é particular, não só não prejudique a unidade, mas sim a reforce.
Esta festa oferece-me a ocasião para vos pedir que me acompanheis com as vossas
orações, para que possa desempenhar fielmente a alta responsabilidade que a Providência divina me confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro”.
Quase a concluir a alocução antes das Ave-Marias, Bento XVI convidou a dirigir o olhar para Maria, que nestes dias foi celebrada em Roma sob a invocação de Nossa Senhora da Confiança. Ocasião para o Papa recordar o iminente início da Quaresma:
“A ela pedimos que nos ajude também a entrar com as devidas disposições de espírito no tempo da Quaresma, que terá início na próxima quarta-feira, com o sugestivo rito das Cinzas. Que Maria nos abra o coração à conversão e à escuta dócil da Palavra de Deus”.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
"NÓS QUEREMOS ESTAR COM PEDRO, COM O PAPA QUE EM CADA MOMENTO DA HISTÓRIA SABE DIZER A CRISTO.:TU SABES TUDO, TU SABES QUE TE AMO", MONS. SANZ MONTE
Tú eres Pedro
Queridos Hermanos y amigos: Paz y Bien.
Coincide este domingo con la conmemoración de la cátedra de San Pedro. Jesús quiso sentar en esa sede apostólica principal al viejo pescador galileo, poniéndole al frente de su incipiente comunidad eclesial. Pedro será capaz de lo más grande por amor cuando esté cerca del Maestro en el Tabor o en Getsemaní. Pero también será capaz de lo más lamentable por temor, cuando en aquella noche inolvidable llegue a negar a Jesús hasta tres veces, junto a una fogata común en un patio cualquiera.
Bien sabía Jesús que Pedro era bueno, pero que también era pecador, que sería capaz de cortar la oreja a quien amenazase al Maestro, y un momento después renegar hasta la porfía que le conocía. Así sucede con cada uno de nosotros. Por eso consuela saber que quien nos llama es fiel, aunque nosotros seamos lentos y torpes. Al final, sólo nos queda decir como Pedro: Tú, Señor lo sabes todo. Sabes que te amo.
Bien viene la alusión litúrgica de esta festividad para situarnos como hijos de la Iglesia junto a quien en estos momentos prolonga aquel encargo pastoral que Jesús confiara a Pedro. El Papa Benedicto XVI, está sentado en esa misma sede de Pedro presidiendo en la caridad a toda la Iglesia universal. La Conferencia Episcopal ha publicado una nota de adhesión filial al Papa ante los ataques que viene recibiendo últimamente.
Como bien ha dicho el periodista J.L. Restán, dentro de la zarabanda de comentarios, a caballo entre la ignorancia y la mala fe, que han suscitado en la prensa europea la decisión del Papa de revocar la excomunión a los cuatro obispos ordenados por Marcel Lefebvre y las deplorables afirmaciones sobre el Holocausto del obispo Williamson, brillan algunas voces que nos ayudan a desentrañar esta alocada madeja. Así, para el filósofo alemán Robert Spaemann se ha tratado, en primer lugar, de un auténtico ajuste de cuentas que se demoraba ya más de tres años.
En efecto, la mayoría de los círculos intelectuales progresistas y medios de comunicación afines habían diseñado la caricatura del oscuro inquisidor que pretendía llevar a la Iglesia a la leyenda negra medieval. En ellos era palpable la frustración al no poder casar esa imagen con la de un Benedicto XVI caracterizado por la racionalidad y la mansedumbre en sus juicios, por la belleza y la profundidad en sus intervenciones.
Spaemann explica el significado del levantamiento de las excomuniones: “estos cuatro obispos pueden ahora confesarse, obtener la absolución de sus pecados, participar en la eucaristía y morir con los sacramentos”. No es poca cosa para quien se siente y se quiere católico, pero eso no significa que se les haya reconocido la capacidad de ejercer el ministerio episcopal en la Iglesia.
No estamos ante una calculada escenificación demagógica, ni se trata de una jugada romántica de un Papa intelectual y despistado. Igual que sucede con la interpretación del Vaticano II: los progresistas que quieren romper hacia adelante, y los conservadores que quieren romper hacia atrás, mientras que el Papa ve el Vaticano II como una continuidad de la gran Tradición de la Iglesia, sin rupturas ideológicas. Por eso el Papa ha sentido la necesidad de pedir al pueblo y a los pastores que le sostengan de modo especial en esta delicada y gravosa misión.
Lejos de cualquier oportunismo barato que esconde siempre una ideología nada inocente, nosotros queremos estar con Pedro, con el Papa que en cada tramo de la historia, sabe decirle a Cristo: Tú lo sabes todo, tú sabes que te amo. Y al que Cristo le dice: apacienta mis corderos. Nos sabemos apacentados por alguien que ama al Señor.
El Señor os bendiga y os guarde.
Jesús Sanz Montes, ofm
Obispo de Huesca y de Jaca
FESTA DA CÁTEDRA DE S.PEDRO
HOJE , FESTA DA CÁTEDRA DE S.PEDRO queremos manifestar todo o nosso apoio ao Vigário de Cristo na terra , o Papa Bento XVI e prometemos a mais viva obediência a todos os seus ensinamentos como é próprio de todo o fiel católico. Queremos sobretudo rezar muito pelo Santo Padre pedindo a Deus lhe conceda vida longa e o livre de todos os seus inimigos.
Queremos manter uma total unidade com o Papa Bento XVI já que onde "está Pedro aí está a Igreja de Cristo"e a ele foi confiado o poder de "tudo o que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu"
DECLARAÇÕES DO CARDEAL STICKLER DOBRE A MISSA TRIDENTINA
Declarações do Cardeal Stickler sobre a Missa de S. Pio V
Prefeito emérito dos Arquivos do Vaticano
(revista The Latin Mass, 1995)
"O Papa João Paulo II fez duas perguntas, em 1986, a uma comissão de nove cardeais.
Primeira pergunta: "O Papa Paulo VI ou qualquer outra autoridade competente até o presente momento proibiram legalmente a livre celebração da Missa tridentina?"
"A resposta dada por oito destes cardeais em 1986 foi que não, a Missa de São Pio V jamais foi suspensa. Posso afirmá-lo: eu era um destes cardeais. Um somente foi de parecer contrário. Todos os outros estavam a favor de uma livre permissão: que cada qual possa escolher a antiga Missa.
Houve uma outra pergunta muito interessante: Será que um bispo pode impedir qualquer sacerdote que seja, desde que em situação regular, de recomeçar a celebrar a Missa tridentina? Os nove cardeais responderam unanimemente que um bispo não podia impedir um sacerdote católico de celebrar a Missa Tridentina. Nós não temos uma proibição oficial e eu penso que o Papa jamais pronunciaria uma proibição oficial."
O mesmo Cardeal no Congresso de Christi Fideles, Nova York, maio de 1995
"A Missa nova deveria chamar-se "missa da comissão litúrgica pós-conciliar":
"Pela constituição do Vaticano II sobre a liturgia é evidente que a vontade do Concílio e a vontade da comissão litúrgica muitas vezes não coincidem, e até se opõem de maneira clara.
A missa de Paulo VI ... põe antes em evidência o aspecto geral da missa, a saber a Comunhão; o que resulta em transformar o Sacrifício naquilo que é permitido chamar um banquete.
O lugar importante dado às leituras e à pregação na nova missa, a possibilidade mesma deixada ao padre de acrescentar explicações e palavras pessoais é uma reflexão a mais sobre o que é legítimo chamar de uma adaptação à idéia protestante de culto..."
"A recente mudança na localização do altar, bem como a posição do padre de frente para a assembléia - proibidas antigamente - tornam-se hoje o sinal de uma missa concebida como reunião da comunidade."
"Santo Tomás de Aquino consagra todo um artigo para justificar o "mysterium fidei". E o Concílio de Florença confirma explicitamente o "Mysterium fidei" na fórmula da Consagração. Em nossos dias, o "mysterium fidei" foi eliminado das palavras da Consagração na nova liturgia. Por que então?
Foi concedida igualmente a licença de dizer outros cânones. O Segundo Cânon - que não menciona o carácter sacrifical da missa - tem, não há dúvida, o mérito de ser o mais curto, mas, de fato, suplantou por toda a parte o Cânon romano.
Foi assim que nós perdemos o profundo sentido teológico dado pelo Concílio de Trento."
"Por essas mesmas razões, o cânon 9 do Concílio (de Trento) estabelece a excomunhão para aqueles que afirmam que o rito da Igreja Romana no qual parte do Cânon e as palavras da Consagração são pronunciadas em voz baixa, deve ser condenado."
"O emprego do vernáculo acarretou sérias incompreensões e erros doutrinais, ele produziu a "desunião": Esta Babel de cultos públicos tem por resultado a perda da unidade externa no seio da Igreja Católica (...). Devemos admitir que, em poucos decénios, depois da reforma da língua litúrgica, nós perdemos esta oportunidade de rezar e de cantar juntos".
"Em terceiro lugar, a reforma que se seguiu ao Vaticano II destruiu ou transformou a riqueza de numerosos símbolos litúrgicos".
"Para resumir nossas reflexões, podemos dizer que os benefícios teológicos da missa tridentina correspondem às deficiências teológicas da missa saída do Vaticano II."
(conf. revista "Iota Unum" n. 312, 21/10/1995, Paris).
Para citar este texto:
"Declarações do Cardeal Stickler sobre a Missa de S. Pio V"
MONTFORT Associação Cultural
O CRUZADO DO SÉCULO XX-PLÍNIO CORRÊA DE OLIVEIRA
Roberto de Mattei
O cruzado do século XX – Plinio Corrêa de Oliveira
Tradução do original italiano: Leo Daniele
Revisão e projecto gráfico: António Carlos de Azeredo
Livraria Civilização Editora, Porto, 1997
PREFÁCIO
do Cardeal Alfons M. Stickler S.D.B. *
Nos períodos de crise e de confusão que a História frequentemente registra, as biografias dos homens eminentes podem às vezes, mais do que os abstractos volumes de moral ou de filosofia, indicar o recto caminho.
Com efeito, os princípios devem ser vividos em concreto e quanto mais as condições dos tempos são hostis à encarnação histórica dos valores perenes, tanto mais se torna necessário conhecer a vida de quem colocou tais valores no centro da própria existência.
Isto sucedeu, no nosso século, com Plínio Corrêa de Oliveira, o grande pensador e homem de acção brasileiro do qual o Prof. Roberto de Mattei, com a competência que lhe é própria, compôs a primeira biografia na Europa a um ano da morte daquele, ocorrida em São Paulo, a 3 de Outubro de 1995.
Com a coerência da sua vida de autêntico católico, Plínio Corrêa de Oliveira confirma-nos a fecundidade da Igreja. De facto, para os verdadeiros católicos, as dificuldades dos tempos constituem ocasiões em que eles se destacam na História, para nela afirmar a perenidade dos princípios cristãos. Foi o que fez o eminente pensador brasileiro, mantendo alta, na era dos totalitarismos de todas as cores e expressões, a sua fidelidade inamovível ao Magistério e às instituições da Igreja. Ao lado da sua fidelidade ao Papado, apraz-me recordar um traço característico da sua espiritualidade que se manifestou na devoção a Maria Auxiliadora, a Nossa Senhora do Rosário e da vitória de Lepanto, por ele venerada na Igreja salesiana do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo.
Lembro-me ainda com satisfação de ter estado entre os apresentadores na Itália da obra magistral de Plínio Corrêa de Oliveira, "Nobreza e elites tradicionais análogas nas alocuções de Pio XII", que na minha opinião constitui, ao lado de "Revolução e Contra-Revolução", um dos frutos mais altos do pensamento deste ilustre brasileiro.
Congratulo-me por fim com o autor desta obra, Prof. Roberto de Mattei, ao qual me ligam sentimentos de amizade e de consonância de ideais, pela mestria com que conseguiu apresentar-nos a figura e obra de Plínio Corrêa de Oliveira, de quem se mostra digno discípulo na Europa.
Todos os fundadores e personalidades de relevo na história da Igreja sofreram incompreensões e calúnias. Não admira, pois, que também Plínio Corrêa de Oliveira tenha sido objecto, e possa continuar a sê-lo no futuro, de campanhas difamatórias, alimentadas habilmente por aqueles que se opõem ao seu ideal de recristianização da sociedade. Tais campanhas caluniosas também atingiram, no nosso século, muitas outras associações católicas, contra as quais se quis lançar a pecha demoníaca de "seitas". É interessante notar que tais campanhas se tornam tanto mais agressivas quanto maior é a fidelidade católica das associações atingidas. Isso demonstra que o verdadeiro alvo das acusações é a Igreja, à qual se pretende negar o papel de "Mestra da Verdade" recentemente reafirmado pelo Santo Padre João Paulo II na encíclica Veritatis Splendor. É lamentável que a essas campanhas injuriosas, promovidas pelos inimigos da Igreja, se prestem por vezes católicos que se pretendem ortodoxos.
Faço votos de que esta biografia de Plínio Corrêa de Oliveira dissipe críticas e incompreensões e constitua um ponto de referência ideal para todos aqueles que, com generosidade, querem dedicar as próprias energias ao serviço da Igreja e da Civilização Cristã.
Tal obra de serviço à Igreja não requer apenas rectidão doutrinal, mas também vida interior e um especial espírito de penitência e de sacrifício, proporcionado à gravidade da hora presente.
Com a sua vida e obra, Plínio Corrêa de Oliveira dá-nos claro exemplo disso.
Asseguro as minhas orações e a minha bênção para todos aqueles que se farão imitadores e propagadores desse espírito e dessa visão autenticamente católica do mundo.
Alfons Maria Card. Stickler
Roma, 2 de Julho de 1996
Festa da Visitação de Nossa Senhora
* O Cardeal Alfons Maria Stickler, salesiano, nasceu em Neunkirchen (Áustria) em 1910. A sua particular vocação para o estudo das ciências jurídicas conduziu-o ao magistério no Pontifício Ateneu Salesiano, do qual foi, de início, Decano da Faculdade de Direito Canónico e, posteriormente, Reitor de 1958 a 1966. Pondo ao serviço da Santa Sé os seus elevados dotes académicos, após ter dirigido o Instituto de Altas Ciências Latinas foi nomeado Prefeito da Biblioteca Vaticana. Em 1983, João Paulo II elevou-o à dignidade episcopal e em seguida, ao nomeá-lo Cardeal com o título diaconal de São Jorge em Velabro, fê-lo Bibliotecário e Arquivista da Santa Igreja. É autor de importantes estudos teológicos e canónicos traduzidos em numerosas línguas.
"TODO O CATÓLICO DEVE SER UM COMBATENTE" DIZ PLÍNIO CORREA
Plinio Corrêa de Oliveira
Assim como as árvores frondosas estendem seus galhos em todas as direcções, assim também a Igreja, na sua imensa sabedoria, estende sua influência em todos os campos da actividade humana.
Passou o tempo dos católicos que se lembravam de Deus para pedir graças quase sempre temporais, e que se esqueciam do Criador, quando, entre amigos, ouviam placidamente as maiores acusações contra a Igreja.
Todo católico deve ser um combatente, e todo combatente um herói
Hoje o católico é, por definição, um combatente. Numa cidade, quando o inimigo está às portas, todos os habitantes se põem em pé de guerra. Combatem todos como podem, e traidor será aquele que, fugindo aos azares da luta, se refugiar covardemente em sua casa.
Quando Santo Agostinho se referia a duas cidades, uma a Cidade de Deus, a outra a do demónio, que se combatiam constantemente, não lançava mão de uma figura senão para pintar melhor a realidade. Protestantes, espíritas, ateus, teosofistas, maçons, ortodoxos, judeus, muçulmanos não são mais que soldados de diversos batalhões pertencentes a um mesmo exército. Realmente, pouco se combatem uns aos outros. Estão, porém, sempre unidos para combater a Igreja.
Ora, neste combate que, hoje mais do que nunca, tende a assumir proporções ciclópicas, todo o católico deverá ser combatente, e todo o combatente deverá ser herói.
E assim como os fidalgos medievais, antes de serem armados cavaleiros, procuravam se destacar no manejo das armas, assim também todo o católico de hoje tem a obrigação de se preparar para as lutas .
Chegou o momento de agir. O dever nos chama à luta. O combate será encarniçado. Por toda a parte se arregimentam os nossos. Batalha! Vitória!
Publicamos, a seguir, a fórmula do compromisso mariano.
[Consagração e] compromisso dos Congregados Marianos
Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, eu, ainda que indigníssimo de ser vosso servo, movido contudo pela vossa admirável piedade e pelo desejo de Vos servir, Vos elejo hoje, em presença de toda a corte celeste, por minha especial Senhora, Advogada e Mãe, e firmemente proponho servir-Vos sempre e fazer quanto puder para que dos mais sejais também fielmente servida e amada.
Suplico-Vos e rogo-Vos, ó Mãe piedosíssima, pelo Sangue de vosso Filho por mim derramado, me recebais por servo perpétuo, no número de vossos devotos. Assisti-me em todas as minhas acções e alcançai-me de vosso Filho graças para que sejam tais, daqui para o futuro, os meus pensamentos, palavras e obras, que nunca mais ofenda os vossos olhos e os de vosso divino Filho. Lembrai-Vos de mim e não me abandoneis na hora da minha morte. Amém.
E como os Sumos Pontífices têm repetidas vezes condenado a Franco-Maçonaria e QUAISQUER OUTRAS SOCIEDADES SECRETAS, eu, obedecendo com amor filial à autoridade do Vigário de Cristo, e nomeadamente aos desejos de Sua Santidade Leão XIII, expressos na Encíclica Humanum Genus, tomo a resolução e compromisso de nunca me afiliar em alguma das sobreditas seitas, sob qualquer denominação que seja, e de, pelo contrário, combater animadaamente, em todo o tempo e lugar, as suas tramas, doutrina e influência. Assim Deus me ajude.
Fonte:Plinio Corrêa de Oliveira
Assim como as árvores frondosas estendem seus galhos em todas as direcções, assim também a Igreja, na sua imensa sabedoria, estende sua influência em todos os campos da actividade humana.
Passou o tempo dos católicos que se lembravam de Deus para pedir graças quase sempre temporais, e que se esqueciam do Criador, quando, entre amigos, ouviam placidamente as maiores acusações contra a Igreja.
Todo católico deve ser um combatente, e todo combatente um herói
Hoje o católico é, por definição, um combatente. Numa cidade, quando o inimigo está às portas, todos os habitantes se põem em pé de guerra. Combatem todos como podem, e traidor será aquele que, fugindo aos azares da luta, se refugiar covardemente em sua casa.
Quando Santo Agostinho se referia a duas cidades, uma a Cidade de Deus, a outra a do demónio, que se combatiam constantemente, não lançava mão de uma figura senão para pintar melhor a realidade. Protestantes, espíritas, ateus, teosofistas, maçons, ortodoxos, judeus, muçulmanos não são mais que soldados de diversos batalhões pertencentes a um mesmo exército. Realmente, pouco se combatem uns aos outros. Estão, porém, sempre unidos para combater a Igreja.
Ora, neste combate que, hoje mais do que nunca, tende a assumir proporções ciclópicas, todo o católico deverá ser combatente, e todo o combatente deverá ser herói.
E assim como os fidalgos medievais, antes de serem armados cavaleiros, procuravam se destacar no manejo das armas, assim também todo o católico de hoje tem a obrigação de se preparar para as lutas .
Chegou o momento de agir. O dever nos chama à luta. O combate será encarniçado. Por toda a parte se arregimentam os nossos. Batalha! Vitória!
Publicamos, a seguir, a fórmula do compromisso mariano.
[Consagração e] compromisso dos Congregados Marianos
Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, eu, ainda que indigníssimo de ser vosso servo, movido contudo pela vossa admirável piedade e pelo desejo de Vos servir, Vos elejo hoje, em presença de toda a corte celeste, por minha especial Senhora, Advogada e Mãe, e firmemente proponho servir-Vos sempre e fazer quanto puder para que dos mais sejais também fielmente servida e amada.
Suplico-Vos e rogo-Vos, ó Mãe piedosíssima, pelo Sangue de vosso Filho por mim derramado, me recebais por servo perpétuo, no número de vossos devotos. Assisti-me em todas as minhas acções e alcançai-me de vosso Filho graças para que sejam tais, daqui para o futuro, os meus pensamentos, palavras e obras, que nunca mais ofenda os vossos olhos e os de vosso divino Filho. Lembrai-Vos de mim e não me abandoneis na hora da minha morte. Amém.
E como os Sumos Pontífices têm repetidas vezes condenado a Franco-Maçonaria e QUAISQUER OUTRAS SOCIEDADES SECRETAS, eu, obedecendo com amor filial à autoridade do Vigário de Cristo, e nomeadamente aos desejos de Sua Santidade Leão XIII, expressos na Encíclica Humanum Genus, tomo a resolução e compromisso de nunca me afiliar em alguma das sobreditas seitas, sob qualquer denominação que seja, e de, pelo contrário, combater animadaamente, em todo o tempo e lugar, as suas tramas, doutrina e influência. Assim Deus me ajude.
Fonte:Plinio Corrêa de Oliveira
sábado, 21 de fevereiro de 2009
"SE AS MISSAS FOSSEM CELEBRADAS NO MODO TRADICIONAL, AS IGREJAS ESTARIAM CHEIAS" DIZ O PE. LAGUÉRIE
Entrevista do Pe. Laguérie, superior geral do Instituto Bom Pastor
"Se as missas fossem feitas no modo tradicional, as igrejas estariam cheias. Toda vez que a liturgia é deteriorada, as igrejas se esvaziam", diz Laguérie, nomeado pelo Vaticano como fundador e superior geral do Instituto Bom Pastor.
O órgão foi criado pelo papa Bento XVI em setembro 2006, com sede na Arquidiocese de Bordeaux, na França.
O Vaticano divulgou um "Motu Proprio" -documento que o papa escreve por iniciativa própria, e não como resposta a uma solicitação- assinado por Bento 16 que facilita aos padres de todo o mundo celebrarem a missa tradicional, baseada na liturgia estabelecida pelo papa João 23, em 1962.
Essa missa tradicional (ou tridentina) era rezada antes das mudanças feitas pelo Concílio Vaticano II (1962-65), que introduziu a nova forma de celebrar a missa, com a possibilidade de uso do idioma local.
A missa tradicional em latim nunca foi oficialmente suspensa, mais caiu em desuso. Em 1982, João Paulo II decretou que, para rezá-la, seria necessário pedir permissão ao bispo da diocese.
Leia a seguir entrevista com o padre Philippe Laguérie.
FOLHA - A retomada da missa tradicional causou grande repercussão devido a um trecho em que cita os judeus. Como avalia a polémica?
PHILIPPE LAGUÉRIE - Na missa propriamente dita, essa que é celebrada todos os dias, não há nada, nenhuma referência aos judeus. Existia uma referência aos judeus na liturgia da Sexta-feira Santa, que não é uma missa. Reclamava-se de um texto que falava dos "pérfidos judeus", mas ele foi suprimido pelo papa João XXIII, justamente a missa que o papa acaba de ressuscitar. Então, essa é uma falsa questão.
FOLHA - Mas a liturgia da Sexta-feira Santa ainda mantém a afirmação de que os judeus necessitam ser esclarecidos sobre Jesus Cristo ["Oremos pelos judeus, para que Deus retire o véu que cobre seus corações e lhes faça conhecer nosso senhor Jesus Cristo"].
LAGUÉRIE - Certamente, eles têm de ser esclarecidos sobre a divindade de Jesus Cristo. Pede-se que os judeus, os muçulmanos, os infiéis de maneira geral sejam esclarecidos sobre Jesus Cristo.
Fala-se de 15 categorias de pessoas -os catecúmenos, os hereges, os cismáticos, os pagãos-, pede-se a todos que conheçam a luz de Cristo.
Pede-se até que sejam esclarecidos o papa, os bispos e todo o clero a respeito da divindade de Cristo, que conheçam a luz de Cristo. Então, não há nenhuma referência especial aos judeus.
FOLHA - O Vaticano publicou outro documento, que traz a ideia de superioridade da Igreja Católica sobre as demais igrejas cristãs, ao afirmar que a igreja de Cristo é a Igreja Católica. O sr. pode esclarecer esse ponto?
LAGUÉRIE - O que o papa diz no documento é que a afirmação do Concílio de que "a Igreja Católica subsiste na igreja de Cristo" significa "a Igreja Católica é a igreja de Cristo" ainda com mais força. Não só diz que a Igreja Católica é a igreja de Cristo actualmente mas que sempre o foi, desde o início. Além disso, o papa define quem a Igreja Católica reconhece como igreja.
Ele admite que se chamem de igrejas as ortodoxas, porque elas conservaram o sacerdócio, a sucessão apostólica e a missa católica.
Embora possam ser chamadas de igreja, não são igrejas de Cristo, porque não têm a comunhão com Roma, condição essencial para ser igreja de Cristo.
Porém o papa não reconhece o nome de igreja a todos os movimentos surgidos da Reforma protestante, porque eles não têm a doutrina católica.
Não é o objectivo do documento estabelecer um "hit parade" das igrejas, dizer qual é a melhor, mas definir quem é igreja ou não segundo o Vaticano.
FOLHA - Como será tomada a decisão de rezar a missa tradicional?
LAGUÉRIE - Existe a liberdade de qualquer padre decidir rezar a missa antiga. Ele pode receber fiéis para assistir à missa, mas continua sendo uma missa privada [missa que o padre reza por iniciativa própria e que não pertence à programação oficial da igreja, mesmo tendo público].
Para que haja uma missa na paróquia, uma missa pública, é preciso que um grupo de fiéis estável faça o pedido. Se o pároco não atender a esse pedido dos fiéis, eles devem procurar o bispo, que deve fazer todo o possível para atender aos fiéis.
Caso isso não ocorra, então se deve recorrer à Comissão Ecclesia Dei, em Roma.
FOLHA - Quais as principais diferenças entre a missa tradicional e a missa rezada hoje?
LAGUÉRIE - Há muita, muita, muita diferença. Em primeiro lugar, na missa antiga, todos rezam voltados para Deus e voltados para o Oriente, onde nasce o sol, que simboliza a luz de Cristo e o surgimento da verdade. Somente na explicação do Evangelho, nas leituras e no sermão, o padre se volta para o povo, pois está se dirigindo a ele. Na missa nova, o padre reza sempre voltado para o povo.
A segunda diferença é a língua sagrada, o latim. Nós não nos dirigimos a Deus na mesma língua que usamos nas compras, nos negócios, no dia-a-dia.
Sempre houve na igreja, mesmo no Oriente, uma língua sagrada para falar com Deus. Na Síria, rezava-se a missa em aramaico; na Judéia, rezava-se a missa em siríaco. Em terceiro lugar, os próprios textos da missa são diferentes: na missa nova não se fala mais do sacrifício nem do pecado nem da vida eterna nem da redenção.
FOLHA - Essa volta à missa antiga pode ser vista como exemplo de um retorno da Igreja Católica, sob Bento XVI, ao conservadorismo?
LAGUÉRIE - A nova missa corresponde à teologia dos anos 1960. A missa antiga, a uma teologia que foi eterna na Igreja Católica.
FOLHA - Existe alguma estimativa do número de católicos adeptos desse rito antigo?
LAGUÉRIE - Duas pesquisas feitas na França em maio, por institutos não-católicos, constataram que 68% dos franceses, mesmo não-católicos, se diziam adeptos da missa tradicional.
FOLHA - A idéia que se tem é justamente a inversa: que a missa rezada em latim pode afastar os fiéis. Como o sr. explica isso?
LAGUÉRIE - O papa disse que, de fato, recuou muito o conhecimento do latim e que isso pode diminuir a demanda pela missa tradicional. Mas não é preciso conhecer latim para apreciar a missa antiga.
Além disso, o papa nota que, quando se suprimiu a missa tradicional, acreditava-se que as pessoas que seguiam ligadas a ela eram velhos, nostálgicos. Mas o que se vê é justamente o contrário: há uma preponderância de jovens pedindo a volta da missa antiga.
FOLHA - Hoje, no Brasil, as missas tradicionais acontecem somente com autorização dos bispos?
LAGUÉRIE - Sim, existem algumas missas privadas. Sempre há missas em Campos (RJ), onde há um instituto de padres que rezam a missa antiga.
O Instituto Bom Pastor está justamente procurando igrejas para transformar em paróquias pessoais [paróquias que têm controle sobre um grupo de pessoas, e não sobre uma área geográfica, como ocorre com as paróquias convencionais].
FOLHA - Nesse contexto de mudanças na Igreja Católica, qual o papel do Instituto Bom Pastor, ao qual o sr. pertence?
LAGUÉRIE - O instituto é um balão de ensaio do "Motu Proprio" e também uma chamada para a reaproximação com a fraternidade de são Pio 10ø, dado que todos os membros iniciais do instituto vieram desse grupo.
Fonte: Folha Online
BEATO NUNO ÁLVARES PEREIRA SERÁ CANONIZADO A 26 DE ABRIL
Nuno Álvares Pereira canonizado a 26 de Abril
Cidade do Vaticano, 21 Fev (Lusa) - O Papa Bento XVI anunciou hoje a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, segundo um comunicado do Vaticano.
Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril.
Os quatro italianos são o padre Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, a religiosa Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, o teólogo Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas.
O segundo grupo de cinco beatos será canonizado a 11 de Outubro e integra a francesa Jeanne Jugan (1792-1879), fundadora das Pequenas Irmãs dos Pobres, o arcebispo polaco Zygmunt Szczesny Felinski (1822-1895) e dois religiosos espanhóis, o dominicano Francisco Coll y Guitart (1812-1875) e o irmão trapista Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), assim como o belga Jozef Damian de Veuster (1840-1889), membro da Congregação dos Sagrados-Corações de Jesus e Maria.
Desde o início do seu pontificado, Bento XVI proclamou 18 novos santos mas contrariamente ao seu antecessor, João Paulo II, não preside às missas de beatificação, normalmente celebradas nos países de origem dos beatos, lembra a agência especializada I-media.
O Beato Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira, 1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e, nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, a 06 de Novembro.
O processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, em sessão solene presidida por D. José Policarpo.
Uma cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo, por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.
O cardeal Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos, conduziu no Vaticano o processo de canonização.
Segundo D. José Saraiva Martins, a idosa sofria de "uma úlcera na córnea, uma coisa gravíssima".
"E os médicos, realmente, chegaram à conclusão que aquilo [a cura] não tinha explicação científica", frisou, em declarações recentes à Lusa, explicando que o processo de canonização de D. Nuno Álvares Pereira chegou ao fim "em três meses", entre Abril e Julho de 2008.
Em Abril, "o milagre atribuído à intervenção do beato Nuno foi examinado pelos médicos [do Vaticano]" e, em Maio, pelos teólogos, "no sentido de saber se tinha sido efeito da oração feita pela doente, pedindo-lhe a sua cura".
Os cardeais da Congregação das Causas dos Santos viriam a aprovar as conclusões, "tanto dos médicos como dos teólogos, e, em Julho, a documentação resultante foi presente ao Papa Bento XVI por D. José Saraiva Martins.
Em Novembro, em Fátima, os bispos católicos portugueses tornaram público o desejo de Bento XVI se deslocar a Portugal em 2009, fazendo conciliar essa viagem com a canonização de Nuno de Santa Maria.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
ALGUNS MOTIVOS PARA O LATIM NA MISSA
ALGUNS MOTIVOS PARA O LATIM NA MISSA
Não se quer acabar com o vernáculo. Apenas o Papa quer incentivar a que se façam mais Missas na língua oficial da Igreja. No que está coberto de razão.
Alguns vêem isso com maus olhos, como se fosse algo terrível o cultivo das mais caras tradições da Igreja. É justamente a falta de tradição que dificulta a formação dos católicos.
Durante centenas de anos, celebrou-se a Missa em latim, e o povo não deixou a Igreja por isso. Há fortes razões teológicas, pastorais e litúrgicas para que se celebre em latim (sem deixar de celebrar em português; não é uma oposição, podendo-se celebrar em ambos os idiomas).
Conheço pessoas bem simples, de pouca instrução, que assistem a Missa em latim (seja no rito tridentino, seja no rito novo). E com muito proveito espiritual!
Participar da Missa é unir-se a Cristo, ao seu sacrifício, não necessariamente entender cada palavra proferida ou responder a cada oração.
Mas a Missa em latim não catequizará o povo – é o que dizem alguns...
Ocorre que Missa não é catequese. Missa em latim. Catequese em português. Nunca se deu catequese em latim (salvo para os que o entendem). Somos catequizados pelos meios de catequese: livros, aulas, a homilia na Missa, tudo isso em português.
O único modo pelo qual podemos entender a Missa como catequese é considerando-a em suas cerimônias como algo que nos ensina, passo a passo, os mistérios da fé. Se é assim, há mais um argumento a favor do latim: o uso de uma outra língua, distinta da comum, demonstra que estamos diante de algo sagrado. E isso é catequese. A melhor de todas: a que mostra que a Missa não é show, é sacrifício, e diante do sacrifício não importa que entendamos as palavras, mas o que elas, em seu conjunto, significam.
O latim, por ser língua morta, está protegido das constantes mudanças de significado dos idiomas vivos e, por isso, preserva de modo muito mais eficaz o correto entendimento da doutrina. As línguas modernas assumem significados cada vez mais diversos para seus vocábulos. Hoje, uma palavra tem um sentido, amanhã a mesma terá outro. Como o latim é uma língua morta, isso não ocorre. As palavras terão sempre o mesmo sentido, e assim a doutrina é corretamente transmitida, diminuindo a possibilidade de maus entendidos.
“O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei)
Além disso, o uso de um idioma diferente do que estamos acostumados mostra que a liturgia é algo sacro. O latim demonstraria que estamos em outro clima, em outra atmosfera. Mostraria a solenidade do momento. E isso é importante para bem compreendermos a liturgia. Imagina, estás falando em português o todo tempo. De repente, chegas na igreja, e começa o culto: "In nomine Patris et Filio et Spiritus Sanctus". Já estás em outro local. É o céu na terra. Até a língua muda!
O latim, portanto, fala muito à alma. Na Missa não precisamos entender as palavras, precisamos entender é o que está acontecendo.
De outra sorte, pergunto: é preciso que o povo entenda as PALAVRAS da Missa? Não! O que é preciso é entender a PRÓPRIA Missa! Todos entendemos todas as palavras da Missa? Claro que não. Há muitas passagens de altíssima teologia, que quase ninguém entende.
Mas isso não nos impede de colher frutos da Missa. Se o entendimento das palavras da Missa fosse necessário para cresceres espiritualmente e para apreenderes os frutos da liturgia, então só doutores em teologia iriam à Missa, só eles se beneficiariam.
Muitos analfabetos, que nem sequer sabiam seu idioma direito, iam à Missa em latim e se santificavam na Idade Média, e até poucos anos. Por acaso, eles se afastaram da Igreja por não entenderem latim? Pelo contrário, se santificaram!
Importa entender que a Missa é o Sacrifício da Cruz e nos unirmos a esse ato sublime. Não importa entender o que as palavras da Missa dizem. Ajuda? Sim, pode ajudar, mas importar não importa. E quem quiser acompanhar as palavras pode decorar a Missa em latim, como decora o português, e ainda acompanhar pelos missais e folhetinhos.
O latim, ademais, nos mostra a pertença a uma Igreja maior, universal, que fala a mesma língua. Se tivermos Missa em latim em todas as igrejas (ao lado da Missa em vernáculo), então sempre que estivermos em qualquer lugar do mundo, poderemos ir numa Missa que entenderemos, pois estaremos acostumados.
O motivo de muitos não gostarem do latim é por não terem entendido o que é a Missa, ainda. A Missa é PARA DEUS, não para os homens. Não somos nós que temos de entender as palavras, mas Deus.
Não valorizar a tradição representada pelo latim, por outro lado, é não entender nada da fé católica. Uma Missa em latim evoca a universalidade da Igreja, e mostra que a Igreja tem dois mil anos. Nossa fé não nasceu ontem. Estar em uma Missa em latim mostra-nos que estamos juntos naquilo que os santos viveram.
“O Latim exprime de maneira palmar e sensível a unidade e a universalidade da Igreja.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo I, Discurso ao Clero Romano)
E quem não gostar do latim ou não entender sua importância, não compreender seu significado no rito?
Ora, os menos esclarecidos estão saindo da Igreja por falta de formação. Por não entenderem o simbolismo litúrgico. E por causa disso, então, vamos acabar com o simbolismo, só porque eles não entendem?
Então, se muitos não entendem as letras, vamos fazer o que? Acabar com o alfabeto? Pelo contrário, vamos alfabetizá-los!
Aos que não entendem a doutrina, vamos explicá-la. Aos que não entendem os símbolos, vamos ensinar a lê-los. Em vez de acabar com o latim, vamos
mostrar a importância!
Enfim, o maior uso do latim desperta nas pessoas mais reverência, mais entendimento do que realmente seja a Santa Missa, mais respeito e amor pela Eucaristia.
Cabe lembrar que quando falamos “Missa em latim” não estamos nos referindo necessariamente à chamada “Missa tridentina”, o rito tradicional, forma extraordinária do rito romano, que utiliza o Missal de São Pio V. Não. Também a “Missa nova”, o rito moderno, forma ordinária do rito romano, segundo o Missal de Paulo VI, a mesma que utilizamos na maioria de nossas igrejas, pode ser feita em latim. Na verdade, o normal é que tivéssemos uma Missa em latim no rito moderno ao menos semanalmente em todas as paróquias.
Fonte:Dominus vobiscum
Não se quer acabar com o vernáculo. Apenas o Papa quer incentivar a que se façam mais Missas na língua oficial da Igreja. No que está coberto de razão.
Alguns vêem isso com maus olhos, como se fosse algo terrível o cultivo das mais caras tradições da Igreja. É justamente a falta de tradição que dificulta a formação dos católicos.
Durante centenas de anos, celebrou-se a Missa em latim, e o povo não deixou a Igreja por isso. Há fortes razões teológicas, pastorais e litúrgicas para que se celebre em latim (sem deixar de celebrar em português; não é uma oposição, podendo-se celebrar em ambos os idiomas).
Conheço pessoas bem simples, de pouca instrução, que assistem a Missa em latim (seja no rito tridentino, seja no rito novo). E com muito proveito espiritual!
Participar da Missa é unir-se a Cristo, ao seu sacrifício, não necessariamente entender cada palavra proferida ou responder a cada oração.
Mas a Missa em latim não catequizará o povo – é o que dizem alguns...
Ocorre que Missa não é catequese. Missa em latim. Catequese em português. Nunca se deu catequese em latim (salvo para os que o entendem). Somos catequizados pelos meios de catequese: livros, aulas, a homilia na Missa, tudo isso em português.
O único modo pelo qual podemos entender a Missa como catequese é considerando-a em suas cerimônias como algo que nos ensina, passo a passo, os mistérios da fé. Se é assim, há mais um argumento a favor do latim: o uso de uma outra língua, distinta da comum, demonstra que estamos diante de algo sagrado. E isso é catequese. A melhor de todas: a que mostra que a Missa não é show, é sacrifício, e diante do sacrifício não importa que entendamos as palavras, mas o que elas, em seu conjunto, significam.
O latim, por ser língua morta, está protegido das constantes mudanças de significado dos idiomas vivos e, por isso, preserva de modo muito mais eficaz o correto entendimento da doutrina. As línguas modernas assumem significados cada vez mais diversos para seus vocábulos. Hoje, uma palavra tem um sentido, amanhã a mesma terá outro. Como o latim é uma língua morta, isso não ocorre. As palavras terão sempre o mesmo sentido, e assim a doutrina é corretamente transmitida, diminuindo a possibilidade de maus entendidos.
“O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei)
Além disso, o uso de um idioma diferente do que estamos acostumados mostra que a liturgia é algo sacro. O latim demonstraria que estamos em outro clima, em outra atmosfera. Mostraria a solenidade do momento. E isso é importante para bem compreendermos a liturgia. Imagina, estás falando em português o todo tempo. De repente, chegas na igreja, e começa o culto: "In nomine Patris et Filio et Spiritus Sanctus". Já estás em outro local. É o céu na terra. Até a língua muda!
O latim, portanto, fala muito à alma. Na Missa não precisamos entender as palavras, precisamos entender é o que está acontecendo.
De outra sorte, pergunto: é preciso que o povo entenda as PALAVRAS da Missa? Não! O que é preciso é entender a PRÓPRIA Missa! Todos entendemos todas as palavras da Missa? Claro que não. Há muitas passagens de altíssima teologia, que quase ninguém entende.
Mas isso não nos impede de colher frutos da Missa. Se o entendimento das palavras da Missa fosse necessário para cresceres espiritualmente e para apreenderes os frutos da liturgia, então só doutores em teologia iriam à Missa, só eles se beneficiariam.
Muitos analfabetos, que nem sequer sabiam seu idioma direito, iam à Missa em latim e se santificavam na Idade Média, e até poucos anos. Por acaso, eles se afastaram da Igreja por não entenderem latim? Pelo contrário, se santificaram!
Importa entender que a Missa é o Sacrifício da Cruz e nos unirmos a esse ato sublime. Não importa entender o que as palavras da Missa dizem. Ajuda? Sim, pode ajudar, mas importar não importa. E quem quiser acompanhar as palavras pode decorar a Missa em latim, como decora o português, e ainda acompanhar pelos missais e folhetinhos.
O latim, ademais, nos mostra a pertença a uma Igreja maior, universal, que fala a mesma língua. Se tivermos Missa em latim em todas as igrejas (ao lado da Missa em vernáculo), então sempre que estivermos em qualquer lugar do mundo, poderemos ir numa Missa que entenderemos, pois estaremos acostumados.
O motivo de muitos não gostarem do latim é por não terem entendido o que é a Missa, ainda. A Missa é PARA DEUS, não para os homens. Não somos nós que temos de entender as palavras, mas Deus.
Não valorizar a tradição representada pelo latim, por outro lado, é não entender nada da fé católica. Uma Missa em latim evoca a universalidade da Igreja, e mostra que a Igreja tem dois mil anos. Nossa fé não nasceu ontem. Estar em uma Missa em latim mostra-nos que estamos juntos naquilo que os santos viveram.
“O Latim exprime de maneira palmar e sensível a unidade e a universalidade da Igreja.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo I, Discurso ao Clero Romano)
E quem não gostar do latim ou não entender sua importância, não compreender seu significado no rito?
Ora, os menos esclarecidos estão saindo da Igreja por falta de formação. Por não entenderem o simbolismo litúrgico. E por causa disso, então, vamos acabar com o simbolismo, só porque eles não entendem?
Então, se muitos não entendem as letras, vamos fazer o que? Acabar com o alfabeto? Pelo contrário, vamos alfabetizá-los!
Aos que não entendem a doutrina, vamos explicá-la. Aos que não entendem os símbolos, vamos ensinar a lê-los. Em vez de acabar com o latim, vamos
mostrar a importância!
Enfim, o maior uso do latim desperta nas pessoas mais reverência, mais entendimento do que realmente seja a Santa Missa, mais respeito e amor pela Eucaristia.
Cabe lembrar que quando falamos “Missa em latim” não estamos nos referindo necessariamente à chamada “Missa tridentina”, o rito tradicional, forma extraordinária do rito romano, que utiliza o Missal de São Pio V. Não. Também a “Missa nova”, o rito moderno, forma ordinária do rito romano, segundo o Missal de Paulo VI, a mesma que utilizamos na maioria de nossas igrejas, pode ser feita em latim. Na verdade, o normal é que tivéssemos uma Missa em latim no rito moderno ao menos semanalmente em todas as paróquias.
Fonte:Dominus vobiscum