segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
CISMA DOS PROGRESSISTAS
Fotos do Papa Bento XVI recebendo em audiência os membros do Tribunal da Rota Romana que está ao serviço da Santa Sé em Roma
Cisma dos Progressistas
Mais explicitamente nos últimos dias, teólogos dissidentes têm ameaçado a Igreja com a iminência de um cisma. É triste, mas inegável, que há figuras de proa na Igreja que os apoiam veladamente. Suas palestras enchem auditórios, seus livros são editados, seus escritos aparecem nos jornais e revistas, eles lecCionam em universidades respeitáveis e perambulam por conventos outrora habitados. Em suma, ainda gozam da audiência de uma geração cujas ideias já nasceram velhas.
Esses teólogos ex-católicos – não duvido que um dia o tenham sido, quiçá imediatamente após o baptismo e talvez até a 1ª Comunhão – não engoliram o golpe que o Espírito Santo lhes deu ao escolher o Cardeal Ratzinger como Pastor Supremo da Sua Igreja. São personagens do passado, são figuras fantasmagóricas, são múmias ambulantes e falantes, são peças de um museu de horrores. Eles vivem nas décadas de 60 e 70, vivem de pesadelos que apresentaram como sonhos de um futuro promissor, o apocalíptico paraíso terreno. Ironicamente, são eles os temíveis tradicionalistas, na acepção vulgar, pejorativa e retrógrada da palavra.
A ameaça de cisma formal de küngs, boffs e farinellas, porta-vozes de uma legião de cismáticos subterrâneos covardes, não visa ao Papa Bento XVI, mas à própria Igreja. São eles os “tradicionalistas” que devem se manter afastados da Igreja de Deus, porque a odeiam, pretextando amá-la.
Sinceramente não lhes dou crédito, e não me refiro obviamente às suas teses. Não dou crédito às suas ameaças, por várias razões.
Em primeiro lugar porque eles não tem convicções. Não é capaz de atitude radical quem não tem convicções sólidas. Mesmo aos velhos hereges se deve reconhecer a firmeza de convicções – já não se faz mais herege como antigamente – os hereges hodiernos são tão relativistas que não se demoram em suas teses, estão sempre à procura de novas. Eles aceitam suspensões, proibições e até excomunhões, mas lhes falta a coragem de afirmar claramente, sem subterfúgios sofísticos, que já não professam a fé cristã e que rejeitam a Igreja Católica.
Em segundo, porque perderiam seu meio de vida. Estes parasitas sabem que não sobreviveriam se renunciassem à sua condição de “católicos”. Seus bolsos confirmam quão lucrativa é a profissão de “católico” dissidente. E nem me refiro à sanha de público, holofotes e aplausos – maldita vaidade humana, que eu pecador tão bem conheço e cuja consideração faria ser mais condescendente, não fosse a gravidade da matéria. Outros são detentores de benefícios eclesiásticos que, se não dão muito lucro, ao menos são estáveis. São os “estatutários” da Santa Igreja, ou seja, casa, comida, roupa lavada e côngrua, sem o horror da demissão no horizonte.
Em terceiro lugar, não haverá cisma por falta de sequazes, exceto se considerarmos uma centena de “viúvas da teologia liberal” um quórum aceitável. Há católicos deixando a Igreja, inegavelmente, mas não pelas razões alegadas pelos teólogos insatisfeitos, mas certamente, em parte, por causa do legado maldito destes mesmos teólogos. Se servem as lições da história, esta provou que o Papa João Paulo II não tinha motivo para temer um cisma após a condenação da “teologia” da libertação, o cisma nunca chegou. A história ensina que a condenação daquela heresia estancou, ainda que tardiamente, um êxodo de católicos para as seitas pentecostais, para as superstições orientais ou para o simples distanciamento da vida eclesial.
Na homilia de início de pontificado, o Santo Padre Bento XVI pediu reiteradas vezes que rezássemos por ele. Pediu que rezássemos para que ele “não fuja, por receio, diante dos lobos”. Estou decidido a dar uma resposta mais concreta à súplica do Papa, “doce Cristo na terra” e, a hora exige, mais pessoas deveriam fazê-lo. Mandarei imprimir, às minhas expensas, um “santinho” com a estampa do Bom Pastor contendo a Oração pelo Papa no verso e o distribuirei a todos os que eu puder, incentivando-os a recitá-la diariamente. Veremos para onde vão os lobos?
TEXTO DA ORAÇÃO
Ó Jesus, Cabeça invisível da Santa Igreja, que a fundastes sobre uma firme pedra, e prometestes que as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela, conservai, fortificai e guiai aquele que lhe destes por cabeça visível. Fazei que ele seja o modelo do vosso rebanho, assim como é o seu pastor. Seja ele o primeiro por sua santidade, doutrina e paciência, assim como o é por sua dignidade; seja ele o digno Vigário de vossa Caridade, assim como o é da vossa Autoridade. Inspirai-lhe um zelo ardente de vossa glória, da salvação das almas e da santa religião. Dai-lhe coragem invencível para combater os inimigos de vosso Santo Nome, e uma firmeza inabalável, para se opor aos estragos do erro e da impiedade. Dai-lhe a plenitude do vosso espírito, para conduzir a barca agitada de vossa Santa Igreja através dos escolhos que a cercam.
Consolai o seu coração aflito, sustentai sua alma abatida, fazei voltarem suas ovelhas desgarradas. Ajudai-o a levar o peso de sua alta dignidade e de todos os trabalhos que a acompanham. Dignai-Vos, ó meu Deus, escutar benigno os votos que Vos dirigimos por ele, e concedei-lhe longos anos, para aumentar a vossa glória e o triunfo da vossa Santa Religião.
V. Oremos pelo nosso Sumo Pontífice, o Papa Bento XVI
R. O Senhor o conserve, lhe dê longa vida e o torne feliz sobre a terra, e não o entregue nas mãos de seus inimigos. Amém.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória
Jesus, Nosso Senhor, cobri com a protecção do vosso divino Coração o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI e sede sua luz, sua força e seu consolo.
Fonte:Oblatvs