O Palio, como explicou o Santo Padre durante a imposição “seja para vós símbolo de unidade e sinal de comunhão com a Sé Apostólica; seja vinculo de caridade e estimulo de fortaleza para que no dia da vinda e da revelação do grande Deus e do príncipe dos pastores Jesus Cristo, possais obter com o rebanho que vos foi confiado, a veste da imortalidade e da gloria. São três os arcebispos de língua portuguesa que receberam das mãos do Papa o palio: o angolano D. Gabriel Mbilingi, arcebispo de Lubango, e os brasileiros D António Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife e D. Alberto Taveira Corrêa Arcebispo de Belém do Pará.
O tema da liberdade da Igreja constituiu o fio condutor da homilia de Bento XVI que começou por salientar que a infidelidade dos seus membros é pior do que as perseguições que a Igreja sofre
“Se pensamos nos dois milénios de historia da Igreja, podemos observar que como tinha preanunciado o Senhor Jesus, nunca faltaram aos cristãos as provações, que nalguns períodos e lugares assumiram o carácter de autenticas perseguições.
Estas porém, não obstante os sofrimentos que causam, não constituem o perigo mais grave para a Igreja. De facto o dano maior ela sofre-o daquilo que polui a fé e a vida cristã dos seus membros e das suas comunidades, prejudicando a integridade dos Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho, ofuscando a beleza do seu rosto.
Esta realidade – salientou depois o Papa – é confirmada já nas cartas de S. Paulo. A Primeira Carta aos Coríntios, por exemplo, responde precisamente a alguns problemas de divisões, de incoerências, de infidelidades ao Evangelho que ameaçam seriamente a Igreja.
E a este propósito citou também a Segunda Carta a Timóteo que fala dos perigos dos últimos tempos, identificando-os com atitudes negativas que pertencem ao mundo e que pode contagiar a comunidade cristã: egoísmo, vaidade, orgulho, apego ao dinheiro, etc. A conclusão do Apostolo porém dá serenidade: os homens que fazem o mal não irão muito longe, porque a sua estultice será conhecida por todos.
Para Bento XVI existe portanto uma garantia de liberdade assegurada por Deus á Igreja, liberdade tanto dos laços materiais que procuram impedir ou coarctar a sua missão, como dos males espirituais e morais que podem corroer a sua autenticidade e credibilidade.
O Papa salientou depois que a comunhão com Pedro e os seus sucessores é garantia de liberdade para os Pastores da Igreja e para as próprias comunidades, a eles confiadas.
No plano histórico, a união com a Sé Apostólica assegura ás Igrejas particulares e ás Conferencias Episcopais a liberdade em relação aos poderes locais, nacionais ou supranacionais, que em certos casos podem obstaculizar a missão eclesial. Além disso, e mais essencialmente, o ministério petrino é garantia de liberdade no sentido da plena adesão à verdade, á autentica tradição, de maneira que o Povo de Deus seja preservado de erros acerca da fé e da moral.
Bento XVI concluiu a sua homilia invocando os Santos Apóstolos Pedro e Paulo para que ajudem a todos a amar cada vez mais a santa Igreja, corpo místico de Cristo Senhor, e mensageira de unidade e de paz para todos os homens.
fonte:radio vaticano

inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!