-Cardeal Hoyos, este documento esteve acompanhado de polémicas e temores: mas o que não é verdade daquilo que foi dito ou lido?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "Por exemplo, não é verdade que tenha sido tirado dos bispos o poder sobre a Liturgia, porque já o Código diz quem deve dar a permissão para celebrar a missa e não é o bispo: o bispo dá o celebrat _ a licença de poder celebrar _ mas quando um sacerdote tem essa licença, são o pároco e o capelão que devem oferecer o altar para celebrar. Se alguém o impede, cabe à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei tomar medidas, em nome do Santo Padre, a fim de que esse direito _ que é um direito claro dos fiéis _ seja respeitado."
-Cardeal Castrillón Hoyos, na vigília da entrada em vigor do Motu Proprio, quais são seus votos?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "A Eucaristia é a maior coisa que nós temos, é a maior manifestação do amor, do amor redentor de Deus que nos quer acompanhar com essa presença eucarística. Isso jamais deve ser um motivo de discórdia: ali deve existir somente o amor. Faço votos de que isso possa ser um motivo de alegria para todos aqueles que amam a tradição, um motivo de alegria para todas aquelas paróquias que não terão mais divisões, mas terão _ pelo contrário _ uma multiplicidade de santidade com um rito que foi certamente o fator e o instrumento de santificação por mais de mil anos. Portanto, agradecemos o Santo Padre que recuperou para a Igreja esse tesouro. Nada é imposto aos outros. O papa não impõe a obrigação; o papa impõe, porém, que se ofereça essa possibilidade onde os fiéis quiserem. No caso de um conflito, porque humanamente dois grupos podem entrar em contraste, a autoridade do bispo _ como diz o Motu Proprio _ deve intervir para evitá-lo, mas sem anular o direito que o papa deu a toda a Igreja."
- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)