40 Anos da Revolução-Reforma da Liturgia
Todos os blogs tradicionais ou não estão relembrando os 40 anos do Novus Ordo Missae, comemorados hoje. São 40 anos de vernáculo, simplificação, pobreza e intolerância em muitas paróquias!
Não há muito que escrever, mas há muito a lamentar. O banimento do latim, do gregoriano são apenas sintomas de uma doença maior - o banimento da adoração ao Senhor.
Quantas comunidades não foram profundamente machucadas nessa aventura que chamamos de "missa nova"? E aquelas que, tendo ciência do que é (ou deveria ser) o momento excelso da missa, não continuam sofrendo, sem alternativa, a cada celebração "viva e festiva"...
Quatro décadas que encontram agora o seu ápice. Agora não há nada além de um declínio, como uma montanha-russa que chega ao seu ponto mais alto, guardando em si toda a tensão e, desabando, oferece algum alívio. E este declínio tem um nome - Bento XVI. A ascensão do cardeal alemão ao trono petrino é marco do começo da verdadeira reforma, onde o "rito romano do futuro deveria ser um só rito, celebrado em latim ou em língua popular, mas baseada inteiramente na tradição do rito antigo; ele poderia integrar alguns novos elementos que passaram bem pela prova, alguns prefácios, leituras mais longas -- mais escolhidas que antes, mas não demais -- uma "Oratio fidelium", quer dizer uma ladainha de orações de intercessão após o Oremus e antes do Ofertório, onde era o seu lugar primitivo". (cf. Carta do Cardeal Ratzinger ao teólogo Heins Lothar Barth)
Ratzinger é um anti-Bugnini, seu nêmesis. É Ratzinger que plantará a semente da verdadeira reforma da liturgia, não da demolição esplêndida empreendida pelo finado membro de um comitê.
São 40 anos que não verão solução em 4! Talvez precisemos de mais 40, quem sabe ainda mais, para devolver aos católicos o sentido do sagrado e da adoração, para banir e exorcizar as missas afros, caipiras, de cura, disso e daquilo. O estrago normalmente é muito mais fácil de ser feito.
Rezemos, pelo Papa, este anti-bugnini. Rezemos pelos eminentíssimos senhores cardeais que, num futuro ainda distante, terão a difícil tarefa de escolher o seu sucessor. Rezemos pelos bispos e padres, para que "abracem" a fé autêntica da Igreja e não este simulacro vazio que muitas vezes nos é apresentado.
E que o Novus Ordo e seu autor possam, enfim, descansar em paz!
fonte:Igreja una