- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quarta-feira, 9 de maio de 2012
No momento da provação, é a oração que sustenta e dá força: Bento XVI na audiência geral, comentando os Atos dos Apóstolos
(09/05/12)
A experiência espiritual vivida por São Pedro, na prisão, e a oração que por ele dirigia a comunidade primitiva, pela sua libertação – conforme referem os Atos dos Apóstolos, foi o tema desenvolvido por Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira. Eis a síntese proposta pelo Papa em língua portuguesa, seguida da saudação aos peregrinos lusófonos:
Queridos irmãos e irmãs,
O último episódio da vida de São Pedro narrado nos Atos dos Apóstolos trata da sua prisão em Jerusalém, da qual foi liberto por uma intervenção prodigiosa de um anjo do Senhor. Apesar da dificuldade da situação, diz o texto que Pedro dormia, estava tranquilo. Essa calma era fruto da sua confiança em Deus, em cujas mãos se abandonara, e da certeza que estava sendo acompanhado pela oração dos irmãos. Com o anjo, Pedro vive uma experiência semelhante àquela que fizera o povo de Israel, quando foi libertado da escravidão do Egito. Ele experimenta que a verdadeira liberdade é poder seguir a Jesus. Por outro lado, a passagem mostra como a comunidade de Jerusalém sabia que, no momento da prova, é a oração que dá sustento e força. O texto diz que, enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja orava continuamente a Deus por ele. Também nós, por meio de uma oração constante e confiada, experimentamos como o Senhor nos liberta das cadeias e nos guia no meio das noites que atormentam o nosso coração, dando-nos a serenidade para enfrentar as dificuldades da vida.
Saúdo os grupos nomeados de Portugal e do Brasil e todos os peregrinos lusófonos presentes nesta Audiência, particularmente os sacerdotes da Diocese de Zé Doca, acompanhados de seu Bispo, Dom Carlo Ellena. Assim como a oração da primeira comunidade sustentou a Pedro na dificuldade, hoje também o seu Sucessor sabe que pode contar com as vossas orações. Que Deus vos abençoe! Obrigado!
Entre os grupos de peregrinos lusófonos presentes nesta audiência, destaque para o Coro Gregoriano da diocese do Porto, expressamente referido e que entoou uma melodia de louvor a Nossa Senhora: