segunda-feira, 26 de outubro de 2020

SANTA MARIA DE JESUS CRUCIFICADO

 

SANTA MARIA DE JESUS CRUCIFICADO (Mariam Baouardy), virgem carmelita descalça, mística e estigmatizada.


Nasceu em Abelim (Galileia), entre Nazaré e Haifa, em 05 de janeiro de 1846. Sua vida é um prodígio e nela se viu palpável a mão de Deus.
Desde muito menina teve que se abraçar com a cruz de Jesus Cristo, como muito bem o indica o sobrenome que escolheu ao professar no Carmelo. Ficou órfã, aos três anos, e seu tio a levou para Alexandria do Egito, onde fez a primeira comunhão. Prometeram-na em casamento a um jovem, porém ela, por conservar a virgindade que havia prometido a Deus, fugiu de casa sem dar notícia de seu paradeiro.
Trabalhando, como doméstica, na casa de um muçulmano, por se recusar fazer-se de sua religião, o mesmo a feriu gravemente no pescoço com uma cimitarra (espécie de espada de lâmina em “meia-lua”). Crendo que estava morta, jogou-a fora da cidade. Curada milagrosamente pela Santíssima Virgem, que lhe apareceu em forma de uma “enfermeira”, se pôs novamente a trabalhar, primeiro em Alexandria, depois em Jerusalém, em Beirute e em Marselha.
Nesta mesma cidade, em maio de 1865, ingressou nas Irmãs de São José da Aparição; porém, em 1867, sendo ainda postulante, a despediram, por causa dos acontecimentos extraordinários de sua vida espiritual, pelos quais a julgaram mais apta para a vida contemplativa que para a vida ativa. Haviam começado já, com efeito, os fatos extraordinários que encheriam sua vida: em 29 de março de 1867, pela primeira vez, teve os santos estigmas.
Em 27 de julho de 1867 vestiu, em Pau (França), o hábito do Carmelo.
Em 21 de agosto de 1870, partiu para Mangalore (Índia), onde o vigário apostólico Efrém M. Garrelon queria fundar o primeiro mosteiro de clausura indiano.
Ali emitiu sua profissão, em 21 de novembro de 1871, e tomou como diretor espiritual o mesmo vigário apostólico.
Por causa de algumas extraordinárias manifestações místicas, que escapavam a toda explicação humana: conhecimento das consciências, dom de profecia, levitações, êxtases, possessão angélica e diabólica – esta última por permissão de Deus, não por sua culpa –, o mesmo Garrelon a julgou movida pelo espírito das trevas, pelo que Maria teve que voltar para Pau em setembro de 1872.
Impulsionada por Deus, partiu para a Palestina para fundar um Carmelo contemplativo em Belém, que inaugurou em 1876. Tinha o projeto de fundar outro Carmelo em Nazaré, porém lhe sobreveio a morte.
Tanto sua própria comunidade, como quantos a conheciam, tinham a esta “florzinha árabe” como uma alma profundamente enamorada de Jesus Cristo.
Em 26 de agosto de 1878 expirava santamente, vítima de gangrena, provocada por uma fratura exposta na perna, que infeccionou.
Em 13 de novembro de 1983 a beatificava o Papa São João Paulo II. Era a primeira mulher da Terra Santa elevada à honra dos altares. O Santo Padre Francisco aprovou o segundo milagre para sua canonização que será marcada para 2015. Sua memória litúrgica se celebra em 25 de agosto.

Sua espiritualidade

De forma semelhante a Santa Maria Madalena de Pazzi, o Senhor a levou por caminhos de alta mística e de fenômenos extraordinários durante toda sua vida. Ela, ao contrário, era sumamente simples, humilde e tudo fazia por viver sem se fazer notar.
Ainda que não tivesse feito estudos em nenhuma escola, sabia dar conselhos e explicações teológicas de uma cristalina transparência, fruto de sua fé e, sobretudo, do amor que a consumia. Foram muito freqüentes seus êxtases, profecias e raptos (levitações).
Tinha um profundo amor ao Espírito Santo de Deus, ensinando que a devoção a Ele é a “rainha” de todas as devoções e que as almas e instituições católicas seriam renovadas caso nos voltássemos mais à honra e serviço do Consolador.
Exercitou-se continuamente nas virtudes mais sólidas e seguras, como o são a humildade e a obediência, apesar do obsessivo poder que o demônio, em algumas ocasiões, parecia ter sobre ela. Participou por longo tempo dos sofrimentos místicos da Paixão de Cristo; desde 1867, especialmente na Quaresma, apareciam em seu corpo os santos estigmas.
Somente em 1876, depois de haver pedido ao Senhor com insistência, obteve que os sinais externos desaparecessem, permanecendo unicamente a dolorosa participação nas dores do Senhor.

Sua mensagem

·       Que nos deixemos moldar pelo Espírito Santo.
·       Que nossos irmãos judeus reconheçam o Messias.
·       Que a religião do Islã encontre a luz.
·       Que o Senhor tem sido grande connosco.

Oração:
Ó Deus, Pai de misericórdia e consolação, introduzistes na contemplação dos mistérios de vosso Filho a Beata Maria de Jesus Crucificado, filha humilde da Terra Santa, e a fizestes testemunha da caridade e do gozo do Espírito Santo. Concedei-nos, por sua intercessão, que, associados aos sofrimentos de Cristo, transbordemos de venturosa alegria na manifestação de vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Ó gloriosa Beata Maria de Jesus Crucificado, por
sua humildade, pequenez, pureza angelical e ardente
amor por Deus, agora reinas entre os serafins e
querubins. Intercedei por nós, pobres pecadores.
Amém!