1.   "O mediador entre Deus e os homens", (1) o grande pontífice que   penetrou os céus, Jesus filho de Deus,(2) assumindo a obra de   misericórdia com a qual enriqueceu o gênero humano de benefícios   sobrenaturais, visou sem dúvida a restabelecer entre os homens e o   Criador aquela ordem que o pecado tinha perturbado e a reconduzir ao Pai   celeste, primeiro princípio e último fim, a mísera estirpe de Adão,   infeccionada pelo pecado original. E por isso, durante a sua permanência   na terra, não só anunciou o início da redenção e declarou inaugurado o   reino de Deus, mas ainda cuidou de promover a salvação das almas pelo   contínuo exercício da pregação e do sacrifício, até que, na cruz, se   ofereceu a Deus qual vítima imaculada para "purificar a nossa   consciência das obras mortas, para servir a Deus vivo".(3) Assim, todos   os homens, felizmente chamados do caminho que os arrastava à ruína e à   perdição, foram ordenados de novo a Deus, a fim de que, com sua pessoal   colaboração na obra da própria santificação, fruto do sangue imaculado   do Cordeiro, dessem a Deus a glória que lhe é devida.(Ven.Pio  XII,Mediator Dei nº1)

- E senti o espírito 
inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3  de janeiro de 1944,  em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)