Por Marco Tosatti – La Stampa | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com: Amanhã serão revelados os novos procedimentos para o Sínodo sobre a Família, programado para outubro; e, segundo o que escreve Edward Pentin, não se pode esperar por muita transparência: as intervenções dos padres sinodais não deverão se tornar públicas, como foi o caso no ano passado, uma ruptura total com a prática de sempre, até os trabalhos dos círculos menores serão ou resumidos e filtrados pelos assessores de imprensa.
Pentin escreve também que não haverá nenhum documento intermediário nem uma mensagem final. “O papa não quer nada escrito pelos Padres sinodais”. Talvez para que ele possa ficar o mais livre possível para poder decidir, sem qualquer tipo de vínculo ou sugestão. Um pouco como aconteceu com o Motu Proprio sobre os processos de nulidade, onde os departamentos competentes da Santa Sé não foram sequer consultados.
Neste contexto, nos chega a notícia de que nos últimos doze dias, cerca de trinta pessoas, a maioria deles Jesuítas, com algum argentino no meio, estão trabalhando em torno dos temas do Sínodo, de um modo bem discreto e sob a coordenação do Padre Antonio Spadaro, diretor da revista Civiltà Cattolica, que passa muito tempo em Santa Marta, em consulta com o Papa.
A discrição no trabalho se estende também aos Jesuítas da mesma Casa, a mansão-sede da Civiltà Cattolica, em Villa Malta, no Pincio, onde está sendo desenvolvida uma parte do trabalho. Uma hipótese é que a “força-tarefa” trabalha para fornecer ao Papa as ferramentas para um possível documento pós-sinodal relativo à Eucaristia para os divorciados recasados, pessoas que convivem sem casar e “casais do mesmo sexo”.