Bento XVI em seu discurso antes da oração mariana do Angelus, recordou que hoje se celebra a dedicação da Basílica Lateranense, chamada de "mãe de todas as igrejas da cidade e do mundo". Esta foi a primeira igreja construída após o edital do Imperador Constantino, que no ano 313, deu aos cristãos a liberdade de praticar a sua religião. O mesmo imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família Latrão e fez construir a Basílica Lateranense, o Baptistério e a residência do Bispo de Roma, onde viveram os papas até ao período de Avignon.
A dedicação da basílica, explicou o Santo Padre, foi celebrada pelo Papa Silvestre no ano 324, e o templo foi dedicado ao Santíssimo Salvador. Somente após o sexto século, foram acrescentados os títulos dos Santos João Baptista e João Evangelista e, daí seu nome comum. No início esta celebração estava ligada à cidade de Roma, mas a partir de 1565, foi estendida a todas as igrejas do rito romano que, como Santo Inácio de Antioquia, "preside à caridade" de toda a comunhão católica.
"A palavra de Deus nesta solenidade, evoca uma verdade essencial: o templo de pedras é um símbolo da Igreja viva, a comunidade cristã, que já os apóstolos Pedro e Paulo em suas cartas, consideravam como um edifício espiritual ,construído por Deus com as pedras vivas que são cristãos, sobre um único fundamento que é Jesus Cristo, também considerado pedra angular. "
A beleza e harmonia das igrejas, destinadas a dar louvores a Deus, convida-nos também a nós como seres humanos ", limitados e pecadores," a converter-nos "para formar um cosmos, uma construção bem ordenada, em estreita comunhão com Jesus, que é o verdadeiro Santo de todos os santos. "
Bento XVI finalizou assinalando que em volta das pedras vivas da Igreja, se edifica na verdade e na caridade: "Queridos amigos, a festa de hoje celebra um mistério sempre actual: ou seja, que Deus quer construir no mundo um templo espiritual, uma comunidade que O adore em espírito e verdade. Mas a festa de hoje recorda também a importância dos edifícios materiais, nos quais as comunidades se reúnem para celebrar os louvores de Deus. Por isso, cada comunidade tem o dever de zelar com esmero os próprios edifícios sagrados, que são um precioso património histórico e religioso. "
- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)