sábado, 15 de novembro de 2008

Mons. Bux

-Em muitas igrejas agora falta o tabernáculo no altar-mor, um pouco como fazer uma visita e não encontrar o dono da casa ...

-Isto nos leva longe e, ao mesmo tempo, perto sobre a ideia do sentido do sagrado. Nós quase nos incomodamos com a ideia de ter o Santíssimo Sacramento no centro, temo-lo arrumado num canto.

-Porque razões? Também arquitectónicas?

-Agora eu não discuto os cânones da beleza do estilo. Digo apenas que, nas igrejas góticas, barrocas, românicas, via-se um foco, tocava-se o divino. Em muitas igrejas modernas isto falta . Os olhos dos fiéis antes pousavam-se no Crucifixo, em algo sagrado, enquanto agora no centro do altar destaca-se outra coisa...

-O que é que se destaca?

-O trono do sacerdote que tapa a Deus. Como se a presença do sacerdote fosse mais importante do que a de Deus. Em resumo o trono do sacerdote sobressai e domina tudo. Chegámos à clericolatria, nos pomos a nós mesmos no centro da liturgia, mas o centro da liturgia não é o sacerdote, mas Deus.