sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE: desejo muito que construam aqui para mim um templo, para nele Eu mostrar e dar todo o meu amor, minha compaixão, meu auxílio e minha salvação a ti, a todos os outros mo­ra­dores desta terra e aos demais que me amam, me invoquem e em mim confiem. Neste lugar que­ro ouvir seus lamentos, remediar todas as suas misérias, sofrimentos e dores.”

 

Nossa Senhora aparece a São João Diego

Em 9 de dezembro de 1531, João Diego estava nos arredores da colina Tepeyac, na atual Ci­da­de do México. Repentinamente, ouviu uma música suave, sonora e melodiosa que, pouco a pouco, foi-se extinguindo. Nesse momen­to escutou ele uma lindíssima voz, que no idioma nahualt o chamava pelo nome. Era Nossa Senhora de Guadalupe.

Depois de cumprimentá-lo com muito carinho e afeto, Ela lhe dirigiu estas palavras cheias de bon­dade: “Porque sou verda­dei­ramente vossa Mãe compassiva, quero muito, desejo muito que construam aqui para mim um templo, para nele Eu mostrar e dar todo o meu amor, minha compaixão, meu auxílio e minha salvação a ti, a todos os outros mo­ra­dores desta terra e aos demais que me amam, me invoquem e em mim confiem. Neste lugar que­ro ouvir seus lamentos, remediar todas as suas misérias, sofrimentos e dores.”

Para seu espanto, a Mãe de Deus lhe apareceu nesse cami­nho. Envergonhado, João Diego tratou de se desculpar com fórmulas de cortesia próprias do costume indígena: “Minha jo­venzi­nha, filha minha, a pequenina, menina minha, oxalá estejas contente.” E depois de explicar-Lhe a enfermidade de seu tio, como causa de sua falta de diligência, concluiu: “Rogo-te que me perdoes, que te­nhas ainda um pouco de pa­ciência comigo, porque com isso não A estou enganando, minha filha pequenina, menina minha. Amanhã sem falta virei a toda pressa.” Ao que lhe respondeu Nossa Senhora, com bonda­de e carinho próprios à melhor de todas as Mães: “Escuta, e põe em teu coração, filho meu, o menor: o que te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe teu rosto, teu coração; não temas esta enfermidade, nem qualquer outra enfermidade e angústia. Não estou eu aqui, tua Mãe? Não estás sob minha sombra e minha proteção? Não sou eu a fonte de tua alegria? Não estás porventura em meu regaço? Tens necessidade de alguma outra coisa? Que nenhuma ou­tra coisa te aflija, nem te perturbe. Não te assuste a enfermidade de teu tio, porque dela não morrerá por agora. Tem por certo que já sarou.”