segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

domingo, 1 de dezembro de 2024

Testemunho Fundador do Mosteiro da Divina Misericórdia - Pe Estêvão - Po...

Os Oblatos da Divina Misericórdia

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OBLATOS

​Quem são

Os Oblatos da Divina Misericórdia são um movimento de fiéis* que, chamados por Deus à busca da santidade em meio ao mundo, estão unidos à Fraternidade dos Irmãos de Jesus Misericordioso, cujo carisma é ser ícones da Misericórdia de Deus, e implorar esta mesma misericórdia para o mundo. Assim unidos, os religiosos e os oblatos constituem uma família espiritual.

*Leigos e leigas solteiros, casados ou viúvos, seminaristas, diáconos, sacerdotes diocesanos, e virgens consagradas podem se associar como Oblatos à nossa Fraternidade.

​Missão

A missão dos Oblatos é, como o nome indica, fazer a oblação, a oferta, a doação de si mesmo a Deus e ao próximo, tomando parte no Sacrifício Eucarístico de Jesus, no qual Jesus continua a se oferecer por cada um de nós. 
Os Oblatos realizam essa missão unindo todas as suas orações, obras, alegrias, dificuldades e sofrimentos ao único Sacrifício de Jesus. Essa atitude os conduz ao abandono total, confiante e alegre à vontade de Deus em todos os aspectos de suas vidas.

​Compromisso dos Oblatos

A participação como oblato em nossa família religiosa está aberta a todos os que, empenhados na vivência do batismo, queiram também se comprometer a viver a espiritualidade da Divina Misericórdia, oferecendo orações, sacrifícios, obras de misericórdia espirituais e corporais, e fornecendo apoio material aos religiosos, conforme as possibilidades. A filiação é gratuita, e não há outros compromissos obrigatórios. Estes são os compromissos próprios dos oblatos (as sete pérolas):


1. Exposição da imagem de Jesus Misericordioso em seus próprios ambientes (casa, ambiente de trabalho, automóvel, etc.), para aproveitar as grandes promessas de Jesus sobre a veneração desta imagem: “Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela” (Diário, 570).


2. Recitação diária do terço da Divina Misericórdia, ensinado por Nosso Senhor a Santa Faustina, do qual brotam dons de graças infinitas: “As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia, durante a sua vida, e de modo particular, na hora da morte” (D 754); “(…) pela recitação desse Terço aproximas a humanidade de Mim” (D 929).


3. Oração da Hora da Misericórdia (15h): “Todas as vezes que ouvires o relógio bater três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. 
Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento [a misericórdia] foi largamente aberta para toda a alma” (D 1572). Deve-se fazer memória da Paixão de Cristo, e consagrar este momento à oração como for possível, pelo menos recitando por três vezes: “Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!” (D 187).


4. Novena da Divina Misericórdia, conforme Jesus pediu a Santa Faustina (D 1209-1229), ditando as intenções pelas quais se deveria rezar. Cristo pediu que a novena seja feita especialmente nos nove dias que antecedem a Festa da Divina Misericórdia, começando-a na Sexta Feira Santa. Pode-se fazê-la também em qualquer outro período. “Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (D 796).


5. Participação na Missa da Festa da Divina Misericórdia, o primeiro domingo depois da Páscoa, com a confissão e comunhão, pedidas por Nosso Senhor, para obter o grande privilégio da indulgência plenária: “(…) aquele que nesse dia se aproximarem da Fonte da Vida alcançará o perdão total das culpas e das penas” (D 300). “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores” (D 699).


6. Difusão do culto da Divina Misericórdia com o próprio exemplo de vida e, segundo as possibilidades, com o apostolado, a distribuição informativa de livros, imagens, pinturas, e formação de grupos de estudos, oração e caridade. “As almas que divulgam o culto à Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e na hora da morte não serei para elas Juiz, mas Salvador misericordioso” (D 1075).


7. Oferecimento de uma Santa Missa mensal pelos trabalhos realizados pelos sacerdotes e demais religiosos da Fraternidade dos Irmãos de Jesus Misericordioso. “Estou te entregando duas pérolas preciosas ao Meu Coração, que são as almas dos sacerdotes e as almas religiosas. Rezarás especialmente por elas, a força delas estará no vosso despojamento” (D 531).

​Compromisso dos Irmãos

A Fraternidade dos Irmãos de Jesus Misericordioso tem o compromisso de incluir as intenções dos Oblatos em todas as suas orações (os sete momentos da oração da Liturgia das Horas, bem como a Adoração Eucarística diária, Terço da Misericórdia e Terço Mariano) e, especialmente, em todas as quartas-feiras, a celebração de uma missa pela intenção dos Oblatos.

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sábado, 30 de novembro de 2024

Messaggi Celesti del Beato Giovanni Paolo I

Tutta la dolcezza e l'umanità di Giovanni Paolo I

O Irmão Lourenço alcançara um estado em que não tinha senão pensamentos em Deus.


TERCEIRA CONVERSA

22 DE NOVEMBRO DE 1666

 

            Disse-me o Irmão Lourenço que, nele, os alicerces da vida espiritual haviam sido uma elevada concepção e uma exaltada estima de Deus sem outra consideração a não ser o próprio Deus. Uma vez plenamente delineados estes fundamentos, no começo, ele não teve outra preocupação senão excluir todos os outros pensamentos e praticar todas as suas ações pelo amor de Deus. Quando, algumas vezes, se passava um período considerável sem que pensasse em Deus, não ficava inquieto por causa disso, mas, confessando-Lhe sua mesquinhez, voltava a Ele com confiança de intensidade equivalente à da infelicidade que sentira por tê-Lo esquecido. Declarou que a confiança que depositamos em Deus é um modo de prestar-Lhe grande honra, e isto nos atrai abundantes graças. Deus não nos pode iludir, nem permitir, por um grande lapso de tempo, o sofrimento de uma alma que se tenha entregado inteiramente a Ele e esteja determinada a, por Ele, tolerar todas as coisas.

            O Irmão Lourenço alcançara um estado em que não tinha senão pensamentos em Deus. Quando algum outro pensamento ou uma tentação queriam aparecer, assim era sua experiência do pronto auxílio de Deus: ao sentir que se aproximavam, deixava, algumas vezes, que se adiantassem; no momento certo, apelava para Deus e eles imediatamente desapareciam. Essa mesma experiência ocorria quando tinha algo a fazer. Jamais pensava no assunto com antecedência, mas, no devido tempo, Deus lhe mostrava, como em um espelho, o modo pelo qual a coisa deveria ser feita. Já por um bom período, ele havia assim procedido, sem preocupar-se antecipadamente. Antes, porém, de ter essa experiência do pronto auxílio de Deus nos seus afazeres, neles aplicava sua própria precaução.

            Não se lembrava das coisas que fazia, e mal prestava atenção a elas enquanto as estivesse fazendo, de modo que, ao levantar-se da mesa após uma refeição, não sabia o que havia comido! Agindo na simplicidade de sua vida, tudo fazendo pelo amor de Deus, dava-Lhe graças por dirigir suas atividades e uma infinidade de outros atos. Tudo, porém, de maneira muito simples, de um modo que o mantivesse preso a amorosa presença de Deus.

            Quando alguma ocupação o distraía um pouco, sua alma era assaltada por uma lembrança de Deus, vinda do próprio Deus; essa lembrança despertava-lhe um pensamento Nele, tão vívido, tão ardente, tão cálido e, algumas vezes, tão forte que ele gritava e tinha um violento impulso de cantar e pular feito um doido.

            O Irmão Lourenço ficava muito mais unido a Deus nas atividades comuns do que quando as interrompia para praticar os exercícios religiosos do retiro dos quais saía, geralmente, com aridez espiritual.

            Tinha a expectativa de vir a passar por grande sofrimento do corpo ou da mente, e a grande provação seria perder essa perceptível consciência de Deus que por tanto tempo havia estado com ele; mas a bondade de Deus lhe havia garantido que Ele não o abandonaria de nenhum modo e lhe daria forças para suportar quaisquer males que, por permissão divina, viessem a lhe acontecer. Portanto, ele nada temia, nem precisava aconselhar-se com quem quer que fosse a respeito do seu estado espiritual. Quando havia tentado fazê-lo, tinha saído sempre mais perplexo do que antes. Estava preparado para morrer e perder-se pelo amor de Deus, não abrigando qualquer receio, porque abandonar-se inteiramente a Deus é o caminho seguro em que há sempre suficiente luz para guiar-nos adiante.

            Explicou que, no começo da vida espiritual, é necessário nos aplicarmos fielmente a agir e renunciar a nós mesmos; depois disso, porém, alegrias indescritíveis nos aguardam. Nas dificuldades, nosso único recurso é voltarmo-nos para Jesus Cristo e pedirmos Sua graça, com a qual todas as coisas se tornam fáceis.

            Ficamos presos às penitências e devoções particulares e negligenciamos o amor, que é nossa finalidade verdadeira. Isto é o que revelam nossas obras, e esta é a razão pela qual se vê tão pouca virtude consistente.

            Para que nos aproximemos de Deus, não são necessários artifícios nem erudição, mas só um coração determinado a dedicar-se apenas a Ele e a amá-Lo, apenas a Ele.

 

QUARTA CONVERSA

25 DE NOVEMBRO DE 1667

 

            O irmão Lourenço falou comigo, sem reservas e com profundo fervor, a respeito de seu caminho para aproximar-se de Deus, e a esse respeito já observei alguma coisa.

            Ele me disse que o que importa é renunciar de uma vez por todas a tudo que reconheçamos não levar a Deus, de modo que nos habituemos à conversa ininterrupta com Ele, sem mistério nem artifícios. Precisamos apenas reconhecê-Lo presente em nosso íntimo, falar com Ele a cada momento, pedir Sua ajuda, descobrir qual é Sua vontade nas coisas duvidosas e fazer com alegria aquelas que claramente percebemos que Ele requer de nós, oferecendo-as a Ele antes de começarmos e agradecendo-Lhe quando elas tenham sido completadas.

            Nessa conversação ininterrupta, toda nossa ocupação é louvar, adorar e amar a Deus incessante-mente, por Sua infinita bondade e perfeição.

            Devemos pedir Sua graça cheios de confiança, sem prestar atenção a nossos pensamentos, mas encontrando apoio nos méritos infinitos de Nosso Senhor. Deus, em todas as nossas ações, jamais deixa de nos conceder Sua graça — isto o Irmão Lourenço percebia claramente, a não ser quando era distraído da companhia de Deus, ou se tivesse esquecido de pedir Seu auxílio. Em momentos de dúvida, Deus jamais nos faltará com Sua luz, se nosso único propósito for agradar a Ele e agir por Seu amor.

            Afirmou que nossa santificação não depende de alterar o que fazemos, mas de fazer para Deus o que faríamos comumente para nós mesmos. E uma tristeza ver como tantas pessoas se apegam ao que fazem de maneira tão imperfeita, preocupando-se com a opinião dos outros, confundindo os meios com os fins.

            Ele não encontrou melhor caminho para aproximar-se de Deus do que por meio das ocupações comuns que lhe eram prescritas consoante a regra da obediência, purificando-as da preocupação com a opinião dos outros tanto quanto possível e realizando-as pelo puro amor de Deus.

            Declarou que era um grande equívoco imaginar que os momentos de oração devessem ser diferentes de quaisquer outros,.porque temos a obrigação de ficar tão unidos a Deus, por nossas ações, nos períodos de trabalho, quanto, pela oração, nos momentos a ela destinados.

            Para ele, a oração se havia tornado a presença de Deus, com a alma inconsciente de qualquer outra coisa que não o amor. Após os momentos de oração, ele não percebia qualquer diferença, porque continuava junto a Deus, louvando-O e bendizendo-O com todas as forças. Desse modo, passava a vida em alegria ininterrupta, esperando, todavia, que Deus lhe desse um pouco de sofrimento quando ele (Irmão Lourenço) ficasse mais forte. Disse que é preciso, de uma vez por todas, confiar em Deus e efetuar a entrega total de nós mesmos a Ele, que não nos enganará.

            Jamais nos devemos cansar de fazer pequenas coisas pelo amor de Deus, porque Ele não observa a magnitude da obra, apenas o amor. Não nos devemos surpreender com nossos freqüentes fracassos iniciais; no final, criado o hábito, seremos capazes de agir sem mesmo pensar no que estamos fazendo, e com admirável prazer.

            A fim de nos conformarmos inteiramente à vontade de Deus, só precisamos cultivar a fé, a esperança e a caridade. Tudo mais é desprovido de importância e não nos devemos fixar nessas coisas; são como a ponte pela qual passamos correndo para nos perdermos na Meta única, pela confiança e pelo amor.

            Tudo é possível àquele que crê; mais ainda, ao que tem esperança; ainda mais, ao que ama; e mais que tudo, àquele que cultiva essas três virtudes e nelas persevera.

            A finalidade que nos devemos propor nesta vida é tornarmo-nos os mais perfeitos adoradores de Deus que tenhamos a possibilidade de ser, assim como temos a esperança de sê-lo por toda a eternidade.

            Quando entramos na vida espiritual, devemos considerar minuciosamente que tipo de gente somos, reconhecendo sermos desprezíveis, indignos do nome de cristãos, sujeitos a todo tipo de miséria e a uma infinidade de azares, que nos perturbam e tornam mutáveis nossa saúde, nosso humor, nossas disposições íntimas e exteriores — enfim, pessoas a quem Deus deve humilhar por meio de incontáveis dores e provações, tanto internas quanto externas. Reconhecendo isso, deveríamos achar surpreendente que soframos angústias, tentações, antagonismos e contradições em mãos de nosso próximo? Não deveríamos, ao contrário, nos submeter a essas coisas, suportando-as por tanto tempo quanto seja da vontade de Deus, como passaríamos por aquilo que consideramos benéfico para nós?

            Quanto maior for a perfeição a que aspira a alma, mais dependente ela é da graça divina.

PARA O ALTO | Um filme sobre Pier Giorgio Frassati (legenda em português)