sábado, 7 de março de 2009

A QUEDA DAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS , UMA CONSTANTE DESDE A CELEBRAÇÃO DO CONCÍLIO VATICANO II


La caída del número de vocaciones sacerdotales, una constante desde la celebración del Concilio Vaticano II

05/03/09 Según denuncia The Catholic Knight, el número total de vocaciones sacerdotales inició un serio descenso en los años inmediatamente posteriores a la celebración del Concilio Vaticano II, momento hasta el que existía una clara tendencia al alza (tal y como se muestra en el gráfico adjunto), y, desde entonces, su número ha ido disminuyendo progresivamente, según se desprende de los últimos datos publicados por el Anuario Pontificio, presentado por la Santa Sede esta misma semana, y que recoge los datos más significativos de la Iglesia Católica a nivel mundial.

Ciertamente, no sabemos, si, efectivamente la crisis se gestó tras el Concilio o si el Concilio recogió, en el seno de la Iglesia, los elementos de una crisis ya presente en la sociedad "al abrirse a los nuevos vientos que soplaban fuera". Lo que sí está claro son los datos. Su interpretación, discutible.

DECLARAÇÕES DO CARDEAL STICKLER DOBRE A MISSA TRIDENTINA



Declarações do Cardeal Stickler sobre a Missa de S. Pio V

Prefeito emérito dos Arquivos do Vaticano
(revista The Latin Mass, 1995)

"O Papa João Paulo II fez duas perguntas, em 1986, a uma comissão de nove cardeais.

Primeira pergunta: "O Papa Paulo VI ou qualquer outra autoridade competente até o presente momento proibiram legalmente a livre celebração da Missa tridentina?"

"A resposta dada por oito destes cardeais em 1986 foi que não, a Missa de São Pio V jamais foi suspensa. Posso afirmá-lo: eu era um destes cardeais. Um somente foi de parecer contrário. Todos os outros estavam a favor de uma livre permissão: que cada qual possa escolher a antiga Missa.

Houve uma outra pergunta muito interessante: Será que um bispo pode impedir qualquer sacerdote que seja, desde que em situação regular, de recomeçar a celebrar a Missa tridentina? Os nove cardeais responderam unanimemente que um bispo não podia impedir um sacerdote católico de celebrar a Missa Tridentina. Nós não temos uma proibição oficial e eu penso que o Papa jamais pronunciaria uma proibição oficial."


O mesmo Cardeal no Congresso de Christi Fideles, Nova York, maio de 1995

"A Missa nova deveria chamar-se "missa da comissão litúrgica pós-conciliar":

"Pela constituição do Vaticano II sobre a liturgia é evidente que a vontade do Concílio e a vontade da comissão litúrgica muitas vezes não coincidem, e até se opõem de maneira clara.

A missa de Paulo VI ... põe antes em evidência o aspecto geral da missa, a saber a Comunhão; o que resulta em transformar o Sacrifício naquilo que é permitido chamar um banquete.

O lugar importante dado às leituras e à pregação na nova missa, a possibilidade mesma deixada ao padre de acrescentar explicações e palavras pessoais é uma reflexão a mais sobre o que é legítimo chamar de uma adaptação à idéia protestante de culto..."


"A recente mudança na localização do altar, bem como a posição do padre de frente para a assembléia - proibidas antigamente - tornam-se hoje o sinal de uma missa concebida como reunião da comunidade."

"Santo Tomás de Aquino consagra todo um artigo para justificar o "mysterium fidei". E o Concílio de Florença confirma explicitamente o "Mysterium fidei" na fórmula da Consagração. Em nossos dias, o "mysterium fidei" foi eliminado das palavras da Consagração na nova liturgia. Por que então?

Foi concedida igualmente a licença de dizer outros cânones. O Segundo Cânon - que não menciona o carácter sacrifical da missa - tem, não há dúvida, o mérito de ser o mais curto, mas, de fato, suplantou por toda a parte o Cânon romano.


Foi assim que nós perdemos o profundo sentido teológico dado pelo Concílio de Trento."

"Por essas mesmas razões, o cânon 9 do Concílio (de Trento) estabelece a excomunhão para aqueles que afirmam que o rito da Igreja Romana no qual parte do Cânon e as palavras da Consagração são pronunciadas em voz baixa, deve ser condenado."

"O emprego do vernáculo acarretou sérias incompreensões e erros doutrinais, ele produziu a "desunião": Esta Babel de cultos públicos tem por resultado a perda da unidade externa no seio da Igreja Católica (...). Devemos admitir que, em poucos decénios, depois da reforma da língua litúrgica, nós perdemos esta oportunidade de rezar e de cantar juntos".

"Em terceiro lugar, a reforma que se seguiu ao Vaticano II destruiu ou transformou a riqueza de numerosos símbolos litúrgicos".


"Para resumir nossas reflexões, podemos dizer que os benefícios teológicos da missa tridentina correspondem às deficiências teológicas da missa saída do Vaticano II."

(conf. revista "Iota Unum" n. 312, 21/10/1995, Paris).

Para citar este texto:

"Declarações do Cardeal Stickler sobre a Missa de S. Pio V"
MONTFORT Associação Cultural

AOS DOMINGOS MISSA TRIDENTINA EM FÁTIMA ÀS 18H

MISSA TRIDENTINA NA CATEDRAL DO PAPA BENTO XVI SERÁ CELEBRADA DUAS VEZES POR SEMANA PELOS FRANCISCANOS DA IMACULADA


Franciscanos da Imaculada“Tomamos conhecimento pelo diário ‘L’Avvenire’ que os Franciscanos da Imaculada receberam a autorização de celebrar em São João de Latrão duas missas semanais na forma extraordinária do rito romano, e isso depois da festa da páscoa.

A comunidade do Franciscanos, que foi reconhecida pela Igreja em 1998, vê nestas duas missas celebradas na semana um sinal de encorajamento. Estas celebrações se darão num espírito verdadeiramente católico de fidelidade ao Papa e à tradição litúrgica. Latrão, situado numa extremidade da Via Merulana (na outra extremidade se encontra Santa Maria Maior) é um território do Vaticano ao centro do qual se ergue a basílica de São João considerada como a ‘mãe de todos as igrejas’.

Latrão, que era a residência dos papas a partir da época de Constantino, é erigida uma das quatro igrejas patriarcais; o santuário é também um dos sete lugares de peregrinação de Roma”. O Cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a diocese de Roma, é o Arcipreste da Basílica. Entretanto, antes mesmo de sua nomeação em junho de 2008, seu antecessor, Cardeal Camillo Ruini, abria as portas de Latrão, em fevereiro daquele mesmo ano, para que as ordenações diaconais do IBP.

É evidente, portanto, que este é um desejo expresso do Santo Padre comunicado a quem quer que seja o responsável pela Basílica. A comunidade dos Franciscanos da Imaculada recobrou o gosto pelo Rito de São Pio V através do Pe. Jehan de Belleville, OSB, que saiu do mosteiro de Sainte-Madeleine du Barroux por conta da política bi-ritualista do atual abade para fundar os Beneditinos da Imaculada. O rito tradicional vai cada vez mais tomando esta ordem fundada em 1970; seu ramo feminino em Cornwall, Inglaterra, após começar a usar os livros litúrgicos de 1962 em meados do ano passado, estão em vias de adotá-lo definitivamente.
fonte:fratres in unum

BISPO DE TARAZONA ABENÇOA PÁROCO COMO NOVO ABADE MITRADO



ESPLENDOR DE LA LITURGIA:

El pasado 21 de febrero tomó posesión como párroco de Santa Maria de Calatayud, España, don Jesús Vicente Bueno Santed, sacerdote diocesano. Monseñor Demetrio Fernández, Obispo de Tarazona, lo bendijo también como nuevo Abad mitrado de esta Colegiata de Santa María de Calatayud; dignidad que le corresponde por privilegio papal.

En esta ceremonia se utilizaron bellos ornamentos antiguos, en la hermenéutica de la continuidad en la Iglesia.


Otra fotografía del nuevo Abad mitrado de Santa María de Calatayud, reverendo don Jesús Vicente Bueno. En la que aparece revestido con mitra según la tradicional costumbre.

fonte:Una voce malaga

BENTO XVI AGRADECE AO CARDEAL FRANCIS ARINZE PELA SÃ DOUTRINA


(7/3/2009) Concluíram-se na manhã deste sábado no Vaticano os exercícios espirituais para a Quaresma guiados pelo cardeal Francis Arinze na capela Redemptoris Mater, na presença do Papa e da Cúria Romana.As meditações do prefeito emérito da congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos tiveram como tema “o sacerdote encontra Jesus e segue-o. Na conclusão desta semana de retiro espiritual o Papa manifestou o seu caloroso agradecimento ao cardeal Arinze, que centrou a ultima meditação na visão cristã da vida eterna.

“É uma das lindas funções do Papa dizer muito obrigado. Neste momento, em nome de todos, quero dizer de coração a vossa Eminência muito obrigado por estas meditações que nos proporcionou, e nos guiou, iluminou, ajudando a renovar o nosso sacerdócio . A sua não foi uma acrobacia teológica, não ofereceu acrobacias teológicas, mas deu-nos a sã doutrina, o bom pão da nossa fé…a Palavra de Deus que nos dá o verdadeiro alimento.

A sua pregação está permeada de Sagrada Escritura, com uma grande familiaridade com a Palavra de Deus lida no contexto da Igreja e com a Igreja viva, dos Padres até ao Catecismo da Igreja Católica, e sempre contextualizada na liturgia..
Portanto – acrescentou o Papa – não uma teologia abstracta mas uma teologia marcada por um são realismo.

Bento XVI comentou depois os temas das meditações iniciadas com a historia dos primeiros discípulos que pedem a Jesus: Mestre onde é que moras? E o Senhor que responde: Vem e vê.

“Para ver devemos ir, devemos caminhar, seguir Jesus: Jesus precede-nos sempre e somente indo e seguindo Jesus podemos também ver.

Você mostrou-nos onde mora Jesus, onde está a sua casa: na sua Igreja, na sua Palavra, na Santíssima Eucaristia. Obrigado Eminência, por nos ter guiado: Com novo impulso, com nova alegria retomamos o caminho para a Páscoa. Desejo a todos uma boa Quaresma e uma boa Páscoa.

"A ACEITAÇÃO DO CONCÍLIO" TORNOU-SE UM TEMA IDEOLÓGICO DEBAIXO DO QUAL SE COMETERAM GRAVÍSSIMOS ABUSOS DURANTE 40 ANOS



Nota del Padre Claude Barthe

Después de la instrumentalización del deplorable affaire Williamson, los que se oponen a una reconciliación de la comunidad de Monseñor Lefebvre instrumentalizan ciertas torpezas para re-excomulgarla in aeternum. Ahora bien, su tema es un montaje de falacias.

1°/ La cuestión fundamental : rechazar o aceptar ¿Cuál Vaticano II?

Quiérase o no, “la aceptación del Concilio” se ha vuelto un tema ideológico bajo el cual se han hecho pasar gravísimos abusos durante 40 años. El discurso del Papa a la Curia del 22 de diciembre 2005 recordó oportunamente que desde el comienzo existen dos hermenéuticas excluyentes acerca de Vaticano II, una de “ruptura”, otra de “continuidad”. Para ser breves, la primera es aquella de Rahner y Congar, la segunda aquella de la N

ota praevia agregada por Paulo VI a Lumen Gentium. Los actos del pontificado actual (Summorum Pontificum, decreto del 21 de enero 2009) dan cuenta de una tercera hermenéutica, la de la minoría conciliar, continuada por la oposición lefebrista, transformada y revitalizada hoy alrededor del Papa por una “nueva escuela romana”. De suerte que -y tomando un solo ejemplo, el número 3 de Unitatis redintegratio que parece decir que las comunidades cristianas separadas pueden ser medios de salvación en cuanto tales-, sería injusto (y paradójico) transformar en crimen contra la unidad de la Iglesia :

a)Sea el hecho de estimar en consciencia que, prout sonant, las expresiones de UR 3 no pueden ser aceptadas como magisterio de la Iglesia;

b)Sea el hecho de releerlas diciendo que son elementos católicos contenidos en comunidades separadas que pueden ser instrumentos de integración in voto a la Iglesia de Pedro.


Más generalmente, ¿se puede pretender congelar para siempre la tradición viviente de la Iglesia en expresiones manifiestamente corregibles, enunciadas hace 40 años? ¿Se puede tener miedo a priori de hacer una teología (y mañana un magisterio) actualizada, teniendo en cuenta no sólo los aportes de Vaticano II, sino también las respuestas a las “cuestiones abiertas” por este Concilio?

2°/ Ya hubo “coloquios” teológicos con la Fraternidad San Pío X sobre estas cuestiones

Además, cuando el decreto del 21 de enero abre el camino para los “coloquios” sobre de las “cuestiones todavía abiertas”, no innova de ninguna manera. Las discusiones acerca de las dificultades señaladas, entre otros por la Fraternidad San Pío X, tuvieron lugar varias veces, bajo la égida del “Groupe de Rencontre entre Catholiques”, GREC. Al fin, una sesión pública, el 21 de febrero 2008, sobre el tema :
“¿Revisar y/o interpretar ciertos pasajes de Vaticano II?” mostró una convergencia que no es otra que la del sentido común : el representante de la FSSPX postulaba la pertinencia de una crítica sana y positiva de los puntos doctrinales nuevos de Vaticano II para ofrecer elementos a una futura elaboración de textos más claros, el teólogo romano estimaba que una recepción de Vaticano II fundada vigorosamente sobre el estado del magisterio anterior tenía su lugar en la Iglesia.

Sería irrealista hacer del resultado de este tipo de coloquios (cuyo resultado es evidente que reside, para comenzar, en la manera de abordar los problemas, y esto no sólo para la FSSPX), una condición previa a una reintegración canónica. El sentido común –que se acerca del sentire cum Ecclesia- quiere al contrario que sea la reintegración canónica previa de la FSSPX la que permita hacer éstos y otros coloquios, los cuales podrán aportar su piedra a la reflexión teológica, en la medida que permitirán útilmente ad intra la expresión de un pensamiento decididamente tradicional.


3°/ ¿Por qué pedir a la FSSPX más de lo que ya aceptó?

Entre otras cosas, porque todo esto ya fue virtualmente adquirido. En efecto, el 5 de mayo 1988, al comienzo de un “protocolo de acuerdo”, Monseñor Lefebvre había firmado una “declaración doctrinal” que nunca contestó. En ella declaraba aceptar la doctrina del n° 25 de Lumen Gentium sobre la adhesión proporcional al magisterio según sus diversos grados (en ningún momento se le pedía decir, cosa que nunca fue precisada por la Santa Sede, que tal o cual pasaje determinado de Vaticano II relevaba de la infalibilidad solemne u ordinaria). Reconocía también la validez de la liturgia en su nueva forma, cuando era celebrada según los libros aprobados por la Santa Sede.

Finalmente, se comprometía (en el 3° de los 5 puntos de la declaración) “a propósito de ciertos puntos enseñados por el Concilio Vaticano II o concerniendo las reformas posteriores de la liturgia y del derecho, y que [le] parecían difícilmente conciliables con la Tradición, a tener una actitud positiva de estudio y de comunicación con la Sede Apostólica, evitando toda polémica”. El compromiso se basaba en “la ausencia de polémica” y de ninguna manera sobre un absurdo “nivel cero de crítica”, que después de todo no se pediría más que a los tradicionalistas.


Si se lee bien el reciente reportaje concedido por Monseñor Fellay, el 25 de febrero 2009 a Rachad Armanios, lecourrier.ch, no es un reconocimiento del Concilio lo que Monseñor Fellay rechaza; lo que niega es que este inasible “reconocimiento” le sea pedido por la Santa Sede. Todo el mundo puede verificar que, desde hace 20 años, el acto de adhesión pedido a los miembros de la FSSPX que quieren recibir una regularización canónica, individual o colectivamente (como el grupo de Campos) reproduce la declaración de Monseñor Lefebvre de 1998. Dicho de otro modo, la Santa Sede no pidió nunca al conjunto de las comunidades más tradicionales de la Iglesia, en lo concerniente a Vaticano II, más que esta declaración de sentido común.



El problema que perduraba con la FSSPX, hasta la decisión generosa del Papa, era el resultado de la decisión de su fundador, tomada en razón de motivos que había calificado “de estado de necesidad”, de anticipar la consagración de obispos para su instituto y de realizarla sin mandato pontifical.

Pero es de una manera falaz, de parte de opositores externos, haciéndose “aliados objetivos” tanto de ciertos elementos como de ciertas malas o desmañadas costumbres en el interior de esta comunidad, que fue fabricado el nuevo obstáculo de una “prerrequisito” doctrinal.

¿Porqué pretender que la tradición viviente de la Iglesia se haya detenido, no tan sólo en el Vaticano II, lo que sería ya absurdo, sino en un cierto Vaticano?

fonte: la cigueña de la torre

sexta-feira, 6 de março de 2009

A TEOLOGIA DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA




A Associação "Una Voce Helvetica" publicou, em março de 1982, sob a rubrica do Pe. RENÉ MARIE, um estudo, "Teologia da Missa". São excelentes essas páginas e julgo útil extrair delas alguns trechos[1].



A Igreja Católica "possui as verdadeiras fontes da graça sobrenatural que são os sete sacramentos. E todas essas fontes de graça correm do Calvário, onde o Cristo Redentor ofereceu seu sacrifício. O sacrifício do Calvário é assim a fonte única donde se derrama sobre o mundo toda a vida sobrenatural... . O sacrifício é o ato supremo da virtude de religião e essa virtude é a justiça que devemos a Deus. Ela consiste em reconhecer a grandeza eminente de Deus e a submissão do homem... ".

"O sacrifício é a expressão privilegiada da virtude da religião. O sacrifício, segundo a etimologia da palavra (sacrum facere), consiste em fazer o sagrado, diz-nos São Tomás de Aquino, isto é, separar para Deus".



"Desde a origem da humanidade vemos o homem oferecer a Deus sacrifícios e exprimir desse modo sua religião. Abel oferece as primícias de seus rebanhos...".

Relembremos, portanto, o resumo do ensinamento sobre o Sacrifício do Calvário: "Realizou-se no Calvário, em toda a sua plenitude, o sacrifício para a glória de Deus; há a vítima, a única digna de Deus: seu próprio filho. Existe o ofertante que não são nem os soldados romanos, nem os sacerdotes judeus, mas o próprio Cristo, o qual, simultaneamente sacerdote e vítima, se oferece a seu Pai e morre por sua própria vontade, após ter derramado todo o seu sangue, na imolação livremente consentida".

"Esse sacrifício é único e basta para render a Deus toda honra e glória e para obter para os homens a graça... . Esse sacrifício, fonte única de todo o bem superior, Deus o quis tornar presente em todas as gerações de homens que se sucederão ao longo de todos os séculos até o fim do mundo, pela instituição da Eucaristia, segundo o testemunho do Evangelho. O profeta Malaquias, o último do Antigo Testamento, já havia profetizado: ‘Eis que em todo o lugar se oferece a Deus uma oblação pura’ (Mal.1,11)".

"Que o sacrifício eucarístico seja a renovação do sacrifício da Cruz[2] e o modo de torná-lo presente, é a doutrina de fé definida pelo Concílio de Trento: A vítima é a mesma, o sacerdote ofertante é também o mesmo, só difere a maneira de oferecer".

"A vítima, com efeito, é sempre o Cristo, sob as aparências do pão e do vinho. O sacerdote sacrificador também é Cristo, que perpetua a oferenda voluntária de seu sacrifício".

"Os sacerdotes do Novo Testamento não são sucessores nem substitutos de Cristo, são simplesmente seus ministros ou seus instrumentos".

"Convém esclarecer que a Missa e o Sacrifício da Missa não constituem uma só e mesma coisa, mas o Sacrifício se realiza na Missa. É a Igreja que institui os ritos da Missa para magnificar o sacrifício do Senhor e para explicitar seu mistério e dispor, desse modo, os espíritos aos sentimentos de adoração e de devoção".

Como se sabe, é na dupla Consagração que se realiza o Sacrifício: "O próprio Sacrifício da Missa encontra-se realizado essencialmente na dupla Consagração. É nesse rito, prescrito pelo Senhor, que se renova sacramentalmente o Sacrifício do Calvário. É somente nesse caso que o sacerdote age ‘na pessoa de Cristo’, em seu nome e em seu lugar".

“«O sacrifício do Calvário revivido sacramentalmente» é um parágrafo da brochura ‘Una Voce Helvetica’ que parece ser interessante aqui reproduzir”.

"O Concílio de Trento nos ensina que na Missa, como no Calvário, oferece-se a mesma vítima: o próprio Cristo; e é também o mesmo sacerdote que oferece; o próprio Cristo que se oferece pela redenção dos homens. Só a maneira de oferecer é diferente: no Calvário a imolação é sangrenta, na Missa a imolação reproduz-se sacramentalmente, isto é, por um sinal sacramental, a Deus reservado, que produz e realiza o que ele significa. A separação das oblatas é sinal sagrado que significa a morte de Cristo na Missa".

"No sacrifício de animais da Antiga Aliança, a separação do corpo e do sangue da vítima significa a morte da vítima. No sacrifício da Nova Aliança, a separação das oblatas significa sacramentalmente a morte da vítima: Cristo".

"É muito certo que Cristo morreu somente uma vez, mas, na Missa, sua imolação é significada e realizada sacramentalmente. Desse modo, a Missa é a renovação, a atualização no tempo, do Sacrifício da Cruz".

"Assim, cada vez que assistimos ao Sacrifício da Missa, subimos, em espírito, o Calvário, onde nos sentimos ao lado da Mãe das Dores e de São João. ‘Eu lá estava’ dizia Santo Agostinho. Este Sacrifício, continua a brochura, é satisfatório[3], oferecendo Cristo a Deus uma satisfação superabundante; ele é propiciatório[4], pois Cristo reconciliou o mundo com Deus; ele é impetratório[5], tendo Cristo suplicado ao Pai que concedesse aos homens as graças de santificação; ele é eucarístico, porque é homenagem perfeita de adoração, de louvor e de ações de graças a Deus".

"Mas, por que, então, a Missa?" indaga a brochura.

"É certíssimo - diz a publicação - que Cristo operou a Redenção do mundo em um ato único e que Ele morreu uma só vez... Por sua morte, logrou Cristo a salvação para todos os homens. É a doutrina da Igreja... . Cristo morreu, portanto, para todos. No entanto, isso não quer dizer que todos os homens sejam salvos. Ao contrário, Cristo nos disse que muitos irão ao fogo eterno".

"A Paixão de Cristo é causa universal de salvação e uma causa universal deve ser aplicada aos casos individuais. Ora, os méritos da Paixão de Cristo nos são aplicados precisamente pela renovação do Sacrifício da Missa".

"Eis um exemplo. Uma fonte é suficientemente abundante para satisfazer as necessidades de toda uma cidade; contudo, será preciso ainda captar essa fonte e transportar a água até a porta de cada habitante, senão, apesar da fonte, pode-se vir a morrer de sede... Assim, por sua Paixão, Cristo abriu a fonte de todo o bem espiritual. Todavia, isso não basta para que efetivamente participemos dessa fonte, é preciso que a aplicação de seus frutos se faça para cada um de nós. Essa é a obra do Sacrifício da Missa renovada sobre os nossos altares, (pois) a Missa é necessária para que os frutos da Paixão cheguem até nós."

“Evidentemente as diferentes orações da Missa não foram instituídas por Nosso Senhor. Os Apóstolos envolveram a Consagração e a Comunhão em preces e leituras e a Igreja, numa lenta elaboração, constituiu o Missal ou, mais exatamente, as diferentes Igrejas fizeram esse trabalho, donde a existência de missais diferentes uns dos outros, mas sempre com a mesma vontade de bem expor o mistério eucarístico e de preservá-lo das deformações heréticas”.

03 - SACRIFÍCIO DA MISSA: SACRIFÍCIO DA CRUZ CONTINUADO NO ALTAR

Jesus Cristo[6] é, Ele mesmo, o autor da Missa naquilo que ela tem de essencial, tendo a Igreja colocado os acessórios que são as cerimônias que acompanham o Sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor. O sacerdote, ao oferecer o Santo Sacrifício da Missa, apenas dá continuidade ao Sacrifício da Cruz, porque ele recebeu ordem formal de Jesus Cristo na véspera de sua morte, quando nosso divino Salvador deu, durante a Ceia, seu Corpo e seu Sangue aos seus Apóstolos dizendo-lhes: "FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM[7]".

O rei David dá a Jesus Cristo, no salmo 109, o título de "Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque", porque nosso divino Salvador vai utilizar o pão e o vinho no sacrifício (da Missa), como outrora o havia feito Melquisedeque. O rei profeta O chama Padre eterno, porque pai Ele será sempre e porque o sacrifício que Ele instituiu continuará a existir até o fim dos tempos graças ao sacerdócio católico!

O profeta Malaquias, no capítulo primeiro (1, 11), diz que "depois do nascer e até o pôr do sol, será oferecido (em todo lugar) um sacrifício puro e sem mancha à majestade do Altíssimo".

E o profeta Jeremias, no capítulo 33, 18, diz que “nunca se verá faltar os sacerdotes, nem os sacrifícios”.

Onde encontraremos o cumprimento de tais profecias? na Igreja Católica, e não junto aos protestantes uma vez que eles não têm nem sacerdócio, nem sacrifício.

A Lei de Moisés prescrevia quatro sacrifícios: o holocausto, o sacrifício eucarístico, o sacrifício impetratório e o sacrifício propiciatório.

As vítimas eram oferecidas em holocausto em reconhecimento ao soberano domínio de Deus sobre todas as criaturas.

Os sacrifícios eucarísticos eram oferecidos para agradecer a Deus quaisquer favores consideráveis (ou graças) que tivessem sido recebidos.

Oferecia-se um sacrifício impetratório para pedir a Deus qualquer graça importante.


O sacrifício propiciatório era oferecido para a expiação de qualquer pecado e de forma a tornar Deus propício.

Santo Agostinho (354-430), falando do Sacrifício da Missa no seu décimo sétimo Livro da Cidade de Deus, diz: "Este sacrifício foi estabelecido para tomar o lugar de todos os sacrifícios do Antigo Testamento".



Santo Iríneu (140-202) diz ainda: "Os Apóstolos receberam este sacrifício de Jesus Cristo e a Igreja o oferece hoje em dia em todos os lugares, conforme a profecia de Malaquias".



Celebrava-se a Missa há 600 anos, há 1200 anos, há 1900 anos, como a celebramos hoje em dia na Igreja Católica[8], porque a Igreja recebeu a missão de oferecer este divino sacrifício da boca do próprio Jesus Cristo.



Quando um costume é universalmente estabelecido na Igreja e não havendo um Papa, um Bispo ou algum Concílio que seja o seu autor, isto é uma prova evidente que foram os Apóstolos que nos ensinaram a praticá-lo.



O Sacrifício da Missa é um desses costumes.





SACRIFÍCIO PROPICIATÓRIO



O sacrifício da Missa é propiciatório para os vivos e para os mortos.



Para os vivos porque ele é oferecido a Deus para obter, para eles, o perdão dos pecados e a remissão das penas devidas por causa dos pecados... Este dogma da nossa fé pode ser provado pelas palavras de nossos Livros Santos: "Isto é meu sangue, que é derramado por muitos, para a remissão dos pecados" (Mt.26,28).



[...]



O Sacrifício da Missa é também propiciatório para os mortos, sendo oferecido para contribuir para a remissão das penas temporais que ainda tenham que ser pagas à justiça divina. Os Livros Santos nos dizem: "é um pensamento santo e salutar o de rezar pelos mortos a fim de que eles fiquem isentos de seus pecados". E - fazendo uma analogia - não se lê no décimo segundo capítulo do segundo Livro dos Macabeus, que Judas Macabeu, general de exército, após uma brilhante vitória obtida sobre os inimigos de sua nação, enviou doze mil dracmas de prata ao templo de Jerusalém para que fossem oferecidos sacrifícios pelas almas de seus soldados que haviam sucumbido no combate?



[...]



O Santo Sacrifício da Missa tem sido oferecido pelos mortos desde os primeiros tempos do cristianismo, como é fácil de se constatar pelo testemunho dos Santos Padres.



Tertuliano nos diz: "que uma mulher que não faz oferecer o Santo Sacrifício da Missa todos os anos por seu marido, no dia de seu falecimento, deve ser considerada como tendo se divorciado dele".

Desde as origens do cristianismo o Santo Sacrifício da Missa foi oferecido como ele ainda o é, em nossos dias, na Igreja de Jesus Cristo[9].

E esse Sacrifício sempre foi oferecido tanto pelos vivos como pelos mortos: um SACRIFÍCIO PROPICIATÓRIO, o que os protestantes não aceitam[10].


04 - A EXPLICITAÇÃO DA FÉ CATÓLICA: TRENTO

"Já eram decorridos 1500 anos que a Missa era celebrada como é dita hoje na Igreja Católica[11], quando o protestantismo rejeitou este dogma de nossa fé: a Missa é a oferenda do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo feita a Deus pelo sacerdote".

Tendo "Lutero, e outros", negado "certo número de verdades, o Concílio de Trento definiu, de maneira precisa, a fé católica".

"O Concílio de Trento afirma a presença real e substancial de Cristo sob as aparências do pão e do vinho, e o fato de que a Missa é verdadeiramente um sacrifício verdadeiro, em substância, o Sacrifício da Cruz, isto é, um sacrifício propiciatório pela remissão dos pecados, ao mesmo tempo que (é) um sacrifício de louvor e de ação de graças. Ademais, tendo recebido o sacramento da ordem, somente o sacerdote tem o poder de consagrar".

Mas tal doutrina, afirmada, ou melhor, reafirmada no Concílio de Trento, não é uma coisa nova, nascida daquele Concílio, no século XVI, pois o que aquele Concílio fez foi tornar explícitas as verdades de fé, relativas à Missa e ao Sacerdócio, que foram professadas desde os primeiros tempos da Igreja.

De fato, as verdades negadas por Lutero faziam parte, na época daquele Concílio, do "Magistério da Igreja exercido de maneira tácita", ou seja, aquele que corresponde a "tudo o que foi crido desde o tempo dos Apóstolos, ... tudo o que está contido na Sagrada Escritura e tudo o que faz parte da Tradição".

Porém, em decorrência das heresias protestantes, foi necessário passar ao ensinamento explícito daquilo que antes a Igreja tinha se limitado a propor tacitamente, ou seja, foi necessário passar do Magistério Tácito ao Magistério Explícito.

Foi o que fez o Concílio de Trento.

Além disso, "como os erros de Lutero se insinuassem, quer no espírito de clérigos, quer no de fiéis, quer em certos missais, desejou aquele Concílio um estudo dos diferentes missais e a elaboração de um Missal que fechasse a porta às heresias. Este trabalho foi realizado pelo Papa São Pio V".

E a Missa restaurada por São Pio V e por ele canonizada expressa "claramente estas realidades: SACRIFÍCIO, PRESENÇA REAL da Vítima e SACERDÓCIO DOS PADRES", exprimindo "de maneira precisa a fé católica"
Notas:

[1] - Palavras do Padre Des Graviers. Toda esta parte reproduz trecho de artigo deste Padre intitulado: “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA APÓS O VATICANO II.

[2] - A doutrina sobre o “santíssimo Sacrifício da Missa” tal como “ensina, declara e determina” o Concílio de Trento, “para que se mantenha integra na Igreja Católica a antiga fé e doutrina do grande mistério eucarístico”, foi tornada explícita na Sessão XXII, de 17-09-1562.

[3] - Em outras obras consta “culto de latria”, ou seja, de adoração à Deus.

[4] - PROPICIAÇÃO: ação de tornar Deus propício.

[5] - IMPETRAÇÃO: ação de obter de Deus as graças e as bençãos divinas.

[6] - Transcrição de trecho de conferência do Monsenhor Guay.

[7] - O destaque é meu.

[8] - Em 1907, Monsenhor Guay fala da Missa que, vinda dos primeiros tempos do Cristianismo foi aprimorada por santos Papas — São Dâmazo, São Leão, São Gelásio, São Gregório — e restaurada por São Pio V.
D
[9] - Até aqui transcrição de trechos da conferência sobre “A Igreja e os Sacramentos”, feita por Monsenhor Ch. Guay, em 1907.

[10] - Ver, mais adiante, o artigo 05.

[11] - Estamos falando da “Missa de Sempre”, e, evidentemente, antes do Vaticano II.

RESPOSTA DO DISTRITO ALEMÃO DA FSSPX À DECLARAÇÃO DOS BISPOS


FSSPX - Distrito da Alemanha

Nota do Superior do Distrito, Pe. Franz Schmidberg.

Gostaria de, como Superior do Distrito na Alemanha, declarar:

1. A FSSPX não rejeita o Concílio todo. O próprio Arcebispo Lefebvre participou no concílio, esteve nas comissões preparatórias e aprovou a maioria dos documentos.

2. A Conferência dos Bispos Alemães faz uma condição além da plena adopção do Concílio, incluindo os pontos contenciosos e ambíguos. Isso significa nada menos que parar o diálogo antes mesmo de começá-lo. Nós vemos que os bispos Alemães não querem discutir os pontos controversos do Concílio, mas querem construir zonas proibidas.

3. Os bispos Alemães não se comportam num espírito de fraternidade. Em vez de diálogo e conversações num caminho pacífico e construtivo, agem contra o sinal de Roma que foi dado pela retirada dos Decretos de Excomuhão e rejeitam toda oferta de diálogo da SSPX.

4. Os bispos estão obrigados pelos oitavo mandamento, que diz: “Não levantareis falso testemunho”. Nós, portanto, conjuramos à Conferência Episcopal que se arrependa da acusação difamatória de sentimentos anti-semitas ou anti-judaicos dentro da FSSPX. No caso Williamson, os Superiores da SSPX reagiram imediatamente. O Distrito Alemão imediatamente depois da publicação das terríveis afirmações claramente e inequivocamente condenou qualquer tipo de banalização dos crimes nazi e desculpou-se àqueles que foram ofendidos pelas declarações. Nós apontaríamos novamente que o pai do Arcebispo Lefebvre perdeu sua vida no Campo de Concentração de Sonnenburgo.

5. Os bispos estão invocando à FSSPX que reconheça a autoridade do Papa, embora a SSPX nunca tenha colocado esta autoridade em dúvida. Isso mostra que os bispos nunca concederam pensamentos sérios substancialmente dirigidos, nem o querem, às posições da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X.

6. A SSPX, pelo contrário, constata dentro do Episcopado Alemão uma subtil rejeição da autoridade papal. A atitude diante de decretos papais do passado recente neste contexto é relevante:

a. O desejo do Papa de traduzir correctamente as falsamente reproduzidas palavras da consagração foi ignorado pelos bispos Alemães.

b. O motu proprio para a liberalização da Missa antiga é implementado por alguns bispos tão restritivamente que ele quase permanece ineficaz.

c. As orações da Sexta-feira Santa do Papa foram também erroneamente descritas por alguns teólogos na Alemanha como anti-semitas.

d. A posição clara do Papa sobre o entendimento eclesiástico dentro das comunidades Protestantes foi feito na Alemanha de maneira preponderantemente equivocada.

e. Apesar de repetidos chamados, os bispos Alemães não retiraram a declaração de Königstein, que torna a encíclica “Humanae Vitae” do Papa Paulo VI inútil.

f. Finalmente, a declaração “Dominus Jesus” foi fortemente criticada pelos teólogos Alemães porque ela apenas falava sobre o caminho único para a salvação oferecido pela Igreja.

7. Dados estes fatos, nós vemos que alguns bispos rejeitam o caminho de clareza e reconciliação colocado pelo Papa. Eles aparentemente querem a completa eliminação de todas as atitudes conservadoras dentro da igreja. Esta oposição ao Papa está atualmente (ainda) não desvelada, mas por muito tempo esteve subliminarmente em muitos discursos.

8. Confrontados com esta situação, nós agradecemos ao Santo Padre por sua paterna compreensão. Faremos todos os esforços de nossa parte para formular as posições da SSPX — que não são suas, mas aquelas do Magistério da Igreja — de uma maneira compreensível, abnegada e amável, para que uma discussão frutuosa com todos os Católicos de boa vontade seja possível. Nós estamos satisfeitos por haver agora uma base para discussão teológica.

9. Em nosso desejo de exprimir no serviço do amor à eterna e verdadeira Roma, a SSPX deseja especialmente rejeitar as indefensáveis acusações de ordenações ilícitas. Estas ordenações previstas nunca foram proibidas, como foi confirmado em conversas pessoais em Roma. Aqui os Bispos são pegos em óbvia contradição: eles enfatizam que ainda não há unidade com a FSSPX, enquanto ao mesmo tempo querem colocar uma proibição nas ordenações. Se pode apenas referir-se ao que o Arcebispo Zollitsch mesmo em sua declaração afirmou: é a Santa Sé — e não as Conferências dos Bispos — que deve criar e identificar as condições para a plena unidade.

Pe. Franz Schmidberger
Fonte: Fratres un unum

MEDITAÇÃO DA VIA- SACRA de MADRE PROVIDÊNCIA


MEDITAÇÃO DA VIA- SACRA
de MADRE PROVIDÊNCIA

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amén.



Jesus é condenado a morte

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Como Criador e absoluto Padrão aceitou de ser julgado como um malfeitor das suas criaturas.
Ele, o Inocente, foi escolhido pelo Pai para remir os nossos pecados e abrir-nos a porta do Paraíso.
Deus meu, Deus meu, quanto sois bom! Porque tenho sido tão malvado Convosco, condenando-Vos cruelmente ao suplício da cruz?
Reconheço que sou uma pessoa fraca, orgulhosa, soberba, mesmo se procuro ser forte.
Hoje Vos confesso que sou um pobre pecador, necessitado do Vosso olhar de ternura e de perdão.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus, depois de ter aceitado a condena abraça a cruz
Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

E sobe com fatiga o caminho do calvário.
Meu Deus, como tenho sido feroz Convosco, desumano; não mereço o Vosso olhar de Amor.
Rezo a Vós, e depois Vos assassino sob os golpes da injustiça.
Todos os dias renovo a Vossa paixão e morte com uma vida mesquinha e desonrosa.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).


Jesus cai pela primeira vez sob a cruz

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Obedeceu ao Pai, mas a fraqueza do Seu físico, já provado pelas muitas incompreensões dos irmãos, não conseguiu resistir ao peso comprimente da cruz.
Cai, mas não se prostra. Se levanta com fatiga e recomeça o Seu caminho.
Meu Deus, quanto amo a minha vontade; como sou egoísta nos meus pensamentos e desejos; como sou indiferente à Vossa dor; como sou indeciso a seguir-Vos como verdadeiro cristão, a imitar-Vos serenamente no meu pequeno sacrifício do dia a dia.
Quero ser Vosso companheiro.
Mas não deixar-me sozinho porque os meus pecados me oprimem e eu sou longe da Vós único Amor da minha vida.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus e Maria se encontram e choram

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

A dor de Jesus é a dor de Maria, e a dor de Maria é a dor de Jesus.
Quando duas pessoas se amam se sentem uma única coisa . Assim também nós devemos fazer, sem brigas, discussões e divisões.
Jesus sofreu para mudar o ódio em amor, mas o homem esqueçe a paixão de Cristo e prefere a sua soberba: isto é fazer aquilo que quer.
Meu Deus, meu Deus, quanto sofrestes na pessoa do Redentor e na pessoa de Vossa Mãe. Sinto vergonha quando olho para a cruz. Muitas vezes faço proponimentos e mais os coloco em prática.
Queria falar-Vós Senhor: volvei o Vosso olhar para mim, pois não me sinto dígno de Vós.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus vem ajudado da um homem de Cirene a levar a cruz

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Infelizmente nós nos esquecemos deste grande dever.
Cristo sofreu nos membros dos Seus irmãos, que nós de bom grado nos esquecemos por culpa do nosso egoísmo e da nossa soberba.
Humilha-te, ó homem, porque és pó e em pó retornarás.
Não obligar os outros a levar o fardo pesante dos teus pecados, mas com prazer abraça a cruz que faz parte da tua fraqueza humana.
Meu Deus, meu Deus, confrontando-me com Vós sou tão pobre e miserável.
Vós, Homem-Deus, me destes o exemplo e o continuais a dar-me todos os dias como silencioso prisioneiro no tabernáculo do altar, e como apaixonado em tantas carnes soferentes que com o sorriso exprimem a Vossa presença.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).


Uma mulher chamada Verônica enxuga o rosto
de Jesus ensangüentado

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Cada homem deveria consolar aquele Coração que tanto nos amou até morrer na cruz para nós. Mas imersos nas ocupações do mundo nos esquecemos de haver uma alma. Neste modo chegaremos no juízo sem ter conquistado merecimentos para o Céu.
Meu Deus, meu Deus, como sou mesquinha.
Ensina-me a rezar, a amar e sofrer com prazer as fatigas da vida, assim que, desapegado das coisas vães, posso ocupar-me de Vós e da minha alma.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus cai pela segunda vez sob a cruz

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

È cansado mas não pára no Seu caminho. Tu ao contrário muitas vezes te agitas e te prostras, querendo comprimer a cruz para ser livre de fazer a tua vontade. Mas somente quem faz a vontade do Pai obedecendo com humildade pode esperar a salvação eterna.
Meu Deus, meu Deus, se penso às minhas inumeráveis culpas não tenho a coragem de ajoelhar-me para falar Convosco, mas já que sei que Vós sois bom, Vos peço de guiar-me no justo caminho, para que a minha soberba não me afaste da Vós e não me leve à danação eterna.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus consolado na Sua dor das boas matronas
que encontra no caminho doloroso

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Tem no mundo algumas almas eleitas que no escondimento se doão a Cristo Apaixonado para a humanidade imersa nas preocupações, nas inquietações, nas doenças, nas inocentes condenas.
Felizes sedes vós porque as chagas de Cristo são impressas no vosso coração, aliviais o pranto com o fruto dos vossos sacrifícios e com as ofertas generosas. Vestir os nudos, saciar os famintos, curar os doentes, não é próprio isto a aliviar a paixão de Cristo?
Meu Deus, meu Deus, chamai-me a participar daquela categoria, porém ajudai-me a chorar antes os meus pecados, e depois as dores de Cristo, porque, sem pentimento e sem conversão, a minha oferta não será recebida e não terá merecimentos.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus cai pela terceira vez sob a cruz.

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Os flagelos e as bateduras fizeram de Cristo um humilde andrajo nas mãos dos perseguidores.
A Sua potência se obscureceu naquelas horas tenebrosas de agonia para fazer conhecer ao homem a grandeza da humildade de um Deus que se fez carne, e se consumou até a última gôta de sangue por nosso amor.
Jesus se levanta de novo e continua o Seu caminho.
Meu Deus, meu Deus, olhando o Vosso corpo desfigurado pela dor, mas transparente pela graça, me olho no Vosso aspeto de Rei eterno e me vejo pequeno, pobre e muito sujo. Lavai-me com o Vosso sangue e fortalecei-me com a Vossa fé porque o meu eu acredite que somente Vós sois o verdadeiro Deus.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Jesus é despojado das Suas Sagradíssimas vestes

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Qual ato de humildade mais grande deste poderia um Deus fazer?
Embora feito homem, possuia uma dignidade divina, por meio da qual poderia ter feito na terra, pelo tempo da Sua vida passada entre nós, um grande reino. Mas o grande reino nasceu no momento da Sua morte, quando, em preparação desta, instituiu o Sacramento do Amor:«Este é o meu Corpo, este é o meu Sangue, façam isso em memória de Mim ».
O reino de Deus é no meio de nós, mas é importante que este reino se realize dentro cada um de nós.
Se numa alma não tem a presença de Deus, tem a noite e o homem vive como um símples carro do qual o motor funciona sem vida.
Meu Deus, meu Deus, vindes e não tardar, habitais na minh’alma, privai-me de tudo aquilo que é pecado e que desgosta o Vosso Coração Imaculado de Deus, de Irmão, de Amigo, de vida da minha vida.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glnão tem a presença de Deusria...).



Jesus pregado na cruz
Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Reza pelos seus crucificadores, perdoa o ladrão arrependido, acolhe a Madalena e demostra quanto é grande o Seu Coração para aqueles que O fizeram morrer.
Meu Deus, meu Deus, não quero ser como Judas que se enforcou depois de ter-Vos traido. Quero ser como o ladrão e a Madalena, a qual, arrependida veio aos Vossos pés para lavar as Vossas chagas com as minhas lágrimas, pedindo-Vos luz e força para ajudar-Vos a carregar todos os dias o peso da cruz, que são os pecados de todos os homems incluso os meus.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



A elevação de Jesus sob a cruz
Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Com o rosto moribundo e a língua seca pela sede disse: «Meu Deus, porque me abandonastes?». Jesus se humilha até demostrar-nos a fraqueza humana.
«Mulher, eis aí Vosso filho, filho eis aí tua Mãe». A herança da cruz foi a Vírgem Santíssima, companheira da Sua dor e companheira na Sua mediação perto do Pai por todos os séculos eternos.
Meu Deus, meu Deus, lavai as minhas culpas, purificai-me de todos os pecados, fazei-me humilde, generoso, puro, dócil, caritativo e veloz no caminho de uma subida espiritual banhado pelo Vosso Sangue inocente.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).


Jesus, depois da Sua morte,
vem colocado nos braços de Sua Mãe, a Vírgem Santissíma,
Rainha do mundo

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Meu Deus, meu Deus, como queria apertar-Vos no meu coração, faixar as Vossas feridas e beijar a Vossa carne ensangüentada, as Vossas mãos que abençoaram, os Vossos pés que caminharam, o Vosso Coração que muito amou, a Vossa boca que convertiu e perdôou, as Vossas orelhas que escutaram os insultos dos homems, a Vossa mente que planejou e me fez à Vossa fisionomia. Mas ora no meio de nós Vós sois presente, ressuscitado e glorioso, com a palavra de vida que é o Vosso Evangelho.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).



Emfim os Judeus compreenderam que Jesus era o Filho de Deus

Nós Vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Na Sua morte a terra tremeu, e os mortos saíram do sepulcro.
Depois de três dias apareceu a Maria Madalena para que comunica-se a Sua ressurreição.
Meu Deus, meu Deus, por primeiro Vós apareceis e falais a uma pecadora arrependida; falai também a mim e mostrai-me a Vossa face, ensinai-me o Vosso caminho e fazei que me destaque da tudo aquilo que me afasta da Vós.
Misericórdia de mim, Senhor, misericórdia.
A morrer crucificado, Teu Jesus é condenado por Teus crimes, pecador. (Pater, Ave, Glória...).


Fonte: Madre Providência

SEXTA-FEIRA DAS TEMPORAS DE QUARESMA:A SANTA LAÇA E OS SANTOS CRAVOS DE NOSSO SENHOR


Viernes de las Témporas de Cuaresma: La Santa Lanza y los Santos Clavos de Nuestro Señor


Continuando con las misas especiales que hacen referencia especial a algún aspecto o instrumento de la Pasión y Muerte de Nuestro Señor, toca hoy considerar el misterio de la Santa Lanza y los Santos Clavos con los que fue atravesado el divino Cuerpo de Nuestro Señor, en relación estrecha con el de la Cinco Llagas, que se conmemorará de aquí a dos semanas.


Se discute si los Santos Clavos son tres o cuatro. Las Sagradas Escrituras nada dicen sobre su número. La iconografía de la Crucifixión representa a Jesucristo indiferentemente atravesado: ora por tres clavos (con uno fijando los dos pies superpuestos al madero), ora por cuatro (con un clavo para cada pie). Las revelaciones privadas difieren también en este punto. Mientras Santa Matilde de Magdeburgo habla de tres clavos, para Santa Brígida de Suecia son cuatro. Esta discrepancia puede explicarse diciendo que a cada santa se le aparecía Nuestro Señor bajo la forma en que estaba acostumbrada a verlo en las imágenes. Sin embargo, del estudio de la Sábana Santa parece deducirse que a Jesús los pies se los atravesaron con un único clavo.


Sea de ello lo que fuere, el suplicio debió ser espantoso y el dolor causado inenarrable. Las heridas de los clavos abrieron cuatro fuentes de hemorragia que debieron acelerar el desenlace mortal. Ya Jesús había sufrido pérdida de sangre por efecto de los azotes y la coronación de espinas y se hallaba debilitado al extremo y deshidratado; por ello su sed es acuciante. De hecho, los evangelistas atestiguan que fue el primero de los tres crucificados sobre el Gólgota que murió, mientras a los otros dos hubo que romperles las piernas para que se asfixiaran y expirasen. Cuando ya lo habían hecho con los ladrones e iban hacia el Señor, comprobaron que ya no estaba con vida. Cuenta san Juan que entonces uno de los centuriones cogió una lanza y atravesó el costado de Jesús, manando sangre y agua.

Lo que pareciera un acto de gratuita crueldad fue más bien un acto benévolo hacia las santas mujeres que seguían de cerca la agonía del Maestro y se hallaban angustiadas en la duda que hubiera ya muerto o no. El militar romano, visto que el crucificado era un condenado a muerte, simplemente quiso asegurarse de ésta para que aquéllas encontraran resignación: fue como el tiro de gracia que se aplica aun fusilado. Probablemente ya está muerto, pero más vale cerciorarse. Lo que no se imaginó el que la tradición llama Longinos fue que su acto le abriría a él los ojos y el corazón a la fe y al amor de Cristo, cuyo Sagrado Corazón fue el primer mortal en poner al descubierto.



Es sugestivo que sea precisamente san Juan, el discípulo amado, el que nos da la noticia de la lanzada de Longinos. Recuérdese que el joven apóstol fue quien más cerca estuvo de Cristo en la Última Cena y recostó su cabeza en el pecho del Señor, como recogiendo los últimos latidos del Hijo de Dios antes de su Pasión. San Juan es para santa Gertrudis el primer confidente y amigo de ese corazón que a ella se le reveló profusamente. Era natural que no se le escapara el episodio de la lanzada y el detalle de que de la herida manó sangre y agua. Científicamente se ha explicado este hecho por la acumulación de la sangre y el plasma en el músculo cardíaco al nivel del pericardio al morir. La lanza habría liberado esos dos líquidos, en los que la mística ha visto la sangre redentora y el agua del bautismo.

La Iglesia, sacramento de salvación, nace así del costado de Cristo, de lo íntimo de su Divino Corazón, símbolo del amor. No es extraño que san Juan hasta su más avanzada edad insistiera en que lo más importante en el cristianismo era el amor. Amor de Dios hacia los hombres y de éstos a Dios; amor mutuo entre los hijos de un mismo Padre; amor en Jesucristo. De ahí la importancia que tiene la devoción al Sagrado Corazón de Jesús, que no es una más, sino la más importante de la piedad cristiana y el último remedio que ha sido dado a este mundo para su salvación, según testimonio de su gran confidente moderna, santa Margarita María de Alacoque.


La consideración espiritual que la caridad sugiere hoy tiene por objeto a los que se sufren en sus miembros: de parálisis, de tetraplejias, de invalidez que los imposibilita y los tiene, por así decirlo, clavados en una silla de ruedas o en un lecho; también a los que sufren física y moralmente en su corazón. Acordémonos de rezar por todos ellos. A veces su situación es tan desesperada que no ven alivio sino en la muerte, sin considerar que su dolor no es inútil y que la muerte no es una verdadera solución.



SACRORUM LANCEAE ET CLAVORUM D.N.I.C.



Introitus

(Is. 21, 17-18 et 15) FODÉRUNT manus meas, et pedes meos: dinumeravérunt ómnia ossa mea: et sicut aqua effúsus sum. (Ps. ibid., 15) Factum est cor meum tamquam cera liquéscens, in médio ventris mei. V. Glória Patri.


Oratio

DEUS, qui in assúmptae carnis infirmitáte Clavis affígi et Láncea vulnerári pro mundi salúte voluísti: concéde propítius ; ut, qui eorúmdem Clavórum et Lánceae solémnia venerámur in terris, de glorióso victóriae tuae triúmpho gratulémur in caelis: Qui vivis. R. Amen.


Epistola

Léctio Zacharíae Prophétae (Zach. 12, 10-11 ; 13, 6-7). HAEC dicit Dóminus: Effúndam super domum David, et super habitatóres Jerúsalem spíritum grátiae et precum: et aspícient ad me, quem confixérunt: et plangent eum planctu quasi super unigénitum, et dolébunt super eum, ut doléri solet in morte primogéniti. In die illa magnus erit planctus in Jerúsalem, et dicétur: Quid sunt plagae istae in médio mánuum tuárum ? Et dicet: His plagátus sum in domo eórum, qui diligébant me. Frámea, suscitáre super pastórem meum, et super virum cohaeréntem mihi, dicit Dóminus exercítuum: pércute pastórem, et dispergéntur oves: ait Dóminus omnípotens.

Graduale

(Ps. 68, 21-22) Impropérium exspectávit cor meum, et misériam: et sustínui, qui simul mecum contristarétur, et non fuit: consolántem me quaesívi, et non invéni. V. Dedérunt in escam meam fel, et in siti mea potavérunt me acéto.


Tractus

(Isai. 53, 4-5) Vere languóres nostros ipse tulit, et dolóres nostros ipse portávit. V. Et nos putávimus eum quasi leprósum, et percússum a Deo, et humiliátum. V. Ipse autem vulnerátus est propter iniquitátes nostras, attrítus est propter scélera nostra. V. Disciplína pacis nostrae super eum: et livóre ejus sanáti sumus.

In Missis per annum post Graduale, omisso Tractu, dicitur:

Allelúja, allelúja. V. Ave, Rex noster: tu solus nostros es miserátus erróres: Patri obédiens, ductu s es ad crucifigéndum, ut agnus mansuétus ad occisiónem. Allelúja.

Tempore autem Paschali, omissis Graduali et Tractu, dicitur:

Allelúja, allelúja. V. Ave, Rex noster: tu solus nostros es miserátus erróres: Patri obédiens, ductus es ad crucifigéndum, ut agnus mansuétus ad occisiónem. Allelúja. V. Tibi glória, hosánna: tibi triúmphus et victória: tibi summae laudis et honóris coróna. Allelúja.

Evangelium

+ Sequéntia sancti Evangélii secúndum Joánnem (Ioann. 19, 28-35). IN illo témpore: Sciens Jesus, quia ómnia consummáta sunt, ut consummarétur Scriptúra, dixit: Sítio. Vas ergo erat pósitum acéto plenum. Illi autem spóngiam plenam acéto, hyssópo circumponéntes, obtulérunt ori ejus. Cum ergo accepísset Jesus acétum, dixit: Consummátum est. Et inclináto cápite trádidit spíritum. Judaéi ergo (quóniam Parascéve erat) ut non remanérent in cruce córpora sábbato (erat enim magnus dies ille sábbati), rogavérunt Pilátum, ut frangeréntur eórum crura, et tolleréntur. Venérunt ergo mílites: et primi quidem fregérunt crura, et altérius, qui crucifíxus est cum eo. Ad Jesum autem cum veníssent, ut vidérunt eum jam mórtuum, non fregérunt ejus crura, sed unus mílitum láncea latus ejus apéruit, et contínuo exívit sanguis, et aqua. Et qui vidit, testimónium perhíbuit: et verum est testimónium ejus. Credo.

Offertorium

Insurrexérunt in me viri iníqui: absque misericórdia quaesiérunt me interfícere: et non pepercérunt in fáciem meam spúere: lánceis suis vulneravérunt me, et concússa sunt ómnia ossa mea.



Secreta
SANCTÍFICET nos, quaésumus, Dómine, hoc sanctum et immaculátum sacrifícium vespertínum: quod unigénitus Fílius tuus in Cruce óbtulit pro salúte mundi: Qui tecum vivit et regnat. R. Amen.

Praefatio de Cruce

Communio

Vidébunt in quem transfixérunt, cum moveréntur fundaménta terrae.

Postcommunio
DÓMINE Jesu Christe, qui temetípsum in Cruce holocáustum immaculátum et spontáneum Deo Patri obtulísti: quaésumus ; ut ejúsdem sacrifícii oblátio veneránda indulgéntiam nobis obtíneat, et glóriam sempitérnam: Qui vivis et regnas cum eódem Deo Patre... R. Amen.

quinta-feira, 5 de março de 2009

BENTO XVI:" A LITURGIA É O CORAÇÃO DA VIDA CRISTÃ "



Bento XVI: liturgia não é «algo acrescentado» à vida cristã, mas seu «coração»

O Papa responde às perguntas dos párocos da diocese de Roma

Por Inma Álvarez

ROMA, quinta-feira, 5 de março de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI considera que a liturgia «não é algo estranho» no afazer da paróquia, mas o «ponto de unificação» e inclusive o «coração» do qual vem a força para agir.

Esta foi a resposta que o Papa ofereceu ao Pe. Marco Valentini, vigário na paróquia de Santo Ambrósio, durante o encontro que teve com os párocos da diocese de Roma, em 26 de fevereiro passado.

O Papa respondeu que «todos nós devemos aprender melhor a liturgia, não como algo exótico, mas como o coração de nosso ser cristão».

A celebração litúrgica dos sacramentos, explicou, não deve ser «algo estranho junto a trabalhos mais contemporâneos como a educação moral, econômica etc. Pode acontecer facilmente que o sacramento fique um pouco isolado em um contexto mais pragmático e se converta em uma realidade não totalmente integrada na totalidade de nosso ser humano», admitiu.

O pontífice destacou a necessidade de que os fiéis «redescubram» a Eucaristia em toda a sua plenitude.

«Devemos aprender a celebrar a Eucaristia, aprender a conhecer Jesus Cristo, o Deus com rosto humano, de perto, entrar realmente em contato com Ele, aprender a escutá-lo e aprender a deixá-lo entrar em nós», explicou.

A comunhão sacramental «é precisamente esta interação entre duas pessoas. Não pego um pedaço de pão ou de carne, mas pego ou abro meu coração para que o Ressuscitado entre no contexto do meu ser, para que esteja dentro de mim e não só fora de mim, e assim fale comigo e transforme meu ser, me dê o sentido da justiça, o dinamismo da justiça, em zelo pelo Evangelho».

Diante disso, acrescentou, «devemos colaborar todos em celebrar cada vez mais profundamente a Eucaristia: não só como rito, mas como processo existencial que me toca em minha intimidade, mais que qualquer outra coisa, e me muda, me transforma. E transformando-me, dá início à transformação do mundo que o Senhor deseja e da qual quer fazer-me instrumento».

Mais catequese mistagógica

O Papa afirmou também a necessidade de que as pessoas ofereçam maior formação aos fiéis nos mistérios que se celebram na liturgia, ou seja, mais catequese mistagógica.


«Os mistérios não são uma coisa exótica no cosmos das realidades mais práticas. O mistério é o coração do qual vem nossa força e ao qual voltamos para encontrar este centro», declarou.

Acrescentou que a catequese mistagógica «é realmente importante», porque «se refere à nossa vida de homens de hoje».

O Papa destacou que a celebração dos mistérios da fé revelam o próprio ser do homem: «Realmente, nós devemos ensinar a ser homens. Devemos ensinar esta grande arte: como ser um homem. Isto exige, como vimos, muitas coisas: desde a grande denúncia do pecado original nas raízes de nossa economia e de tantos aspectos de nossa vida, até guias concretos sobre a justiça, até o anúncio aos não-crentes».

«Se é verdade que o homem em si não tem sua medida – o que é justo e o que não é – mas encontra sua medida fora dele, em Deus, é importante que este Deus não seja distante, mas reconhecível, concreto, que entre em nossa vida e seja realmente um amigo com o qual podemos falar e que fala conosco», acrescentou.

Neste sentido, afirmou que a catequese sacramental «deve ser uma catequese existencial. Naturalmente, ainda aceitando e aprendendo cada vez mais o aspecto de mistério – ali onde acabam as palavras e os raciocínios – esta é totalmente realista, porque me leva a Deus, e Deus a mim».

«Em outras palavras, a catequese eucarística e sacramental deve realmente chegar ao profundo de nossa existência, ser precisamente educação para abrir-me à voz de Deus, a deixar-me abrir para que rompa esse pecado original do egoísmo e seja abertura de minha existência em profundidade, de maneira que eu possa chegar a ser um verdadeiro justo», concluiu.

BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II


Beatificação de João Paulo II

O Cardeal Dziwisz anuncia: “Dentro de alguns meses a beatificação de João Paulo II, contentes também os representantes de outras religiões”

CIDADE DO VATICANO – Dentro de alguns meses, o Papa João Paulo II poderá ser beatificado. Confirma-o o Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, amigo e secretário pessoal de Karol Wojtyla durante o seu pontificado. “Bento XVI quer fechar o processo o quanto antes. O mundo lhe pede”, declarou em uma entrevista o purpurado polonês.

“A preparação da Positio (documento de cerca de 2500 páginas em encontrarão recolhidas as provas da santidade de Karol Wojtyla, ndr) se encontra na Congregação para a Causa dos Santos. Passado o julgamento dos peritos da comissão de teólogos, será o Santo Padre que dará a decisão final”, explicou ainda Dziwisz.

“Não somente os cristãos, mas também as outras religiões esperam que João Paulo II seja beatificado”, concluiu o Arcebispo de Cracóvia.

Fonte: Petrus
Tradução: OBLATVS

BISPO DE TARAZONA MANIFESTA SUA FIDELIDADE AO PAPA BENTO XVI


El Obispo de Tarazona, Mons. Demetrio Fernández, envió al Papa Benedicto XVI una carta en la que renovó la comunión y fidelidad de la diócesis al Sucesor de Pedro ante los ataques recibidos últimamente.

"En nombre propio y de la diócesis de Tarazona, que me ha sido confiada por el Sucesor de Pedro, quiero expresar a Vuestra Santidad nuestra más profunda adhesión y comunión eclesial, asegurándole nuestra oración por sus intenciones, especialmente a lo largo de este Año Santo Jubilar en honor de san Atilano", afirmó el Prelado en su carta.

El texto afirmó que los fieles oran para que "el Príncipe de los Pastores, nuestro Señor Jesucristo, le asista y le fortalezca en el ejercicio del primado de Pedro al servicio de la unidad y de la comunión de todos los fieles en Cristo, particularmente de los fieles católicos".

Mons. Fernández recordó a los católicos que "atacar al Papa es atacar a la Iglesia católica", y que "los enemigos de la Iglesia aprovechan todas las oportunidades" para atacarlo; pero indicó que es más doloroso cuando "a veces el Papa recibe protestas y rechazos de los hijos de la Iglesia, de los de dentro".

"Algunos aparecen como hijos adolescentes, que de todo protestan, y que para afirmar su propia identidad se hacen gallitos, oponiéndose a la autoridad paterna. Todo esto le hace sufrir al Papa", indicó.

El Obispo de Tarazona explicó que el Papa sufre "no sólo porque le atacan a él, sino por el daño que hacen a tantas personas sencillas, a las que tales ataques pueden desconcertarles, turbarles, poner en peligro su fe".

Mons. Fernández recordó a los fieles que el Pontífice "gobierna la Iglesia con la misión de reunirnos a todos en la unidad querida por Cristo. El nos santifica con la gracia de Cristo. Él es como el padre de una gran familia, que merece el respeto y el cariño de todos sus hijos".

ORDENS MENORES EM ROMA NO INSTITUTO DO BOM PASTOR



Mons. Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontificia Academia de Ciencias e Bispo titular de Forum Novum, presidiu à tonsura e ordens menores a seminaristas do Instituto do Bom Pastor, conforme os livros litúrgicos tradicionais, na Igreja de S. Salvador , Roma, no passado dia 28 de fevereiro.
Fonte: new liturgical Movement

quarta-feira, 4 de março de 2009

DEUS ESCOLHEU HOMENS PARA PERPETUAREM O SACRIFICIO, AFIM DE DAR A SUA VIDA DIVINA àS ALMAS, AFIM DE CURAR AS SUAS FALTAS...


Mis queridos hermanos, mis queridos amigos:

Henos aquí reunidos de nuevo en Ecône para participar de esta ceremonia tan emocionante que es la ordenación de sacerdotes. En efecto, si hay una ceremonia que nos hace vivir los instantes más sublimes de la Iglesia, esa es la ordenación sacerdotal, Ella nos recuerda en particular la Cena durante la cual Nuestro Señor hizo sacerdotes a sus Apóstoles. Ella recuerda también la efusión del Espíritu Santo sobre los Apóstoles el día de Pentecostés.

Así, la Iglesia continúe, el Espíritu Santo continúe derramándose por la mano del sucesor de los Apóstoles Nosotros estamos hoy gozosos de poder conferir la ordenación sacerdotal a trece nuevos sacerdotes. Este año no debería haber habido ordenaciones sacerdotales, pues al haber extendido los estudios de cinco a seis años, las consecuencias de este cambio se presentaban en 1982. Pero circunstancias particulares, ocasiones especiales, han hecho que nosotros ordenemos hoy a siete diáconos de la Fraternidad y a otros seis que forman parte de diversas sociedades hermanas que luchan el mismo combate, con las mismas convicciones y con el mismo amor a la Iglesia. Anteayer he conferido la ordenación sacerdotal a dos miembros de la Fraternidad del distrito de Alemania, lo que eleva el número de sacerdotes este año a quince.

Nosotros esperamos, con la gracia de Dios y a medida que los años pasen, que el numero irá creciendo, puesto que nuestros seminarios, particularmente aquellos de Alemania y de los Estados Unidos van a darnos ahora los frutos del trabajo que ha sido hecho durante el curso de los años precedentes.

La primera ordenación de Ridgefield, en los Estados Unidos, tendrá lugar el año próximo con tres nuevos sacerdotes. Ya sucede lo mismo con el seminario de Zaitzkofen en Alemania.


Nosotros debemos pedir que el Buen Dios bendiga estos seminarios y haga de manera tal que aquellos que se preparan allí al sacerdocio reciban verdaderamente en abundancia las gracias que les son necesarias. Mis queridos amigos, vosotros, que en algunos instantes vais a ser ordenados sacerdotes, comprendéis, estoy seguro de ello, hoy más que nunca, que esta ordenación va a situaros en el corazón mismo de la obra de la Redención de Nuestro Señor Jesucristo.

Por su sacrificio realizado sobre la Cruz, Nuestro Señor se comprometió, de alguna manera, a hacer sacerdotes, a participar su sacerdocio eterno a aquellos que Él había elegido para continuar su sacrificio, fuente de gracias de la Redención, pues es la gran obra de Dios. Es por la Redención que Dios ha creado todo. Es su gran obra de caridad.

Dios es caridad. Todo aquello que sale de Dios es caridad. El ha querido divinizarnos, comunicarnos esta inmensa caridad con la que arde desde la Eternidad. El ha querido comunicárnosla y lo ha hecho por una manifiestación extraordinaria, por su Cruz, por la muerte de un Dios, por su Sangre derramada. El ha querido que hombres elegidos por Él continúen este Sacrificio, a fin de dar su vida divina a las almas, a fin de curarlas de sus faltas, de sus pecados, a fin de comunicarles su propia vida, a fin de que un día esta vida nos glorifique y que nosotros seamos glorificados con Dios en la Eternidad. He aquí la obra de Dios.



Es para eso que Él ha creado todo, todo este mundo que nosotros vemos. Él lo ha hecho para la Cruz. Lo ha hecho para la Redención de las almas. Lo ha hecho para el Santo Sacrificio de la Misa. Lo ha hecho para los sacerdotes, para que las almas puedan unirse a Él, particularmente como Víctima de la Santa Eucaristía. Él se comunica a nosotros como Víctima, a fin de que nosotros ofrezcamos también nuestras vidas con la suya y que participemos así no solamente en nuestra Redención, sino también en la de las almas.



Este plan de Dios, este pensamiento de Dios que ha realizado el mundo, es una cosa extraordinaria. Nosotros quedamos estupefactos ante este gran misterio que el Buen Dios ha realizado sobre la tierra. Y precisamente porque el Sacrificio de Nuestro Señor está en el corazón de la Iglesia, en el corazón de nuestra salvación y de nuestras almas, todo aquello que toca al Santo Sacrificio de la Misa nos toca profundamente, toca a cada uno de nosotros, personalmente, porque nosotros debemos participar de este sacrificio para la salvación de nuestras almas, porque debemos recibir la Sangre de Jesús por el Bautismo y los Sacramentos, particularmente el de la Eucaristía, para salvar nuestras almas.



Por eso estamos tan aferrados al Santo Sacrificio de la Misa, y más aun desde el momento que se lo quiere tocar para hacerlo, como se dice, más aceptable a aquellos que no tienen nuestra fe, aquellos que no tienen la fe católica. Todos esos cambios que han sido introducidos estos últimos artos en aquello que hay de más precioso en la Santa Iglesia, en la Liturgia, lo ha sido para acercarnos a nuestros hermanos separados, es decir, a aquellos que no tienen nuestra fe.

Entonces nuestro corazón tembló, nuestras inteligencias también y nuestra fe se ha conmovido. Nos hemos preguntado: ¿acaso es posible que se pueda reducir esta realidad, la más grande, la más mística, la más bella y divina de nuestra Iglesia, la Santa Iglesia Católica y Romana, disminuirla de tal manera que ella sea puesta a disposición de los herejes? Nosotros no lo hemos comprendido y con esta emoción nos hemos preguntado verdaderamente cómo los clérigos que se han introducido en la Iglesia teniendo ideas que no son las de la Iglesia, no siendo verdaderamente movidos por el Espíritu Santo, no estando llenos del Espíritu de Verdad sino del espíritu de error, han podido subir hasta la cima más alta de la Iglesia y darnos estas reformas que la destruyen. ¡Qué misterio! ¿Cómo es posible esto? ¿Cómo Dios ha podido permitir esto? ¿Cómo Nuestro Señor, que había hecho todas esas promesas a Pedro y a sus sucesores, a la Iglesia y a todos los sucesores de los Apóstoles, cómo esta realidad ha podido presentarse a nuestros ojos, en nuestra época? ¡Bienaventurados los fieles que han vivido antes que nosotros y que no han tenido que considerar ni resolver estos problemas! En algunas pocas palabras yo quisiera intentar esclarecer un poco vuestros espíritus sobre aquella que me parece debe ser nuestra única línea de conducta en medio de estos acontecimientos tan dolorosos que suceden en la Iglesia.


Me parece que se puede comparar esta pasión que sufre hoy la Santa Iglesia con la Pasión de Nuestro Señor Jesucristo. Ved como han quedado estupefactos los mismos Apóstoles delante de Nuestro Señor amarrado, habiendo recibido de Judas el beso de la traición. El es conducido cubierto de púrpura, se burlan de Él, lo golpean, le cargan con la Cruz y los Apóstoles huyen, ellos se escandalizan. No es posible que Aquel que Pedro ha proclamado: “Tú eres el Cristo, el Hijo de Dios”, sea reducido a esta indigencia, a esta humillación, a este escarnio. No es posible. Ellos huyen de Él.



Sólo la Virgen María con San Juan y algunas mujeres rodean a Nuestro Señor y conservan la fe. Ellos no quieren abandonarlo. Saben que Nuestro Señor es verdaderamente Dios, pero saben también que es hombre. Precisamente esta unión de la Divinidad con la Humanidad de Nuestro Señor ha presentado problemas extraordinarios. Pues Nuestro Señor no solamente ha querido ser hombre, ha querido ser un hombre como nosotros, con todas las consecuencias del pecado, pero sin pecado, quedando fuera el pecado; sin embargo, ha querido sufrir todas sus consecuencias: el dolor, el cansancio, el sufrimiento, el hambre, la sed, la muerte. Hasta la muerte, sí. Nuestro Señor ha realizado esta cosa extraordinaria que ha escandalizado a los Apóstoles antes de escandalizar a muchos otros que se han separado de Nuestro Señor o no han creído en su Divinidad.



Durante el curso de la historia de la Iglesia se ven esas almas que, asombradas por la debilidad de Nuestro Señor, no han creído que Él era Dios. Es el caso de Arrio. Arrio ha dicho: No; no es posible, este hombre no puede ser nuestro Dios, puesto que Él ha dicho que era menos que su Padre, que su Padre era más grande que El. Entonces, El no es Dios. Puesto que Él ha pronunciado esas palabras tan sorprendentes: “Mi alma está triste hasta la muerte”. ¿Cómo Aquel que tenía la visión beatifica, que veía a Dios en su alma humana y que era entonces mucho más glorioso que enfermo, mucho más eterno que temporal -su alma ya estaba en la eternidad bienaventurada- he aquí que sufre y dice: “Mi alma esta triste hasta la muerte”?, y luego pronuncia esas palabras asombrosas que nosotros jamás hubiéramos imaginado en los labios de Nuestro Señor: “Dios mío, Dios mío, ¿por qué me has abandonado?”. Entonces el escándalo, por desgracia, se extiende en medio de las almas débiles y Arrio empuja a casi toda la Iglesia a decir: “No, esta persona no es Dios”.



Otros, al contrario, reaccionarán y dirán: puede ser que todo lo que Nuestro Señor ha soportado, esta sangre que corre, estas heridas, esta Cruz, no sean más que fruto de la imaginación. Ciertamente, son hechos exteriores que han sucedido, pero qua no eran reales. Algo así como el Arcángel San Rafael cuando acompañó a Tobías y le dijo luego: “Vosotros creíais que yo comía cuando tomaba el alimento, pero no, yo me nutro de un alimento espiritual”. El arcángel San Rafael no tenía un cuerpo como el de Nuestro Señor Jesucristo, ni había nacido en el seno de una madre terrenal como Nuestro Señor Jesucristo ha nacido de la Virgen María. “Nuestro Señor era un fenómeno como aquel, parecía comer pero no comía, parecía sufrir pero no sufría”: Estos fueron los que negaron la naturaleza humana de Nuestro Señor, los monofisitas y los monotelitas, que negaron la naturaleza humana y la voluntad humana de Nuestro Señor Jesucristo. Los que decían: “todo era Dios en El. Todo lo que pasó no fueron sino apariencias”. Ved las consecuencias de aquellos que se escandalizan de la realidad, de la Verdad.


Haré una comparación con la Iglesia de hoy. Nosotros estamos escandalizados, sí, verdaderamente escandalizados de la situación de la Iglesia. Pensábamos que la Iglesia era verdaderamente Divina, que Ella no podía equivocarse jamás, que Ella jamás podía engañarnos. Sí, es verdad, la Iglesia es Divina, Ella no puede perder la Verdad, Ella guardara siempre la Verdad eterna. Pero Ella es humana también, Es humana y mucho más que Nuestro Señor. El no podía pecar. Él era el Santo y el Justo por excelencia. La Iglesia, sí, es divina, y verdaderamente divina; nos brinda todas las cosas de Dios -particularmente la Santa Eucaristía-, cosas eternas que no podrán cambiar jamás, que serán la gloria de nuestras almas en el Cielo. Sí, la Iglesia es divina pero es humana. Ella está apoyada en hombres que pueden ser pecadores, que lo son y que, si bien participan en una cierta manera de la divinidad de la Iglesia, en una cierta medida -como el Papa, por ejemplo, por su infalibilidad, por el carisma de la infalibilidad participa de la divinidad de la Iglesia y sin embargo sigue siendo hombre-, ellos siguen siendo pecadores. Fuera del caso en que el Papa usa de su carisma de la infalibilidad, puede errar y puede pecar. ¿Por qué escandalizarnos y decir como algunos, a imagen de Arrio, que él no es Papa? “No es Papa”, como decía Arrio: “No es Dios, no puede ser, Nuestro Señor no puede ser Dios”. Nosotros estaríamos tentados también de decir: “No es posible, el no puede ser Papa haciendo lo que hace”.



O, al contrario, como otros que divinizarían la Iglesia a tal punto que todo será perfecto en Ella, podríamos decir: “no se debe hacer nada que pueda oponerse a lo que venga de Roma, porque todo es divino en Roma y nosotros debemos aceptar todo lo que viene de Roma”. Los que hacen así son como aquellos que dicen que no era posible que Nuestro Señor sufriera, que no eran más que apariencias de sufrimientos, pero que en realidad El no sufría, en realidad su Sangre no se había derramado. Eran apariencias que estaban en los ojos de aquellos a su alrededor, pero no eran realidad. Sucede lo mismo hoy con algunos que siguen diciendo: “No, nada puede ser humano en la Iglesia, nada puede ser imperfecto en Ella”. Se equivocan también. No siguen la realidad de las cosas. Hasta dónde pueda ir la imperfección de la Iglesia, hasta donde puede subir, yo diría, el pecado en la Iglesia, en la inteligencia, en el alma, en el corazón y en la voluntad, los hechos nos lo demuestran. Así como yo os decía hace un momento, nosotros no habríamos jamás osado poner sobre los labios de Nuestro Señor estas palabras: “Dios mío, Dios mío, ¿por qué me has abandonado?”. Y bien: jamás habríamos pensado que el mal, el error, podrían penetrar así en el interior de la Iglesia.



Nosotros vivimos esta época. No podemos cerrar los ojos. Los hechos están delante y no dependen de nosotros. Somos testigos de lo que sucede en la Iglesia, de aquello aterrador que ha sucedido después del Concilio, de estas ruinas que se acumulan, de día en día, de año en año, en la Santa Iglesia. Más avanzamos, más se expanden los errores y más fieles pierden la fe católica. Una encuesta hecha recientemente en Francia decía que prácticamente solo dos millones de católicos franceses son aun verdaderamente católicos. Vamos hacia el fin. Todo el mundo va a caer en la herejía. Todo el mundo caerá en el error puesto que algunos clérigos, como decía San Pio X, se han metido en el interior de la Iglesia y la han ocupado. Ellos han propagado los errores valiéndose de los puestos de autoridad que ocupan en la Iglesia.



Entonces, ¿estamos obligados a seguir el error, porque él nos viene dado por vía de autoridad? No más de lo que deberíamos obedecer a padres indignos que nos pidieran hacer cosas indignas, debemos obedecer a aquellos que nos piden abandonar nuestra fe y toda la Tradición. Eso está fuera de discusión ¡Oh, por cierto, es un gran misterio!, este misterio de la unión de la divinidad con la humanidad. La Iglesia es divina, la iglesia es humana. ¿Hasta dónde los defectos de la humanidad pueden alcanzar, yo diría casi, la divinidad de la iglesia? Solo Dios lo sabe ¡Es un gran misterio!


Nosotros constatamos los hechos, debemos ubicamos delante de los hechos y jamás abandonar la iglesia, la Iglesia Católica y Romana, no abandonarla jamás, jamás abandonar al sucesor de Pedro, puesto que es por él que estamos ligados a Nuestro Señor Jesucristo. Pero, si por desgracia, arrastrado por no sé qué espíritu o que formación o que presión que él sufre, por negligencia él nos deja y nos arrastra hacia caminos que nos hacen perder la fe, y bien, nosotros no debemos seguirlo, reconociendo sin embargo que él es Pedro y que si él habla con el carisma de la infalibilidad, nosotros debemos aceptar, pero cuando él no habla con este carisma, puede muy bien, por desgracia, equivocarse. No es la primera vez que nosotros constatamos algo semejante en la historia.



Estamos profundamente perturbados, profundamente mortificados, nosotros que amamos tanto la Santa iglesia, que la hemos venerado y que la veneramos siempre. Es exactamente por ese motivo que este Seminario existe, por amor de la Iglesia, católica, romana, y que todos estos seminarios existen. Nosotros estamos profundamente mortificados en el amor de nuestra Madre, al pensar que sus servidores, por des-gracia, no la sirven más o inclusive lo hacen contra Ella. Nosotros debemos rezar, debemos sacrificarnos, debemos permanecer como María al pie da la Cruz, no abandonar a Nuestro Señor Jesucristo, aun si El parece, como dicen las Escrituras: “Era como un leproso” sobre la Cruz. Y bien, la Virgen María tenía la fe y veía detrás de esas llagas, detrás del corazón traspasado, a Dios en su Hijo, su divino Hijo.



Nosotros también, a través de las llagas de la Iglesia, a través de las dificultades, de la persecución que sufrimos, aun de parte de aquellos que tienen autoridad en la Iglesia, no abandonamos la Iglesia, amamos a nuestra Madre la Santa Iglesia; sirvámosla siempre a pesar de las autoridades si es necesario. A pesar de esas autoridades que nos persiguen, equivocadas, continuemos nuestra senda, continuemos nuestro camino: nosotros queremos mantener la Santa Iglesia Católica y Romana, queremos continuarla y lo hacemos por el sacerdocio, por el sacerdocio de Nuestro Señor Jesucristo, por los verdaderos sacramentos de Nuestro Señor, su verdadero catecismo. ¿Por qué mis queridos amigos?



Mirad, yo mismo he sido ordenado y todos los hermanos que están aquí y cuentan con una cierta edad, han sido igualmente ordenados en la Santa Misa tradicional de siempre: ellos han recibido el poder de celebrar la Santa Misa y el Santo Sacrificio en este rito romano de siempre. Acordaos de esto: yo he sido ordenado en éste rito y yo no quiero dejarlo, yo no quiero abandonarlo. Es la Misa en la cual he sido ordenado y en la cual debo continuar viviendo. Es verdaderamente la Misa de la Iglesia católica romana.



¡Sed fieles! Fieles a Nuestro Señor, a nuestro Santo Sacrificio de la Misa que os dará tantos y tan tos consuelos, tantas alegrías, tanto sostén en vuestras dificultades, en vuestras pruebas, en las persecuciones que corréis el riesgo de sufrir. Encontraréis la fuerza de seguir con Nuestro Señor Jesucristo todos estos escarnios, en el Santo Sacrificio de la Misa. Dando verdaderamente a Nuestro Señor en su Cuerpo, Sangre, Alma y Divinidad a los fieles, les daréis también el valor de continuar siguiendo a la Iglesia en su Tradición, y conformarse con todos los ejemplos de los Santos que nos han precedido, a todos los que han sido canonizados, beatificados, mostrados como ejemplo de santidad en la Santa Iglesia. Ellos continuaran siendo nuestros modelos.



Que la Virgen María en particular sea nuestro modelo. Pidámosle que haga de vosotros, mis queridos amigos, santos sacerdotes, sacerdotes como Ella los desea. Si la invocáis durante el curso de vuestra vida, Ella os protegerá y hará de vosotros sacerdotes según el Corazón de Nuestro Señor Jesucristo, su di vino Hijo.



S.E.R. Monseñor Marcel Lefebvre,
Homilía en a Misa de Ordenaciones del 29 de junio de 1982,
en el Seminario internacional de Ecône, Suiza.