sábado, 21 de março de 2009

Bento XVI pediu neste sábado em Angola aos adeptos da bruxaria que se convertam à religião católica


O Papa na África: “É para nós uma obrigação oferecer a possibilidade de alcançar a vida eterna”.

O Papa na África - 2009 O papa Bento XVI pediu neste sábado em Angola aos adeptos da bruxaria que se convertam à religião católica, durante uma missa na igreja de São Paulo da capital angolana.

“Muitos de vocês vivem com o medo dos espíritos, de poderes nefastos que os ameaçam, desorientados, e chegam a condenar crianças de rua e até idosos, porque, dizem, são bruxos”, afirmou o pontífice em uma referência clara às várias seitas e religiões tradicionais africanas presentes em Angola, incluindo algumas que celebram rituais de sacrifício humanos.

“A eles é preciso anunciar que Cristo venceu a morte e todos estes poderes obscuros”, disse o papa durante a homilia.

“Há quem objecte que os deixemos em paz, que eles têm a verdade deles e nós a nossa. Que tentemos conviver pacificamente, deixando tudo como está. Estamos convencidos de que não cometemos injustiça alguma se apresentamos Cristo a eles [...] É para nós uma obrigação oferecer a possibilidade de alcançar a vida eterna”, destacou.

Diante de bispos, religiosos e representantes dos movimentos católicos e missionários, em uma igreja remodelada e lotada, Bento 16 condenou tais movimentos na África, que na última década representam uma forte concorrência para a Igreja Católica.

HOJE, NO CALENDÁRIO LITÚRGICO DO BEATO JOÃO XXIII DE 1962, É A FESTA DE S.BENTO ,O PATRIARCA DOS MONGES DO OCIDENTE , O SANTO CONHECIDO E DESCONHECIDO



O PATRIARCA DOS MONGES DO OCIDENTE,
SÃO BENTO: O SANTO CONHECIDO E DESCONHECIDO



ÍNDICE

1. O Patriarca dos monges do Ocidente
2. Abade em Vicovaro
3. Os doze mosteiros em Valéria
4. O amor fraterno
5. Monte Casino: fundação Ordem Beneditina
6. A Regra Beneditina
7. Considerações finais


O PATRIARCA DOS MONGES DO OCIDENTE

Segundo seus biógrafos, nasceu no ano 480 na região dos Sabinos, Itália antiga, em Núrcia, hoje província de Perusa.
Seu pai pertencia à tradicional família de Anício, que deu à pátria numerosos cônsules e imperadores. Por parte de mãe, era o caçula dos senhores de Nurcia.
Dispondo de recursos abundantes, enviaram-no, ainda menino, à Capital do Império para adquirir instrução. Durante os sete anos que lá permaneceu, obteve progresso notável nos estudos, tanto para pressentirem que, se continuasse, tornar-se-ia um dos mais destacados homens de seu tempo.
Adolescente ainda, mas dando prova de carácter muito bem formado, resolve deixar Roma para afastar-se daquela mocidade frívola da metrópole, cada vez mais induzida à libertinagem, ao vicio e à corrupção.


Percebe que o convívio o prejudica e entre as ciências humanas, nas quais se projetava, e a preservação dos costumes - cometam os historiadores - prefere permanecer fiel à pureza de vida cristã, recebida desde do berço.
Sua ama de leite, de nome Cirila, amava-o ternamente e não o abandona. Na vila de Enfide, para onde se dirigiram, ele faz o primeiro milagre, do qual o conhecimento chegou até nós. Essa senhora emprestou, da pobre gente do lugar, um utensílio de barro, provavelmente para cozinhar, e ao usá-lo quebrou-o. Bento reuniu os pedaços e restabeleceu-o, por sua prece, no mesmo estado que era antes. A notícia espalhou-se velozmente e logo olhavam o rapaz como santo.
Isto constituiu motivo decisivo para ele retirar-se secretamente dos que haviam assistido ao prodígio e mesmo à sua ama.
Encaminhou-se só para um lugar deserto e distante chamado Subiaco, onde, segundo ouvira, viviam alguns monges em santa austeridade.
Foi-lhe proporcionado encontrar um desses eremitas, chamado Romano. Este monge admirou-se do fervor religioso do jovem e de sua disposição; ofereceu-o para ajudá-lo, assisti-lo, cooperar em seus projetos e fazer tudo o mais que lhe fosse possível.


Bento aceitou a oferta com entusiasmo e recebeu dele o hábito religioso. Depois foi conduzido a uma caverna extremamente escondida e quase inacessível, que a natureza modelou encravada no rochedo.
Lá permaneceu Bento durante três anos, meditação, penitencia, oração e contemplação - com o pobre alimento que lhe fornecia Romano e chegava à gruta numa cesta descida `a corda - longe dos homens, da civilização, despojado de tudo, na solidão e no silêncio.
A oposição intransigente da família transparece nas ocorrências. O ato de emprestar objeto tão simples, fala por si mesmo em dificuldades financeiras.
Sua ama não o deixa, permanece fiel ao seu lado para ajudá-lo e servi-lo, mas acontece o imprevisto: ao emprestar o utensílio de barro à pobre gente de Enfide, ela quebra-o.
Deste acontecimento a história trouxe-nos um maravilhoso exemplo de fé.
O jovem reuniu os pedaços do utensílio quebrado e, orando, restabeleceu-o como era antes.



Longe do tumulto de Roma, ele percebe viva a presença de Deus.
"Non in comotione Dominus". O Senhor não está na agitação.
Se agirmos com sinceridade - a sinceridade agrada a Deus - depois do primeiro passo, os demais tornam-se mais fáceis.
Entre "o mundo" e "Deus"sua opção é clara, radical e definitiva. Seu sim é verdadeiro sim, ele quer servir ao Senhor!
Bento permaneceu na gruta, isolado, até quando foi do agrado de Deus descobrir ao mundo a santidade de seu servo e fazê-lo aparecer para salvação de muitas pessoas.
Conforme a tradição, o pároco da povoação de Monte Plecaro aprontou farta refeição para comemorar o dia da Páscoa. Nosso Senhor apareceu-lhe em sonho e disse: "Meu seguidor morre de fome numa caverna e tu preparas para ti tantas comidas!"
O sacerdote acordou nesse instante, levantou-se, tomou os alimentos que havia preparado e se pôs a caminho, em procura do santo desconhecido.
Caminhou longo tempo entre montanhas e rochedos, sem rumo, mas a mão de Deus guiava-o e ele chegou à gruta onde estava Bento.
Depois de orarem juntos, convidou-o a tomar os alimentos que Nosso Senhor lhe havia enviado, pois era dia da Ressurreição, quando a Igreja costuma romper o jejum. Bento acedeu. Tomaram a refeição, conversaram com alegria, novamente rezaram e, em seguida, separaram-se.
O sacerdote voltou à sua Igreja e o Santo ficou em sua gruta.
Algum tempo depois, os pastores da região encontraram-no e, logo após, os habitantes das vizinhanças passaram a procurá-lo para receber dele conselhos e orientações espiritual.
Mestre na prática das virtudes em grau superior, impressionava a todos que dele se acercavam.


ABADE EM VICOVARO

Tendo falecido o abade do mosteiro de Vicovaro, situado nas proximidades de Subiaco, os religiosos escolheram-no e foram buscá-lo, colocando-o em sue luar.
Habituados, de longa data, ao relaxamento, não suportaram a nova direção. Passaram a conspirar mortal e sacrilegamente contra o santo; pretendiam envenená-lo. Não puderam , no entanto, causar-lhe dano algum, pois Deus, que conhece os pensamentos mais secretos dos homens. Revelou-lhe a revolta e a traição que tramavam.
"Deus vos perdoe, meus irmãos, disse-lhe o santo, eu não vos havia prevenido de que vossos costumes não concordam em nada com os meus? Procurai outro abade que vos governe a vosso gosto. Eu não permanecerei mais junto de vós".
São Bento deixou a abadia e retirou-se à sua primitiva solidão.
Assim analisam este fato os biógrafos:
"São Bento deixou a abadia, onde não produziu nenhum fruto e voltou à sua solidão".
Não produziu nenhum fruto?! Ao contrário, produziu frutos para sucessivas gerações! As condições adversas contêm lições valiosas, às vezes escondidas.
Os religiosos citados queriam vida fácil. Continuar na ociosidade, no relaxamento e talvez pretendessem a secularização e outras reivindicações...
O trabalho manual exige de nós vencermos a indolência física; o estudo, a indolência intelectual, muito mais pronunciada e difícil.
A educação - aperfeiçoamento de nossas tendências - envolve empenho permanente de nossa parte.
A formação moral, contínuo enorme esforço. A virtude é conquistada com o hábito. A virtude é o hábito.
O cristianismo vai além - ensina-nos a contrariar nossa natureza para restabelecê-la em sua integridade. A renúncia de nossa vontade envolve luta sem desfalecimento.
"A pobre humanidade experimentara, durante milhares de anos, a sua impotência, a sua desgraça.
Deus poderia tê-la deixado à sua sorte.
Por amor e misericórdia, para ajudá-la, revela "os seus mandamentos"e, na encarnação do Verbo, "os seus caminhos".
Seguir Cristo exige, antes de tudo, a renúncia de nós mesmos. A natureza humana, desde a culpa original, tornou-se corrompida e rebelde. Ou a combatemos com todas as forças - auxiliados pela graça - ou somos dominados por ela e vencidos irremediavelmente.
Por isso, com amor, alertou-nos Nosso Senhor Jesus Cristo: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". (Mt 16,24)
Não há outro caminho. Não há outro cristianismo!
Estes religiosos queriam vida fácil...
Ao restabelecer u regime austero, São Bento, como abade e responsável, não inventou nada. Seu procedimento prudente e caridoso, inclusive aio retirar-se, deixa-nos muitos outros ensinamentos, além daqueles cujos comentários desenvolvemos.
O cristão há de excluir o "caminho largo". Ubi non est ordo, ibi non est Deus.


OS DOZE MOSTEIROS, EM VALÉRIA

Em sua volta a Subiaco, São Bento já não encontrou o lugar ermo so passado.
Numerosos moços, movidos pela luz de sua caridade e seus exemplos, vinham ao seu encontro, desejosos de imitar sua maneira de vida consagrada ao Senhor.
Em lugar de um mosteiro que havia deixado, fundou doze! Cada um com doze religiosos
e um superior para dirigi-los. Ele superentendia-os. Velava por todas as comunidades e as assistia em suas necessidades.
Estes mosteiros localizavam-se na província de Valéria, pouco distantes um do outro. Dois deles ainda subsistem: o de Santa Escolástica, onde o Santo residia, e o da Santa Gruta.
Aí era procurado não só para por aqueles que desejavam abandonar o mundo e alistar-se sob a signa da cruz, como também confiar-lhe a educação, instrução e formação de seus filhos. Dois casos, mais destacados, ficaram registrados na história: Equício entregou-lhe seu filho Mauro com doze anos e na mesma época, Tertúlio, patrício [Título de dignidade no Império Romano, instituído por Cosntantino], seu filho Plácido, com sete.
Certo dia, em decorrência de visão, o Santo Abade manda Mauro, apressadamente, retirar Plácido do interior do lago - situado nas proximidades do convento - onde ele estava se afogando.
Mauro não hesitou em obedecer e, então, andou sobre a água como em terra firme.
São Gregório Magno, primeiro biógrafo da vida de S. Bento, conta ainda outros milagres insignes feitos pelo santo taumaturgo, antes mesmo de sair da solidão de Subiaco.
Mauro e Plácido, discípulos de S. Bento, mais tarde, tornaram-se santos!
Entre os doze mosteiros construídos, três localizavam-se nos rochedos e não tinham água. Os religiosos executavam trabalho penoso para ir buscá-lo, em baixo, no lago.
A descida era difícil e perigosa. Por isso pediram-lhe para provê-los de água ou mudar sua moradas. Ele concordou em atendê-los. Orou fervorosamente e, no mesmo instante, brotou da rocha uma fonte da qual as águas correm abundantes até a planície, ainda hoje.
Um noviço, godo, estava trabalhando junto à margem do lago. Ao golpear o tronco de uma árvore, viu o ferro despender-se do cabo, cair na água e desaparecer.
O rapaz mostrou-se desapontado e triste ao perceber a impossibilidade de recuperá-lo.
S. Bento assistiu à ocorrência. Dirigiu-se a ele, consolou-o, tomou o cabo da ferramenta e introduziu sua ponta n água. O ferro flutuou por si mesmo, veio e recolocou-se no seu lugar. O Santo entregou a ferramenta ao noviço e mandou-o continuar o trabalho.
Os milagres narrados e outros tantos faziam crescer a reputação do Santo. Denominavam-no novo Eliseu.


O AMOR FRATERNO

O eclesiástico de nome Florenço, indigno de sua ordem e de seu caráter - assim diz a história - residia junto ao principal mosteiro, onde geralmente permanecia o Abade.
Ele iniciou intensa campanha de difamação contra o Santo e de desmoralização de suas obras. Convencendo-se de que nada alcançara. Finge-se amigo e manda-lhe um pão bento, com elevada dose de veneno.
S. Bento agradece cortesmente, mas ignora o conteúdo do presente e a intenção do autor.
Não tendo, mais uma vez, obtido êxito, resolve corromper os religiosos dos mosteiros usando os meios mais vis, também sem sucesso.
O Santo Patriarca não se preocupa com as calúnias de seu perseguidor, nem com o atentado à vida de sua pessoa, mas, cedendo à oração, abandona a disputa neste lance e retira-se para longe, levando consigo alguns de seus discípulos.
As calúnias dissiparam-se, o atentado não surtiu efeito e a vitória proclamada por Florenço, com a saída do santo, não foi senão de pouca duração.
Ao transitar no corredor de sua residência, o piso rompeu-se sob seu peso e esmagou-o na sua queda. O resto da casa permaneceu intacto.
Percebendo que seu discípulo Mauro mostrava-se alegre ao comunicar-lhe a morte de Florenço - pode voltar, agora em segurança, pois seu inimigo não mais pertence a este mundo - o Santo censurou-o acremente e impôs-lhe severa penitência.
Ante a fúria de seu inimigo, o Santo permanece calmo, em paz. Nenhuma queixa, nenhuma recriminação.
A paciência, o silêncio, a oração são sua força, a força de Deus!
Reza por seu perseguidor, não diz uma palavra contra ele. Quer conquistá-lo, levantá-lo, conduzi-lo ao Senhor.
Assistimos maravilhados, nestas cenas, a vivência de palavras que Jesus pregou em seu Evangelho: "Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio, orai pelos que vos perseguem e caluniam para serdes filhos de vosso Pai, que está no céu" (Mt 5, 43-45).
Segundo insinua a história, S. Bento retirou-se da abadia para pôr termo à disputa com Florenço. Será esta, de fato, a causa?
O Santo avalia as ocorrências: suas orações não estão sendo atendidas. Haverá alguma omissão?
Dispõe-se assim à "renúncia heróica" e a oferece a N. Senhor. Trata-se da salvação de uma alma!
Os doze mosteiros - reúnem anos de trabalhos, iniciativas, dificuldades, sacrifícios e lutas - foram construídos, me primeiro lugar, a favor de seus discípulos amados. Sua presença, contudo, parece constituir "motivo de pecado"para o padre Florenço.
S. Bento embora sinta dolorosamente quanto lhe custa a resolução, não hesita um minuto. Deixa a santa comunidade e entrega tudo, inclusive seu perseguidor, à providência de Deus.
Pouco tempo depois, ao saber da morte de Florenço, chora copiosamente.
Esta manifestação do Santo, nas circunstâncias em que os fatos ocorreram, contém profunda significação e constitui matéria para amplas considerações.
Segundo S. Gregório, nesta ocasião, o Diácono Pedro, notava que este grande homem era dotado do espírito de todos os Santos: o espírito de Moisés, tirando água duma rocha; o espírito de Elias, fazendo-se obedecer por um corvo [omitidos nesta narração]; o espírito de Eliseu fazendo nadar o ferro sobre a água; o espírito de S. Pedro dando, ao seu discípulo Mauro, o poder de andar sobre a água como em terra firme e, o espírito de David, perdoando generosamente àquele que procurou matá-lo e chorando sua morte.


MONTE CASINO:
FUNDAÇÃO DA ORDEM BENEDITINA

O Santo Abade havia-se retirado da direção dos mosteiros de Valéria, como descrevemos. Nessa ocasião Deus revelou-lhe que queria servir-se dele em outro lugar, para conversão de muitas almas; abençoaria seus empreendimentos e tornaria seu nome e sua congregação conhecidos no mundo inteiro. Comovido, em humildade, cheio de gratidão e coragem, o Santo agradeceu a Deus disposição tão favorável.
Em obediência, deixou os rochedos de Subiaco - lá o acompanhavam alguns discípulos - e dirigiu-se à localidade onde o Céu o designara: Monte Casino, situado no reino de Nápoles.
Havia nas montanhas do reino de Nápoles - para onde se dirigiu o Santo - e nas suas redondezas, como em várias províncias da Itália, restos de paganismo. Neste sítio, existia um templo de Apolo, onde o ídolo era honrado com Deus pelos camponeses da região.


Antes de iniciar seu apostolado, S. Bento impôs-se um retiro e jejum de quarenta dias!
Depois, a primeira coisa que fez foi derrubar o altar e quebrar o ídolo em pedaços e queimar o cerrado vizinho que servia às superstições do paganismo.
Tendo assim purificado o templo, ele o transformou em oratório e dedicou-o a S. Martinho.
No mesmo lugar onde estava antes o ídolo Apolo, ele construiu outro oratório em honra a S. João Batista, eremita com quem se assemelhava em suas penitencias e zelo ardente ao Senhor.
Em seguida, iniciou pregações com crescente ardor para conversão dos habitantes locais e, não satisfeito, confiou também aos seus religiosos tão elevado ministério. Assim, tanto por seus milagres como pela autoridade moral de sua vida - que sustentava admiravelmente sua palavra - conseguiu uma mudança considerável nos costumes do lugar. Em pouco tempo foram desbaratadas superstições, vícios e a indiferença que Satã havia semeado.
Tal a origem do célebre mosteiro de monte Casino, do qual o grande S. Bento lançou os primeiros fundamentos, em 529, com a idade de 48a nos, o terceiro de Justiniano, sob o pontificado de Felix IV, sendo Atalaric rei dos godos na Itália.
S. Bento continuou a fazer número surpreendente de milagres. O Espírito de Deus estava nele. Limitamo-nos a contar dois.
Os religiosos trabalhavam na construção duma muralha, quando um pano dela ruiu - por arte diabólica - e esmagou um jovem noviço de raça patrício. O acidente consternou muito a comunidade dos irmãos e logo levaram o fato ao conhecimento do Santo.
Ele mandou que lhe apresentassem o corpo do defunto, mas estava tão mutilado que tiveram de trazê-lo num saco. Fez pelo noviço uma prece de fervor extraordinário. Apenas terminada, o morto ressuscitou e recompôs-se como era antes!
O Santo, para mais triunfar sobre o inimigo das almas, ordenou-lhe voltar ao trabalho e restabelecer, com os companheiros, a muralha sob a qual havia sido esmagado.
Em outra ocasião, na missão que pregou, converteu todos os idólatras duma vila próxima de Monte Casino!
S. Bento tinha o dom de ler os pensamentos mais secretos de seus religiosos e de relatar suas faltas cometidas em sua ausência.
Também o dom da profecia como comprovam muitas ocorrências registradas. Mas o espírito profético aparece com mais evidência no encontro que teve com Tótila, rei dos godos.


Este príncipe arruinava, saqueava e assolava a Itália com suas hordas aguerridas. Diante de S. Bento, ele e seus acompanhantes caíram por terra! Sem recear represálias, o Santo repreendeu-o duramente por seus crimes e prosseguindo, predisse sues dias: "Vós fazeis muito o mal, entrareis em Roma, atravessareis o mar, reinareis nove anos e no décimo morrereis".
Após o oráculo, Tótila demonstrou ainda maior surpresa, recomendou-se instantemente às preces do Santo e reitoru-se.
Desde então não foi mais tão cruel, como antes. Conquistou Roma, alcançou a Sicília e no fim de dez anos perdeu o reino e a vida.



A REGRA BENEDITINA

S. Bento, usando o direito de todo fundador de mosteiro, deixou uma regra seus discípulos, redigida por ele mesmo. Antes dele, o mosteiro e suas observâncias eram qualquer coisa de indecisa e vaga. Ele imprimiu-lhe forma nítida e clara, que os séculos mantiveram. S. Bento fez da sua regra um código completo da vida monástica. Aborda a organização do mosteiro, as atribuições do abade e a distribuição dos cargos, o emprego de tempo, o exercício das virtudes religiosas e cristãs, a contemplação, a liturgia, a repressão das faltas, numa palavra, tudo que entra na prática da vida do claustro. Expõe ao mesmo tempo uma doutrina espiritual elevada e discreta.
Seu mosteiro torna-se a escola do serviço divino!
S. Bento propôs-se organizar o mosteiro isolado. A federação de mosteiros veio após ele e recebeu o nome de ordem ou congregação.
A ordem de S. Bento não existia na origem, no sentido que se dá habitualmente a esta palavra. Pode-se, entretanto, compreender sob esta designação os mosteiros que adotaram sua regra, ainda que não estivessem ligados por nenhuma organização geral. A difusão desta regra se fez aos poucos em todas as Igrejas do Ocidente.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

A vida de S. Bento apresenta-se a nós como fantástica, lendária, impossível. Habituados a assistir às dificuldades, limitamo-nos à crítica, ao comodismo, às coisas feitas.
Não somos o que deveríamos ser, ou, somos mais ou menos. S. Bento não era assim. É importante ser aquilo que somos.
S. Bento era aquilo que era!
Incalculável acervo de realizações frutuosas, orientações e exemplos construtivos deixou-nos este grande Santo.
Afigura-se como fonte abundante para saciarmos a sede de Deus, se alcançamos "o sentido da vida". Uma luz no meio das trevas ou um médico enviado do Alto para sarar as doenças da humanidade.
Sua influência não se limitou ao seu tempo quando abalou o Ocidente e sua Evangelização - mas chega até nós e continuará pelos séculos.
Faleceu em 21 de março de 550, com 70 anos de idade, amado e respeitado.
Sua morte [foi-lhe revelada por Deus], conhecida e anunciada por antecedência, ele a recebeu em paz, louvando o Senhor.
Aqui lembramos o pensamento do jesuíta, Padre Vieira: "Quando nascemos somos filhos de nossos pais, quando morremos, somos filhos de nossas obras".
Os milagres de S. Bento continuaram após sua morte para "edificação e ruína de muitos..."
Cristão, segundo o Evangelho, deu testemunho da palavra proferida pelo Messias - o Filho do Eterno Pai.
"Vós sois o sal da terra. Vós sois a luz do mundo" (Mt 5, 13-14).

COMISSÃO "ECCLESIA DEI" PRESIDIDA POR CARDEAL DARIO CASTRILLÓN IMPÕE MISSA TRIDENTINA NA DIOCESE DE KILLALA NA IRLANDA


Bispo John Fleming

Um proeminente departamento Vaticano ordenou ao Bispo John Fleming fazer provisão da Missa Latina tradicional em sua diocese de Killala.

A acção da poderosa Comissão ‘Ecclesia Dei’ vem depois do Conselho de Padres de Killala decidir que nenhuma provisão deveria ser feita para a celebração da Missa na Forma Extraordinária.

Em julho de 2007, a carta do Papa Bento XVI Summorum Pontificum relaxou as restrições sobre a Missa pré-Vaticano II, o assim chamado Rito Tridentino, e estabeleceu que qualquer padre Católico pode celebrar a Missa Latina tradicional sem primeiro procurar a permissão de seu bispo.

Antes da entrada em vigor de Summorum Pontificum os bispos tinham o direito de restringir acesso à Missa Latina.

Inicialmente, o Conselho de Padres de Killala, um corpo consultivo formado por membros eleitos e padres apontados pelo Bispo Fleming, aconselhou que nenhuma provisão devesse ser feita para Missa Latina aguardando um esclarecimento do Vaticano sobre aspectos da carta do Papa.

Esta conselho foi aceito pelo Bispo Fleming e um anúncio foi feito de que a Missa não seria disponível na diocese de Killala.

Entretanto, The Irish Catholic soube que a matéria veio à atenção da Santa Sé enquanto um número de pessoas em Killala escreveram ao Vaticano para expressar sua frustração pela falta de provisão.

The Irish Catholic - Fonte: Secretum Meum MihiO Irish Catholic também sabe que um número de padres diocesanos que acreditam que a decisão contra-ordenava a legislação papal contactaram o bispo Fleming para registrar descontentamento.

A Comissão ‘Ecclesia Dei’, encabeçada pelo Cardeal Darío Castrillón Hoyos, então escreveu ao Bispo Fleming insistindo que a restrição era proibida sob lei da Igreja já que o Papa Bento XVI fez a provisão universal para a disponibilidade da Missa na forma extraordinária.

Em sua carta, a Comissão insistia que nem o Bispo Fleming, nem o Conselho de Padres, têm o direito de colocar uma restrição num direito aprovado pelo Papa.

Bispo Fleming designou agora a Igreja da Assunção, Ardagh, Crossmolina, Co Mayo, como o centro para a Missa tradicional na diocese de Killala e o celebrante será Pe. John Loftus, um padre da diocese.

sexta-feira, 20 de março de 2009

70º ANIVERSÁRIO DA COROAÇÃO DE PIO XII



En el Septuagésimo Aniversario de la coronación de Pío XII


La procesión papal, entretanto, salió por la puerta central de la basílica al atrio e hizo el camino inverso al de entrada. A través de la Scala y la Sala Regias ganó el Aula de las Bendiciones. Allí se detuvo hasta que todos los que estaban dentro del templo se hubieron acomodado fuera, en la plaza. Las campanas volvían a repicar con gran júbilo. Los graves y profundos tañidos del campanone de San Pedro marcaban el compás de los de sus hermanas de bronce. En la Loggia de las Bendiciones –el balcón central de la fachada– se había alzado el nivel del suelo mediante un entarimado con el objeto de hacer más visible la ceremonia que de allí a pocos momentos iba a tener lugar.


Precedía al Papa el marqués Patrizi Naro di Montoro, vexillifer o portaestandarte hereditario de la Santa Iglesia, en uniforme escarlata, llevando el gonfalón (de ahí su antiguo título de confaloniere) de la Santa Sede, que recordaba las victorias de las armas cristianas en las guerras contra los infieles. El vexillifer se colocó a la derecha con el pabellón izado. El Santo Padre, revestido aún con todos los ornamentos de la misa, llevaba la mitra constelada (gemmata). En el momento en que apareció por la loggia la muchedumbre lo vitoreó con entusiasmo desbordante, ahogando las notas del himno pontificio (compuesto por Charles Gounod) y de las marchas militares que ejecutaban las bandas. Los regimientos de las guardias vaticanas y de las fuerzas de orden italianas se cuadraron militarmente. Todas las banderas se inclinaron en señal de acatamiento.


El cardenal decano Caccia-Dominioni entonó lo más alto que pudo –para hacerse oír– la antífona conveniente, que no podía ser más a propósito: “Corona aurea super caput eius” (Una corona de oro sobre su cabeza). Los cantores prosiguieron. Tras el versículo y su respuesta, el mismo purpurado cantó la oración dirigida al “Padre de los reyes” para que infundiera en el coronando lasa cualidades que deben brillar en quien ha de regir a las almas. El momento cumbre había llegado. El segundo cardenal del orden de los diáconos, Nicola Canali, quitó la mitra de la cabeza de Su Santidad mientras el cardenal protodiácono tomaba la tiara del cojín que le presentó el vestiario, monseñor Venini. Con gesto seguro la colocó sobre las augustas sienes de Pío XII al tiempo que pronunciaba las palabras rituales, pletóricas de significado y que resumen la concepción del Papado en el mejor estilo de la Edad Media:


“ACCIPE TIARAM TRIBVS CORONIS ORNATAM ET SCIAS TE ESSE PATREM PRINCIPVM, RECTOREM ORBIS IN TERRA, VICARIVM SALVATORIS NOSTRI IESV CHRISTI, CVI EST HONOR ET GLORIA IN SAECVLA SAECVLORVM” (Recibe la tiara de las tres coronas y sepas que eres el padre de los príncipes y de los reyes, rector del mundo aquí en la Tierra y Vicario de Nuestro Salvador Jesucristo, a Quien corresponde el honor y la gloria por los siglos de los siglos).


San Gregorio el Grande, Adriano I, san Gregorio VII, Alejandro III, Inocencio III, Bonifacio VIII… sus espíritus estarían presentes junto a los manes de los Cornelios, Catones, Julios, Augustos, Flavios, de los que fueron herederos, en esta hora de triunfo y apoteosis. El Papa ha aparecido sucesivamente tocado con la mitra y con la tiara. Precisamente Inocencio III dijo: “Mitra pro sacerdotio, corona pro regno” (la mitra es propia del poder espiritual; la tiara lo es del poder temporal). Hacía ya siglos que el Papado se había resignado a no ser ya árbitro de los potentados de este mundo y una década desde que Pío XI había renunciado definitivamente al poder temporal, conservando tan sólo el “mínimo indispensable” para asegurar la independencia de la Iglesia en orden a su misión espiritual.


Pero si los hechos habían impuesto su razón incontestable, la coronación del nuevo Romano Pontífice era un recordatorio del irrenunciable derecho público de la Iglesia. Si el Papa ya no era rey sí podía amonestar a los soberanos: “Et nunc reges intelligite! Erudimini qui iudicatis terram!” (Ps II). Lo malo es que eran tiempos –y se avecinaban terribles– en los que los dirigentes de las naciones hacían oídos sordos.


El Papa recién coronado parecía más romano que nunca, con su perfil aquilino, su aristocrático continente y la serena grandeza que se desprendía de su persona. Había llegado el momento de concluir los ritos de la coronación mediante la bendición Urbi et orbi. Extendió sus brazos y los elevó en un gesto que iba a ser característico en él: como recogiendo todas las necesidades de sus hijos y de toda la humanidad para presentarlos a Dios, a quien dirigía la mirada extática. Uniendo sus manos en lo alto y juntándolas sobre su pecho, trazó tres signos de la cruz en distintas direcciones, repartiendo las gracias que la Santísima Trinidad se dignara conceder a través de su representante en la Tierra.


No pudieron verse entonces los estilizados dedos de Pacelli, finísimos y largos, ni lo diáfano de sus blancas manos, por estar éstas cubiertas por las quirotecas. Pero el Papa marcó ya su estilo inconfundible de Pastor Angelicus. De hecho, así lo llamaría, contagiado por el entusiasmo popular, el cardenal Caccia-Dominioni, en cuanto los cortinajes de la loggia hurtaron a Pío XII de la vista de un gentío exultante.


En el Aula de los Paramentos, donde Pacelli procedió a despojarse de sus galas litúrgicas, el protodiácono siguió una tradición que remontaba a Benedicto XIV (cuyo nombre de pila era Próspero). Se dirigió al Santo Padre con las palabras del salmo 44: “Prospere procede et regna” (Avanza prósperamente y reina). Al papa Lambertini, que era un espíritu ameno y divertido, le había gustado la ocurrencia del cardenal Albani en 1740, la que hizo fortuna y se fue repitiendo a cada elección.

También le formuló el voto de que viera “annos Beati Petri” (los años de Pedro), augurándole de esta manera un reinado largo, pues es sabido que los años que el primer papa dirigió la comunidad de Roma fueron veinticinco (del 42 al 67, pues antes estuvo en Antioquía). Sólo tres pontífices habían llegado a superar el cuarto de siglo sobre el sacro solio: Benedicto XIII o Pedro de Luna (28 años), el beato Pío IX (31 años) y León XIII (25 años). Pío XII era relativamente joven, pues tenía 63 años. Su salud había sido algo endeble, pero había sabido siempre sobreponerse a sus molestias haciendo despliegue de una gran voluntad. Tendría, sin embargo, que llegar a los 88 años para ver los años de Pedro.


Ahora sí, pasados los fastos con los que quedaba inaugurado oficialmente su pontificado, comenzaba para Pío XII la rutina diaria. Como era un hombre habituado al trabajo no le costó hacerse a ella, pero pensaría con un tanto de melancolía en el viaje a Suiza que había planeado para después del cónclave y que su elección como papa había cancelado definitivamente. Para Eugenio Pacelli en lo sucesivo ya no habría vida privada en el sentido de poder solazarse con períodos de sano ocio vacacional. La solicitud universal por las almas no le iba a dar tregua.
fonte:SODALITIVM INTERNATIONALE PASTOR ANGELICVS

S.JOSÉ É MODELO PARA TODOS OS CRISTÃOS




Viagem Apostólica do Papa Bento XVI a Camarões e Angola - Homilia na Missa em Yaoundé
Amados Irmãos no Episcopado,
Queridos irmãos e irmãs!

Jesus Cristo reúne-nos neste dia em que a Igreja, aqui nos Camarões como em toda a terra, celebra a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Começo por desejar uma festa feliz a todos aqueles que, como eu, receberam a graça de ter este belo nome e peço a São José que lhes conceda uma protecção especial guiando-os para o Senhor Jesus Cristo todos os dias da sua vida. Saúdo também as paróquias, as escolas e os colégios, as instituições que têm o nome de São José.


Como podemos entrar na graça específica deste dia? Daqui a pouco, na conclusão da Missa, a liturgia desvendar-nos-á o ponto culminante da nossa meditação, quando nos convidar a dizer: «Por este alimento recebido no vosso altar, Senhor, saciastes a vossa família, feliz por festejar São José; defendei-a sempre com a vossa protecção e velai pelos dons que lhe concedestes». Como vedes, pedimos ao Senhor para guardar sempre a Igreja sob a sua constante protecção – e fá-lo! –, precisamente como José protegeu a sua família e velou sobre os primeiros anos de Jesus menino.


O Evangelho acaba de no-lo recordar. O Anjo tinha-lhe dito: «Não temas receber Maria, tua esposa» (Mt 1, 20), e foi exactamente o que ele realizou: «Fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor» (Mt 1, 24). Por que motivo quis São Mateus anotar esta fidelidade às palavras recebidas do mensageiro de Deus, senão para nos convidar a imitar esta fidelidade cheia de amor?


A primeira leitura que acabámos de ouvir não fala explicitamente de São José, mas ensina-nos muitas coisas a respeito dele. O profeta Natã vai dizer a David, por ordem do próprio Senhor: «Estabelecerei em teu lugar um descendente que nascerá de ti» (2 Sam 7, 12). David deve aceitar morrer sem ver a realização desta promessa, que se há-de cumprir «quando chegar ao termo dos [seus] dias» e «repousar com os [seus] pais».


Vemos, assim, que um dos anseios mais vivos do homem, ou seja, ser testemunha da fecundidade da sua acção, nem sempre é atendido por Deus. Penso naqueles de vós que são pais e mães de família: cultivam muito legitimamente o desejo de dar o melhor de si mesmos aos seus filhos e querem vê-los chegar a um verdadeiro sucesso. Todavia é preciso não fazer-se ilusões sobre tal sucesso: o que Deus pede a David é que tenha confiança n’Ele.


David não verá com os próprios olhos o seu sucessor, aquele que terá um trono «estável para sempre» (2 Sam 7, 16), porque este sucessor anunciado sob o véu da profecia é Jesus. David teve confiança em Deus. De igual modo, José tem confiança em Deus, quando ouve o Anjo, seu mensageiro, dizer-lhe: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo» (Mt 1, 20). Na história, José é o homem que deu a Deus a maior prova de confiança, precisamente face a um anúncio tão assombroso.


E vós, queridos pais e mães de família que me ouvis, tendes confiança em Deus que faz de vós os pais e as mães dos seus filhos de adopção? Aceitais que Ele conte convosco para transmitir aos vossos filhos os valores humanos e espirituais que recebestes e que hão-de fazê-los viver no amor e no respeito do seu santo Nome?


Neste nosso tempo, em que tantas pessoas sem escrúpulos procuram impor o reino do dinheiro desprezando os mais indigentes, deveis estar muito atentos. A África em geral e os Camarões em particular correm perigo se não reconhecem o Verdadeiro Autor da Vida! Irmãos e irmãs dos Camarões e da África, que recebestes de Deus tantas qualidades humanas, tende cuidado das vossas almas! Não vos deixeis fascinar por falsas glórias e falsos ideais!


Crede, sim, continuai a crer que Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, é o único que vos ama como vós o esperais, a crer que Ele é o único que pode satisfazer-vos, que pode dar estabilidade às vossas vidas. Cristo é o único caminho de Vida.


Só Deus podia dar a José a força para dar crédito às palavras do Anjo. Só Deus vos dará, amados irmãos e irmãs que sois casados, a força de educar a vossa família como Ele o quer. Pedi-Lho! Deus gosta que se Lhe peça o que Ele quer dar. Pedi-Lhe a graça de um amor verdadeiro e cada vez mais fiel, à imagem do seu amor. Como magnificamente diz o Salmo, o seu «amor está edificado para todo o sempre e a [sua] fidelidade alicerçada nos céus» (Sal 88, 3).


A primeira prioridade consistirá em dar novamente sentido ao acolhimento da vida como dom de Deus. Segundo a Sagrada Escritura tal como na melhor sabedoria do vosso continente, a chegada de uma criança é uma graça, uma bênção de Deus. Hoje a humanidade é convidada a mudar o seu olhar: com efeito, todo o ser humano, mesmo o mais humilde e pobre, é criado «à imagem e semelhança de Deus» (Gn 1, 27). Deve viver! A morte não deve prevalecer sobre a vida! A morte não terá jamais a última palavra!


Filhos e filhas da África, não tenhais medo de crer, esperar e amar, não tenhais medo de dizer que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, e que só por Ele podemos ser salvos. São Paulo é o autor inspirado que o Espírito Santo concedeu à Igreja para ser o «mestre dos gentios» (1 Tm 2, 7), quando nos diz que Abraão, «esperando contra toda a esperança, acreditou que havia de ser pai de muitas nações, conforme tinha sido anunciado: "Assim será a tua descendência"» (Rm 4, 18).
«

Esperando contra toda a esperança»: não é uma magnífica definição do cristão? Cada um e cada uma de vós é pensado, querido e amado por Deus. Cada um e cada uma de nós tem a sua função a desempenhar no plano de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Se o desânimo vos invadir, pensai na fé de José; se a inquietação se apoderar de vós, pensai na esperança de José, descendente de Abraão que esperava contra toda a esperança; se a aversão ou o ódio vos penetrar, pensai no amor de José, que foi o primeiro homem a descobrir o rosto humano de Deus na pessoa do menino concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Bendigamos a Cristo por Se ter feito tão solidário connosco e dêmos-Lhe graças por nos ter dado José como exemplo e modelo do amor para com Ele.


Amados irmãos e irmãs, de todo o coração vos repito : como José, não tenhais medo de tomar Maria convosco, isto é, não temais de amar a Igreja. Maria, mãe da Igreja, ensinar-vos-á a seguir os seus Pastores, a amar os vossos bispos, os vossos presbíteros, os vossos diáconos e os vossos catequistas, e a seguir aquilo que vos ensinam e a rezar pelas suas intenções.


Vós que sois casados, olhai o amor de José por Maria e por Jesus; vós que vos preparais para o casamento, respeitai a vossa ou o vosso futuro cônjuge como fez José; vós que vos consagrastes a Deus no celibato, reflecti sobre a doutrina da Igreja nossa Mãe: «A virgindade e o celibato por amor do Reino de Deus não só não se contrapõem à dignidade do matrimónio, mas pressupõem-na e confirmam-na. O matrimónio e a virgindade são os dois modos de exprimir e de viver o único mistério da Aliança de Deus com o seu povo» (Redemptoris custos, 20).


Queria ainda dirigir uma exortação particular aos pais de família, uma vez que São José é o seu modelo. Este santo revela o mistério da paternidade de Deus sobre Cristo e sobre cada um de nós. São José pode ensinar-lhes o segredo da sua própria paternidade, ele que velou pelo Filho do Homem. Também cada pai recebe de Deus os seus filhos, criados à semelhança e imagem d’Ele. São José foi o esposo de Maria. Também cada pai de família se vê confiar-lhe o mistério da mulher através da própria esposa. Como São José, queridos pais de família, respeitai e amai a vossa esposa, e guiai os vossos filhos, com amor e a vossa vigilante presença, para Deus onde eles devem estar (cf. Lc 2, 49).

Finalmente, a todos os jovens aqui presentes, dirijo uma palavra amiga e encorajadora: diante das dificuldades da vida, não percais a coragem! A vossa existência tem um valor infinito aos olhos de Deus. Deixai-vos agarrar por Cristo, aceitai dar-Lhe o vosso amor e – porque não! – vós mesmos no sacerdócio ou na vida consagrada. É o serviço mais alto. Às crianças que já não têm um pai ou que vivem abandonadas na miséria da estrada, àquelas que foram violentamente separadas dos seus pais, maltratadas e abusadas, e incorporadas à força em grupos militares que imperam em alguns países, quero dizer: Deus ama-vos, não vos esquece e São José vos protege. Invocai-o com confiança.


Deus vos abençoe e guarde a todos. Conceda-vos a graça de caminhar fielmente para Ele. Dê a estabilidade às vossas vidas para recolher o fruto que Ele espera de vós. Faça de vós testemunhas do seu amor aqui, nos Camarões, e até aos confins da terra. Com fervor, peço-Lhe que vos faça saborear a alegria de Lhe pertencer, agora e pelos séculos dos séculos. Amen.
Fonte: Santa Sé

O PENTECOSTALISMO É UMA HERESIA QUE CONSEGUIU INFLITRAR-SE NA IGREJA


Religiões - Pentecostalismo

Com cultos muito concorridos e entusiásticos, leitura de textos bíblicos, uso de linguagem e músicas populares..., o pentecostalismo tornou-se, na segunda metade do século XX, o movimento religioso de maior expansão no mundo ocidental.


O PROTESTANTISMO

No Brasil, o desenvolvimento do protestantismo foi constante durante todo o século XX e o número de protestantes está ainda em contínuo aumento, devido sobretudo ao grande incremento que tiveram as igrejas pentecostais nas últimas décadas.

Há três tipos principais de protestantismo no Brasil:

1.º ) Protestantismo de imigração: começou em 1823 com a vinda dos colonos protestantes, na maioria alemães, mas que ficou limitado às regiões de cultura alemã;


2.º ) Protestantismo trazido pelos missionários estrangeiros: em geral veio através dos anglo-saxões, a partir de 1853. Também nesse caso os resultados foram limitados.

3.º ) Protestantismo pentecostal: iniciado em 1910, começou a ter uma difusão maior a partir de 1950, com o nascimento das primeiras denominações brasileiras. Trata-se de uma verdadeira “explosão”, como se constata nos últimos 30 anos.


Os números são claros: os protestantes eram 1% da população em 1890, 2,6% em 1940, 3,3% em 1950, 5,2% em 1970, 6,6% em 1980 e 8% em 1991.

PENTECOSTALISMO

Até 1950, o protestantismo de matriz pentecostal estava reduzido, no Brasil, a três organizações religiosas de matriz americana: Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Igreja do Evangelho Quadrangular.

A partir dessa data, começou a se impor um pentecostalismo autônomo, com matriz brasileira e independente do exterior. As quatro Igrejas que mais se impuseram foram:


* a Igreja Brasil para Cristo, fundada em 1956 por Manoel de Mello, substituído depois da morte pelo filho Paulo Lutero de Mello e Silva;
* a Igreja Deus é Amor, fundada em 1962 por Davi Miranda;
* a Igreja Casa da Bênção, presumivelmente fundada em 1974;
* a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 por Edir Macedo.


O sucesso das igrejas pentecostais pode ser, em parte, explicado também pelas diversas crises pelas quais passaram as igrejas históricas e tradicionais, especialmente a católica.

A migração de fiéis da Igreja católica para as evangélicas atingiu 64% de todos os que ultimamente a elas aderiram. Parece haver algo nas Igrejas tradicionais que faz com que as pessoas não se sintam mais atraídas por elas.
A seguir, nesta edição, apresentamos duas destas igrejas pentecostais.


A ASSEMBLÉIA DE DEUS

Foi a primeira a originar-se do pentecostalismo. Nos primeiros anos do século, formaram-se comunidades (ou congregações) pentecostais não organizadas em movimentos. Foi em 1914 que, em Hot Spring (EUA), reuniram-se em assembléia geral centenas dessas comunidades pentecostais, até então independentes, e seus pastores decidiram formar uma só entidade que passou a ser chamada de “Assembléia de Deus”.


Gunnar Vingren e Daniel Berg, suecos, foram os primeiros missionários dessa Igreja que vieram ao Brasil. O primeiro, na Suécia, pertencia à Igreja batista mas, quando foi para os Estados Unidos, recebeu o batismo no Espírito Santo e o dom das línguas, conforme suas próprias palavras. Gunnar tinha a viva sensação da presença de Deus dentro de si.


Os membros do movimento recém-formado, exatamente como Paulo e Barnabé em Antioquia, sentiram-se chamados a anunciar Cristo entre as nações. Durante uma reunião, Gunnar e Daniel ouviram insistentemente, em língua estranha, a palavra “Pará”. Será que se tratava do lugar para onde o Espírito Santo queria enviá-los? Consultaram vários mapas e descobriram que a palavra indicava um Estado no Brasil, na Amazônia. E foi para o Pará que, em 1910, vieram para anunciar a mensagem pentecostal.


Pelo que foi dito até aqui e pelo que se encontra nos depoimentos dos primeiros missionários da Assembléia no Brasil, tornam-se evidentes algumas características desse movimento: dar muita importância a avisos, revelações e sonhos que influenciam o comportamento futuro e as escolhas que seus adeptos fazem.


A religiosidade que propõem dá muita importância ao aspecto afetivo, à sugestão, às emoções. Interpretam com muita facilidade os acontecimentos como intervenções milagrosas de Deus. Isso pode ser visto na narração que Daniel Berg faz de algumas circunstâncias a respeito de sua viagem ao Brasil: “Deus confirmou que devíamos ir para o Pará.” Se ainda houvesse qualquer dúvida, esta desapareceria dias mais tarde, quando o irmão Vingren, durante um de seus longos passeios de meditação, ouviu claramente uma voz que lhe falava ao ouvido, dizendo: “Se forem, nada lhes faltará”.


A CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL

A Congregação Cristã do Brasil é outro movimento do grupo pentecostal, fundada pelo italiano Luigi Francescon, imigrante nos Estados Unidos. Antes de aderir ao movimento pentecostal, o fundador foi presbiteriano e batista. Suas atividades religiosas começam com a organização de comunidades entre os colonos italianos dos Estados Unidos.


Em 1909 e 1910, fez uma viagem à Argentina e ao Brasil e aqui fundou sua primeira congregação pentecostal, em Santo Antônio da Platina (Paraná), sempre entre imigrantes italianos. Até 1935 a Congregação Cristã do Brasil ficou restrita às pessoas dessa origem, só em seguida abriu-se a outros.

A Congregação Cristã do Brasil apresenta algumas características que a distingue de todas as Igrejas de matriz pentecostal:

* há menos participação emotiva, menos agitação em suas reuniões;
* seus membros evitam o título de pentecostais e também a colaboração com outras correntes do protestantismo;
* são muito severos quanto ao comportamento das mulheres e sua apresentação exterior, não permitindo roupas curtas e que cortem os cabelos;
* não gostam dos membros que se sobressaem; preferem os humildes e até os pouco instruídos, pois dizem que Jesus pregou a humildade e a simplicidade;
* chamam o batismo no Espírito Santo de “promessa do Espírito Santo”;
* não gostam de manifestações, tais como: pregação nas ruas, pelo rádio ou pela TV


Sua prática se limita aos seus cultos e sua missionariedade consiste em convidar parentes, amigos e outras pessoas que encontram nas ruas, no trabalho e em viagens, para que freqüentem o culto em suas igrejas.

Muitas denominações do ramo pentecostal têm facilidade em interpretar, como intervenções divinas ou até mesmo milagres, os fatos comuns de suas vidas.

Na próxima edição, apresentaremos outras denominações cristãs de tipo pentecostal. Aguardem.

Alberto Garuti

1.º Em sua análise, quais as motivações que favorecem, no Brasil, a busca de Igrejas “milagrosas”?

2.º Entreviste um sacerdote católico, um pastor da Assembléia de Deus e/ou da Congregação Cristã do Brasil a respeito da Igreja. Comparem as respostas e reflitam sobre elas.


El pentecostalismo es una herejía que ha logrado infiltrarse en la Iglesia con el fin de debilitarla desde el interior. Va de la mano del modernismo, y también lo refuerza; los dos movimientos proceden de igual manera y se apoyan recíprocamente en este trabajo de demolición. Ahora bien, si el modernismo intenta destruir la Iglesia en cuanto a la doctrina, el pentecostalismo lo hace en cuanto al culto. Ambos se disfrazan con piel de oveja; por eso su terminología es muy similar a la católica. Con palabras piadosas y su proceder externo pueden engañar incluso a las personas más cautas, y por ello es preciso escudriñar bajo ese ropaje: para desenmascarar a los lobos rapaces que se esconden en su interior.

El pentecostalismo es un movimiento subversivo controlado y cuidadosamente dirigido por los enemigos ocultos de la Iglesia con el fin de llegar a su ruina total. Promete a sus adeptos la plena experiencia del Espíritu Santo que tuvieron los Apóstoles el día de Pentecostés, junto con algunos de los dones externos que recibieron, especialmente los de lenguas, curaciones y profecía .
El moderno movimiento carismático o pentecostal, de hecho, nació del Protestantismo en Carolina del Norte (Estados Unidos); la fecha oficial de nacimiento fue el año 1892; sus fundadores fueron el Rev. R. G. Spurling y el Rev. W. F. Bryant , pastor bautista el primero, y pastor metodista el segundo. El movimiento fue bien recibido por otras comunidades de signo protestante contemporáneas a ellos.

Estos pentecostales afirmaban poseer la misma plenitud del Espíritu Santo que los Apóstoles recibieron el día de Pentecostés, junto con algunos carismas también otorgados a los Apóstoles en esa ocasión, en particular los dones de profecía, curaciones y lenguas. Como el resto de sus hermanos protestantes, afirmaban que el Espíritu Santo interviene directamente en la interpretación personal de la Sagrada Escritura. Rechazaban también todos los dogmas, porque sostenían que el Espíritu Santo inspira directamente a los fieles lo que es necesario creer para la salvación ; de allí que en el movimiento no hubiera lugar para ningún tipo de magisterio, porque la piedad cristiana era vivida en forma personal, sin guías jerarquizados pero de manera entusiástica, incluso con emotividad y exaltación extremas.


Era esperable que un movimiento de este género se resolviera en el caos. Esto habría debido abrir sus ojos y hacerles cambiar de camino, porque el Espíritu Santo no produce el caos; en cambio, los pentecostales protestantes explicaron el fenómeno diciendo que la confusión era inevitable en un movimiento vivo y en expansión . Una mirada a los organismos vivos en torno a nosotros les habría debido enseñar que la vida sana se desarrolla armoniosamente y produce cosas buenas, mientras la vida que se desarrolla caóticamente no puede producir más que monstruos y abortos de la naturaleza.

La Iglesia Católica juzgó el movimiento por lo que era, y en el segundo Concilio Plenario de Baltimore (Estados Unidos) los obispos católicos pusieron en guardia a los fieles para no prestarle ningún tipo de adhesión. Prohibieron a los católicos incluso estar presentes, aun por mera curiosidad, en los llamados encuentros de oración.

La Iglesia, sin embargo, no conoció un movimiento así en su interior por siglos, y los católicos se libraron del contagio hasta 1966 , cuando llegó a la Iglesia por medio de dos laicos, ambos profesores de Teología en la Universidad de Duquesne en Pittsburg Pennsylvania (Estados Unidos). Se llamaban Ralph Keifer y Patrick Bourgeois; ellos leyeron, releyeron y discutieron los dos libros sobre el movimiento pentecostal protestante: “Cruz y la palanca de cambio” , del pastor Wikerson y “Ellos hablan en lenguas” del periodista J. Sherill.


En su deseo de reencender la llama de la Fe en los estudiantes universitarios, pensaron erradamente que Dios ponía en sus manos un medio providencial. En su lucha contra la apatía y la increencia de los universitarios, tenían necesidad de aquel poder que creían que poseía Wikerson.
Estudiaron o reestudiaron durante dos meses sucesivos; luego releyeron algunos pasajes de la Carta de San Pablo a los Corintios (1 Cor, 12) y de los Hechos de los Apóstoles que sirvieron como base teológica al movimiento, y por fin se dirigieron a un grupo de oración pentecostal protestante para recibir... El Bautismo del Espíritu.

Y así fue como el 13 de Enero de 1967, en un encuentro de oración, se impuso las manos a Ralph Keifer y a Patrick Bourgeois, que recibieron el Bautismo del Espíritu junto con el don exaltante de “hablar en lenguas” . Su entusiasmo se inflamó; convencieron a los estudiantes de que probasen la misma experiencia, y en el siguiente encuentro de oración el mismo Keifer impuso las manos sobre algunos estudiantes, que súbitamente recibieron el Bautismo del Espíritu con varios “dones extraordinarios”.

Desde entonces el movimiento se difundió ampliamente en toda la Iglesia Católica. Ha ganado seguidores incluso entre Cardenales y Obispos, y naturalmente atrae, como una calamidad irresistible, a millares de religiosas , deseosas de experimentar lo que creen ser las emociones del primer Pentecostés.

Pero es necesario subrayar todavía una vez más que no existe un movimiento carismático "católico". El movimiento no es católico, sino protestante. No ha nacido en la Iglesia Católica, sino que fue importado a ella desde las sectas pentecostales protestantes, en las cuales nació.

Aunque durante dos mil años la Iglesia no había conocido ningún Bautismo del Espíritu, y aunque el movimiento provenga de la herejía, el fenómeno se ha extendido como un incendio. ¿Cómo ha podido suceder una cosa así?
Porque el movimiento carismático promete una conversión inmediata y una inmediata santidad. Además es permisivo especialmente desde el punto de vista moral. ¿Quién renunciaría a tan preciosos dones y a tan poco precio?


Para quienes presentan objeciones, tienen una respuesta pronta y aparentemente convincente: "¿por qué pones objeciones? ¿Acaso no ves que muchos sacerdotes, obispos e incluso cardenales y el Papa respaldan el movimiento? Es claro que no hay ningún mal en ello". Es evidente que el engaño diabólico escondido en el movimiento carismático ofusca a la masa de superficiales que van en busca del éxito clamoroso y de resultados inmediatos, olvidando que el camino de la santidad auténtica y del apostolado eficaz y duradero está hecho de abnegación, silencio, mortificación, humillación, y también de aparentes fracasos: "Si el grano de trigo no cae en tierra y no muere, no produce fruto” (Jn. 12,24)

Leyendo al Padre Darío Betancourt, mentor e ideólogo de la Renovación Carismática en el capítulo 6 de “RENOVADOS POR EL ESPÍRITU” (pág. 86) dice:
“...Por lo tanto tenemos la necesidad de una nueva efusión del Espiritu Santo, de un Pentecostés personal”


De esa expresión debemos inferir que el Sacramento de la Confirmación ya no da resultado, o bien que no es el “Pentecostés personal”.
Pero se contrapone con el Magisterio de la Santa Iglesia (Concilio de Florencia, 1439: "la confirmación es el Pentecostés de todo cristiano") y por lo tanto no es católica esta afirmación. Textualmente dice el Magisterio:
“Ahora bien, en lugar de aquella imposición de manos (Hch. 8,14 ss.) se da en la Iglesia la Confirmación” “El efecto de este Sacramento es que en él se da el Espíritu Santo para fortalecer, como les fue dado a los Apóstoles el día de Pentecostés, para que el cristiano confiese valerosamente el nombre de Cristo” (Dz. 697)


Por lo tanto el Padre Darío Betancourt nos quiere poner en contra de lo que la Iglesia de Cristo ha dictaminado, incurriendo así en graves delitos canónicos.
En la siguiente página (87) afirma, sin duda hablando de Hechos, 1,5:
“Este bautismo quiere decir que sin una experiencia personal del Espíritu es imposible ser auténticos testigos”
¿Qué quiere decir esto? Que en esta postura hay desprecio por los Sacramentos instituidos por Nuestro Señor; se los rebaja y se da más importancia al SUPER-SACRAMENTO instituido por los herejes pentecostales, llamado “BAUTISMO DEL ESPIRITU”.


Queda claro que al menos el Padre Darío Betancourt cree que la Confirmación es un Sacramento incompleto.
En la página 88 y 89 profundiza más su particular “teología”:
“¿Para qué sirve este bautismo del Espíritu?: Es la fuerza necesaria para ser testigos de Jesús ”
Es decir que sin este “bautismo del espíritu” somos cristianos mediocres e incompletos, o como dicen los émulos locales del Padre Darío Betancourt: “los católicos que no son de la Renovación Carismática son catolicos de cuarta”, es decir de inferior categoría.

El Padre Darío Betancourt y los Carismáticos dicen creer que en la Confirmación hemos recibido al Espíritu Santo, pero:
“ESTA FUERZA QUEDÓ COMO LIGADA, COMO AMARRADA EN NOSOTROS, HE AQUÍ POR QUÉ, A TRAVÉS DE ESTA EFUSIÓN (la de los Carismáticos), ESTA FUERZA SE MANIFIESTA, ES LIBERADA. CON LA ORACIÓN DE EFUSIÓN (que puede ser realizada por laicos comunes) SE MANIFIESTAN EN NOSOTROS LOS EFECTOS PARTICULARES Y SENSIBLES DEL ESPÍRITU”


Es más:
“La oración de efusión es una oración para hacer surgir al Espíritu Santo, algunos lo llaman el “despertar” del Espíritu en nosotros, o Pentecostés personal ”
¡Que impías afirmaciones las presentadas por el Padre Darío Betancourt!: un Espíritu Santo que se adormila por que los Sacramentos creados por Nuestro Señor Jesucristo son imperfectos y necesitan de los carismáticos para ser efectivos .
O aún peor: detrás de esta ambivalente frase podría esconderse la conocida herejía gnóstica de que es en el hombre donde se encuentra Dios, por lo cual el hombre es Dios. Debe el hombre tomar conciencia de tal dignidad y “despertar” del letargo de la insuficiencia de la Doctrina de la Iglesia Católica , a la que hay que renovar.

Fuentes: http://www.statveritas.com.ar/ y http://www.cristiandadfm.com/documentos.htm. “Infidelidades de la Iglesia” P. IRABURU, José María SJ /

Fonte:La Puerta Angosta