sábado, 4 de julho de 2009

Benedicto XVI nombra a Juan Miguel Ferrer Grenesche subsecretario de la Congregación para el Culto Divino y la Disciplina de los Sacramentos


Hasta ahora vicario general y ecónomo diocesano de Toledo

La Oficina de Información de la Santa Sede ha anunciado a las 12 de esta mañana, el nombramiento del sacerdote de la archidiócesis de Toledo, monseñor Juan Miguel Ferrer Grenesche, como subsecretario de la Congregación para el Culto Divino y la Disciplina de los Sacramentos.

Álvaro Real. - 04-07-09

Don Juan Miguel Ferrer Grenesche nació en Madrid el 29 de mayo de 1961. Tras efectuar sus estudios de Teología en el Instituto Teológico de San Ildefonso de Toledo, y en el Pontificio Instituto Litúrgico San Anselmo de Roma, donde obtuvo el doctorado en Sagrada Liturgia, recibió la ordenación sacerdotal en Toledo, el día 5 de octubre de 1986, siendo nombrado Director del Secretariado Diocesano de Liturgia. En Roma también obtuvo la diplomatura en Arte Sacro.

Junto a la dirección del Secretariado Diocesano de Liturgia fue también Director de la Casa Sacerdotal de Toledo entre los años 1991 y 1994. Desde este año ha sido profesor de Liturgia en el Instituto Teológico San Ildefonso, de Toledo.

Gran parte de su ministerio sacerdotal lo ha ejercido como Rector del Seminario Mayor San Ildefonso, siendo arzobispo de la sede primada don Francisco Álvarez Martínez.

En el año 2000 fue nombrado Capellán Mozárabe de la S. I. Catedral Primada y, en el 2001, canónigo del Excmo. Cabildo. Don Antonio Cañizares Llovera lo nombró vicario general de la diócesis (2002) y Vicario Episcopal para Asuntos Económicos y Ecónomo Diocesano (2007).

En la actualidad, don Juan Miguel Ferrer Grenesche es vicario general y ecónomo diocesano de la archidiócesis de Toledo, y párroco de la parroquia de Santo Tomé. Es, además, miembro del Excmo. Cabildo Primado. Ha sido consultor de la Comisión Episcopal de Liturgia de la Conferencia Episcopal Española y, el pasado 22 de abril, fue nombrado por el Papa Benedicto XVI, consultor de la Congregación para el Culto Divino y la Disciplina de los Sacramentos. En 2006 recibió el nombramiento de Capellán Magistral de la Soberana Orden Militar de Malta.

Fonte:Cope

BASTA‑TE A MINHA GRAÇA

– O Senhor presta‑nos a sua ajuda para superarmos os obstáculos, as tentações e as dificuldades.

– Se quiseres, podes.

– Os meios que devemos empregar nas tentações.

I. NA SEGUNDA LEITURA1 da Missa, São Paulo revela‑nos a sua profunda humildade. Depois de falar aos fiéis de Corinto dos seus trabalhos por Cristo e das visões e revelações que o Senhor lhe concedeu, declara‑lhes também a sua debilidade: Para que não me ensoberbeça, foi‑me dado um aguilhão na carne, um anjo de Satanás, que me esbofeteia para que eu não me exalte.

Não sabemos com certeza a que se refere São Paulo quando fala desse aguilhão da carne. Alguns Padres (Santo Agostinho) pensam que se tratava de uma doença física particularmente dolorosa; outros (São João Crisóstomo) acham que se referia às tribulações que lhe causavam as contínuas perseguições que o atingiam; alguns (São Gregório Magno) julgam que aludia a tentações especialmente difíceis de repelir2. Seja como for, tratava‑se de alguma coisa que humilhava o Apóstolo, que entravava de certo modo a sua tarefa de evangelizador.

São Paulo pediu ao Senhor por três vezes que retirasse dele esse obstáculo. E recebeu esta sublime resposta: Basta‑te a minha graça, pois a força resplandece na fraqueza. Para superar essa dificuldade, bastava‑lhe a ajuda de Deus, e, além disso, ela servia para manifestar o poder divino que lhe permitiria vencê‑la. Ao contar com a ajuda de Deus, tornava‑se mais forte, e isso fê‑lo exclamar: Por isso glorio‑me com muito gosto nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições e angústias, por Cristo; pois, quando sou fraco, então sou forte. Na nossa fraqueza, experimentamos constantemente a necessidade de recorrer a Deus e à fortaleza que nos vem dEle. Quantas vezes o Senhor nos terá dito na intimidade do nosso coração: Basta‑te a minha graça, tens a minha ajuda para venceres nas provas e dificuldades!

Pode ser que, de vez em quando, a solidão, a fraqueza ou a tribulação nos atinjam de um modo particularmente vivo e doloroso: “Procura então o apoio dAquele que morreu e ressuscitou. Procura para ti abrigo nas chagas das suas mãos, dos seus pés, do seu lado aberto. E renovar‑se‑á a tua vontade de recomeçar, e reempreenderás o caminho com maior decisão e eficácia”3.

Por outro lado, as próprias dificuldades e fraquezas podem converter‑se num bem maior. São Tomás de Aquino, ao comentar essa passagem da Epístola de São Paulo, explica que Deus pode permitir algumas vezes certos males de ordem moral ou física para obter bens maiores ou mais necessários4. O Senhor nunca nos abandonará no meio das provações. A nossa própria debilidade ajuda‑nos a confiar mais, a procurar com maior presteza o refúgio divino, a pedir mais forças, a ser mais humildes: “Senhor, não te fies de mim! Eu, sim, é que me fio de Ti. E ao vislumbrarmos na nossa alma o amor, a compaixão, a ternura com que Cristo Jesus nos olha – porque Ele não nos abandona –, compreenderemos em toda a sua profundidade as palavras do Apóstolo: Virtus in infirmitate perficitur, a virtude se fortalece na fraqueza (2 Cor XII, 9); com fé no Senhor, apesar das nossas misérias – ou melhor, com as nossas misérias –, seremos fiéis ao nosso Pai‑Deus, e o poder divino brilhará, sustentando‑nos no meio da nossa fraqueza”5.

II. FOI‑ME DADO UM AGUILHÃO na carne, um anjo de Satanás que me esbofeteia... É como se São Paulo sentisse aqui, de uma maneira muito viva, as suas limitações, paralelamente à grandeza de Deus e da sua missão de Apóstolo que contemplara em diversas ocasiões. Por vezes, também nós podemos vislumbrar “metas generosas, metas de sinceridade, metas de perseverança..., e, não obstante, temos como que incrustada na alma, no mais profundo do que somos, uma espécie de raiz de debilidade, de falta de forças, de obscura impotência..., e isso nos deixa tristes e dizemos: não posso”6. Vemos o que o Senhor espera de nós em determinada situação ou em face de certas circunstâncias, mas talvez nos sintamos fracos ou cansados perante as provas e dificuldades que acarretam e que temos de superar:

“A inteligência – iluminada pela fé – mostra‑te claramente não só o caminho, mas a diferença entre a maneira heróica e a maneira estúpida de percorrê‑lo. Sobretudo, põe diante de ti a grandeza e a formosura divina das tarefas que a Trindade deixa em nossas mãos.

“O sentimento, pelo contrário, apega‑se a tudo o que desprezas, mesmo que continues a considerá‑lo desprezível. É como se mil e uma insignificâncias estivessem esperando qualquer oportunidade, e logo que a tua pobre vontade se debilita – por cansaço físico ou por perda de sentido sobrenatural –, essas ninharias se amontoam e se agitam na tua imaginação, até formarem uma montanha que te oprime e te desanima: as asperezas do trabalho; a resistência em obedecer; a falta de meios; os fogos de artifício de uma vida regalada; pequenas e grandes tentações repugnantes; rajadas de sentimentalismo; a fadiga; o sabor amargo da mediocridade espiritual... E, às vezes, também o medo: medo porque sabes que Deus te quer santo e não o és.

“Permite‑me que te fale com crueza. Sobram‑te «motivos» para voltar atrás, e falta‑te arrojo para corresponder à graça que Ele te concede, porque te chamou para seres outro Cristo, «ipse Christus!» – o próprio Cristo. Esqueceste a admoestação do Senhor ao Apóstolo: «Basta‑te a minha graça», que é uma confirmação de que, se quiseres, podes”7.

Basta‑te a minha graça. São palavras que o Senhor dirige hoje a cada um de nós para que nos enchamos de fortaleza ante as provas que tenhamos pela frente. A nossa própria fraqueza servirá para nos gloriarmos no poder de Cristo, ensinar‑nos‑á a amar e a sentir a necessidade de estar muito perto de Jesus. As próprias derrotas, os projetos inacabados, levar‑nos‑ão a exclamar: Quando sou fraco, então sou forte, porque Cristo está comigo.

Quando a tentação, os contratempos ou o cansaço se tornarem maiores, o demônio tratará de insinuar‑nos a desconfiança, o desânimo, o descaminho. Por isso, devemos hoje aprender a lição que São Paulo nos dá: nessas situações, Cristo está especialmente presente com a sua ajuda; basta que recorramos a Ele. E também poderemos dizer com o Apóstolo: Glorio‑me com muito gosto nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições e angústias, por Cristo...

III. SERIA TEMERÁRIO desejar a tentação ou provocá‑la, mas também seria um erro temê‑la, como se o Senhor não nos fosse proporcionar a sua assistência para vencê‑la. Podemos considerar confiadamente como dirigidas a nós mesmos as palavras do Salmo: Porque ele mandou aos seus anjos que te guardassem em todos os teus caminhos. / Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra. / Pisarás sobre serpentes e víboras, calcarás aos pés o leão e o dragão. / Porque me amou, eu o livrarei; eu o defenderei, pois confessou o meu nome. / Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação, estarei com ele; hei de livrá‑lo e cobri‑lo de glória. / Favorecê‑lo‑ei com longa vida, e dar‑lhe‑ei a ver a minha salvação8.

Mas, ao mesmo tempo, o Senhor pede que estejamos prevenidos contra a tentação e que lancemos mão dos meios ao nosso alcance para vencê‑la: a oração e a mortificação voluntária; a fuga das ocasiões de pecado, pois aquele que ama o perigo, nele perecerá9; uma vida laboriosa de trabalho contínuo, pelo cumprimento exemplar dos deveres profissionais; um grande horror a todo o pecado, por pequeno que possa parecer; e, sobretudo, o esforço por crescer no amor a Cristo e a Santa Maria.

Combatemos com eficácia quando abrimos a alma de par em par ao diretor espiritual no momento em que começa a insinuar‑se a tentação da infidelidade, “pois manifestá‑la é já quase vencê‑la. Quem revela as suas tentações ao diretor espiritual pode estar certo de que Deus concede a este a graça necessária para dirigi‑lo bem [...].

“Não pensemos nunca que se combate a tentação discutindo com ela, nem sequer enfrentando‑a diretamente [...]. Mal se apresente, afastemos dela o olhar, para dirigi‑lo ao Senhor que vive dentro de nós e combate ao nosso lado, e que venceu o pecado; abracemo‑nos a Ele num ato de humilde submissão à sua vontade, de aceitação dessa cruz da tentação [...], de confiança nEle e de fé na sua proximidade, de súplica para que nos transmita a sua força. Deste modo, a tentação conduzir‑nos‑á à oração, à união com Deus e com Cristo: não será uma perda, mas um lucro. Deus faz concorrer todas as coisas para o bem dos que o amam (Rom 8, 28)”10.

Podemos tirar muito proveito das provas, tribulações e tentações, pois nelas demonstramos ao Senhor que precisamos dEle e o amamos. Elas avivarão o nosso amor e aumentarão as nossas virtudes, pois a ave não voa apenas pelo impulso das asas, mas também pela resistência do ar: de alguma maneira, precisamos dos obstáculos e das contrariedades para levantarmos vôo no amor. Quanto maior for a resistência do ambiente ou das nossas próprias fraquezas, mais ajudas e graças Deus nos dará. E a nossa Mãe do Céu estará sempre muito perto de nós nesses momentos de maior necessidade: não deixemos de recorrer à sua proteção maternal.

(1) 2 Cor 12, 7‑10; (2) cfr. Sagrada Bíblia, Epístolas de São Paulo aos Corintíos, EUNSA, Pamplona, 1984, vol. VII; (3) Josemaría Escrivá, Via Sacra, 2ª ed., Quadrante, São Paulo, 1986, XIIª est., n. 2; (4) São Tomás, Comentário à segunda carta aos Coríntios; (5) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 194; (6) A. Garcia Dorronsoro, Apuntes de esperanza, Rialp, Madrid, 1974, pág. 123; (7) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 166; (8) Sl 90, 11; (9) Eclo 3, 27; (10) B. Baur, Intimidade com Deus, pág. 121‑122.
fonte:http://www.franciscofcarvajal.org

BASTA‑TE A MINHA GRAÇA

– O Senhor presta‑nos a sua ajuda para superarmos os obstáculos, as tentações e as dificuldades.

– Se quiseres, podes.

– Os meios que devemos empregar nas tentações.

I. NA SEGUNDA LEITURA1 da Missa, São Paulo revela‑nos a sua profunda humildade. Depois de falar aos fiéis de Corinto dos seus trabalhos por Cristo e das visões e revelações que o Senhor lhe concedeu, declara‑lhes também a sua debilidade: Para que não me ensoberbeça, foi‑me dado um aguilhão na carne, um anjo de Satanás, que me esbofeteia para que eu não me exalte.

Não sabemos com certeza a que se refere São Paulo quando fala desse aguilhão da carne. Alguns Padres (Santo Agostinho) pensam que se tratava de uma doença física particularmente dolorosa; outros (São João Crisóstomo) acham que se referia às tribulações que lhe causavam as contínuas perseguições que o atingiam; alguns (São Gregório Magno) julgam que aludia a tentações especialmente difíceis de repelir2. Seja como for, tratava‑se de alguma coisa que humilhava o Apóstolo, que entravava de certo modo a sua tarefa de evangelizador.

São Paulo pediu ao Senhor por três vezes que retirasse dele esse obstáculo. E recebeu esta sublime resposta: Basta‑te a minha graça, pois a força resplandece na fraqueza. Para superar essa dificuldade, bastava‑lhe a ajuda de Deus, e, além disso, ela servia para manifestar o poder divino que lhe permitiria vencê‑la. Ao contar com a ajuda de Deus, tornava‑se mais forte, e isso fê‑lo exclamar: Por isso glorio‑me com muito gosto nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições e angústias, por Cristo; pois, quando sou fraco, então sou forte. Na nossa fraqueza, experimentamos constantemente a necessidade de recorrer a Deus e à fortaleza que nos vem dEle. Quantas vezes o Senhor nos terá dito na intimidade do nosso coração: Basta‑te a minha graça, tens a minha ajuda para venceres nas provas e dificuldades!

Pode ser que, de vez em quando, a solidão, a fraqueza ou a tribulação nos atinjam de um modo particularmente vivo e doloroso: “Procura então o apoio dAquele que morreu e ressuscitou. Procura para ti abrigo nas chagas das suas mãos, dos seus pés, do seu lado aberto. E renovar‑se‑á a tua vontade de recomeçar, e reempreenderás o caminho com maior decisão e eficácia”3.

Por outro lado, as próprias dificuldades e fraquezas podem converter‑se num bem maior. São Tomás de Aquino, ao comentar essa passagem da Epístola de São Paulo, explica que Deus pode permitir algumas vezes certos males de ordem moral ou física para obter bens maiores ou mais necessários4. O Senhor nunca nos abandonará no meio das provações. A nossa própria debilidade ajuda‑nos a confiar mais, a procurar com maior presteza o refúgio divino, a pedir mais forças, a ser mais humildes: “Senhor, não te fies de mim! Eu, sim, é que me fio de Ti. E ao vislumbrarmos na nossa alma o amor, a compaixão, a ternura com que Cristo Jesus nos olha – porque Ele não nos abandona –, compreenderemos em toda a sua profundidade as palavras do Apóstolo: Virtus in infirmitate perficitur, a virtude se fortalece na fraqueza (2 Cor XII, 9); com fé no Senhor, apesar das nossas misérias – ou melhor, com as nossas misérias –, seremos fiéis ao nosso Pai‑Deus, e o poder divino brilhará, sustentando‑nos no meio da nossa fraqueza”5.

II. FOI‑ME DADO UM AGUILHÃO na carne, um anjo de Satanás que me esbofeteia... É como se São Paulo sentisse aqui, de uma maneira muito viva, as suas limitações, paralelamente à grandeza de Deus e da sua missão de Apóstolo que contemplara em diversas ocasiões. Por vezes, também nós podemos vislumbrar “metas generosas, metas de sinceridade, metas de perseverança..., e, não obstante, temos como que incrustada na alma, no mais profundo do que somos, uma espécie de raiz de debilidade, de falta de forças, de obscura impotência..., e isso nos deixa tristes e dizemos: não posso”6. Vemos o que o Senhor espera de nós em determinada situação ou em face de certas circunstâncias, mas talvez nos sintamos fracos ou cansados perante as provas e dificuldades que acarretam e que temos de superar:

“A inteligência – iluminada pela fé – mostra‑te claramente não só o caminho, mas a diferença entre a maneira heróica e a maneira estúpida de percorrê‑lo. Sobretudo, põe diante de ti a grandeza e a formosura divina das tarefas que a Trindade deixa em nossas mãos.

“O sentimento, pelo contrário, apega‑se a tudo o que desprezas, mesmo que continues a considerá‑lo desprezível. É como se mil e uma insignificâncias estivessem esperando qualquer oportunidade, e logo que a tua pobre vontade se debilita – por cansaço físico ou por perda de sentido sobrenatural –, essas ninharias se amontoam e se agitam na tua imaginação, até formarem uma montanha que te oprime e te desanima: as asperezas do trabalho; a resistência em obedecer; a falta de meios; os fogos de artifício de uma vida regalada; pequenas e grandes tentações repugnantes; rajadas de sentimentalismo; a fadiga; o sabor amargo da mediocridade espiritual... E, às vezes, também o medo: medo porque sabes que Deus te quer santo e não o és.

“Permite‑me que te fale com crueza. Sobram‑te «motivos» para voltar atrás, e falta‑te arrojo para corresponder à graça que Ele te concede, porque te chamou para seres outro Cristo, «ipse Christus!» – o próprio Cristo. Esqueceste a admoestação do Senhor ao Apóstolo: «Basta‑te a minha graça», que é uma confirmação de que, se quiseres, podes”7.

Basta‑te a minha graça. São palavras que o Senhor dirige hoje a cada um de nós para que nos enchamos de fortaleza ante as provas que tenhamos pela frente. A nossa própria fraqueza servirá para nos gloriarmos no poder de Cristo, ensinar‑nos‑á a amar e a sentir a necessidade de estar muito perto de Jesus. As próprias derrotas, os projetos inacabados, levar‑nos‑ão a exclamar: Quando sou fraco, então sou forte, porque Cristo está comigo.

Quando a tentação, os contratempos ou o cansaço se tornarem maiores, o demônio tratará de insinuar‑nos a desconfiança, o desânimo, o descaminho. Por isso, devemos hoje aprender a lição que São Paulo nos dá: nessas situações, Cristo está especialmente presente com a sua ajuda; basta que recorramos a Ele. E também poderemos dizer com o Apóstolo: Glorio‑me com muito gosto nas minhas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições e angústias, por Cristo...

III. SERIA TEMERÁRIO desejar a tentação ou provocá‑la, mas também seria um erro temê‑la, como se o Senhor não nos fosse proporcionar a sua assistência para vencê‑la. Podemos considerar confiadamente como dirigidas a nós mesmos as palavras do Salmo: Porque ele mandou aos seus anjos que te guardassem em todos os teus caminhos. / Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra. / Pisarás sobre serpentes e víboras, calcarás aos pés o leão e o dragão. / Porque me amou, eu o livrarei; eu o defenderei, pois confessou o meu nome. / Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação, estarei com ele; hei de livrá‑lo e cobri‑lo de glória. / Favorecê‑lo‑ei com longa vida, e dar‑lhe‑ei a ver a minha salvação8.

Mas, ao mesmo tempo, o Senhor pede que estejamos prevenidos contra a tentação e que lancemos mão dos meios ao nosso alcance para vencê‑la: a oração e a mortificação voluntária; a fuga das ocasiões de pecado, pois aquele que ama o perigo, nele perecerá9; uma vida laboriosa de trabalho contínuo, pelo cumprimento exemplar dos deveres profissionais; um grande horror a todo o pecado, por pequeno que possa parecer; e, sobretudo, o esforço por crescer no amor a Cristo e a Santa Maria.

Combatemos com eficácia quando abrimos a alma de par em par ao diretor espiritual no momento em que começa a insinuar‑se a tentação da infidelidade, “pois manifestá‑la é já quase vencê‑la. Quem revela as suas tentações ao diretor espiritual pode estar certo de que Deus concede a este a graça necessária para dirigi‑lo bem [...].

“Não pensemos nunca que se combate a tentação discutindo com ela, nem sequer enfrentando‑a diretamente [...]. Mal se apresente, afastemos dela o olhar, para dirigi‑lo ao Senhor que vive dentro de nós e combate ao nosso lado, e que venceu o pecado; abracemo‑nos a Ele num ato de humilde submissão à sua vontade, de aceitação dessa cruz da tentação [...], de confiança nEle e de fé na sua proximidade, de súplica para que nos transmita a sua força. Deste modo, a tentação conduzir‑nos‑á à oração, à união com Deus e com Cristo: não será uma perda, mas um lucro. Deus faz concorrer todas as coisas para o bem dos que o amam (Rom 8, 28)”10.

Podemos tirar muito proveito das provas, tribulações e tentações, pois nelas demonstramos ao Senhor que precisamos dEle e o amamos. Elas avivarão o nosso amor e aumentarão as nossas virtudes, pois a ave não voa apenas pelo impulso das asas, mas também pela resistência do ar: de alguma maneira, precisamos dos obstáculos e das contrariedades para levantarmos vôo no amor. Quanto maior for a resistência do ambiente ou das nossas próprias fraquezas, mais ajudas e graças Deus nos dará. E a nossa Mãe do Céu estará sempre muito perto de nós nesses momentos de maior necessidade: não deixemos de recorrer à sua proteção maternal.

(1) 2 Cor 12, 7‑10; (2) cfr. Sagrada Bíblia, Epístolas de São Paulo aos Corintíos, EUNSA, Pamplona, 1984, vol. VII; (3) Josemaría Escrivá, Via Sacra, 2ª ed., Quadrante, São Paulo, 1986, XIIª est., n. 2; (4) São Tomás, Comentário à segunda carta aos Coríntios; (5) Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 194; (6) A. Garcia Dorronsoro, Apuntes de esperanza, Rialp, Madrid, 1974, pág. 123; (7) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 166; (8) Sl 90, 11; (9) Eclo 3, 27; (10) B. Baur, Intimidade com Deus, pág. 121‑122.

Cardeal Darío Castrillón faz hoje 80 anos

Desde o nosso Blog Missa Tridentina em Portugal queremos unir-nos em espírito a Sua Eminência o Cardeal Darío Castrillón no Te Deum a Deus pelos seu 80ºAniversário e pelo seu amor e zelo em prol do fomento da Missa Tridentina no mundo dando assim cumprimento ao Motu Proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI que foi publicado a 7 de Julho de 2007.
Conhecemos o seu zelo incansável e dele ainda esperamos novos frutos já que nos prometeu que vai escrever um livro sobre a Missa Tridentina, que Deus o inspire e o siga iluminando no seu apostolado sacerdotal e Ad Multos Annos...

O Rito Gregoriano é hoje um rito litúrgico vivo, o qual continuará seu progresso sem perder nenhuma de suas riquezas, amparado na tradição.



Párocos e bispos "devem aceitar" os pedidos dos Católicos que pedirem a antiga forma da Missa (em latim ). Este é o "expresso desejo do Papa, "legalmente estabelecido", o qual "deve ser respeitado tanto pelos superiores eclesiásticos como pelos ordinários locais", insistiu. O Cardeal Castrillón continuou, afirmando que "todos os seminários" devem prover treinamento na outra forma da Missa "como um hábito".

Cardeal Dário Castrillon Hoyos – Cardeal encarregado pela implementação da liberalização da Missa Latina e dos outros ritos como eram celebrados antes do Concílio Vaticano II, feita pelo Papa Bento XVI – fez estas observações no prefácio da próxima edição do livro "As Cerimónias do Rito Romano Descritas", o manual inglês padrão a respeito de como celebrar os ritos antigos, lançado ontem.

O Cardeal Castrillón comentou o livro, – 50ª edição, desde que foi publicado pelo Padre inglês Dr. Adrian Fortescue, em 1917 – editado pelo distinto estudioso liturgista Dr. Alcuin Reid, como "uma fonte confiável para a preparação e celebração dos ritos litúrgicos", que o Papa Bento "autoritativamente decretou que podem ser livremente usados". Espera-se que a obra seja publicada pela Continuum/Burns & Oates pelo fim de 2008.



Alcuin Reide, falando de Londres, disse: "A honra do Cardeal ter concordado com este livro demonstra e dá ênfase à importância da antiga forma da Missa e dos sacramentos na renovação geral do Papa Bento na vida litúrgica da Igreja Católica". Ele continua: "Nós estamos em um momento crítico na história da liturgia, e a retirada das restrições da celebração dos antigos ritos, possibilita que estes contribuam com a devoção Católica através do mundo, e reforçam a sua qualidade.

O Director de Publicações de Londres da Continuum, Robin Baird-Smith, acrescentou: "Nós estamos encantados com o fato deste título ter retornado à impressão da 'Burns & Oates', e de uma obra tão importante para estes tempos estar sendo publicada".
Adrian Fortescue, J.B. & Alcuin Reid, "As Cerimónias do Rito Romano Descritas" será publicado em Outubro de 2008 no Reino Unido e em Dezembro de 2008 nos EUA.



Da nova edição do "Cerimónias", eis o prefácio do Cardeal Castrillon Hoyos:

É um prazer para mim apresentar esta 50ª edição de "As Cerimônias do Rito Romano Descritas", a primeira edição desde que o Motu Proprio de nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, Summorum Pontificum, datado de 07 de Julho de 2007, esclareceu definitivamente que os ritos de acordo com os livros litúrgicos em uso em 1962 nunca foram ab-rogados, e que constituem verdadeiramente um tesouro que pertence à toda a Igreja Católica e devem estar disponíveis largamente a todos os fiéis Cristãos.



Está claro, agora, que os Católicos têm um direito jurídico aos antigos ritos litúrgicos, e que os párocos e bispos devem aceitar tais petições e pedidos dos fiéis que pedem por estes ritos. Este é o desejo expresso do Romano Pontífice, legalmente estabelecido no Summorum Pontificum, de forma que deve ser respeitado tanto pelos superiores eclesiásticos como pelos ordinários locais.

O Santo Padre está satisfeito com a generosa resposta à sua iniciativa, pelos vários padres que se dispuseram a aprender novamente os ritos e cerimônias do Santo Sacrifício da Missa e dos outros sacramentos, conforme o Usus Antiquor, de forma que possam servir às pessoas que o desejam. Eu encorajo os padres a fazerem isso, em espírito de generosidade pastoral e amor pelo patrimônio litúrgico do Rito Romano.



Os seminaristas, como parte de sua formação em liturgia da Santa Igreja, devem também se familiarizar como tal uso do Rito Romano, não somente para servir às pessoas de Deus que requisitarem esta forma da devoção Católica, mas também para ter uma profunda apreciação da formação dos livros litúrgicos em vigor hoje em dia. A partir disso, todos os seminários devem prover tal tipo de treinamento como um hábito.

O presente livro, um guia clássico para a celebração do antigo Rito Gregoriano da Igreja no mundo anglofono, servirá aos sacerdotes e seminaristas do século XXI – da mesma forma que serviu vários sacerdotes do século XX – em sua missão pastoral, a qual agora necessariamente inclui a familiaridade com a abertura ao uso da antiga forma da Sagrada Liturgia.

Eu felizmente exalto esta obra ao clero, seminaristas e leigos, como uma ferramenta confiável para a preparação e celebração dos ritos litúrgicos autoritativamente garantidos pelos Santo Padre no Summorum Pontificum.



Eu felecito o distinto estudioso liturgista,Dr. Alcuin Reid, pelo seu cuidado e precisão em assegurar que sua edição revisada, estivesse de acordo com as últimas decisões autoritativas referentes a estes ritos litúrgicos. Como o Papa Bento XVI escreveu em sua carta que acompanhou o Summorum Pontificum: "Na história da liturgia há um crescimento e progresso, mas não ruptura". O Rito Gregoriano é hoje um rito litúrgico vivo, o qual continuará seu progresso sem perder nenhuma de suas riquezas, amparado na tradição.

Em que o Santo Padre continuou: "Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo considerado prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar". Que este livro ajude a Igreja de hoje e de amanhã a realizar a visão do Papa Bento XVI.

Darío Cardeal Castrillón Hoyos
Presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei"
25 de setembro de 2008

Card. Darío Castrillón:Con el motu proprio Summorum Pontificum quedó permitida, o más que permitida ofrecida, a todos los sacerdotes del mundo la misa


*Declaraciones de Su Eminencia Reverendísima a RCN Radio de Colombia:

“ Con el motu proprio Summorum Pontificum quedó permitida, o más que permitida ofrecida, a todos los sacerdotes del mundo la misa del rito anterior. Todo sacerdote tiene derecho; el obispo no puede impedir que los sacerdotes celebren en el rito antiguo, y en las casas religiosas no se puede impedir. Y a petición de un grupo de fieles se debe ofrecer la misa.”
Publicado por Fraternidad de Cristo Sacerdote y Santa María Reina

Parabéns a Sua Eminência Cardeal Darío Castrillón pelos seus 80 anos



Em 7 de julho finalmente foi publicado o motu proprio Summorum pontificum, de Bento XVI, que, na prática, libera o uso do Missal Romano de 1962. O motu proprio, que entrará em vigor em 14 de setembro, estabelece que o Missal Romano promulgado por Paulo VI em 1970 é a expressão ordinária da lex orandi da Igreja Católica de rito latino. Assim, o Missal promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo bem-aventurado João XXIII deve ser considerado uma forma extraordinária. Dessa forma, não se cria uma espécie de divisão na “lei da fé”, já que são “dois usos do único rito romano”. É lícito, portanto, celebrar a missa de acordo com a edição típica do Missal Romano de 1962. Para que isso aconteça, o motu proprio de Bento XVI indica novas regras, que substituem as estabelecidas pelos documentos anteriores, Quattuor abhinc annos, de 1984, e Ecclesia Dei, de 1988, por meio dos quais se concedia o indulto que permitia a celebração da chamada missa tridentina, mas só mediante prévia autorização do bispo local. A partir de 14 de setembro, nenhum pároco ou reitor poderá impedir que em sua igreja seja celebrada a missa de São Pio V, desde que os fiéis que a pedirem contem com um sacerdote disposto a fazê-lo, e que este seja idôneo e não impedido juridicamente. Mas não é só. O motu proprio estabelece também que o pároco possa permitir o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do batismo, da confissão, do matrimônio e da unção dos enfermos. Aos ordinários (bispos e superiores religiosos) concede-se também a faculdade de celebrar o sacramento da crisma nesse rito.
O documento é acompanhado de uma carta, endereçada aos bispos do mundo inteiro, na qual, entre outras coisas, Bento XVI frisa que “não há contradição alguma entre as duas edições do Missale Romanum”. E lembra que na “história da liturgia há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura”, sublinhando que o que para as gerações anteriores era santo “não pode de repente ser completamente proibido ou até considerado danoso”.
30Dias pediu ao cardeal Darío Castrillón Hoyos, colombiano, presidente da Pontifícia Comissão “Ecclesia Dei” desde 2000 (e também ex-prefeito da Congregação para o Clero, que dirigiu de 1996 a 2006), que explicasse os conteúdos mais importantes do motu proprio Summorum pontificum.

Eminência, qual é o sentido desse motu proprio que libera o uso do chamado Missal de São Pio V?
DARÍO CASTRILLÓN HOYOS: Quando, após o Concílio Vaticano II, ocorreram mudanças na liturgia, grupos consistentes de fiéis leigos e também de eclesiásticos se sentiram incomodados, porque tinham uma forte ligação com a liturgia que já vigorava havia séculos. Penso nos sacerdotes que durante cinqüenta anos haviam celebrado a chamada missa de São Pio V e que, de uma hora para outra, viram-se obrigados a celebrar uma outra; penso nos fiéis que estavam acostumados com o velho rito havia gerações; penso ainda nas crianças, como os coroinhas, que de repente ficaram embaraçadas ao servirem à missa com o Novus ordo. Houve um mal-estar em vários níveis. Para alguns, o problema era também de natureza teológica, pois consideravam que o rito antigo expressava o sentido do sacrifício melhor do que o rito que era introduzido. Outros, até por razões culturais, lembravam com saudade o gregoriano e as grandes polifonias, que eram uma riqueza da Igreja latina. Para agravar isso tudo, as pessoas que se sentiam incomodadas atribuíam as mudanças ao Concílio, quando, na realidade, o Concílio por si mesmo não havia nem pedido nem estabelecido os detalhes dessas mudanças. A missa que os padres conciliares celebravam era a missa de São Pio V. O Concílio não havia pedido a criação de um novo rito, mas um uso mais amplo da língua vernácula e uma maior participação dos fiéis.
Concordo, era esse o ar que se respirava há quarenta anos. Mas a geração que manifestou aquele mal-estar não está mais presente. E não é só isso: o clero e o povo também se acostumaram ao Novus ordo, e, na esmagadora maioria dos casos, se sentiram muito bem com ele...
CASTRILLÓN HOYOS: Isso é verdade para a esmagadora maioria, por mais que muitas dessas pessoas nem saibam o que se eliminou com o abandono do rito antigo. Mas nem todas se acostumaram com o novo rito. Curiosamente, nas novas gerações, tanto de clérigos quanto de leigos, parece florescer também um interesse e uma estima pelo rito anterior. E são sacerdotes e simples fiéis que muitas vezes não têm nada a ver com os chamados lefebvrianos. Esses são fatos da vida da Igreja, aos quais os pastores não podem continuar surdos. Foi por isso que Bento XVI, que é um grande teólogo, com uma profunda sensibilidade litúrgica, decidiu promulgar o motu proprio.
Mas já não havia um indulto?
CASTRILLÓN HOYOS: Sim, já havia um indulto, mas João Paulo II mesmo entendeu que o indulto não tinha sido suficiente. Primeiro, porque alguns sacerdotes e bispos relutavam em aplicá-lo. Mas, sobretudo, porque os fiéis que desejam celebrar com o rito antigo não devem ser considerados de segunda categoria. São fiéis aos quais se deve reconhecer o direito de assistir a uma missa que alimentou o povo cristão por séculos, que alimentou a sensibilidade de santos como São Filipe Néri, Dom Bosco, Santa Teresinha do Menino Jesus, o bem-aventurado João XXIII e o próprio servo de Deus João Paulo II, que, como eu já disse, entendeu o problema do indulto e, portanto, já tinha em mente ampliar o uso do Missal de 1962. Devo dizer que, nos encontros com os cardeais e com os chefes dos organismos vaticanos nos quais se discutiu sobre essa medida, as resistências foram realmente mínimas. O papa Bento XVI, que acompanhou o processo desde o início, deu este passo importante que seu grande predecessor já havia imaginado. É uma medida petrina tomada por amor a um grande tesouro litúrgico, como a missa de São Pio V, e também pelo amor de um pastor por um considerável grupo de fiéis.
Mas não faltaram resistências, até de expoentes do episcopado...
CASTRILLÓN HOYOS: Resistências que, na minha opinião, derivam de dois erros. A primeira avaliação errada é dizer que se trata de um retorno ao passado. Não é isso. Mesmo porque nada se tira do Novus ordo, que continua a ser o modo ordinário de celebrar o único rito romano; o que se dá é a liberdade, a quem quiser, de celebrar a missa de São Pio V como forma extraordinária.
Esse é o primeiro erro daqueles que se opuseram ao motu proprio. E o segundo?
CASTRILLÓN HOYOS: Achar que ele diminui o poder episcopal. Isso não é verdade. O Papa não mudou o Código de Direito Canônico. O bispo é o moderador da liturgia em sua diocese. Mas a Sé Apostólica tem a competência de ordenar a liturgia sagrada da Igreja universal. E um bispo deve agir em harmonia com a Sé Apostólica e garantir os direitos de cada fiel, inclusive o direito de participar da missa de São Pio V, como forma extraordinária do rito.

Apesar disso, houve quem afirmasse que, com esse motu proprio, Ratzinger “zomba do Concílio” e “dá uma bofetada” em seus antecessores Paulo VI e João Paulo II...
CASTRILLÓN HOYOS: Bento XVI segue o Concílio, que não aboliu a missa de São Pio V nem pediu que o fizessem. E segue o Concílio, que recomendou ouvir a voz e os desejos legítimos dos fiéis leigos. Quem afirma essas coisas deveria ver as milhares de cartas que chegaram a Roma para pedir a liberdade de assistir a missa a que cada um se sente mais ligado. E o Papa não se contrapõe a seus antecessores, que são amplamente citados tanto no motu proprio quanto na carta que a acompanha. Em alguns casos, o papa Montini concedeu de imediato a possibilidade de celebrar a missa de São Pio V. João Paulo II, como eu já disse, queria preparar um motu proprio semelhante ao que hoje foi publicado.
Chegou-se a temer também que uma pequena minoria de fiéis pudesse impor a missa de São Pio V a toda a paróquia?
CASTRILLÓN HOYOS: Quem disse isso obviamente não leu o motu proprio. É claro que nenhum pároco será obrigado a celebrar a missa de São Pio V. Só que, se um grupo de fiéis, tendo um sacerdote disponível para fazê-lo, pedir que essa missa seja celebrada, o pároco ou o reitor da igreja não poderá se opor. Obviamente, se houver dificuldades, caberá ao bispo fazer que tudo transcorra num clima de respeito e, eu diria, de bom senso, em harmonia com o Pastor universal.
Mas não existe o risco de que, com a introdução de duas formas no rito latino, a ordinária e a extraordinária, possa haver uma confusão litúrgica nas paróquias e nas dioceses?
CASTRILLÓN HOYOS: Se as coisas forem feitas com bom senso, simplesmente, não se correrá esse risco. Além do mais, já há dioceses em que se celebram missas em vários ritos, uma vez que existem comunidades de fiéis latinos, greco-latinos ucranianos ou rutenos, maronitas, melquitas, siro-católicos, caldeus, etc. Penso, por exemplo, em algumas dioceses dos Estados Unidos, como Pittsburgh, que vivem essa legítima variedade litúrgica como uma riqueza, não como uma tragédia. E existem também paróquias que acolhem ritos diferentes do latino, entre outras as de comunidades ortodoxas ou pré-calcedonianas, sem que isso suscite escândalo. Não vejo, portanto, o risco de haver confusões. Contanto, é claro, que tudo se desenvolva com ordem e respeito mútuo.
Há ainda quem considere que esse motu proprio atente contra o caráter unitário do rito, que seria um desejo dos padres conciliares...
CASTRILLÓN HOYOS: Admitindo em primeiro lugar que o rito romano continua a ser único, mesmo podendo ser celebrado de duas formas, tomo a liberdade de recordar que nunca houve um rito único para todos na Igreja latina. Hoje, por exemplo, existem todos os ritos das Igrejas orientais em comunhão com Roma. E mesmo no rito latino existem outros ritos além do romano, como o ambrosiano ou o moçárabe. A própria missa de São Pio V, quando foi aprovada, não anulou todos os ritos anteriores, mas apenas aqueles que não contavam com pelo menos dois séculos de antiguidade...
E a missa de São Pio V? Ela nunca foi abolida no Novus ordo?
CASTRILLÓN HOYOS: O Concílio Vaticano II não a aboliu, nem depois nunca houve nenhuma medida efetiva que estabelecesse sua abolição. Portanto, formalmente, a missa de São Pio V nunca foi abolida. De certa forma, é surpreendente que aqueles que se dizem intérpretes autênticos do Vaticano II dêem a ele uma interpretação, no campo litúrgico, tão restritiva e pouco respeitadora da liberdade dos fiéis, fazendo que esse Concílio, além de tudo, pareça mais coercitivo ainda que o Concílio de Trento.
No motu proprio não se estabelece um número mínimo de fiéis necessários para que se peça a celebração da missa de São Pio V. Mas há algum tempo vazou uma notícia de que se pensava num mínimo de trinta fiéis...
CASTRILLÓN HOYOS: Essa é a prova cabal de como se divulgaram muitas pseudonotícias sobre o motu proprio semeadas por pessoas que nem haviam lido os esboços ou que, por interesses próprias, queriam influenciar sua elaboração. Eu acompanhei todo o processo até a redação final e, que eu me lembre, em nenhum esboço jamais apareceu qualquer limite mínimo de fiéis, nem de trinta, nem de vinte, nem de cem.

Por que se optou por apresentar o texto do motu proprio antecipadamente a alguns eclesiásticos, em 27 de junho?
CASTRILLÓN HOYOS: O Papa não podia chamar todos os bispos do mundo, por isso convocou alguns prelados, por diferentes motivos particularmente interessados na questão, que representassem todos os continentes. Apresentou o texto a eles, dando-lhes a possibilidade de fazerem observações. Todos os participantes puderam falar.
À luz desse encontro, houve alguma variação no texto do motu proprio que havia sido aprontado?
CASTRILLÓN HOYOS: Foram solicitadas e introduzidas pequenas variações lexicais, não mais que isso.
Que perspectivas o motu proprio pode abrir em relação aos lefebvrianos?
CASTRILLÓN HOYOS: Os seguidores de dom Lefebvre sempre pediram que todo sacerdote pudesse celebrar a missa de São Pio V. Hoje, essa faculdade é oficial e formalmente reconhecida. Por outro lado, o Papa frisa que a missa que nós todos oficiamos todos os dias, a do Novus ordo, continua a ser a forma ordinária de celebrar o único rito romano. E, assim, sublinha que não se pode negar nem o valor nem muito menos a validade do Novus ordo. Isso deve ser claro.
O motu proprio aumentará a responsabilidade de “Ecclesia Dei”?
CASTRILLÓN HOYOS: Esta Comissão foi fundada para reunir os leigos e os eclesiásticos que abandonaram o movimento lefebvriano depois das consagrações episcopais ilegítimas. De fato, ela depois trabalhou também por um diálogo com a própria Fraternidade de São Pio X, na perspectiva de uma plena comunhão. Hoje, o motu proprio se dirige a todos os fiéis ligados à missa de São Pio V, e não apenas aos de proveniência, por assim dizer, lefebvriana. E isso obviamente pressupõe para nós um trabalho muito mais amplo.
fonte:30 giorni

EL CARDENAL CASTRILLÓN CUMPLE OCHENTA AÑOS

EL CARDENAL CASTRILLÓN CUMPLE
OCHENTA AÑOS (1).

04/07/09. "Nuestro" cardenal, Su Eminencia Darío Cardenal Castrillón Hoyos, cumple hoy 80 años, lo que supone su retiro al frente de la Pontificia Comisión Ecclesia Dei. Dios premie al cardenal todos sus esfuerzos y su trabajo en pro de la Iglesia. Ha anunciado que seguirá viviendo en el Vaticano y va a escribir un libro dedicado a la Forma Extraordinaria, además de dar conferencias y seminarios sobre la misma, y colaborará en parroquias. Como él dice: "uno no se jubila cuando está comprometido con Cristo".

EL CARDENAL CASTRILLÓN CUMPLE
OCHENTA AÑOS (2).

04/07/09. Monseñor Castrillón Hoyos declara que ha cumplido los tres objetivos que se propuso en Ecclesia Dei: "Que todos los sacerdotes del mundo pudieran celebrar la Misa libremente; que se liberara el rito antiguo sin oponerle el nuevo y sin que fuera obligatorio; y levantar la excomunión de los obispos lefebvrianos y acercarlos a la Iglesia".

Fonte:una voce málaga

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cardeal Dario Castrillon : A Missa Tridentina é uma oferta generosa do Vigário de Cristo que quer pôr à disposição da Igreja todos os tesouros


Cardeal Dario Castrillon
Trata-se pelo contrário de uma oferta generosa do Vigário de Cristo que, como expressão de sua vontade pastoral, quer pôr à disposição da Igreja todos os tesouros da liturgia latina que durante séculos nutriu a vida espiritual de tantas gerações de fiéis católicos. O Santo Padre quer conservar os imensos tesouros espirituais, culturais e estéticos ligados à liturgia antiga.

A recuperação desta riqueza se une à não menos preciosa da liturgia atual da Igreja.Por estas razões o Santo Padre tem a intenção de estender a toda a Igreja latina a possibilidade de celebrar a Santa Missa e os Sacramentos segundo os livros litúrgicos promulgados pelo Beato João XXIII em 1962. Por esta liturgia, que nunca foi abolida, e que , como dissemos, é considerada um tesouro, existe hoje um novo e renovado interesse e, também por esta razão o Santo Padre pensa que chegou o tempo de facilitar, como o quis a primeira Comissão Cardinalícia em 1986, o acesso a esta liturgia fazendo dela uma forma extraordinária do único rito Romano.

Cardeal Castrillón: Dijo a respecto del Rito Gregoriano o Forma Extraordinaria del Rito Romano que ...


Card. Darío Castrillón a RCN: "El Santo Padre no me ha pedido el cargo"

Así lo expresó el cardenal colombiano, presidente de la Comisión Pontificia "Ecclesia Dei", en diálogo desde la Santa Sede, al referirse a algunas versiones según las cuales el Sumo Pontífice le habría pedido su renuncia.

"Es la primera noticia. Que yo sepa, por lo menos el papa Benedicto XVI no me ha destituido... Seguramente, puede ser que no haya llegado la carta, pero en lo absoluto el Santo Padre no me ha pedido el cargo", precisó.

Monseñor Castrillón reiteró que "hasta ahora ésa es la noticia que me están dando desde Colombia..." Pero "todo es posible", anotó.

El prelado de la Iglesia Católica señaló que, "al contrario, estamos haciendo un trabajo difícil. Hay un problema que no tenía que ver con el trabajo nuestro, como es el hecho de que una persona cuando todavía no estaba con nosotros, hubiera hecho unas declaraciones como las que formuló monseñor (Richard) Williamnson en Canadá en 1989", subrayó.


Dijo a respecto del Rito Gregoriano o Forma Extraordinaria del Rito Romano que "éste es un proceso distinto, que tiene que ver con una de las sensibilidades mayores del Papa que es promover la liturgia gregoriana, como una liturgia de gran contenido teológico, espiritual e inclusive artístico, y él quiere conservarlo para la Iglesia. En eso estamos trabajando", sostuvo.

Y acrescentó volviendo a hablar de los lefebvristas, de su relación con Ecclesia Dei y la Congregación para la Doctrina de la Fe: “en ellos hay gente muy difícil. Hoy no más, leía yo una carta de algunos que son prácticamente sedevacantistas, o sea que creen que el Papa no es legítimo. Hay dentro de esa galaxia algunos pequeños grupúsculos que son exagerados”.

Escuche el diálogo con monseñor Castrillón

Fuente: RCN

Cardeal Dario Castrillon fará amanhã 80 anos:desejamos-lhe as maiores graças do Céu e ainda esperamos muito do seu amor à Missa Tridentina



Foto: AP

El Cardenal Dario Castrillon Hoyos fue uno de los primeros latinoamericanos designados por Juan Pablo II para trabajar en la Curia Romana.

Permanecía en el Vaticano desde hace más de 20 años, cuando el papa Juan Pablo II lo llevó a trabajar a su lado.

El sacerdote, nacido en Medellín el 4 de julio de 1929, fue uno de los primeros obispos latinoamericanos en llegar a la curia romana.

Aunque no ha recibido la notificación oficial de su culminación de labores por parte de Benedicto XVI, él ya sabe que su trabajo en la comisión que venía presidiendo, la Ecclesia Dei, se termina hoy.

Y aunque seguirá siendo cardenal, no podrá votar en el cónclave o, mejor, en la elección de un nuevo Papa.

Sin embargo, en diálogo telefónico con EL TIEMPO desde Roma, aclaró que esto no equivale a un retiro definitivo. Vivirá en Roma, aunque -dice-, tendrá más tiempo para venir a Colombia, escribirá un libro sobre el antiguo rito católico y dictará cursos. Y lo más importante, según él, volverá a las parroquias.

Y ahora, ¿a qué piensa dedicarse?

Voy a terminar un libro que empecé a preparar sobre el antiguo rito gregoriano y varias conferencias y seminarios sobre ese tema. Y volveré al trabajo en las parroquias, que es lo más gratificante.

¿Y dónde va a vivir?

Seguiré acá en el Vaticano. Sigo siendo cardenal, lo que pasa es que ya no tengo que 'marcar tarjeta'. Seguiré en Roma, pero tendré más tiempo para ir a Colombia.

¿Y cómo se siente?

Feliz de que el Señor me haya permitido llegar con buena salud a esta edad. Me siento feliz de los proyectos que saqué adelante. No pienso en el cuarto de hora pasado, pienso en el cuarto de hora que viene. Uno no se jubila cuando está comprometido con Cristo.

¿Y cuáles fueron esos proyectos?

En Ecclesia Dei me propuse tres cosas y las pude cumplir. Primero, que todos los sacerdotes del mundo pudieran celebrar la misa libremente, que se liberara el rito antiguo sin oponer lo nuevo y sin que fuera obligatorio. Segundo, hacer conocer la riqueza de ese rito, y tercero, levantar la excomunión de los obispos lefebvrianos y acercarlos de nuevo a la la Iglesia.

¿Cómo terminó el escándalo por este último tema?

Fue transitorio, pero hizo mucho daño. A ellos (los lefebvrianos) los excomulgaron porque fueron ordenados sin permiso, no por otra cosa. Cuando se levantó la excomunión aparecieron las declaraciones, equivocadas, de monseñor Williamson, quien negó el holocausto nazi. Pero una cosa no tuvo que ver con otra.

En ese momento se especuló que las relaciones con el Papa se fraccionaron...

¡Para nada! Mis relaciones con el Santo Padre han sido muy buenas siempre y siguen siendo así.

¿Qué le faltó hacer?

Ver que todo el mundo se convierta, que vaya a misa y se confiese; que todos los hogares sean bendecidos por Dios.

fonte:el tiempo

La desobediencia está lastimando a la Iglesia

*

O'Donoghue

*

Nuevas y valientes declaraciones del obispo inglés Patrick O'Donoghue, ya conocido por nuestros lectores por su análisis de la realidad actual de la Iglesia y por su coherente decisión en defensa de la vida.

***

"Los obispos que tienen profundas diferencias teológicas con el Papa están socavando la unidad de la Iglesia Católica", ha declarado un prominente obispo inglés.


El obispo Patrick O'Donoghue dijo que tales diferencias provocan que los párrocos ignoren la autoridad de sus obispos.


“La idea de que pueda haber diferencias teológicas entre un obispo y el Papa es simplemente una cosa increíble de admitir, pero es la verdad. Supongo que si los sacerdotes ven a los obispos mostrando infidelidad al Papa, no es nada sorprendente que, a su vez, muestren infidelidad a su obispo. Todos sabemos lo que Jesús dijo acerca de una casa dividida”.


Y agregó: “No es fuera de lo común que entre los sacerdotes surjan camarillas contra el Obispo, que ignoran con desdén sus directivas y consejo. Algunas veces, parece que el párroco y la parroquia declaran UDI [Declaración Unilateral de Independencia] del obispo y de la diócesis. También existe el peligro de que esto pase en la actitud de un grupo de obispos frente al Papa reinante”.


El obispo dijo que esta desunión crea una “conspiración de silencio” en la Iglesia. “Este cocktail de disenso, desobediencia e infidelidad ha resultado en lo que llamo ‘una conspiración de silencio’ entre grupos en la Iglesia. No hay diálogo real ni buena disposición para hablar abierta y honestamente acerca de nuestras diferencias”.


“Por ejemplo, no sé por qué mis documentos ‘¿Listos para la misión?’ se chocaron contra una pared de silencio entre los obispos de este país. Lo único que hice fue reiterar la enseñanza de la Iglesia, pero esto ha sido tratado como algo inaceptable, indecible. ¿Por qué?”.


El Obispo O’Donoghue ofreció su análisis en un retiro para sacerdotes de la diócesis de Northampton en Ars, la parroquia de San Juan María Vianney en Francia, en mayo. Llamó la atención al hecho de que “incontables sacerdotes, laicos e incluso obispos, creen que son libres para decidir por sí mismos qué significa ser católico”. Sugirió que la aceptación de la enseñanza de la Iglesia sobre la moralidad sexual es una “prueba de fuego” para los católicos.


“Por ejemplo, hemos sido testigos de un general rechazo a la perenne enseñanza de la Iglesia contra la contracepción. Esta es la prueba de fuego de la aceptación de la obediencia en la Iglesia. ¿Cuántos sacerdotes respaldan el rechazo claro como el cristal que la Gaudium et Spes hace de la contracepción, rechazo sostenido por los papas sucesivos – Pablo VI, Juan Pablo II, Benedicto XVI? ¡Si rechazamos su enseñanza en este asunto, estamos diciendo, como sacerdotes, que sabemos más que el Sucesor de Pedro! ¿Es esto sostenible en un sacerdote?”.


El obispo O'Donoghue no solo criticó el disenso liberal, sino que también tuvo palabras agudas para los tradicionalistas que, dijo, tienen el peligro de caer en el “liturgismo”.


Dijo: “Con esto me refiero a la tendencia entre el clero y algunos laicos de centrarse solamente en la liturgia y en la vida sacramental, ignorando nuestra misión de salir del edificio de la Iglesia al mundo, donde vive la humanidad sufriente. Durante un siglo la Iglesia ha estado diciendo que la justicia social debería ser tanto una preocupación para los católicos como el atender a la Misa dominical. ¿Cuántos creen esto? ¿Cuántos sacerdotes animan a esto?”.


El obispo O'Donoghue también habló de la vida de San Juan María Vianney, cuyo 150 aniversario se celebra este año y quien es el patrono del Año Sacerdotal, trazando paralelos entre los desafíos enfrentados por el santo párroco y los desafíos que los sacerdotes enfrentan hoy.


Sostuvo que San Juan María Vianney tuvo un “agudo sentido de la necesidad de la salvación”, y que lo expresó en “todo su ser sacerdotal”. El obispo O'Donoghue urgió a los sacerdotes que lo escuchaban a reflexionar sobre un número de cuestiones relativas a sus roles e identidad como sacerdotes en el mundo moderno. Esto incluyó preguntas sobre las tendencias al consumismo y al alcohol; y sobre confrontar el mal y el verdadero arrepentimiento.


También les preguntó: “¿Es posible hablar hoy con los jóvenes acerca de la salvación? ¿Es necesario ir a confesarse regularmente? ¿Qué creen que diría el Cura de Ars?”. El P. Paul Ardí, un sacerdote que participó en el retiro, dijo: “Fue muy bueno. Habló de los desafíos que enfrentamos – si los evadimos, o si los enfrentamos”.


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Fuente: The Catholic Herald


Traducción: La Buhardilla de Jerónimo

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D. Nicola Bux: “Por que o Santo Padre não age? Não pode impor a esses prelados a obediência?”



VATICANO – AS PALAVRAS DA DOUTRINA por padre Nicola Bux e padre Salvador Vitiello – A necessária obra de Pedro
Link para o original.Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Clemente Romano, ao falar das mortes dos apóstolos Pedro e Paulo, observa que a inveja de alguns na própria comunidade cristã facilitou-as. Após dois mil anos, o pecado está sempre presente nos homens. Há os que se alegram com o Magistério pontifício, mesmo porque colocou um freio na interpretação “descontínua” do Concilio Vaticano II, explicando que os conflitos disseminados na área da doutrina, da educação e da liturgia são o resultado de um mal-entendido e que o Concilio foi claro.
O Papa é “Pedro”, o chefe dos apóstolos. Os seus irmãos Bispos pastoreiam legitimamente o rebanho de Cristo somente em união efetiva e afetiva com a Cátedra de Pedro. Caso contrário, retorna-se à experiência do século IV, quando quase todos os Bispos do mundo se dobraram à vontade de um imperador ariano. Somente o Papa, e um punhado de Bispos fiéis a ele, preservaram a fé católica. O Papa está ali para recordar que a Igreja não é uma estrutura humana. Esse também é o motivo pelo qual muitas culturas e muitos povos diferentes encontram nela a sua identidade.
Como muitas vezes lembrou o Servo de Deus João Paulo II, estamos no meio de uma “silenciosa apostasia”, que está se tornando cada vez menos silenciosa e cada vez mais evidente. Na história da Igreja nunca houve uma falta de fé assim tão disseminada. O adversário é sutil e insere flechas no fundo do coração dos homens, tão profundamente que são quase invisíveis. Basta pensar no profeta Daniel, que alertava que o adversário tomaria o poder em todas as nações de modo pacífico e com promessas.
O Cardeal J.H.Newman supunha que a apostasia do povo de Deus, em diversas épocas e lugares, tivesse sempre precedido os “anticristos”, tiranos como Antioco e Nero, Juliano o Apostata, os líderes ateus da Revolução francesa, cada “tipo” ou “presságio” do anticristo, que viria no fim da história, quando o mistério de iniquidade manifestaria a sua insensatez final e terrível. A incapacidade dos fiéis de viver a própria fé, alertava Newman, como nas épocas precedentes, teria levado “ao reino do homem do pecado, que teria negado a divindade de Cristo e colocado a si próprio em seu lugar” (M.D.O’Brien, O Inimigo, Cinisello Balsamo 2006, pp. 175-176).
Há a tentativa de reduzir a Igreja a uma agência mundial humanitária e a utopia que a unidade das nações possa ser realizada pelos organismos internacionais e não por Cristo. Mas o Senhor, mesmo se dorme no barco em meio à tempestade, no momento final despertará e aplacará as ondas. Depois voltará e nos perguntará por que tivemos tão pouca fé. Enquanto isso, carregamos a cruz. Observamos a traição. Sofremos.
Escreve ainda Newman: “O objetivo do diabo, quando semeia a revolução na Igreja é levá-la à confusão, para que a sua atenção se distraia e as suas energias se dispersem. Desse modo, enfraqueceremos justamente no momento da história em que precisamos ser mais fortes”. “Por que o Santo Padre não age? Não pode impor a esses prelados a obediência?”. “Ele fez isso repetidamente e do modo mais cristão. Mas não comanda uma polícia, ou um exército. Recentemente foi mais firme com os dissidentes […] A solução, porém, não é o autoritarismo, porque este somente jogaria gasolina no fogo da revolta. O Santo Padre age para que haja luz. Lembra a todos nós Aquele que levou a cruz e que nela morreu. Em suas mãos leva somente isso, uma cruz; fala sempre do triunfo da Cruz. Aqueles que não querem escutar responderão a Deus” (Ivi,p 402-403).
(Agência Fides 2/7/2009

D. Nicola Bux: “Por que o Santo Padre não age? Não pode impor a esses prelados a obediência?”


VATICANO – AS PALAVRAS DA DOUTRINA por padre Nicola Bux e padre Salvador Vitiello – A necessária obra de Pedro
Link para o original.Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Clemente Romano, ao falar das mortes dos apóstolos Pedro e Paulo, observa que a inveja de alguns na própria comunidade cristã facilitou-as. Após dois mil anos, o pecado está sempre presente nos homens. Há os que se alegram com o Magistério pontifício, mesmo porque colocou um freio na interpretação “descontínua” do Concilio Vaticano II, explicando que os conflitos disseminados na área da doutrina, da educação e da liturgia são o resultado de um mal-entendido e que o Concilio foi claro.
O Papa é “Pedro”, o chefe dos apóstolos. Os seus irmãos Bispos pastoreiam legitimamente o rebanho de Cristo somente em união efetiva e afetiva com a Cátedra de Pedro. Caso contrário, retorna-se à experiência do século IV, quando quase todos os Bispos do mundo se dobraram à vontade de um imperador ariano. Somente o Papa, e um punhado de Bispos fiéis a ele, preservaram a fé católica. O Papa está ali para recordar que a Igreja não é uma estrutura humana. Esse também é o motivo pelo qual muitas culturas e muitos povos diferentes encontram nela a sua identidade.
Como muitas vezes lembrou o Servo de Deus João Paulo II, estamos no meio de uma “silenciosa apostasia”, que está se tornando cada vez menos silenciosa e cada vez mais evidente. Na história da Igreja nunca houve uma falta de fé assim tão disseminada. O adversário é sutil e insere flechas no fundo do coração dos homens, tão profundamente que são quase invisíveis. Basta pensar no profeta Daniel, que alertava que o adversário tomaria o poder em todas as nações de modo pacífico e com promessas.
O Cardeal J.H.Newman supunha que a apostasia do povo de Deus, em diversas épocas e lugares, tivesse sempre precedido os “anticristos”, tiranos como Antioco e Nero, Juliano o Apostata, os líderes ateus da Revolução francesa, cada “tipo” ou “presságio” do anticristo, que viria no fim da história, quando o mistério de iniquidade manifestaria a sua insensatez final e terrível. A incapacidade dos fiéis de viver a própria fé, alertava Newman, como nas épocas precedentes, teria levado “ao reino do homem do pecado, que teria negado a divindade de Cristo e colocado a si próprio em seu lugar” (M.D.O’Brien, O Inimigo, Cinisello Balsamo 2006, pp. 175-176).
Há a tentativa de reduzir a Igreja a uma agência mundial humanitária e a utopia que a unidade das nações possa ser realizada pelos organismos internacionais e não por Cristo. Mas o Senhor, mesmo se dorme no barco em meio à tempestade, no momento final despertará e aplacará as ondas. Depois voltará e nos perguntará por que tivemos tão pouca fé. Enquanto isso, carregamos a cruz. Observamos a traição. Sofremos.
Escreve ainda Newman: “O objetivo do diabo, quando semeia a revolução na Igreja é levá-la à confusão, para que a sua atenção se distraia e as suas energias se dispersem. Desse modo, enfraqueceremos justamente no momento da história em que precisamos ser mais fortes”. “Por que o Santo Padre não age? Não pode impor a esses prelados a obediência?”. “Ele fez isso repetidamente e do modo mais cristão. Mas não comanda uma polícia, ou um exército. Recentemente foi mais firme com os dissidentes […] A solução, porém, não é o autoritarismo, porque este somente jogaria gasolina no fogo da revolta. O Santo Padre age para que haja luz. Lembra a todos nós Aquele que levou a cruz e que nela morreu. Em suas mãos leva somente isso, uma cruz; fala sempre do triunfo da Cruz. Aqueles que não querem escutar responderão a Deus” (Ivi,p 402-403).
(Agência Fides 2/7/2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O VALOR INFINITO DA MISSA – O sacrifício de Isaac, imagem e figura do Sacrifício de Cristo no Calvário.Adoração e ação de graças.


– Expiação e propiciação pelos nossos pecados; impetração de tudo aquilo que precisamos.

I. NO LIVRO DO GÊNESIS1, lemos como Deus quis provar a fé de Abraão, a quem prometera uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu. O Patriarca vê o tempo passar sem ter o filho que o Senhor lhe anunciara; sua mulher era estéril. Mas ele continuou a acreditar na palavra de Deus contra toda a esperança.

Quando finalmente Isaac veio ao mundo e representou para Abraão, já de idade avançada, o prêmio à sua esperança, Deus, senhor da vida e da morte, mandou‑lhe que o sacrificasse: Toma Isaac, teu filho único, a quem amas, e vai à terra de Moriá, e aí o oferecerás em holocausto sobre um dos montes que eu te mostrarei. Mas no momento em que ia sacrificar o seu filho amado, o Anjo do Senhor deteve‑lhe o braço. E o Patriarca ouviu estas palavras cheias de bênçãos sobreabundantes: Porque o fizeste e não me recusaste o teu filho único, eu te abençoarei e multiplicarei a tua estirpe como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. A tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. E todas as nações da terra serão abençoadas na tua descendência, porque obedeceste à minha voz.

Os Padres da Igreja viram no sacrifício de Isaac um anúncio do sacrifício de Jesus. Isaac, o filho único de Abraão, o amado que carrega a lenha até ao monte onde será sacrificado, é figura de Cristo, o Unigênito do Pai, o Amado, que caminha com a cruz às costas para o Calvário, onde se oferece como sacrifício de valor infinito por todos os homens.

Na Missa, depois da Consagração, o Cânon Romano recorda a oferenda de Abraão, a entrega do seu filho. Abraão é o nosso “pai na fé”. Recebei, ó Pai, esta oferenda, como recebestes a oferta de Abel, o sacrifício de Abraão e os dons de Melquisedeque...2

A obediência de Abraão é a máxima expressão da sua fé incondicional em Deus. Por essa razão recuperou Isaac e, depois de tê‑lo oferecido, recebeu‑o de volta como um símbolo. Pensava, na verdade, que Deus é poderoso para ressuscitar alguém dentre os mortos; por isso recuperou o filho, que foi uma imagem dAquele que haveria de vir3.

Orígenes sublinha que o sacrifício de Isaac permite compreender melhor o mistério da Redenção: “Isaac, ao carregar a lenha para o holocausto, é figura de Cristo que carregou a cruz às costas. Mas, ao mesmo tempo, levar a lenha para o holocausto é tarefa do sacerdote. Portanto, Isaac foi ao mesmo tempo vítima e sacerdote [...]. Cristo é ao mesmo tempo Vítima e Sumo Sacerdote. Segundo o espírito, oferece a vítima ao seu Pai; segundo a carne, Ele mesmo é oferecido sobre o altar da Cruz”4.

Por isso, cada Missa tem um valor infinito, imenso, que nós não podemos compreender por completo: “alegra toda a corte celestial, alivia as pobres almas do purgatório, atrai sobre a terra todo o tipo de graças e dá mais glória a Deus do que todos os sofrimentos dos mártires juntos, do que as penitências de todos os santos, do que todas as lágrimas por eles derramadas desde o princípio do mundo e tudo o que possam fazer até o fim dos tempos”5.

II. AINDA QUE TODOS os atos de Cristo tenham sido redentores, existe, não obstante, na sua vida um acontecimento singular que se destaca sobre todos e para o qual todos convergem: o momento em que a obediência e o amor do Filho ofereceram ao Pai um sacrifício sem medida, em virtude da dignidade da Oferenda e do Sacerdote que a oferecia. E é Ele quem permanece na Missa como Sacerdote principal e Vítima realmente oferecida e sacramentalmente imolada.

Na Santa Missa, os frutos que dizem respeito imediatamente a Deus, como a adoração, a reparação e a ação de graças, produzem‑se sempre na sua plenitude infinita, sem dependerem da nossa atenção nem do fervor do sacerdote. E a razão pela qual esses frutos se produzem infalivelmente e sem limites está em que é o próprio Cristo quem os oferece e quem se oferece. Por isso, é impossível encontrar modo algum de adorar melhor a Deus e de reconhecer o seu domínio soberano sobre todas as coisas e sobre todos os homens. É a realização mais perfeita do preceito: Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás6.

Do mesmo modo, é impossível oferecer a Deus uma reparação mais perfeita, pelas faltas cometidas diariamente, do que oferecendo e participando com devoção do Santo Sacrifício do Altar7. Como é impossível agradecer melhor os bens recebidos do que por meio da Santa Missa: Quid retribuam Domino pro omnibus quae retribuit mihi?... “Como retribuirei ao Senhor por todo o bem que me fez? Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor”8. Que grande oportunidade para agradecermos a Deus tantos bens que recebemos..., pois às vezes é possível que nos esqueçamos de lhe dar graças pelos seus dons, que são tantos e tantos; pode acontecer‑nos como aos leprosos curados por Jesus...

Que honra tão grande a dos sacerdotes que podem emprestar a Cristo a voz e as mãos no sacrifício eucarístico! Que grandeza a dos fiéis por poderem participar de tão grande Mistério! “Diz ao Senhor que, daqui por diante, de cada vez que celebres ou assistas à Santa Missa, e administres ou recebas o Sacramento Eucarístico, o farás com uma fé grande, com um amor que queime, como se fosse a última vez da tua vida. – E sente dor pelas tuas negligências passadas”9.

III. NO MONTE MÓRIA, Isaac, o filho único e amado de Abraão, não foi sacrificado; no Calvário, Jesus padeceu e morreu por todos nós, pro peccatis, por causa dos nossos pecados. Este fruto de expiação e de propiciação alcança também as almas dos que nos precederam e que se purificam no Purgatório, à espera do traje nupcial10 para entrarem no Céu.

O sacrifício eucarístico produz, por si mesmo e por virtude própria, o perdão dos pecados; “mas realiza‑o de uma maneira mediata... Por exemplo, uma pessoa que suplique a Deus a graça de mudar de vida e de confessar‑se, sem assistir à Santa Missa, poderá obtê‑la somente em virtude do seu fervor e das suas instâncias...; mas, se assiste à Missa com essa finalidade, não há dúvida de que obterá esse favor de maneira eficaz, desde que não levante obstáculos”11.

Ao oferecer‑se ao Pai, Jesus Cristo pede por todos nós. Ele vive para interceder por nós12. Poderíamos encontrar melhor momento do que a Santa Missa para pedir aquilo de que tanto precisamos? Cada Missa é oferecida por toda a Igreja, que ao mesmo tempo suplica pelo mundo inteiro. “De cada vez que se celebra uma Missa, é o sangue da Cruz que se derrama como chuva sobre o mundo”13. Juntamente com toda a Igreja, pedimos de modo particular pelo Papa, pelo bispo diocesano, pelo prelado próprio e por todos os outros que, “fiéis à verdade, promovem a fé católica e apostólica”14.

E além desse fruto geral da Missa, há também um fruto especial – que se produz de modos diversos – para os que participam do Santo Sacrifício: para os que solicitaram a sua celebração por esta ou aquela intenção; para o sacerdote celebrante, que beneficia de um fruto especialíssimo, irrenunciável, já que a celebração da Missa depende da sua vontade meritória; para os acólitos, para os cantores... e para todo o povo santo que assista ao Sacrifício, conforme as disposições de cada um: para todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em Vos servir. Eles Vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a Vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam15.

Os frutos de remissão dos nossos pecados e de impetração de tudo aquilo de que necessitamos são frutos finitos e limitados, de acordo com as nossas disposições. Por isso é tão importante que cuidemos bem de preparar a alma para participar deste Sacrifício único, e que nos esforcemos por estar muito recolhidos uma vez acabada a ação sagrada. “Estais ali – pergunta o Cura d’Ars – com as mesmas disposições da Santíssima Virgem no Calvário, já que se trata da presença do mesmo Deus e da consumação do mesmo sacrifício?”16

Peçamos a Nossa Senhora que a celebração ou a participação do sacrifício eucarístico seja para nós a fonte em que se saciam e em que aumentam os nossos desejos de Deus.

(1) Gen 22, 1‑19; Primeira leitura da Missa da quinta‑feira da décima terceira semana do TC, ano I; (2) Missal Romano, Oração Eucarística I; (3) cfr. Hebr 11, 19; (4) Orígenes, Homilias sobre o Gênesis, 8, 6, 9; (5) Cura d’Ars, Sermão sobre a Santa Missa; (6) Mt 4, 10; (7) Conc. de Trento, Sessão 22, c. 1; (8) Sl 115, 12; (9) Josemaría Escrivá, Forja, n. 829; (10) cfr. Mt 22, 12; (11) Anônimo, La Santa Missa, Rialp, Madrid, 1975, pág. 95; (12) cfr. Hebr 7, 25; (13) Ch. Journet, La messe, 2ª ed., Desclée de Brouwer, Bilbao, 1962, pág. 182; (14) Missal Romano, Oração Eucarística I; (15) ib.; (16) Cura d’Ars, Sermão sobre o pecado.

fonte:http://www.franciscofcarvajal

LA MISA ROMANA: HISTORIA DEL RITO Por Dom Gregori Maria




Capítulo 3º: Gloria -

En el año 799 Carlomagno va a Roma para recibir de manos del Papa la corona del renovado Imperio Romano. Al acercarse a la Ciudad Eterna, el papa León III sale a su encuentro, le saluda con el “Gloria in excelsis Deo”, cantado por todo el clero que le acompaña. Terminado el canto, el Papa reza una colecta como oración final. Era el modo litúrgico de recibir fuera de las murallas de Roma al futuro emperador. Por este ejemplo, tomado de una época que debe considerarse aún el periodo clásico de formación de la liturgia romana, aparece que también el Gloria, cantado con toda solemnidad, exigía como conclusión una oración sacerdotal.

El Gloria no fue creado para la Misa. Su primer destino fue el de servir a los cristianos de oración matutina, o más en general, como himno de alabanza a Dios. Lo podemos comparar con el “Te Deum” que tiene el mismo origen y las mismas características. Son los dos himnos más antiguos, no sacados de la Sagrada Escritura, sino nacidos del fervor de los primeros siglos; restos de los llamados “psalmi idiotici”, es decir compuestos por los mismos cristianos. Creaciones en general sin arte, pero de un encendido fervor, datan de los tiempos más primitivos. En el siglo IV se levantó una fuerte corriente contraria a tales himnos. Testimonios de esa oposición quedaron reflejado en las actas del Concilio de Laodicea del siglo IV y del IV Concilio de Toledo del siglo VII, que prohibieron se cantasen himnos no inspirados por el Espíritu Santo. De esta prohibición se salvaron el Gloria, el Te Deum y el “Te decet laus”, así como algún que otro himno griego.

Del Gloria primitivo conocemos las siguientes redacciones: una siria, dos griegas (la de las Constituciones Apostólicas y la del códice Alejandrino de la Sagrada Escritura) y tres latinas, a saber, la del antifonario de Bangor, la del antifonario mozárabe de León y la de la liturgia milanesa.

Su incorporación en la Misa

La incorporación del Gloria en la Misa se debe a circunstancias de segundo orden. En primer lugar fueron sus primeras palabras, tomadas de Lucas 2,14, mensaje angélico de paz en el nacimiento del Salvador, las que dieron ocasión para que se cantara primeramente en la Misa de Medianoche de Navidad (o del Gallo). Así lo atestigua, y como costumbre antigua, el “Liber Pontificalis” escrito en Roma hacia el año 530. El mismo libro añade que el Papa Símaco (romano pontífice entre el 498 y el 514) permitió a los obispos entonarlo también en las fiestas de los mártires y todos los domingos. El Gloria pues, se cantaba solamente en las misas solemnes celebrada por el Papa o los obispos, con el fin de solemnizarlas más. Y esta norma prevaleció por muchos siglos. Pero cuando el rito romano pasa al norte de los Alpes, donde había pocas ciudades y por lo mismo pocos obispos, pero en cambio muchas aldeas y pueblos, son los sacerdotes que ejercían la cura de almas los que empiezan a sentir la necesidad de decir el Gloria en sus parroquias.

El camino que se siguió para implantarse fue el siguiente: Primeramente se permitió al simple presbítero cantar el Gloria en la mayor de todas las solemnidades, el día de Pascua de Resurrección. Todavía duraba esto durante el siglo XI, ya que el liturgista Berno de Reichenau se quejaba de que no se le permitiera al simple sacerdote cantar este himno el día de Navidad (Patrología Latina 142, 1058 ss) A fines de ese mismo siglo ya no se hace, en cuanto al Gloria, distinción alguna entre el simple sacerdote y el obispo. También es verdad que tales prescripciones no se observaban con mucho rigor en el territorio de los francos. Un documento del siglo VIII avisa que se suprima el Gloria durante la Cuaresma, lo que nos induce a creer que se decía las demás misas.

El sitio

El Papa entonaba este himno desde su cátedra, mirando hacia el pueblo. El simple sacerdote lo entonaba siempre en el lado de la epístola, como lo han continuado haciendo los cartujos en su rito propio hasta nuestros días. Más tarde por influencias alegóricas, empezaron a cantarlo en el centro del altar.

Aunque la sencillez y la recitación silábica de las primeras y más antiguas melodías del Gloria hacen pensar que el fue el pueblo quien cantaba este himno, no tenemos ninguna noticia en las fuentes más antiguas de que así fuese efectivamente. Eran los clérigos los encargados de su canto, que lo ejecutaban o cantando todos el texto íntegro o alternándole a dos coros. En Roma lo solía cantar la “schola”, institución de tan antigua tradición que bien merecía este privilegio.

Los “tropos”

También en el Gloria se introdujeron los tropos. El más difundido, también en España, era uno en honor de la Virgen que decía hacia el final: “Tu solus sanctus, Mariam sanctificans, Tu solus Dominus, Mariam gubernans, Tu solus Altísimus, Mariam coronans (Tu sólo el Santo, que santificas a María, sólo tu Señor que guías a Maria, sólo tu el Altísimo que coronas a María). A pesar de su antigüedad veneranda y su gran popularidad, fueron todos suprimidos en la reforma del misal de Pío V.

Capítulo 4º: La Colecta –

La colecta es la primera oración exclusivamente sacerdotal que encontramos en la Misa. Oración que el celebrante debe decir no en nombre propio, sino en el de toda la comunidad, de toda la Iglesia. En el modo tradicional del rito romano (Edición del Misal de 1962) esa oración es introducida con el saludo litúrgico del “Dominus vobiscum” (o el “Pax vobis” del obispo) volviéndose hacia el pueblo con las manos abiertas, como insinuando un abrazo. El beso del altar que lo precede y que data del siglo XIII adquiere su simbolismo en el tomar la paz de Cristo para darla a la comunidad y es muy propio de la explicación alegórica de la Misa que tan en boga estuvo en la Edad Media.

Acto seguido y habiendo saludado a la comunidad, la invita a la oración diciendo o cantando “Oremus”. Esta fórmula se ha convertido en una invitación a adherirse mentalmente a la oración que reza o canta el sacerdote, pero antiguamente era sencillamente una exhortación a orar en voz baja y suponía por tanto, siempre una pausa más o menos larga entre la invitación y la colecta. Esto aparece con claridad en las oraciones más antiguas de esta clase, en las “orationes sollemnes” del Viernes Santo que primitivamente eran comunes a todas las misas. Pues en estas oraciones a la invitación de la intención… pro dilectissimo Papa nostro, etc.… seguía el aviso del diácono: flectamus genua (arrodillaos), palabras con las que se invitaba al pueblo a orar durante algunos momentos de rodillas, para después de sugerirles que se levantasen (levate), proceder a la oración sacerdotal con su Oremus. Esta antigua costumbre se restauró en el “Ordo Sabbati Sancti” por Pio XII en el año 1951.

El cuerpo de la colecta

El nombre de “colecta” no es de origen romano, sino que está tomado de la antigua tradición galicanoespañola. Así lo pone de manifiesto el hecho de que, existiendo en las liturgias galicana e hispana antiguas desde hacía varios siglos, aparece este nombre en la liturgia romana sólo después de haber sido esta adoptada por los francos. Significa “resumen de las oraciones dichas anteriormente”. Las primeras se fueron formando en los siglos IV y V, época en la que en Occidente tomaron cuerpo las fórmulas litúrgicas y en Roma se verificaba el cambio del griego al latín, en la lengua ritual. Antes de este tiempo, la composición de las oraciones dependía de cada celebrante. Unos las improvisaban mientras las iban pronunciando, otros las componían anticipadamente, calcándolas sobre algunos modelos. A partir del siglo IV su redacción ya no se deja al arbitrio del celebrante, por existir textos fijos en libros especiales, aunque el celebrante no los leía sino que los aprendía de memoria.

Aunque las oraciones romanas se caracterizan por su sobriedad eso no significa que en su composición se renunciase a emplear los recursos del arte retórico de la época. Ese arte no buscaba la emotividad en la acumulación de muchas expresiones, sino en el juego y en el corte de palabras, a lo que tanto se presta la lengua latina por su notable riqueza de matices de una misma palabra. Y así, resultan siempre las oraciones muy cortas, por una parte, y con perfecta correspondencia, por otra, a su carácter de bendición y de oraciones finales del acto. Con todo, no hay que pensar que la liturgia romana desconoce las oraciones largas: por ejemplo, los prefacios que se dicen al conferir el diaconado, el sacerdocio o la consagración episcopal, provenientes de los más antiguos documentos romanos.

Tipología de las colectas

Se pueden distinguir dos tipos. El primero representa la petición en su forma más sencilla. En primer lugar viene nombrado aquel a quién va dirigida la suplica con sus títulos más ordinarios: “Domine, Deus” (Señor Dios), a lo sumo se añade uno o dos epítetos más: Omnipotente y Eterno. Luego sigue la petición, redactada en pocas palabras. A este mismo tipo sencillo pertenecen también las oraciones en las que se razona la petición, indicando para qué fin pedimos la gracia (ut… - para que…).

El segundo tipo añade al título que se da a Dios, una oración en relativo, que sirve para aludir al misterio de la vida de Nuestro Señor o las gracias especiales concedidas por Dios al santo, mezclando a la súplica algún elemento de acción de gracias o de alabanza.

Este segundo tipo es el más abundante, ya que con el tiempo cada vez se formaron más fiestas de santos. No siempre, sin embargo, se ha conservado en las fiestas modernas el armonioso equilibrio entre la petición y la afirmación laudatoria. Falla sobre todo cuando se describe en ella la vida del santo o se desarrollan pensamientos teológicos bastante complicados. Por ejemplo: las fiestas de los santos mártires de Corea (20 de septiembre) o los santos mártires de Nagasaki (6 de febrero) o la festividad de Nuestra Señora de los Dolores (15 de septiembre).

Las formas más clásicas de la colecta no las encontramos, sin embargo, en las fiestas, sino en los domingos después de Pentecostés, llamados en el Novus Ordo de Pablo VI “domingos per annum” (ordinarios, en la más que deficiente traducción castellana). Como se trata de días en que no hay motivo particular para la celebración de la misa, y la colecta es oración que comprende las intenciones de todos, su contenido es necesariamente muy general. A veces, ni siquiera se indica intención alguna, sino que se ruega a Dios que nos escuche, es decir, que atienda las peticiones que cada uno en particular le propone. El secreto de la armonía de tales colectas reside en que reflejan a menudo una antítesis: lucha continua entre el bien y el mal, las fuerzas que en el hombre tienden hacia arriba y las que le quieren sumergir, alma y cuerpo, propósito y ejecución, esfuerzo propio y ayuda de la gracia, confesar e imitar, fe y realidad, miserias de la vida terrenal y goce de la celestial.

La recitación: “cursus” y “accentus”

La belleza de las antiguas oraciones romanas no yace exclusivamente en la dicción. Ha llamado siempre la atención su fluidez y su ritmo. Quienes las compusieron habían recibido su formación en las escuelas del antiguo arte retórico y sobre este arte ejercían gran influjo a fines de la antigüedad las leyes de la poética clásica, con su métrica, basada en la cantidad de sílabas. Sin embargo, el factor principal de su armonía está en el “cursus”, usado en la prosa artística de los siglos IV y V. El “cursus” es el ritmo de las cadencias finales, fundado en la sucesión ordenada de sílabas acentuadas y no acentuadas. Son normas observadas con tanta fidelidad, por ejemplo en los sermones de San León Magno, que hoy nos sirven de criterio para la autenticidad de sermones enteros o trozos parciales de sus sermones. No hemos de olvidar que es muy probable que el cuerpo de las antiguas colectas sean creaciones de este papa o procedan al menos de su época.

El modelo más perfecto de colecta en el que se encuentran los tres cursus (planus, velox, tardus) lo tenemos en la colecta del domingo XXX del tiempo ordinario, que figuraba en el Misal del 1962 como colecta del domingo XIII después de Pentecostés:

“Omnipotens sempiterne Deus, da nobis fidei spei et caritatis augméntum, (planus)
et ut mereamus ássequi quod promíttis (velox) ;
fac nos amare quod praécipis. (tardus)"

(Padre todopoderoso y eterno, aumenta en nosotros la fe, la esperanza y la caridad, y para que podamos conseguir lo que prometes, ayúdanos a amar lo que nos mandas.)

Otros giros que con frecuencia encontramos en las colectas son, por ejemplo: ésse consórtes (planus), méritis adjuvémur (velox) y sémper obtíneat (tardus).

Para la recitación de estas oraciones se formó muy pronto un modo especial, el llamado “accentus”. Consiste en recitar la oración en un tono determinado, entreverando al final de cada frase o división de frase, cadencias diferentes según las diversas clases de oraciones. Como se ve, existen relaciones íntimas entre el accentus y la puntuación moderna, ya que ambos son expresión de la estructura lógica de la frase. Y así, no es de extrañar que ambos, accentus y puntuación, se sirvan de los mismos signos: los dos puntos ( :) para el metrum y el punto y coma (;) llamado flexa para señalar el medio tono antes de una oración en “ut” ( para que…). Es interesante observar que este modo sencillo de amenizar la recitación de la oración se ha mantenido desde los primeros tiempos hasta la actualidad, en contraste manifiesto con los cantos que evolucionaron hacia formas cada vez más artísticas y complicadas. Se nota aquí algo del respeto contenido que siente el hombre cuando habla directamente con Dios, y que no permite formas artificiosas.

El rito exterior

El sacerdote recita la colecta de pie con las manos extendidas. Hasta muy entrada la Edad Media se exigía que mirase hacia Oriente. El estar de pie parecía la postura más propia para la oración pública en el sentir de toda la antigüedad. De ahí el sustantivo “statio”, derivado del verbo “stare”: estar de pie. Aún hoy en día en castellano la palabra “estación” significa la visita que se hace a las iglesias para orar en ellas algún tiempo.

Después de tener las manos levantadas, el sacerdote junta las manos como para expresar la entrega del propio ser en manos de un superior. El gesto es de origen germano y penetró en la liturgia durante la innovación franca como modo de tener las manos durante las oraciones privadas al principio de la misa y durante la comunión.

Con el “amén” después de la colecta termina el rito de entrada. El Amén se encuentra en todas las liturgias sin traducir. Y San Justino lo interpreta con las palabras: “Así se haga, así sea” (Apología 65). Mediante esta palabra el pueblo expresa su asentimiento a lo que acaba de decir en su nombre el celebrante. El que lo dijera todo el pueblo lo atestiguan ya los santos Agustín y Jerónimo. (Patrología Latina, 26 , 355)

N.B.: En el transcurso de la conferencia que el viernes 5 de septiembre, S.E. el cardenal Gottfried Danneels impartió durante el Congreso Litúrgico que tuvo lugar en Barcelona para conmemorar el 50º aniversario del C.P.L., el emérito Arzobispo de Bruselas abogó por la supresión, en una próxima reforma litúrgica, de lo que aún queda de las antiguas “colectas romanas” en el Misal, por ser “propias de una mentalidad jurídica como la mentalidad romana” (sic). La colecta con la que ejemplarizó tal teoría fue precisamente la que he detallado anteriormente, la más perfecta y bella de las antiguas colectas romanas.

También abogó por la supresión de todas las apologías (oraciones que el sacerdote reza en silencio: como la de antes del evangelio o antes de la comunión) por ser restos de la separación entre el “presidente” y la “asamblea. De hecho entra dentro de la lógica de estos “reformadores litúrgicos”, si como confiesa Mons. Piero Marini no existe diferencia ontológica entre el sacerdocio ministerial y el común de los fieles. Ambos serían diversas modalidades de un único sacerdocio de los bautizados. Por ello bromeó sobre la presencia en el Aula de algún miembro de la Congregación para la Doctrina de la Fe, porque bien sabía Marini que la proposición fue condenada por herética en el Concilio de Trento.

fonte:germinansgerminabit.org