domingo, 5 de setembro de 2010

A Preparação do Ministro do Sacrifício


Sendo a missa o sacrifício mais santo, "o sacrifício tremendo" (Con. Trid. de observandis...in Missa) por causa da imolação mística do próprio Filho de Deus, é mister preparar-se o sacerdote para este ato. A preparação remota negativa abrange a imunidade de pecado grave, de censura eclesiástica e de irregularidade. A positiva exige a oração. Em primeiro lugar como meio mais eficaz de nutrir a devoção do celebrante está o ofício litúrgico, matinas e laudes. Deveria ser rara exceção, motivada por ocupação inadiável, o dizer-se a missa sem ter absolvido o breviário.

A preparação próxima deveria incluir a meditação (quanto possível de meia hora). Em todo caso não se omita a preparação contida nos livros litúrgicos. Não haverá outra melhor.
Orações preparatórias acham-se em todas as Liturgias Orientais. A Liturgia Romana não prescreve uma preparação oficial. Nem a que traz o missal é obrigatória. Os seus vestígios remontam ao século IX. Foi inserida no missal por Pio V.

A preparação do missal, que consiste em procurar a fórmula da missa e as orações prescritas (in sacristia...perquirit Missam, perlegit et signacula ordinat, Rit. Cel. 1,1) se faz na sacristia e não no altar. A loção das mãos, desde o século IX. A preparação do cálix, convenientemente feita pelo celebrante. O ato de vestir os paramentos com as orações próprias, para despertar os sentimentos de devoção pelas razões místicas aduzidas.

Para acender as velas começa-se do lado da Epístola pela que está próxima à cruz, e continua-se na mesma ordem. Para apagá-las observa-se a ordem inversa. Começa-se ao lado do Evangelho pela que está mais afastada da cruz.

ORDEM PARA ACENDER AS VELAS

6 5 4 + 1 2 3

ORDEM PARA APAGAR AS VELAS

1 2 3 + 6 5 4

REUS, PE. João Batista. Curso de Liturgia.