sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

L 'eredità di Papa Benedetto XVI che si esprime nelle parole “Rimanete saldi nella fede! Non lasciatevi confondere!” e nel suo epocale Motu Proprio Summorum Pontificum rimane una luce, un incoraggiamento e una consolazione.


Mons. Schneider: "L'eredità del pontificato di papa Benedetto XVI" #benedettoxvi

Riceviamo da S.E.Rev. Mons. Athanasius Schneider e pubblichiamo.
Luigi

L'eredità del pontificato di papa Benedetto XVI

Con la scomparsa di Papa Benedetto XVI molti cattolici hanno sentito di aver perso un punto di riferimento chiaro e sicuro per la loro fede. Si può avere la sensazione di orfani. Possiamo dire che papa Benedetto XVI è stato un papa, che ha posto al centro della sua vita personale e della vita della Chiesa la visione soprannaturale della fede e della perenne validità della sacra Tradizione della Chiesa, che ne costituisce la fonte e il pilastro della nostra fede insieme alla Sacra Scrittura. 

In questo senso l'atto più grande e benefico del suo pontificato è stato il Motu Proprio Summorum Pontificum con il pieno ripristino della tradizionale liturgia latina in tutte le sue espressioni: la santa Messa, i sacramenti e tutti gli altri riti sacri. Questo atto pontificio passerà alla storia come epocale. Papa Benedetto XVI afferma che il rito tradizionale della Santa Messa non è mai stato abrogato e dovrebbe rimanere sempre nella Chiesa, perché ciò che era santo per i nostri antenati e per i Santi deve essere santo anche per noi e per le generazioni future.

In un tempo, come fu dopo il Concilio Vaticano II, in cui vi fu all'interno della Chiesa un movimento quasi generale di rifiuto radicale del millenario rito liturgico della Santa Messa e quindi di rottura con il principio stesso della Tradizione, il pontificato di Benedetto XVI è valso la pena per il solo motivo di aver emanato il Motu Proprio Summorum Pontificum, con il quale ha avuto inizio la guarigione della ferita nel Corpo della Chiesa, ferita provocata dall'atteggiamento di rifiuto e di odio della venerabile e millenaria regola della preghiera della Chiesa.

Nel suo testamento spirituale Papa Benedetto XVI ci ha lasciato tra l'altro la seguente breve frase sostanziale, che considero la più importante di tutte: rimanete saldi nella fede! Non lasciatevi confondere! Assistiamo ai nostri giorni nella vita della Chiesa a un processo di diluizione della fede cattolica e di adattamento allo spirito di eretici, miscredenti e apostati con il nome pretestuoso ed euforico di sinodalità e abusando dell'istituzione canonica di un sinodo. Una tale situazione è demoralizzante per tutti i veri cattolici. 

 Quindi l'eredità di Papa Benedetto XVI che si esprime nelle parole “Rimanete saldi nella fede! Non lasciatevi confondere!” e nel suo epocale Motu Proprio Summorum Pontificum rimane una luce, un incoraggiamento e una consolazione.        Questo papa è stato forte nella fede, vero amante della bellezza e della fermezza incorruttibili del rito tradizionale della Santa Messa, ha dato il primato alla preghiera, alla visione soprannaturale e all'eternità. Questa eredità vincerà grazie all'intervento della Divina Provvidenza, che non abbandona mai la sua Chiesa, l'attuale enorme confusione dottrinale, l'apostasia strisciante soprattutto tra una casta mondana e incredula di teologi, che sono i nuovi scribi e tra un'apostasia strisciante di non pochi membri dell’alto clero, che sono i nuovi sadducei.

Papa Benedetto XVI ha fatto risplendere il suo motto episcopale “Cooperatores veritatis”, cioè collaboratori della verità. Con questo motto vuole dire a ogni fedele cattolico, a ogni sacerdote, a ogni vescovo, a ogni cardinale e anche a papa Francesco: ciò che conta davvero è l'incrollabile fedeltà alla verità cattolica, alla costante e venerabile tradizione liturgica della Chiesa e il primato di Dio e dell'eternità. Che Dio accolga le preghiere e le sofferenze spirituali, che Papa Benedetto XVI ha offerto nella sua vita ritirata, e conceda per il futuro della Chiesa Vescovi e Papi pienamente cattolici e pienamente apostolici. Perché, come disse san Paolo: “Non possiamo fare nulla contro la verità, ma solo per la verità” (2 Cor 13,8).

+ Athanasius Schneider


"Todos somos chamados por Jesus, todos podemos discernir a sua presença, todos podemos experimentar as suas surpresas". São palavras do Papa Francisco

Papa na Epifania: encontrar a grandeza na pequenez que Deus tanto ama

"Todos somos chamados por Jesus, todos podemos discernir a sua presença, todos podemos experimentar as suas surpresas". São palavras do Papa Francisco no Angelus desta sexta-feira, dia 6 de janeiro, Dia dos Reis Magos

Jane Nogara - Vatican News

No Angelus da Solenidade da Epifania, (06/12) o Papa Francisco fala-nos dos Reis Magos que chegando a Belém, oferecem a Jesus ouro, incenso e mirra. Porém continua o Papa, poderíamos dizer que eles, antes de tudo, recebem três dons: três dons preciosos que dizem respeito também a nós.

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Chamado

O primeiro é “o dom do chamado”. “Os Magos”, continua, “deixaram-se maravilhar e disturbar pela novidade da estrela e partiram rumo ao que não conheciam”. Recordando que sendo cultos e sábios, fascinaram-se mais pelo que não sabiam do que pelo que sabiam. “Eles se sentiram chamados a ir além”. E Francisco nos esclarece: “somos chamados a não nos contentarmos, a buscar o Senhor saindo da nossa zona de conforto, caminhando em direção a Ele com os outros, mergulhando-nos na realidade”.

Discernimento

O segundo dom que os Magos nos falam, continua o Papa, é o do discernimento. E explica que foram ao encontro do rei Herodes, e percebendo que este queria usá-los, não se deixaram enganar. “Sabem fazer a distinção entre a meta do percurso e as tentações que encontram pelo caminho”, reiterando em seguida: “Como é importante saber distinguir a meta da vida das tentações do caminho!".

“O discernimento é um grande dom, e nunca se deve cansar de pedi-lo na oração. Peçamos esta graça!”

Surpresa

Por fim, os Magos falam-nos de um terceiro dom: a surpresa.“Depois de uma longa viagem, o que esses homens de alto nível social encontram? Uma criança com sua mãe, certamente uma cena terna, mas não surpreendente!”. E sugere que talvez esperassem um Messias poderoso e prodigioso, e encontram uma criança. “No entanto”, continua, “não pensam ter se enganado, sabem reconhecê-lo. Acolhem a surpresa de Deus e vivem com encanto o encontro com Ele, adorando-o: na pequenez reconhecem o rosto de Deus”.

O dom de saber encontrar a grandeza na pequenez

Por fim Francisco afirma “Humanamente todos somos inclinados a buscar a grandeza, mas é um dom saber encontrá-la verdadeiramente: saber encontrar a grandeza na pequenez que Deus tanto ama. Porque o Senhor se encontra assim: na humildade, no silêncio, na adoração, nos pequenos e nos pobres”.

“Todos somos chamados por Jesus, todos podemos discernir a sua presença, todos podemos experimentar as suas surpresas.”

Hoje seria belo recordar estes dons, que já recebemos: recordar quando percebemos na vida um chamado de Deus; ou quando, talvez depois de tanto esforço, conseguimos discernir sua voz; ou ainda, a uma surpresa inesquecível que Ele nos fez, deixando-nos maravilhados.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O testamento espiritual de Bento XVI



O agradecimento a Deus, a lembrança da família, da Alemanha e da segunda pátria, a Itália constam no testamento espiritual de Bento XVI, que não deixa de ser também uma pequena aula de Teologia. Com uma certeza: "Jesus Cristo é realmente o caminho, a verdade e a vida — e a Igreja, com todas as suas insuficiências, é realmente o Seu corpo".

29 de agosto de 2006

O meu testamento espiritual

Se nesta tarda hora da minha vida olho para as décadas que percorri, como primeira coisa vejo quantas razões tenho para agradecer. Agradeço antes de tudo ao próprio Deus, o dispensador de todo bom dom, que me doou a vida e me guiou através de vários momentos de confusão; levantando-me sempre toda vez que começava a escorregar e dando-me sempre novamente a luz da sua face. Retrospectivamente vejo e compreendo que mesmo os trechos obscuros e cansativos deste caminho foram para a minha salvação e que justamente neles Ele me guiou bem.

Agradeço aos meus pais, que me doaram a vida num tempo difícil e que, a custa de grandes sacrifícios, com o seu amor me prepararam uma magnífica morada que, com sua clara luz, ilumina todos os meus dias até hoje. A lúcida fé de meu pai me ensinou a nós, filhos, a crer, e como indicador sempre foi firme em meio a todas as minhas aquisições científicas; a profunda devoção e a grande bondade de minha mãe representam uma herança à qual jamais poderei agradecer suficientemente. Minha irmã me assistiu por décadas de maneira desinteressada e com afetuoso cuidado; meu irmão, com a lucidez dos seus juízos e a sua vigorosa determinação, sempre me abriu o caminho; sem este seu contínuo preceder-me e acompanhar-me, não poderia ter encontrado o caminho justo.

De coração agradeço a Deus pelos muitos amigos, homens e mulheres, que Ele sempre colocou ao meu lado; pelos colaboradores em todas as etapas do meu caminho; pelos mestres e os estudantes que Ele me deu. Agradecido, confio a todos à Sua bondade. E quero agradecer ao Senhor pela minha bela pátria nos pré-alpes bávaros, na qual sempre vi transparecer o esplendor do próprio Criador. Agradeço às pessoas da minha pátria, porque nelas pude sempre experimentar de novo a beleza da fé. Rezo para que a nossa terra permaneça uma terra de fé e vos peço, queridos compatriotas: não vos distraiais da fé.  E finalmente agradeço a Deus por todo o belo que pude experimentar em todas as etapas do meu caminho, especialmente, porém, em Roma e na Itália, que se tornou a minha segunda pátria.

A todos aqueles que de algum modo tenha cometido um erro, peço perdão de coração.

Aquilo que antes disse aos meus compatriotas, o digo agora a todos aqueles que na Igreja foram confiados ao meu serviço: permanecei firmes na fé! Não vos deixeis confundir! Com frequência, parece que a ciência – as ciências naturais de um lado e a pesquisa histórica (em particular a exegese da Sagrada Escritura) de outro — seja capaz de oferecer resultados irrefutáveis em contraste com a fé católica. Vi as transformações das ciências naturais desde tempos remotos e pude constatar como, ao contrário, tenham desaparecido aparentes certezas contra a fé, demonstrando-se ser não ciência, mas interpretações filosóficas somente aparentemente incumbentes à ciência; assim como, por outro lado, é no diálogo com as ciências naturais que também a fé aprendeu a compreender melhor o limite do alcance de suas afirmações e, portanto, a sua especificidade. São pelo menos 60 anos que acompanho o caminho da Teologia, em especial das Ciências Bíblicas, e com o subseguir-se das várias gerações vi ruir teses que pareciam inabaláveis, demonstrando-se serem simples hipóteses: a geração liberal (Harnack, Jülicher ecc.), a geração existencialista (Bultmann ecc.), a geração marxista. Vi e vejo como do emaranhado das hipóteses tenha emergido e emerja novamente a razoabilidade da fé. Jesus Cristo é realmente o caminho, a verdade e a vida — e a Igreja, com todas as suas insuficiências, é realmente o Seu corpo.

Por fim, peço humildemente: rezem por mim assim que o Senhor, não obstante todos os meus pecados e insuficiências, me acolher nas moradas eternas. A todos aqueles que me são confiados, dia após dia, vai de coração a minha oração,

Benedictus PP XVI