sábado, 25 de outubro de 2008

Eu gosto de referir, a este respeito uma bela consideração do Beato Bartolo Longo: «Tal como dois amigos - escreve ele -, que falam frequentemente juntos, costumam também conformar-se nos costumes, assim também nós , conversando familiarmente com Jesus e a Virgem, ao meditar nos Mistérios do Rosário, e formando uma mesma vida com a Comunhão, podemos tornar-nos, por aquilo que seja capaz a nossa baixeza, semelhantes a eles, e aprender destes altos exemplos o viver humilde, pobre, escondido, paciente e perfeito “.
O Rosário é uma escola de contemplação e silêncio. À primeira vista, pode parecer uma oração que acumula palavras, tão difícil de conciliar com o silêncio que é justamente recomendado para a meditação e contemplação. Na realidade, esta repetição cadenciada da Ave Maria não perturba o silêncio interior, , mas exige-o e alimenta-o. O mesmo acontece com os Salmos quando se reza a Liturgia das Horas, o silêncio aflora através das palavras e as frases, não como um vazio, mas como presença de um significado último que transcende as próprias palavras e em conjunto com elas fala ao coração.