sábado, 25 de outubro de 2008

Papa Bento XVI no Santuário de Pompeia
Domingo, 19 de Outubro de 2008

Antes de entrar no Santuário para rezar o Santo Rosário convosco, parei brevemente diante da urna do beato Bartolo Longo, e rezando eu me perguntava: "Este grande apóstolo de Maria, onde é que buscou a energia e constância necessária para concluir uma obra tão impressionante, que é hoje conhecido em todo o mundo? Não é realmente do Rosário, que ele acolheu como um verdadeiro dom do coração de Nossa Senhora? ". Sim, foi realmente assim! Testemunha-o a experiência dos santos: Esta oração mariana popular é um meio valioso para crescer espiritual na intimidade com Jesus, e aprender, na escola da Virgem Santa, a realizar sempre a vontade divina. É contemplação dos mistérios de Cristo, em união espiritual com Maria, como sublinhou o Servo de Deus Paulo VI, na Carta Apostólica Marialis cultus (No. 46) e, como em seguida o meu venerado predecessor João Paulo II ilustrou amplamente na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae,que hoje idealmente entrego novamente à Comunidade Pompeiana e a cada um de vós.

Vós que morais e trabalhais aqui em Pompeia, sobretudo vós, queridos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos envolvidos nesta única parcela da Igreja, todos sois chamados a fazer vosso o carisma do beato Bartolo Longo e a tornar -vos, na medida e nos modos que Deus concede a cada um, autênticos apóstolos do Rosário.
Mas para ser apóstolos do Rosário, precisamos de fazer a experiência em primeira mão da beleza e da profundidade desta oração, simples e acessível a todos. É necessário primeiro deixar-se conduzir pela mão da Virgem Maria a contemplar o rosto de Cristo: o rosto alegre, luminoso, doloroso e glorioso. Quem, como Maria e junto com Ela, guarda e medita assiduamente os mistérios de Jesus, assimila sempre mais os seus sentimentos e conforma-se com Ele.
Eu gosto de referir, a este respeito uma bela consideração do Beato Bartolo Longo: «Tal como dois amigos - escreve ele -, que falam frequentemente juntos, costumam também conformar-se nos costumes, assim também nós , conversando familiarmente com Jesus e a Virgem, ao meditar nos Mistérios do Rosário, e formando uma mesma vida com a Comunhão, podemos tornar-nos, por aquilo que seja capaz a nossa baixeza, semelhantes a eles, e aprender destes altos exemplos o viver humilde, pobre, escondido, paciente e perfeito “.
O Rosário é uma escola de contemplação e silêncio. À primeira vista, pode parecer uma oração que acumula palavras, tão difícil de conciliar com o silêncio que é justamente recomendado para a meditação e contemplação. Na realidade, esta repetição cadenciada da Ave Maria não perturba o silêncio interior, , mas exige-o e alimenta-o. O mesmo acontece com os Salmos quando se reza a Liturgia das Horas, o silêncio aflora através das palavras e as frases, não como um vazio, mas como presença de um significado último que transcende as próprias palavras e em conjunto com elas fala ao coração.
Assim, recitando a Avé Maria é preciso ter cuidado com que nossas vozes não "cubram" a de Deus, que fala sempre através do silêncio , como “ o sussurro de uma ligeira brisa” (1 Reis 19:12). Como é importante então cuidar este silêncio cheio de Deus na recitação quer pessoal quer na comunitária! Mesmo quando é rezado, como hoje, a partir de grandes assembleias e como cada dia fazeis neste Santuário, é necessário que se perceba o Rosário como oração contemplativa, e isto não pode acontecer sem um clima de silêncio interior.
Gostaria de acrescentar uma outra reflexão sobre a Palavra de Deus no Rosário, particularmente apropriada neste momento em que se desenrola no Vaticano o Sínodo dos Bispos sobre o tema: "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja". Se a contemplação cristã não pode prescindir da Palavra de Deus, também o Rosário, para ser oração contemplativa, deve sempre surgir do silêncio do coração, como resposta à Palavra , sobre o exemplo da oração de Maria.
Decreto do arcebispo de Córdova na Argentina, Mons. Carlos José Ñáñez
Cardeal Cipriani:

”considero que o melhor modo de administrar a Comunhão é sobre a língua, tanto assim que na minha Diocese proibi a comunhão na mão. Perdeu-se a ideia de pecado, como também o Sacrifício da Santa Missa foi maltratado e desprezado por correntes do pensamento, inclusivamente dentro da Igreja, que justificaram e toleraram tudo, criando uma discutível dimensão circular da celebração Eucarística.
Além disso, e creio que isto forma parte das culpas da Cúria romana, depois do Vaticano II houve uma relaxação, sobretudo interpretativa, do Concílio. Nesta situação é necessário urgentemente pôr remédio; Por certo. Os fiéis correm o perigo não só de escandalizar-se mas mesmo de afastar-se da assim chamada Missa-espetáculo, na qual se cometem, em nome da liberdade e da criatividade, toda a espécie de coisas nefandas.”
Papa Bento XVI pretende superar polémicas litúrgicas com a publicação da sua Opera Omnia

Propõe o primado de Deus, na apresentação do primeiro volume

Bento XVI espera que a publicação de sua Opera omnia sirva para superar as dificuldades dos últimos anos com relação às questões litúrgicas. Ele reconhece isso no prefácio do primeiro volume de seus escritos (serão 16), que vão desde as obras que escreveu na universidade até 2005, quando foi eleito bispo de Roma.

«Eu ficaria muito feliz se a nova publicação de meus escritos litúrgicos pudesse contribuir para tornar visíveis as grandes perspectivas de nossa Liturgia, voltando a colocar em seu lugar as míseras e pequenas diatribes sobre as formas exteriores», escreve o Papa na apresentação do primeiro volume, dedicado precisamente à liturgia.

Bento XVI sublinha que começar com a Liturgia, como aconteceu nas sessões de trabalho do Concílio Vaticano II, quer dizer afirmar o primado de Deus.

A Liturgia, escreve, «desde a infância foi a realidade central da minha vida, capaz de responder à pergunta: ‘por que cremos?’».

«Deus acima de tudo», proclama na introdução do prefácio, do qual a Rádio Vaticano publicou uma passagem em italiano. «Onde o olhar sobre Deus não é determinante, todo o demais perde sua orientação».

O pontífice afirma que em um primeiro momento ele havia pensado em eliminar 9 páginas de seu livro «O Espírito da Liturgia. Uma introdução», publicado em 2000, para não voltar a criar polémicas. Essa obra constitui a parte central do primeiro volume.

Infelizmente, recorda, quase todas as resenhas se concentraram somente nessas páginas que falam sobre a orientação do sacerdote durante a Liturgia, como se quisesse voltar a introduzir a prática de que o sacerdote dê «as costas para a assembleia.

Constata com prazer que está abrindo caminho sua sugestão de «não modificar as estruturas, mas simplesmente pôr a Cruz no centro do altar, para que a vejam tanto o sacerdote como os fiéis, para deixar-se conduzir ao Senhor, a quem rezamos todos juntos».

«O conceito pelo qual o sacerdote e a assembleia deveriam ver-se durante a oração se desenvolveu só na época moderna e é totalmente alheio à cristandade antiga», escreve.

De fato, declara, «o sacerdote e a assembleia não rezavam um para o outro, mas dirigidos para o único Senhor».

«Por este motivo, durante a oração, olham na mesma direcção: ou para o Oriente, símbolo cósmico do Senhor que virá, ou – onde isso não for possível – para uma imagem de Cristo na abside, a uma Cruz, ou simplesmente todos juntos para o alto, como fez o Senhor durante a oração sacerdotal na noite anterior à sua Paixão.»

O Santo Padre explica, portanto, muito além das «questões com frequência pedantes sobre uma ou outra forma», a intenção essencial desta obra consiste em enquadrar a Liturgia na «grandeza do cosmos», que «abraça ao mesmo tempo Criação e História», em cujo centro está o Salvador, Jesus Cristo, a quem todos nos dirigimos em oração.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Fraternidade Sacerdotal de S.Pedro (FSSP) celebra em Roma os 20 anos da sua fundação e fá-lo do modo mais solene com as Vésperas solenes e com a Santa Missa Pontifical Tridentina celebrada pelo cardeal Dario Castrillon, que as fotos acima nos mostram .
S. António Maria Claret
cuja festa litúrgica se celebra hoje na Igreja era natural de Sallent (Barcelona). António Maria Claret abandonou aos 22 anos o ofício de tecelão para se dedicar inteiramente à propagação do reino de Deus. Jovem sacerdote, durante 7 anos, percorreu, a pé, a Catalunha inteira propagando a fé em Deus. Depois foi para Barcelona e fundou a editora Livraria Religiosa, que inundou a Espanha com livros e folhetos religiosos. Sua obra missionária não terminou ali; em 16 de julho de 1849, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, foi sagrado arcebispo de Cuba e metropolita de Porto Rico. Em 1857, tornou-se o confessor de Isabel II, empenhando-se em favor da Igreja espanhola. Por ocasião da sua beatificação, em 1934, Pio XI resumiu sua vida, dizendo que Claret foi um apóstolo incansável, um organizador moderno e o grande precursor da Acção Católica. Além de escritor fecundo, compreendeu o imenso valor da imprensa, procurando sempre, sem medir sacrifícios, inová-la com a utilização de máquinas cada vez mais modernas. Foi um entusiasta das grandes tiragens, da difusão em larga escala de opúsculos, folhetos, panfletos...; queria que a imprensa chegasse a todo lugar e a todas as pessoas.

Foi canonizado no dia 7 de maio de 1950. Sua obra permanece hoje nos Missionários Claretianos em cerca de 56 países.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nas fotos a seguir vemos o bispo Don Athanasius Schneider O.R.C. Bispo auxiliar de Karaganda no Cazaguistão o qual recentemente celebrou a Santa Missa de Rito Tridentino em Roma como podemos ver nas fotos. Tal bispo é bastante conhecido pelo seu livro recente "Dominus Est" no qual o autor com coragem e sobretudo muito amor defende a comunhão na boca e de joelhos como vem sendo a prática do nosso Papa Bento XVI.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O padre Joel Wallace , Vigário geral da Confraternidade de Cristo Sacerdote ,fundada na Austrália em 1954 pelo sacerdote redentorista John Whiting fez a quase uma volta ao mundo para se aproximar de vários institutos ou obras que vivem a espiritualidade de Cristo Sacerdote. Em Espanha foi visitar a Fraternidade de Cristo Sacerdote e Maria Rainha nos dias 20 e 22 de Outubro de que a seguir damos algumas imagens. Tal sacerdote também passou por Fátima onde visitou os Cónegos Regrantes da Santa Cruz , ordem portuguesa fundada em Coimbra por S.Teotónio, o primeiro Santo português canonizado e à qual pertenceu S.António de Lisboa nos primeiros anos da sua vida consagrada como religioso antes de se ter feito franciscano.

“É em Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, que está a fonte da vida cristã.Do seu sacerdócio nós vivemos, nos nutrimos e, por meio dele, obtemos todas as graças necessárias para conseguir alcançar a meta da nossa santificação.
A espiritualidade sacerdotal é o fundamento da espiritualidade de todos os membros da Fraternidade de Cristo Sacerdote e Santa Maria Rainha. Cada um, segundo o seu estado de vida, há-de procurar vivê-la com toda a radicalidade. Isto fará possível também uma vivência mais perfeita do carácter profético e real recebido no Baptismo, assim como do dom de sermos verdadeiras testemunhas de Cristo com o qual fomos enriquecidos na Confirmação”.
D. Manuel Folgar

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Papa Bento XVI põe o mundo nas mãos de Maria em Pompéia

Bento XVI pôs neste domingo, 19 de Outubro de 2008, o mundo nas mãos de Maria, ao visitar o Santuário de Pompéia, no sul da Itália.
Um dos momentos culminantes da décima segunda viagem pastoral à Itália foi vivido quando, após ter celebrado a Eucaristia na praça do Santuário, dirigiu a Súplica a Nossa Senhora do Rosário, escrita pelo beato Bartolo Longo, em 1883.
«Piedade hoje imploramos pelas nações desencaminhadas, por toda Europa, por todo o mundo, para que, arrependido, volte a teu Coração. Misericórdia para todos, Mãe de Misericórdia», diz a oração.
«Se tu não quisesses nos ajudar, porque somos filhos ingratos e não merecemos teu amparo, não saberíamos a quem nos dirigir».
Na continuação, como gesto de amor filial, ofereceu a Nossa Senhora uma Rosa de Ouro.
O Papa, que chegou de helicóptero desde o Vaticano, foi acolhido às dez horas da manhã no Santuário por cerca de 50 mil fiéis em festa pela terceira visita de um sucessor de Pedro.
Pompéia foi destruída pela lava e a chuva de cinzas em 24 de agosto do ano 79 d.c., durante a erupção do Vesúvio.
A nova Pompéia se erigiu 1796 anos depois, respondendo à promessa efetuada em 1872 pelo advogado leigo Bartolo Longo, de construir uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário.
O Santuário alberga uma imagem da Virgem à qual se atribuem centenas de milagres e curas.
Na homilia da celebração eucarística, o Papa evocou a figura do beato Longo, que, como São Paulo, havia perseguido a Igreja, quando era «um militante anti-clerical, que praticava inclusive o espiritismo e a superstição».
Um homem que mudou radicalmente porque encontrou o «verdadeiro rosto de Deus», transformando o deserto no qual vivia.
«Onde chega Deus, o deserto floresce! Também o beato Bartolo Longo, com sua conversão pessoal, deu testemunho desta força espiritual que transforma o homem interiormente e o faz capaz de fazer grandes coisas segundo o desígnio de Deus».
«Esta cidade por ele fundada é, portanto, uma demonstração histórica sobre como Deus transforma o mundo: enchendo de caridade o coração do homem», explicou.
«Aqui, em Pompéia, se compreende que o amor por Deus e o amor pelo próximo são inseparáveis», sublinhou.
«Aqui, aos pés de Maria, as famílias voltam a encontrar ou reforçam a alegria do amor que as mantém unidas».
O segredo de Pompéia, segundo o Papa, é o Rosário: «Esta oração nos leva, através de Maria, a Jesus».
«O Rosário é oração contemplativa, acessível a todos: grandes e pequenos, leigos e clérigos, cultos ou pouco instruídos».
«O Rosário é “arma” espiritual na luta contra o mal, contra a violência, pela paz nos corações, nas famílias, na sociedade e no mundo», assegurou.

domingo, 19 de outubro de 2008

A Fraternidade de S.Pedro celebra 20 anos de fundação este ano e são numerosos os frutos ,o que mostra que tem sido abençoada por Deus.

Origem da Fraternidade

A Fraternidade Sacerdotal São Pedro é uma sociedade clerical de vida apostólica de direito pontifício. Esta comunidade de padres católicos, sem votos religiosos, trabalha por uma missão no mundo. Esta missão é dupla : primeiro, a formação e a santificação dos padres no quadro da liturgia tradicional do rito Romano ; segundo, a ação pastoral destes padres sobre o mundo, ao serviço da Igreja.

A Fraternidade foi fundada no dia 18 de julho de 1988 na abadia de Hauterive (Suiça) por uma dezena de padres e alguns seminaristas. Pouco tempo depois de sua fundação e graças à ajuda do Cardeal Ratzinger, ela foi acolhida por Mons. Joseph Stimpfe, bispo de Augsburgo (Alemanha) em Wigratzbad, santuário mariano bávaro. E lá que se encontra hoje o seminário europeu da Fraternidade São Pedro. Esta Fraternidade hoje conta com 140 padres e 120 seminaristas.
A formação

A Fraternidade São Pedro dispõe de duas casas de formação : a primeira em Wigratzbad, (Alemanha) a segunda em Denton , nos Estados Unidos (estado de Nebraska). Estes dois seminários são organizados segundo as normas em vigor da Igreja concernindo a formação sacerdotal. Os candidatos seguem um ano de preparação espiritual antes de começar o ciclo de filosofia (dois anos), depois o de teologia (quatro anos). Durante estes anos de orações, estudos e de vida comunitária, o candidato ao sacerdócio adquire progressivamente uma maturidade humana, uma disciplina pessoal e uma maior união ao Cristo. A vida espiritual destes dois seminários é centrada sobre o Santo Sacrifício da Missa, realizando assim esta observância fiel das « tradições litúrgicas e espirituais » conforme as observâncias do Motu proprio "Ecclesia Dei adflicta" do dia 2 de julho de 1988, que é a origem da fundação da Fraternidade (constituições,Art. 8).
A acção pastoral

Depois deste tempo de formação, os padres da Fraternidade são enviados - sob a direcção do bispo do lugar e em acordo com as constituições próprias da Fraternidade - para diversos apostolados, na França, na Alemanha, na Suiça, na Áustria, na Itália, na Inglaterra, nos Estados Unidos, no Canada, e depois de algum tempo na Nigéria. Aonde é possível, estes padres vivem em pequenas comunidades ; eles trabalham então para difundir a fé pela predicação, o catecismo, a educação da juventude (escola, escutismo,…) organização de peregrinações e de retiros, etc. Eles administram os sacramentos utilizando os livros litúrgicos de 1962, em pleno acordo com a Santa Sé.