sábado, 20 de fevereiro de 2010

Cardeal Darío Castrillón:O Rito Gregoriano é hoje um rito litúrgico vivo, o qual continuará seu progresso sem perder nenhuma de suas riquezas...


Desde o nosso Blog Missa Tridentina em Portugal queremos unir-nos em espírito a Sua Eminência o Cardeal Darío Castrillón pelo seu amor e zelo em prol do fomento da Missa Tridentina no mundo dando assim cumprimento ao Motu Proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI que foi publicado a 7 de Julho de 2007.
Conhecemos o seu zelo incansável e dele ainda esperamos novos frutos já que nos prometeu que vai escrever um livro sobre a Missa Tridentina, que Deus o inspire e o siga iluminando no seu apostolado sacerdotal e Ad Multos Annos...

O Rito Gregoriano é hoje um rito litúrgico vivo, o qual continuará seu progresso sem perder nenhuma de suas riquezas, amparado na tradição.



Párocos e bispos "devem aceitar" os pedidos dos Católicos que pedirem a antiga forma da Missa (em latim ). Este é o "expresso desejo do Papa, "legalmente estabelecido", o qual "deve ser respeitado tanto pelos superiores eclesiásticos como pelos ordinários locais", insistiu. O Cardeal Castrillón continuou, afirmando que "todos os seminários" devem prover treinamento na outra forma da Missa "como um hábito".

Cardeal Dário Castrillon Hoyos – Cardeal encarregado pela implementação da liberalização da Missa Latina e dos outros ritos como eram celebrados antes do Concílio Vaticano II, feita pelo Papa Bento XVI – fez estas observações no prefácio da próxima edição do livro "As Cerimónias do Rito Romano Descritas", o manual inglês padrão a respeito de como celebrar os ritos antigos, lançado ontem.

O Cardeal Castrillón comentou o livro, – 50ª edição, desde que foi publicado pelo Padre inglês Dr. Adrian Fortescue, em 1917 – editado pelo distinto estudioso liturgista Dr. Alcuin Reid, como "uma fonte confiável para a preparação e celebração dos ritos litúrgicos", que o Papa Bento "autoritativamente decretou que podem ser livremente usados". Espera-se que a obra seja publicada pela Continuum/Burns & Oates pelo fim de 2008.



Alcuin Reide, falando de Londres, disse: "A honra do Cardeal ter concordado com este livro demonstra e dá ênfase à importância da antiga forma da Missa e dos sacramentos na renovação geral do Papa Bento na vida litúrgica da Igreja Católica". Ele continua: "Nós estamos em um momento crítico na história da liturgia, e a retirada das restrições da celebração dos antigos ritos, possibilita que estes contribuam com a devoção Católica através do mundo, e reforçam a sua qualidade.

O Director de Publicações de Londres da Continuum, Robin Baird-Smith, acrescentou: "Nós estamos encantados com o fato deste título ter retornado à impressão da 'Burns & Oates', e de uma obra tão importante para estes tempos estar sendo publicada".
Adrian Fortescue, J.B. & Alcuin Reid, "As Cerimónias do Rito Romano Descritas" será publicado em Outubro de 2008 no Reino Unido e em Dezembro de 2008 nos EUA.



Da nova edição do "Cerimónias", eis o prefácio do Cardeal Castrillon Hoyos:

É um prazer para mim apresentar esta 50ª edição de "As Cerimônias do Rito Romano Descritas", a primeira edição desde que o Motu Proprio de nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, Summorum Pontificum, datado de 07 de Julho de 2007, esclareceu definitivamente que os ritos de acordo com os livros litúrgicos em uso em 1962 nunca foram ab-rogados, e que constituem verdadeiramente um tesouro que pertence à toda a Igreja Católica e devem estar disponíveis largamente a todos os fiéis Cristãos.



Está claro, agora, que os Católicos têm um direito jurídico aos antigos ritos litúrgicos, e que os párocos e bispos devem aceitar tais petições e pedidos dos fiéis que pedem por estes ritos. Este é o desejo expresso do Romano Pontífice, legalmente estabelecido no Summorum Pontificum, de forma que deve ser respeitado tanto pelos superiores eclesiásticos como pelos ordinários locais.

O Santo Padre está satisfeito com a generosa resposta à sua iniciativa, pelos vários padres que se dispuseram a aprender novamente os ritos e cerimônias do Santo Sacrifício da Missa e dos outros sacramentos, conforme o Usus Antiquor, de forma que possam servir às pessoas que o desejam. Eu encorajo os padres a fazerem isso, em espírito de generosidade pastoral e amor pelo patrimônio litúrgico do Rito Romano.



Os seminaristas, como parte de sua formação em liturgia da Santa Igreja, devem também se familiarizar como tal uso do Rito Romano, não somente para servir às pessoas de Deus que requisitarem esta forma da devoção Católica, mas também para ter uma profunda apreciação da formação dos livros litúrgicos em vigor hoje em dia. A partir disso, todos os seminários devem prover tal tipo de treinamento como um hábito.

O presente livro, um guia clássico para a celebração do antigo Rito Gregoriano da Igreja no mundo anglofono, servirá aos sacerdotes e seminaristas do século XXI – da mesma forma que serviu vários sacerdotes do século XX – em sua missão pastoral, a qual agora necessariamente inclui a familiaridade com a abertura ao uso da antiga forma da Sagrada Liturgia.

Eu felizmente exalto esta obra ao clero, seminaristas e leigos, como uma ferramenta confiável para a preparação e celebração dos ritos litúrgicos autoritativamente garantidos pelos Santo Padre no Summorum Pontificum.



Eu felecito o distinto estudioso liturgista,Dr. Alcuin Reid, pelo seu cuidado e precisão em assegurar que sua edição revisada, estivesse de acordo com as últimas decisões autoritativas referentes a estes ritos litúrgicos. Como o Papa Bento XVI escreveu em sua carta que acompanhou o Summorum Pontificum: "Na história da liturgia há um crescimento e progresso, mas não ruptura". O Rito Gregoriano é hoje um rito litúrgico vivo, o qual continuará seu progresso sem perder nenhuma de suas riquezas, amparado na tradição.

Em que o Santo Padre continuou: "Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo considerado prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar". Que este livro ajude a Igreja de hoje e de amanhã a realizar a visão do Papa Bento XVI.

Card. Darío Castrillón:Con el motu proprio Summorum Pontificum quedó permitida, o más que permitida ofrecida, a todos los sacerdotes del mundo la misa


*Declaraciones de Su Eminencia Reverendísima a RCN Radio de Colombia:

“ Con el motu proprio Summorum Pontificum quedó permitida, o más que permitida ofrecida, a todos los sacerdotes del mundo la misa del rito anterior. Todo sacerdote tiene derecho; el obispo no puede impedir que los sacerdotes celebren en el rito antiguo, y en las casas religiosas no se puede impedir. Y a petición de un grupo de fieles se debe ofrecer la misa.”
Publicado por Fraternidad de Cristo Sacerdote y Santa María Reina

Parabéns a Sua Eminência Cardeal Darío Castrillón pelos seus 80 anos



Em 7 de julho finalmente foi publicado o motu proprio Summorum pontificum, de Bento XVI, que, na prática, libera o uso do Missal Romano de 1962. O motu proprio, que entrará em vigor em 14 de setembro, estabelece que o Missal Romano promulgado por Paulo VI em 1970 é a expressão ordinária da lex orandi da Igreja Católica de rito latino. Assim, o Missal promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo bem-aventurado João XXIII deve ser considerado uma forma extraordinária. Dessa forma, não se cria uma espécie de divisão na “lei da fé”, já que são “dois usos do único rito romano”. É lícito, portanto, celebrar a missa de acordo com a edição típica do Missal Romano de 1962. Para que isso aconteça, o motu proprio de Bento XVI indica novas regras, que substituem as estabelecidas pelos documentos anteriores, Quattuor abhinc annos, de 1984, e Ecclesia Dei, de 1988, por meio dos quais se concedia o indulto que permitia a celebração da chamada missa tridentina, mas só mediante prévia autorização do bispo local. A partir de 14 de setembro, nenhum pároco ou reitor poderá impedir que em sua igreja seja celebrada a missa de São Pio V, desde que os fiéis que a pedirem contem com um sacerdote disposto a fazê-lo, e que este seja idôneo e não impedido juridicamente. Mas não é só. O motu proprio estabelece também que o pároco possa permitir o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do batismo, da confissão, do matrimônio e da unção dos enfermos. Aos ordinários (bispos e superiores religiosos) concede-se também a faculdade de celebrar o sacramento da crisma nesse rito.
O documento é acompanhado de uma carta, endereçada aos bispos do mundo inteiro, na qual, entre outras coisas, Bento XVI frisa que “não há contradição alguma entre as duas edições do Missale Romanum”. E lembra que na “história da liturgia há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura”, sublinhando que o que para as gerações anteriores era santo “não pode de repente ser completamente proibido ou até considerado danoso”.
30Dias pediu ao cardeal Darío Castrillón Hoyos, colombiano, presidente da Pontifícia Comissão “Ecclesia Dei” desde 2000 (e também ex-prefeito da Congregação para o Clero, que dirigiu de 1996 a 2006), que explicasse os conteúdos mais importantes do motu proprio Summorum pontificum.

Eminência, qual é o sentido desse motu proprio que libera o uso do chamado Missal de São Pio V?
DARÍO CASTRILLÓN HOYOS: Quando, após o Concílio Vaticano II, ocorreram mudanças na liturgia, grupos consistentes de fiéis leigos e também de eclesiásticos se sentiram incomodados, porque tinham uma forte ligação com a liturgia que já vigorava havia séculos. Penso nos sacerdotes que durante cinqüenta anos haviam celebrado a chamada missa de São Pio V e que, de uma hora para outra, viram-se obrigados a celebrar uma outra; penso nos fiéis que estavam acostumados com o velho rito havia gerações; penso ainda nas crianças, como os coroinhas, que de repente ficaram embaraçadas ao servirem à missa com o Novus ordo. Houve um mal-estar em vários níveis. Para alguns, o problema era também de natureza teológica, pois consideravam que o rito antigo expressava o sentido do sacrifício melhor do que o rito que era introduzido. Outros, até por razões culturais, lembravam com saudade o gregoriano e as grandes polifonias, que eram uma riqueza da Igreja latina. Para agravar isso tudo, as pessoas que se sentiam incomodadas atribuíam as mudanças ao Concílio, quando, na realidade, o Concílio por si mesmo não havia nem pedido nem estabelecido os detalhes dessas mudanças. A missa que os padres conciliares celebravam era a missa de São Pio V. O Concílio não havia pedido a criação de um novo rito, mas um uso mais amplo da língua vernácula e uma maior participação dos fiéis.
Concordo, era esse o ar que se respirava há quarenta anos. Mas a geração que manifestou aquele mal-estar não está mais presente. E não é só isso: o clero e o povo também se acostumaram ao Novus ordo, e, na esmagadora maioria dos casos, se sentiram muito bem com ele...
CASTRILLÓN HOYOS: Isso é verdade para a esmagadora maioria, por mais que muitas dessas pessoas nem saibam o que se eliminou com o abandono do rito antigo. Mas nem todas se acostumaram com o novo rito. Curiosamente, nas novas gerações, tanto de clérigos quanto de leigos, parece florescer também um interesse e uma estima pelo rito anterior. E são sacerdotes e simples fiéis que muitas vezes não têm nada a ver com os chamados lefebvrianos. Esses são fatos da vida da Igreja, aos quais os pastores não podem continuar surdos. Foi por isso que Bento XVI, que é um grande teólogo, com uma profunda sensibilidade litúrgica, decidiu promulgar o motu proprio.
Mas já não havia um indulto?
CASTRILLÓN HOYOS: Sim, já havia um indulto, mas João Paulo II mesmo entendeu que o indulto não tinha sido suficiente. Primeiro, porque alguns sacerdotes e bispos relutavam em aplicá-lo. Mas, sobretudo, porque os fiéis que desejam celebrar com o rito antigo não devem ser considerados de segunda categoria. São fiéis aos quais se deve reconhecer o direito de assistir a uma missa que alimentou o povo cristão por séculos, que alimentou a sensibilidade de santos como São Filipe Néri, Dom Bosco, Santa Teresinha do Menino Jesus, o bem-aventurado João XXIII e o próprio servo de Deus João Paulo II, que, como eu já disse, entendeu o problema do indulto e, portanto, já tinha em mente ampliar o uso do Missal de 1962. Devo dizer que, nos encontros com os cardeais e com os chefes dos organismos vaticanos nos quais se discutiu sobre essa medida, as resistências foram realmente mínimas. O papa Bento XVI, que acompanhou o processo desde o início, deu este passo importante que seu grande predecessor já havia imaginado. É uma medida petrina tomada por amor a um grande tesouro litúrgico, como a missa de São Pio V, e também pelo amor de um pastor por um considerável grupo de fiéis.
Mas não faltaram resistências, até de expoentes do episcopado...
CASTRILLÓN HOYOS: Resistências que, na minha opinião, derivam de dois erros. A primeira avaliação errada é dizer que se trata de um retorno ao passado. Não é isso. Mesmo porque nada se tira do Novus ordo, que continua a ser o modo ordinário de celebrar o único rito romano; o que se dá é a liberdade, a quem quiser, de celebrar a missa de São Pio V como forma extraordinária.
Esse é o primeiro erro daqueles que se opuseram ao motu proprio. E o segundo?
CASTRILLÓN HOYOS: Achar que ele diminui o poder episcopal. Isso não é verdade. O Papa não mudou o Código de Direito Canônico. O bispo é o moderador da liturgia em sua diocese. Mas a Sé Apostólica tem a competência de ordenar a liturgia sagrada da Igreja universal. E um bispo deve agir em harmonia com a Sé Apostólica e garantir os direitos de cada fiel, inclusive o direito de participar da missa de São Pio V, como forma extraordinária do rito.

Apesar disso, houve quem afirmasse que, com esse motu proprio, Ratzinger “zomba do Concílio” e “dá uma bofetada” em seus antecessores Paulo VI e João Paulo II...
CASTRILLÓN HOYOS: Bento XVI segue o Concílio, que não aboliu a missa de São Pio V nem pediu que o fizessem. E segue o Concílio, que recomendou ouvir a voz e os desejos legítimos dos fiéis leigos. Quem afirma essas coisas deveria ver as milhares de cartas que chegaram a Roma para pedir a liberdade de assistir a missa a que cada um se sente mais ligado. E o Papa não se contrapõe a seus antecessores, que são amplamente citados tanto no motu proprio quanto na carta que a acompanha. Em alguns casos, o papa Montini concedeu de imediato a possibilidade de celebrar a missa de São Pio V. João Paulo II, como eu já disse, queria preparar um motu proprio semelhante ao que hoje foi publicado.
Chegou-se a temer também que uma pequena minoria de fiéis pudesse impor a missa de São Pio V a toda a paróquia?
CASTRILLÓN HOYOS: Quem disse isso obviamente não leu o motu proprio. É claro que nenhum pároco será obrigado a celebrar a missa de São Pio V. Só que, se um grupo de fiéis, tendo um sacerdote disponível para fazê-lo, pedir que essa missa seja celebrada, o pároco ou o reitor da igreja não poderá se opor. Obviamente, se houver dificuldades, caberá ao bispo fazer que tudo transcorra num clima de respeito e, eu diria, de bom senso, em harmonia com o Pastor universal.
Mas não existe o risco de que, com a introdução de duas formas no rito latino, a ordinária e a extraordinária, possa haver uma confusão litúrgica nas paróquias e nas dioceses?
CASTRILLÓN HOYOS: Se as coisas forem feitas com bom senso, simplesmente, não se correrá esse risco. Além do mais, já há dioceses em que se celebram missas em vários ritos, uma vez que existem comunidades de fiéis latinos, greco-latinos ucranianos ou rutenos, maronitas, melquitas, siro-católicos, caldeus, etc. Penso, por exemplo, em algumas dioceses dos Estados Unidos, como Pittsburgh, que vivem essa legítima variedade litúrgica como uma riqueza, não como uma tragédia. E existem também paróquias que acolhem ritos diferentes do latino, entre outras as de comunidades ortodoxas ou pré-calcedonianas, sem que isso suscite escândalo. Não vejo, portanto, o risco de haver confusões. Contanto, é claro, que tudo se desenvolva com ordem e respeito mútuo.
Há ainda quem considere que esse motu proprio atente contra o caráter unitário do rito, que seria um desejo dos padres conciliares...
CASTRILLÓN HOYOS: Admitindo em primeiro lugar que o rito romano continua a ser único, mesmo podendo ser celebrado de duas formas, tomo a liberdade de recordar que nunca houve um rito único para todos na Igreja latina. Hoje, por exemplo, existem todos os ritos das Igrejas orientais em comunhão com Roma. E mesmo no rito latino existem outros ritos além do romano, como o ambrosiano ou o moçárabe. A própria missa de São Pio V, quando foi aprovada, não anulou todos os ritos anteriores, mas apenas aqueles que não contavam com pelo menos dois séculos de antiguidade...
E a missa de São Pio V? Ela nunca foi abolida no Novus ordo?
CASTRILLÓN HOYOS: O Concílio Vaticano II não a aboliu, nem depois nunca houve nenhuma medida efetiva que estabelecesse sua abolição. Portanto, formalmente, a missa de São Pio V nunca foi abolida. De certa forma, é surpreendente que aqueles que se dizem intérpretes autênticos do Vaticano II dêem a ele uma interpretação, no campo litúrgico, tão restritiva e pouco respeitadora da liberdade dos fiéis, fazendo que esse Concílio, além de tudo, pareça mais coercitivo ainda que o Concílio de Trento.
No motu proprio não se estabelece um número mínimo de fiéis necessários para que se peça a celebração da missa de São Pio V. Mas há algum tempo vazou uma notícia de que se pensava num mínimo de trinta fiéis...
CASTRILLÓN HOYOS: Essa é a prova cabal de como se divulgaram muitas pseudonotícias sobre o motu proprio semeadas por pessoas que nem haviam lido os esboços ou que, por interesses próprias, queriam influenciar sua elaboração. Eu acompanhei todo o processo até a redação final e, que eu me lembre, em nenhum esboço jamais apareceu qualquer limite mínimo de fiéis, nem de trinta, nem de vinte, nem de cem.

Por que se optou por apresentar o texto do motu proprio antecipadamente a alguns eclesiásticos, em 27 de junho?
CASTRILLÓN HOYOS: O Papa não podia chamar todos os bispos do mundo, por isso convocou alguns prelados, por diferentes motivos particularmente interessados na questão, que representassem todos os continentes. Apresentou o texto a eles, dando-lhes a possibilidade de fazerem observações. Todos os participantes puderam falar.
À luz desse encontro, houve alguma variação no texto do motu proprio que havia sido aprontado?
CASTRILLÓN HOYOS: Foram solicitadas e introduzidas pequenas variações lexicais, não mais que isso.
Que perspectivas o motu proprio pode abrir em relação aos lefebvrianos?
CASTRILLÓN HOYOS: Os seguidores de dom Lefebvre sempre pediram que todo sacerdote pudesse celebrar a missa de São Pio V. Hoje, essa faculdade é oficial e formalmente reconhecida. Por outro lado, o Papa frisa que a missa que nós todos oficiamos todos os dias, a do Novus ordo, continua a ser a forma ordinária de celebrar o único rito romano. E, assim, sublinha que não se pode negar nem o valor nem muito menos a validade do Novus ordo. Isso deve ser claro.
O motu proprio aumentará a responsabilidade de “Ecclesia Dei”?
CASTRILLÓN HOYOS: Esta Comissão foi fundada para reunir os leigos e os eclesiásticos que abandonaram o movimento lefebvriano depois das consagrações episcopais ilegítimas. De fato, ela depois trabalhou também por um diálogo com a própria Fraternidade de São Pio X, na perspectiva de uma plena comunhão. Hoje, o motu proprio se dirige a todos os fiéis ligados à missa de São Pio V, e não apenas aos de proveniência, por assim dizer, lefebvriana. E isso obviamente pressupõe para nós um trabalho muito mais amplo.
fonte:30 giorni

EL CARDENAL CASTRILLÓN CUMPLE OCHENTA AÑOS

EL CARDENAL CASTRILLÓN (1).
Dios premie al cardenal todos sus esfuerzos y su trabajo en pro de la Iglesia. Ha anunciado que seguirá viviendo en el Vaticano y va a escribir un libro dedicado a la Forma Extraordinaria, además de dar conferencias y seminarios sobre la misma, y colaborará en parroquias. Como él dice: "uno no se jubila cuando está comprometido con Cristo".

EL CARDENAL CASTRILLÓN CUMPLE
OCHENTA AÑOS (2).

Monseñor Castrillón Hoyos declara que ha cumplido los tres objetivos que se propuso en Ecclesia Dei: "Que todos los sacerdotes del mundo pudieran celebrar la Misa libremente; que se liberara el rito antiguo sin oponerle el nuevo y sin que fuera obligatorio; y levantar la excomunión de los obispos lefebvrianos y acercarlos a la Iglesia".

Fonte:una voce málaga

Cardeal Dario Castrillon : A Missa Tridentina é uma oferta generosa do Vigário de Cristo que quer pôr à disposição da Igreja todos os tesouros


Cardeal Dario Castrillon
Trata-se pelo contrário de uma oferta generosa do Vigário de Cristo que, como expressão de sua vontade pastoral, quer pôr à disposição da Igreja todos os tesouros da liturgia latina que durante séculos nutriu a vida espiritual de tantas gerações de fiéis católicos. O Santo Padre quer conservar os imensos tesouros espirituais, culturais e estéticos ligados à liturgia antiga.

A recuperação desta riqueza se une à não menos preciosa da liturgia atual da Igreja.Por estas razões o Santo Padre tem a intenção de estender a toda a Igreja latina a possibilidade de celebrar a Santa Missa e os Sacramentos segundo os livros litúrgicos promulgados pelo Beato João XXIII em 1962. Por esta liturgia, que nunca foi abolida, e que , como dissemos, é considerada um tesouro, existe hoje um novo e renovado interesse e, também por esta razão o Santo Padre pensa que chegou o tempo de facilitar, como o quis a primeira Comissão Cardinalícia em 1986, o acesso a esta liturgia fazendo dela uma forma extraordinária do único rito Romano.

Cardeal Castrillón: Dijo a respecto del Rito Gregoriano o Forma Extraordinaria del Rito Romano que ...


Card. Darío Castrillón a RCN: "El Santo Padre no me ha pedido el cargo"

Así lo expresó el cardenal colombiano, presidente de la Comisión Pontificia "Ecclesia Dei", en diálogo desde la Santa Sede, al referirse a algunas versiones según las cuales el Sumo Pontífice le habría pedido su renuncia.

"Es la primera noticia. Que yo sepa, por lo menos el papa Benedicto XVI no me ha destituido... Seguramente, puede ser que no haya llegado la carta, pero en lo absoluto el Santo Padre no me ha pedido el cargo", precisó.

Monseñor Castrillón reiteró que "hasta ahora ésa es la noticia que me están dando desde Colombia..." Pero "todo es posible", anotó.

El prelado de la Iglesia Católica señaló que, "al contrario, estamos haciendo un trabajo difícil. Hay un problema que no tenía que ver con el trabajo nuestro, como es el hecho de que una persona cuando todavía no estaba con nosotros, hubiera hecho unas declaraciones como las que formuló monseñor (Richard) Williamnson en Canadá en 1989", subrayó.


Dijo a respecto del Rito Gregoriano o Forma Extraordinaria del Rito Romano que "éste es un proceso distinto, que tiene que ver con una de las sensibilidades mayores del Papa que es promover la liturgia gregoriana, como una liturgia de gran contenido teológico, espiritual e inclusive artístico, y él quiere conservarlo para la Iglesia. En eso estamos trabajando", sostuvo.

Y acrescentó volviendo a hablar de los lefebvristas, de su relación con Ecclesia Dei y la Congregación para la Doctrina de la Fe: “en ellos hay gente muy difícil. Hoy no más, leía yo una carta de algunos que son prácticamente sedevacantistas, o sea que creen que el Papa no es legítimo. Hay dentro de esa galaxia algunos pequeños grupúsculos que son exagerados”.

Escuche el diálogo con monseñor Castrillón

Fuente: RCN

Cardeal Dario Castrillon : esperamos muito do seu amor à Missa Tridentina



Foto: AP

El Cardenal Dario Castrillon Hoyos fue uno de los primeros latinoamericanos designados por Juan Pablo II para trabajar en la Curia Romana.

Permanecía en el Vaticano desde hace más de 20 años, cuando el papa Juan Pablo II lo llevó a trabajar a su lado.

El sacerdote, nacido en Medellín el 4 de julio de 1929, fue uno de los primeros obispos latinoamericanos en llegar a la curia romana.

Aunque no ha recibido la notificación oficial de su culminación de labores por parte de Benedicto XVI, él ya sabe que su trabajo en la comisión que venía presidiendo, la Ecclesia Dei, se termina hoy.

Y aunque seguirá siendo cardenal, no podrá votar en el cónclave o, mejor, en la elección de un nuevo Papa.

Sin embargo, en diálogo telefónico con EL TIEMPO desde Roma, aclaró que esto no equivale a un retiro definitivo. Vivirá en Roma, aunque -dice-, tendrá más tiempo para venir a Colombia, escribirá un libro sobre el antiguo rito católico y dictará cursos. Y lo más importante, según él, volverá a las parroquias.

Y ahora, ¿a qué piensa dedicarse?

Voy a terminar un libro que empecé a preparar sobre el antiguo rito gregoriano y varias conferencias y seminarios sobre ese tema. Y volveré al trabajo en las parroquias, que es lo más gratificante.

¿Y dónde va a vivir?

Seguiré acá en el Vaticano. Sigo siendo cardenal, lo que pasa es que ya no tengo que 'marcar tarjeta'. Seguiré en Roma, pero tendré más tiempo para ir a Colombia.

¿Y cómo se siente?

Feliz de que el Señor me haya permitido llegar con buena salud a esta edad. Me siento feliz de los proyectos que saqué adelante. No pienso en el cuarto de hora pasado, pienso en el cuarto de hora que viene. Uno no se jubila cuando está comprometido con Cristo.

¿Y cuáles fueron esos proyectos?

En Ecclesia Dei me propuse tres cosas y las pude cumplir. Primero, que todos los sacerdotes del mundo pudieran celebrar la misa libremente, que se liberara el rito antiguo sin oponer lo nuevo y sin que fuera obligatorio. Segundo, hacer conocer la riqueza de ese rito, y tercero, levantar la excomunión de los obispos lefebvrianos y acercarlos de nuevo a la la Iglesia.

¿Cómo terminó el escándalo por este último tema?

Fue transitorio, pero hizo mucho daño. A ellos (los lefebvrianos) los excomulgaron porque fueron ordenados sin permiso, no por otra cosa. Cuando se levantó la excomunión aparecieron las declaraciones, equivocadas, de monseñor Williamson, quien negó el holocausto nazi. Pero una cosa no tuvo que ver con otra.

En ese momento se especuló que las relaciones con el Papa se fraccionaron...

¡Para nada! Mis relaciones con el Santo Padre han sido muy buenas siempre y siguen siendo así.

¿Qué le faltó hacer?

Ver que todo el mundo se convierta, que vaya a misa y se confiese; que todos los hogares sean bendecidos por Dios.

fonte:el tiempo

Todos estes artigos foram publicados no nosso Blog :Missa Tridentina em Portugal" como homenagem ao Apóstolo da Missa Gregoriana no seu 80 º Aniversário a 04/07/2009

A beleza, a determinação, a cobardia e a anestesia

Manifestação pela Família e pelo Casamento


1. Perante aqueles milhares de pessoas rodeadas de alegria, aquela que se exprime e brota dos vínculos esponsais, paterno/maternais e filiais, isto é, dos laços de amor de uma família verdadeira, apetecia exclamar com a simplicidade que o faz o nosso povo: coisa linda! Que beleza! Não havia ódio nem crispação naqueles rostos bondosos e joviais que se preparavam, na praça do Marquês de Pombal, para o desfile pela avenida da Liberdade até à praça dos Restauradores. Estavam ali avós de cabeças nevadas, muitos filhos casados e ranchadas de netos. Sentia-se, apesar do frio e do vento cortante, um ambiente de família alargada à lareira em noite de consoada. Era uma intimidade cúmplice e confiante de quem, apesar de estar alerta por saber que há um assédio de alcateia que quer arrombar, dilacerar e devorar, se ampara mutuamente. Pouco mais de meia dúzia de pastores Presbíteros irradiavam o Mistério maior que os ultrapassa e que deles transborda, sem mérito algum de sua parte, fortalecendo os presentes.

2. Dada a ordem de marcha, encabeça a manifestação uma larga faixa por detrás da qual se divisa uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima, alçada por sobre as cabeças. O tom está dado, a Sagrada Família, representada pela Virgem Maria, abençoa e participa na procissão. Se Ela veio, pensei de mim para mim, ainda bem que não faltei.

Começaram então as palavras de ordem, aquelas frases concisas e acutilantes, fáceis de memorizar, que são utilizadas para comunicar uma mensagem, para exprimir uma ideia, para congregar uma multidão, para congraçar as vontades. Mas o modo como se vozearam foi impressionante. Era como um urro tremendo de ursa que defende as suas crias, um bramir de leão que vê o seu ambiente ameaçado, um rugido uníssono, profundo, das entranhas, como um vulcão prestes a lançar espantosas labaredas de fogo purificador. Não se tratava de uma raiva, detestação ou desprezo por qualquer pessoa ou grupo, mas era uma convicção sólida, uma determinação telúrica, uma firmeza inabalável que afirmava uma verdade primordial, universal, sobre a qual assenta a humanidade do homem, a vida social, as relações justas, o amor genuíno.

Ouvi numa estação emissora que seriam cerca de 5 mil pessoas, para mais que não para menos. Mas eram comandos, tropas de elite, do mesmo Amor que iluminou e possuiu São Paulo. Não foram arrebatados, tanto quanto sei, ao terceiro Céu, como o Apóstolo, mas sabem, como ele, o que têm de sofrer pelo Evangelho e perseveram com Cristo nas suas provações.

3. No meio da multidão reconheci um oficial, Tenente-Coronel, homem de oração e de coragem. Cumprimentou-me com a cortesia marcial própria dos militares. De olhar firme e rosto grave perguntou-me onde estavam os Bispos. Adiantou que compreendia muito bem que os “Generais” tivessem que se resguardar com alguma diplomacia, salvaguardar algumas distâncias, mas que em ocasiões como esta os “Generais” têm que sair â frente das tropas, têm que estar na linha da frente, na primeira fila.

4. Será que é a ausência de “Generais” que explica os diminutos milhares de pessoas que se mobilizaram em prol do casamento e da família? Como é possível que em assunto de tanto melindre e de consequências tão devastadoras para a sociedade esteja a maioria dos portugueses tão anestesiada que é incapaz de dar uma tarde de Sábado para defender-se e aos seus. Que significa esta estupidificação geral? Esta indiferença letal?

Estará esta gente, e em particular os católicos, tão cega que não entenda que a desgraça que se abate sobre o país com estas “leis” iníquas e injustas provocará muitíssimas mais vítimas do que a catástrofe que hoje se abateu sobre a Madeira?!

Povo obstinado e de coração duro! Povo lisonjeado por quem te engana e por quem te devia defender! Povo verdadeiramente desgraçado que te deixas seduzir pelas manhas de Satanás! Povo imbecil que corres atrás da flauta daquele que te quer afogar e rejeitas e repudias quem te diz a verdade e te quer salvar! Povo infeliz, pagarás caro a tua cegueira e a tua obstinação! Povo miserável, choro porque tu não choras! Choro porque não te arrependes nem queres abrir os olhos e mudar e seguir os caminhos do Senhor! Julgas-te inteligente e és néscio! Toma consciência do estado em que estás tu que te rebolas e chafurdas no teu próprio vómito! Arrepende-te e converte-te que o Senhor te purificará, te aperfeiçoará e te elevará! E serás a sua alegria e o seu contentamento, partilhando da felicidade que só Ele te pode conceder.

Nuno Serras Pereira

fonte:Logos

LO SPLENDORE DELLA LITURGIA DELLA CHIESA




PARROCCHIA di S. SEBASTIANO
ARTALLO (IM)
Domenica 24 Gennaio 2010


SANTA MESSA E VESPRI PONTIFICALI
nella forma straordinaria celebrati da

S. E. R. Mons. RAYMOND LEO BURKE
Arcivescovo Emerito di Saint Louis, U.S.A.
Prefetto del Supremo Tribunale della Segnatura Apostolica


Coro delle Suore Francescane dell'Immacolata
Parroco Don Marco Cuneo, Cerimoniere

fonte:

USO DA SOTANA :la importancia del "uniforme sacerdotal", la sotana o hábito talar. Valga otro tanto para el hábito religioso propio de las órdenes y..

LA SOTANA


Diversos tipos de cuello de la sotana del clero secular en España.


Estes textos nos recuerda la importancia del "uniforme sacerdotal", la sotana o hábito talar. Valga otro tanto para el hábito religioso propio de las órdenes y congregaciones. En un mundo secularizado, no hay mejor testimonio cristiano de parte de los consagrados a Dios que la vestimenta sagrada en los sacerdotes y religiosos.


Siete excelencias de la sotana

"Fíjese si el impacto de la sotana es grande ante la sociedad, que muchos regímenes anticristianos la han prohibido expresamente. Esto debe decirnos algo. ¿Cómo es posible que ahora, hombres que se dicen de Iglesia desprecien su significado y se nieguen a usarla?"

Hoy en día son pocas las ocasiones en que podemos admirar a un sacerdote vistiendo su sotana. El uso de la sotana, una tradición que se remonta a tiempos antiquísimos, ha sido olvidado y a veces hasta despreciado en la Iglesia posconciliar. Pero esto no quiere decir que la sotana perdió su utilidad sino que la indisciplina y el relajamiento de las costumbres entre el clero en general es una triste realidad.

La sotana fue instituida por la Iglesia a fines del siglo V con el propósito de darle a sus sacerdotes un modo de vestir serio, simple y austero. Recogiendo esta tradición, el Código de Derecho Canónico impone el hábito eclesiástico a todos los sacerdotes (canon 136).

Contra la enseñanza perenne de la Iglesia está la opinión de círculos enemigos de la Tradición que tratan de hacernos creer que el hábito no hace al monje, que el sacerdocio se lleva dentro, que el vestir es lo de menos y que lo mismo se es sacerdote con sotana que de paisano.

Sin embargo, la experiencia demuestra todo lo contrario, porque cuando hace más de 1.500 años la Iglesia decidió legislar sobre este asunto fue porque era y sigue siendo importante, ya que ella no se preocupa de niñerías.

Seguidamente exponemos siete excelencias de la sotana condensadas de un escrito del ilustre Padre Jaime Tovar Patrón.


1º - El recuerdo constante del sacerdote

Ciertamente que, una vez recibido el orden sacerdotal, no se olvida fácilmente. Pero nunca viene mal un recordatorio: algo visible, un símbolo constante, un despertador sin ruido, una señal o bandera. El que va de paisano es uno de tantos, el que va con sotana, no. Es un sacerdote y él es el primer persuadido. No puede permanecer neutral, el traje lo delata. O se hace un mártir o un traidor, si llega el caso. Lo que no puede es quedar en el anonimato, como un cualquiera. Y luego... ¡Tanto hablar de compromiso! No hay compromiso cuando exteriormente nada dice lo que se es. Cuando se desprecia el uniforme, se desprecia la categoría o clase que éste representa.


2º - Presencia de lo sobrenatural en el mundo

No cabe duda que los símbolos nos rodean por todas partes: señales, banderas, insignias, uniformes... Uno de los que más influjo produce es el uniforme. Un policía, un guardián, no hace falta que actúe, detenga, ponga multas, etc. Su simple presencia influye en los demás: conforta, da seguridad, irrita o pone nervioso, según sean las intenciones y conducta de los ciudadanos.

Una sotana siempre suscita algo en los que nos rodean. Despierta el sentido de lo sobrenatural. No hace falta predicar, ni siquiera abrir los labios. Al que está a bien con Dios le da ánimo, al que tiene enredada la conciencia le avisa, al que vive apartado de Dios le produce remordimiento.

Las relaciones del alma con Dios no son exclusivas del templo. Mucha, muchísima gente no pisa la Iglesia. Para estas personas, ¿qué mejor forma de llevarles el mensaje de Cristo que dejándoles ver a un sacerdote consagrado vistiendo su sotana? Los fieles han levantando lamentaciones sobre la desacralización y sus devastadores efectos. Los modernistas claman contra el supuesto triunfalismo, se quitan los hábitos, rechazan la corona pontificia, las tradiciones de siempre y después se quejan de seminarios vacíos; de falta de vocaciones. Apagan el fuego y luego se quejan de frío. No hay que dudarlo: la desotanización lleva a la desacralización.


3º - Es de gran utilidad para los fieles

El sacerdote lo es, no sólo cuando está en el templo administrando los sacramentos, sino las veinticuatro horas del día. El sacerdocio no es una profesión, con un horario marcado; es una vida, una entrega total y sin reservas a Dios. El pueblo de Dios tiene derecho a que lo asista el sacerdote. Esto se les facilita si pueden reconocer al sacerdote de entre las demás personas; si éste lleva un signo externo. El que desea trabajar como sacerdote de Cristo debe poder ser identificado como tal para el beneficio de los fieles y el mejor desempeño de su misión.


4º - Sirve para preservar de muchos peligros

¡A cuántas cosas se atreverán los clérigos y religiosos si no fuera por el hábito! Esta advertencia, que era sólo teórica cuando la escribía el ejemplar religioso P. Eduardo F. Regatillo, S. I., es hoy una terrible realidad.

Primero, fueron cosas de poco bulto: entrar en bares, sitios de recreo, alternar con seglares, pero poco a poco se ha ido cada vez a más.

Los modernistas quieren hacernos creer que la sotana es un obstáculo para que el mensaje de Cristo entre en el mundo. Pero, al suprimirla, han desaparecido las credenciales y el mismo mensaje. De tal modo, que ya muchos piensan que al primero que hay que salvar es al mismo sacerdote que se despojó de la sotana supuestamente para salvar a otros.

Hay que reconocer que la sotana fortalece la vocación y disminuye las

ocasiones de pecar para el que la viste y los que lo rodean. De los miles que han abandonado el sacerdocio después del Concilio Vaticano II, prácticamente ninguno abandonó la sotana el día antes de irse: lo habían hecho ya mucho antes.


5º - Ayuda desinteresada a los demás

El pueblo cristiano ve en el sacerdote el hombre de Dios, que no busca su bien particular sino el de sus feligreses. La gente abre de par en par las puertas del corazón para escuchar al padre que es común del pobre y del poderoso. Las puertas de las oficinas y de los despachos por altos que sean se abren ante las sotanas y los hábitos religiosos. ¿Quién le niega a una monjita el pan que pide para sus pobres o sus ancianitos? Todo esto viene tradicionalmente unido a unos hábitos. Este prestigio de la sotana se ha ido acumulando a base de tiempo, de sacrificios, de abnegación. Y ahora, ¿se desprenden de ella como si se tratara de un estorbo?


6º - Impone la moderación en el vestir

La Iglesia preservó siempre a sus sacerdotes del vicio de aparentar más de lo que se es y de la ostentación dándoles un hábito sencillo en que no caben los lujos. La sotana es de una pieza (desde el cuello hasta los pies), de un color (negro) y de una forma (saco). Los armiños y ornamentos ricos se dejan para el templo, pues esas distinciones no adornan a la persona sino al ministro de Dios para que dé realce a las ceremonias sagradas de la Iglesia.

Pero, vistiendo de paisano, le acosa al sacerdote la vanidad como a cualquier mortal: las marcas, calidades de telas, de tejidos, colores, etc. Ya no está todo tapado y justificado por el humilde sayal. Al ponerse al nivel del mundo, éste lo zarandeará, a merced de sus gustos y caprichos. Habrá de ir con la moda y su voz ya no se dejará oír como la del que clamaba en el desierto cubierto por el palio del profeta tejido con pelos de camello.


7º - Ejemplo de obediencia al espíritu y legislación de la Iglesia

Como uno que comparte el Santo Sacerdocio de Cristo, el sacerdote debe ser ejemplo de la humildad, la obediencia y la abnegación del Salvador. La sotana le ayuda a practicar la pobreza, la humildad en el vestuario, la obediencia a la disciplina de la Iglesia y el desprecio a las cosas del mundo. Vistiendo la sotana, difícilmente se olvidará el sacerdote de su papel importante y su misión sagrada o confundirá su traje y su vida con la del mundo.

Estas siete excelencias de la sotana podrán ser aumentadas con otras que le vengan a la mente a usted. Pero, sean las que sean, la sotana por siempre será el símbolo inconfundible del sacerdocio porque así la Iglesia, en su inmensa sabiduría, lo dispuso y ha dado maravillosos frutos a través de los siglos.


Notas

- El autor: El Padre Jaime Tovar Patrón, coronel capellán, ocupó importantes responsabilidades en el Vicariato Castrense. Oriundo de Extremadura, España, fue rotundo orador sacro. Autor del libro Los curas de la Cruzada, auténtica enciclopedia de los heróicos sacerdotes que desarrollaron su labor pastoral entre los combatientes de la gloriosa Cruzada de 1936. Es además, una historia del sacerdocio castrense. Falleció en enero del 2004.

- Código de Derecho Canónico (1983): Título III. De los ministros sagrados o clérigos 284 Los clérigos han de vestir un traje eclesiástico digno, según las normas dadas por la Conferencia Episcopal y las costumbres legítimas del lugar. 285. 1. Absténganse los clérigos por completo de todo aquello que desdiga de su estado, según las prescripciones del derecho particular. 2. Los clérigos han de evitar aquellas cosas que, aun no siendo indecorosas, son extrañas al estado clerical.

- CONVIENE RECORDAR: Muchos sacerdotes y religiosos mártires han pagado con su sangre el odio a la fe y a la Iglesia desatado en las terribles persecuciones religiosas de los últimos siglos. Muchos fueron asesinados sencillamente por vestir la sotana. El sacerdote que viste su sotana es para todos un modelo de coherencia con los ideales que profesa, a la vez que honra el cargo que ocupa en la sociedad cristiana.

Si bien es cierto que el hábito no hace al monje, también es cierto que el monje viste hábito y lo viste con honor. ¿Qué podemos pensar del militar que desprecia su uniforme? ¡Lo mismo que del cura que desprecia su sotana!
fonte:fe y tradicion radio

Maristas

Redentoristas

Pasionistas

Y para la Compañía, Pedro Arrupe y el jesuita invisible a su lado

Gracias, porque se nos iba a olvidar que los jesuítas llevaron sotana...

Los Hermanos de las Escuelas Cristianas (vulgo de la Salle) también llevan sotana y babero, éste muy rígido. La foto es de una reciente toma de hábitos. Mucho ha debido de cambiar la cosa porque en mis tiempos de alumno ya no había toma de hábitos y mucho menos apología del mismo como la que vemos en el muro del fondo.

Sotana

Me apercibo con sorpresa de que mientras estamos de palique acerca de garnachas y exóticos tafetanes no tenemos una entrada para la sotana, lo que quiero subsanar de inmediato.

Denme tiempo y sacaremos a colación cortes españoles, franceses, romanos, ambrosianos, ingleses, y todos los detalles enjundiosos. ¿Qué llevan los curas debajo de la sotana? ¿Qué es un pettino, un rabat, un collaro, un tibi? Los botones y ojales, ¿son siempre reales o los hay figurados? ¿Cuántos bolsillos tiene la sotana? ¿los hay secretos? ¿Tendría que haber excomunión para los que crearon el llamado clergyman? ¿Por qué los maristas tienen la sotana cosida de cintura para abajo?

Pero más interesante; ¿para qué llevar sotana?

Ilustrémonos y deleitémonos.

No se pierdan la reseña que felizmente nos recuerda a quien desde el Cielo sigue siendo mi mejor amigo.




Entendamos que, en principio, los privilegios vestimentarios de los canónigos son para uso coral y colegial. En cambio la prelatura usa de privilegios concedidos a la persona, no al grupo al que se pertenece.

Salvo el caso de los canónigos compostelanos, que llevan bordada la cruz de Santiago como se ve en la fotografía de arriba, los demás usan la sotana con o sin vivos, ribete y botones carmesíes. Rarísimos, que yo sepa, los que llevan fajín morado, salvo tal vez los que lo tienen como parte del hábito coral. Ya se sabe que en España el fajín es excepcional.

También se usaba a veces colorear el cordoncillo y borlas de la teja, así como el fiador del manteo y la borlita del solideo.

Lo que sí era muy común incluso con la sotana simple era el uso del alzacuello con dos tercios de su altura en color carmesí.

Ya que hemos hablado a menudo del morado y del carmesí, vean aquí la diferencia. Monseñor Ganswein en ambas fotos, primero con el morado de Capellán de Su Santidad, luego con el carmesí de Prelado de Honor, color que usan también los protonotarios (aunque antes llevaran un carmesí tirando a rosado, llamado amaranto), obispos y arzobispos.



Los capellanes castrenses llevaban y llevan sotana con vivos rojos, y los mandos superiores creo que usan fajín morado. El manteo y la teja, más los guantes de piel, eran omnipresentes en los actos oficiales y juras de bandera. Otra tradición que ha desaparecido.

Creo que los vicarios del obispo castrense usan hoy la sotana y fajín de los prelados de Su Santidad. Fotos habrá en alguna parte.

JP Sonnen publica hoy en Orbis Catholicus una foto de jesuitas de la India con su hábito. La cuelgo aquí para tener una muestra más actual de hábito jesuita que la del P. Arrupe que se puede ver más arriba.


FONTE: http://liturgia.mforos.com/

INCONTRO CON I PARROCI E I SACERDOTI DELLA DIOCESI DI ROMA: "LECTIO DIVINA" DEL SANTO PADRE



"LECTIO DIVINA" DEL SANTO PADRE


Eminenza,
cari fratelli nell’episcopato e nel sacerdozio
,

è una tradizione molto gioiosa e anche importante per me poter iniziare la Quaresima sempre con il mio Presbiterio, i Presbiteri di Roma. Così, come Chiesa locale di Roma, ma anche come Chiesa universale, possiamo intraprendere questo cammino essenziale con il Signore verso la Passione, verso la Croce, il cammino pasquale.

Quest’anno vogliamo meditare i passi della Lettera agli Ebrei ora letti. L’Autore di tale Lettera ha aperto una nuova strada per capire l’Antico Testamento come libro che parla su Cristo. La tradizione precedente aveva visto Cristo soprattutto, essenzialmente, nella chiave della promessa davidica, del vero Davide, del vero Salomone, del vero Re di Israele, vero Re perché uomo e Dio. E l’iscrizione sulla Croce aveva realmente annunciato al mondo questa realtà: adesso c’è il vero Re di Israele, che è il Re del mondo, il Re dei Giudei sta sulla Croce. E’ una proclamazione della regalità di Gesù, dell’adempimento dell’attesa messianica dell’Antico Testamento, la quale, nel fondo del cuore, è un’attesa di tutti gli uomini che aspettano il vero Re, che dà giustizia, amore e fraternità.

Ma l’Autore della Lettera agli Ebrei ha scoperto una citazione che fino a quel momento non era stata notata: Salmo 110,4 - “tu sei sacerdote secondo l’ordine di Melchisedek”.

Ciò significa che Gesù non solo adempie la promessa davidica, l’aspettativa del vero Re di Israele e del mondo, ma realizza anche la promessa del vero Sacerdote. In parte dell’Antico Testamento, soprattutto anche in Qumran, vi sono due linee separate di attesa: il Re e il Sacerdote. L’Autore della Lettera agli Ebrei, scoprendo questo versetto, ha capito che in Cristo sono unite le due promesse: Cristo è il vero Re, il Figlio di Dio – secondo il Salmo 2,7 che egli cita – ma è anche il vero Sacerdote.

Così tutto il mondo cultuale, tutta la realtà dei sacrifici, del sacerdozio, che è alla ricerca del vero sacerdozio, del vero sacrificio, trova in Cristo la sua chiave, il suo adempimento e, con questa chiave, può rileggere l’Antico Testamento e mostrare come proprio anche la legge cultuale, che dopo la distruzione del Tempio è abolita, in realtà andava verso Cristo; quindi, non è semplicemente abolita, ma rinnovata, trasformata, poiché in Cristo tutto trova il suo senso. Il sacerdozio appare allora nella sua purezza e nella sua verità profonda.

In questo modo, la Lettera agli Ebrei presenta il tema del sacerdozio di Cristo, Cristo sacerdote, su tre livelli: il sacerdozio di Aronne, quello del Tempio; Melchisedek; e Cristo stesso, come il vero sacerdote. Anche il sacerdozio di Aronne, pur essendo differente da quello di Cristo, pur essendo, per così dire, solo una ricerca, un camminare in direzione di Cristo, comunque è “via” verso Cristo, e già in questo sacerdozio si delineano gli elementi essenziali. Poi Melchisedek - ritorneremo su questo punto – che è un pagano. Il mondo pagano entra nell’Antico Testamento, entra in una figura misteriosa, senza padre, senza madre - dice la Lettera agli Ebrei -, appare semplicemente, e in lui appare la vera venerazione del Dio Altissimo, del Creatore del cielo e della terra. Così anche dal mondo pagano viene l’attesa e la prefigurazione profonda del mistero di Cristo. In Cristo stesso tutto è sintetizzato, purificato e guidato al suo termine, alla sua vera essenza.

Vediamo ora i singoli elementi, per quanto è possibile, circa il sacerdozio. Dalla Legge, dal sacerdozio di Aronne impariamo due cose, ci dice l’autore della Lettera agli Ebrei: un sacerdote per essere realmente mediatore tra Dio e l’uomo, deve essere uomo. Questo è fondamentale e il Figlio di Dio si è fatto uomo proprio per essere sacerdote, per poter realizzare la missione del sacerdote. Deve essere uomo – ritorneremo su questo punto –, ma non può da se stesso farsi mediatore verso Dio.

Il sacerdote ha bisogno di un’autorizzazione, di un’istituzione divina e solo appartenendo alle due sfere – quella di Dio e quella dell’uomo – può essere mediatore, può essere “ponte”.

Questa è la missione del sacerdote: combinare, collegare queste due realtà apparentemente così separate, cioè il mondo di Dio - lontano da noi, spesso sconosciuto all’uomo - e il nostro mondo umano. La missione del sacerdozio è di essere mediatore, ponte che collega, e così portare l’uomo a Dio, alla sua redenzione, alla sua vera luce, alla sua vera vita.

Come primo punto, quindi, il sacerdote deve essere dalla parte di Dio, e solamente in Cristo questo bisogno, questa condizione della mediazione è realizzata pienamente. Perciò era necessario questo Mistero: il Figlio di Dio si fa uomo perché ci sia il vero ponte, ci sia la vera mediazione. Gli altri devono avere almeno un’autorizzazione da Dio o, nel caso della Chiesa, il Sacramento, cioè introdurre il nostro essere nell’essere di Cristo, nell’essere divino. Solo con il Sacramento, questo atto divino che ci crea sacerdoti nella comunione con Cristo, possiamo realizzare la nostra missione. E questo mi sembra un primo punto di meditazione per noi: l’importanza del Sacramento.

Nessuno si fa sacerdote da se stesso; solo Dio può attirarmi, può autorizzarmi, può introdurmi nella partecipazione al mistero di Cristo; solo Dio può entrare nella mia vita e prendermi in mano.

Questo aspetto del dono, della precedenza divina, dell’azione divina, che noi non possiamo realizzare, questa nostra passività - essere eletti e presi per mano da Dio - è un punto fondamentale nel quale entrare. Dobbiamo ritornare sempre al Sacramento, ritornare a questo dono nel quale Dio mi dà quanto io non potrei mai dare: la partecipazione, la comunione con l’essere divino, col sacerdozio di Cristo.

Rendiamo questa realtà anche un fattore pratico della nostra vita: se è così, un sacerdote deve essere realmente un uomo di Dio, deve conoscere Dio da vicino, e lo conosce in comunione con Cristo.

Dobbiamo allora vivere questa comunione e la celebrazione della Santa Messa, la preghiera del Breviario, tutta la preghiera personale, sono elementi dell’essere con Dio, dell’essere uomini di Dio. Il nostro essere, la nostra vita, il nostro cuore devono essere fissati in Dio, in questo punto dal quale non dobbiamo uscire, e ciò si realizza, si rafforza giorno per giorno, anche con brevi preghiere nelle quali ci ricolleghiamo con Dio e diventiamo sempre più uomini di Dio, che vivono nella sua comunione e possono così parlare di Dio e guidare a Dio.

L’altro elemento è che il sacerdote deve essere uomo. Uomo in tutti i sensi, cioè deve vivere una vera umanità, un vero umanesimo; deve avere un’educazione, una formazione umana, delle virtù umane; deve sviluppare la sua intelligenza, la sua volontà, i suoi sentimenti, i suoi affetti; deve essere realmente uomo, uomo secondo la volontà del Creatore, del Redentore, perché sappiamo che l’essere umano è ferito e la questione di “che cosa sia l’uomo” è oscurata dal fatto del peccato, che ha leso la natura umana fino nelle sue profondità.

Così si dice: “ha mentito”, “è umano”; “ha rubato”, “è umano”; ma questo non è il vero essere umano. Umano è essere generoso, è essere buono, è essere uomo della giustizia, della prudenza vera, della saggezza. Quindi uscire, con l’aiuto di Cristo, da questo oscuramento della nostra natura per giungere al vero essere umano ad immagine di Dio, è un processo di vita che deve cominciare nella formazione al sacerdozio, ma che deve realizzarsi poi e continuare in tutta la nostra esistenza. Penso che le due cose vadano fondamentalmente insieme: essere di Dio e con Dio ed essere realmente uomo, nel vero senso che ha voluto il Creatore plasmando questa creatura che siamo noi.

Essere uomo: la Lettera agli Ebrei fa una sottolineatura della nostra umanità che ci sorprende, perché dice: deve essere uno con “compassione per quelli che sono nell’ignoranza e nell’errore, essendo rivestito di debolezza” (5,2) e poi - molto più forte ancora – “nei giorni della sua vita terrena, egli offrì preghiere e suppliche, con forti grida e lacrime a Dio che poteva salvarlo da morte e per il suo pieno abbandono a Lui, venne esaudito” (5,7).

Per la Lettera agli Ebrei elemento essenziale del nostro essere uomo è la compassione, è il soffrire con gli altri: questa è la vera umanità. Non è il peccato, perché il peccato non è mai solidarietà, ma è sempre desolidarizzazione, è un prendere la vita per me stesso, invece di donarla. La vera umanità è partecipare realmente alla sofferenza dell’essere umano, vuol dire essere un uomo di compassione – metriopathein, dice il testo greco – cioè essere nel centro della passione umana, portare realmente con gli altri le loro sofferenze, le tentazioni di questo tempo: “Dio dove sei tu in questo mondo?”.

Questa umanità del sacerdote non risponde all’ideale platonico e aristotelico, secondo il quale il vero uomo sarebbe colui che vive solo nella contemplazione della verità, e così è beato, felice, perché ha solo amicizia con le cose belle, con la bellezza divina, ma “i lavori” li fanno altri. Questa è una supposizione, mentre qui si suppone che il sacerdote entri come Cristo nella miseria umana, la porti con sé, vada alle persone sofferenti, se ne occupi, e non solo esteriormente, ma interiormente prenda su di sé, raccolga in se stesso la “passione” del suo tempo, della sua parrocchia, delle persone a lui affidate. Così Cristo ha mostrato il vero umanesimo.
Certo il suo cuore è sempre fisso in Dio, vede sempre Dio, intimamente è sempre in colloquio con Lui, ma Egli porta, nello stesso tempo, tutto l’essere, tutta la sofferenza umana entra nella Passione. Parlando, vedendo gli uomini che sono piccoli, senza pastore, Egli soffre con loro e noi sacerdoti non possiamo ritirarci in un Elysium, ma siamo immersi nella passione di questo mondo e dobbiamo, con l’aiuto di Cristo e in comunione con Lui, cercare di trasformarlo, di portarlo verso Dio.

Proprio questo va detto, con il seguente testo realmente stimolante: “preghiere e suppliche offrì con forti grida e lacrime” (Eb 5,7). Questo non è solo un accenno all’ora dell’angoscia sul Monte degli Ulivi, ma è un riassunto di tutta la storia della passione, che abbraccia l’intera vita di Gesù. Lacrime: Gesù piangeva davanti alla tomba di Lazzaro, era realmente toccato interiormente dal mistero della morte, dal terrore della morte.

Persone perdono il fratello, come in questo caso, la mamma e il figlio, l’amico: tutta la terribilità della morte, che distrugge l’amore, che distrugge le relazioni, che è un segno della nostra finitezza, della nostra povertà. Gesù è messo alla prova e si confronta fino nel profondo della sua anima con questo mistero, con questa tristezza che è la morte, e piange. Piange davanti a Gerusalemme, vedendo la distruzione della bella città a causa della disobbedienza; piange vedendo tutte le distruzioni della storia nel mondo; piange vedendo come gli uomini distruggono se stessi e le loro città nella violenza, nella disobbedienza.

Gesù piange, con forti grida. Sappiamo dai Vangeli che Gesù ha gridato dalla Croce, ha gridato: “Dio mio, perché mi hai abbandonato?” (Mc 15,34; cfr Mt 27,46), e ha gridato ancora una volta alla fine. E questo grido risponde ad una dimensione fondamentale dei Salmi: nei momenti terribili della vita umana, molti Salmi sono un forte grido a Dio: “Aiutaci, ascoltaci!”. Proprio oggi, nel Breviario, abbiamo pregato in questo senso: Dove sei tu Dio? “Siamo venduti come pecore da macello” (Sal 44,12). Un grido dell’umanità sofferente! E Gesù, che è il vero soggetto dei Salmi, porta realmente questo grido dell’umanità a Dio, alle orecchie di Dio: “Aiutaci e ascoltaci!”. Egli trasforma tutta la sofferenza umana, prendendola in se stesso, in un grido alle orecchie di Dio.

E così vediamo che proprio in questo modo realizza il sacerdozio, la funzione del mediatore, trasportando in sé, assumendo in sé la sofferenza e la passione del mondo, trasformandola in grido verso Dio, portandola davanti agli occhi e nelle mani di Dio, e così portandola realmente al momento della Redenzione.

In realtà la Lettera agli Ebrei dice che “offrì preghiere e suppliche”, “grida e lacrime” (5,7). E’ una traduzione giusta del verbo prospherein, che è una parola cultuale ed esprime l’atto dell’offerta dei doni umani a Dio, esprime proprio l’atto dell’offertorio, del sacrificio. Così, con questo termine cultuale applicato alle preghiere e lacrime di Cristo, dimostra che le lacrime di Cristo, l’angoscia del Monte degli Ulivi, il grido della Croce, tutta la sua sofferenza non sono una cosa accanto alla sua grande missione. Proprio in questo modo Egli offre il sacrificio, fa il sacerdote. La Lettera agli Ebrei con questo “offrì”, prospherein, ci dice: questa è la realizzazione del suo sacerdozio, così porta l’umanità a Dio, così si fa mediatore, così si fa sacerdote.

Diciamo, giustamente, che Gesù non ha offerto a Dio qualcosa, ma ha offerto se stesso e questo offrire se stesso si realizza proprio in questa compassione, che trasforma in preghiera e in grido al Padre la sofferenza del mondo. In questo senso anche il nostro sacerdozio non si limita all’atto cultuale della Santa Messa, nel quale tutto viene messo nelle mani di Cristo, ma tutta la nostra compassione verso la sofferenza di questo mondo così lontano da Dio, è atto sacerdotale, è prospherein, è offrire.

In questo senso mi sembra che dobbiamo capire ed imparare ad accettare più profondamente le sofferenze della vita pastorale, perché proprio questo è azione sacerdotale, è mediazione, è entrare nel mistero di Cristo, è comunicazione col mistero di Cristo, molto reale ed essenziale, esistenziale e poi sacramentale.

Una seconda parola in questo contesto è importante. Viene detto che Cristo così – tramite questa obbedienza – è reso perfetto, in greco teleiotheis (cfr Eb 5,8-9). Sappiamo che in tutta la Torah, cioè in tutta la legislazione cultuale, la parola teleion, qui usata, indica l’ordinazione sacerdotale. Cioè la Lettera agli Ebrei ci dice che proprio facendo questo Gesù è stato fatto sacerdote, si è realizzato il suo sacerdozio. La nostra ordinazione sacerdotale sacramentale va realizzata e concretizzata esistenzialmente, ma anche in modo cristologico, proprio in questo portare il mondo con Cristo e a Cristo e, con Cristo, a Dio: così diventiamo realmente sacerdoti, teleiotheis.
Quindi il sacerdozio non è una cosa per alcune ore, ma si realizza proprio nella vita pastorale, nelle sue sofferenze e nelle sue debolezze, nelle sue tristezze ed anche nelle gioie, naturalmente. Così diventiamo sempre più sacerdoti in comunione con Cristo.
La Lettera agli Ebrei riassume, infine, tutta questa compassione nella parola hupakoen, obbedienza: tutto questo è obbedienza.

E’ una parola che non piace a noi, nel nostro tempo. Obbedienza appare come un’alienazione, come un atteggiamento servile. Uno non usa la sua libertà, la sua libertà si sottomette ad un’altra volontà, quindi uno non è più libero, ma è determinato da un altro, mentre l’autodeterminazione, l’emancipazione sarebbe la vera esistenza umana.

Invece della parola “obbedienza”, noi vogliamo come parola chiave antropologica quella di “libertà”. Ma considerando da vicino questo problema, vediamo che le due cose vanno insieme: l’obbedienza di Cristo è conformità della sua volontà con la volontà del Padre; è un portare la volontà umana alla volontà divina, alla conformazione della nostra volontà con la volontà di Dio.

San Massimo il Confessore, nella sua interpretazione del Monte degli Ulivi, dell’angoscia espressa proprio nella preghiera di Gesù, “non la mia, ma la tua volontà”, ha descritto questo processo, che Cristo porta in sé come vero uomo, con la natura, la volontà umana; in questo atto - “non la mia, ma la tua volontà” – Gesù riassume tutto il processo della sua vita, del portare, cioè, la vita naturale umana alla vita divina e in questo modo trasformare l’uomo: divinizzazione dell’uomo e così redenzione dell’uomo, perché la volontà di Dio non è una volontà tirannica, non è una volontà che sta fuori del nostro essere, ma è proprio la volontà creatrice, è proprio il luogo dove troviamo la nostra vera identità.

Dio ci ha creati e siamo noi stessi se siamo conformi con la sua volontà; solo così entriamo nella verità del nostro essere e non siamo alienati. Al contrario, l’alienazione si attua proprio uscendo dalla volontà di Dio, perché in questo modo usciamo dal disegno del nostro essere, non siamo più noi stessi e cadiamo nel vuoto.

In verità, l’obbedienza a Dio, cioè la conformità, la verità del nostro essere, è la vera libertà, perché è la divinizzazione. Gesù, portando l’uomo, l’essere uomo, in sé e con sé, nella conformità con Dio, nella perfetta obbedienza, cioè nella perfetta conformazione tra le due volontà, ci ha redenti e la redenzione è sempre questo processo di portare la volontà umana nella comunione con la volontà divina. E’ un processo sul quale preghiamo ogni giorno: “sia fatta la tua volontà”.

E vogliamo pregare realmente il Signore, perché ci aiuti a vedere intimamente che questa è la libertà, e ad entrare, così, con gioia in questa obbedienza e a “raccogliere” l’essere umano per portarlo – con il nostro esempio, con la nostra umiltà, con la nostra preghiera, con la nostra azione pastorale – nella comunione con Dio.

Continuando la lettura, segue una frase difficile da interpretare. L’Autore della Lettera agli Ebrei dice che Gesù ha pregato fortemente, con grida e lacrime, Dio che poteva salvarlo dalla morte, e, per il suo pieno abbandono, venne esaudito (cfr 5,7). Qui vorremmo dire: “No, non è vero, non è stato esaudito, è morto”. Gesù ha pregato di essere liberato dalla morte, ma non è stato liberato, è morto in modo molto crudele. Perciò il grande teologo liberale Harnack ha detto: “Qui manca un no”, deve essere scritto: “Non è stato esaudito” e Bultmann ha accettato questa interpretazione. Però questa è una soluzione che non è esegesi, ma è una violenza al testo. In nessuno dei manoscritti appare “non”, ma “è stato esaudito”; quindi dobbiamo imparare a capire che cosa significhi questo “essere esaudito”, nonostante la Croce.

Io vedo tre livelli per capire questa espressione. In un primo livello si può tradurre il testo greco così: “è stato redento dalla sua angoscia” e in questo senso, Gesù è esaudito. Sarebbe, quindi, un accenno a quanto ci racconta san Luca che “un angelo ha rafforzato Gesù” (cfr Lc 22,43), in modo che, dopo il momento dell’angoscia, potesse andare diritto e senza timore verso la sua ora, come ci descrivono i Vangeli, soprattutto quello di san Giovanni. Sarebbe l’esaudimento, nel senso che Dio gli dà la forza di portare tutto questo peso e così è esaudito. Ma a me sembra che sia una risposta non del tutto sufficiente. Esaudito in senso più profondo – Padre Vanhoye l’ha sottolineato – vuol dire: “è stato redento dalla morte”, ma non per il momento, per quel momento, ma per sempre, nella Risurrezione: la vera risposta di Dio alla preghiera di essere redento dalla morte è la Risurrezione e l’umanità viene redenta dalla morte proprio nella Risurrezione, che è la vera guarigione delle nostre sofferenze, del mistero terribile della morte.

Qui è già presente un terzo livello di comprensione: la Risurrezione di Gesù non è solo un avvenimento personale. Mi sembra che sia di aiuto tenere presente il breve testo nel quale san Giovanni, nel Capitolo 12 del suo Vangelo, presenta e racconta, in modo molto riassuntivo, il fatto del Monte degli Ulivi. Gesù dice: “La mia anima è turbata” (Gv 12, 27), e, in tutta l’angoscia del Monte degli Ulivi, che cosa dirò?: “O salvami da questa ora, o glorifica il tuo nome” (cfr Gv 12,27-28). E’ la stessa preghiera che troviamo nei Sinottici: “Se possibile salvami, ma sia fatta la tua volontà” (cfr Mt 26,42; Mc 14,36; Lc 22,42), che nel linguaggio giovanneo appare appunto: “O salvami, o glorifica”. E Dio risponde: “Ti ho glorificato e ti glorificherò in futuro” (cfr Gv 12,28). Questa è la risposta, l’esaudire divino: glorificherò la Croce; è la presenza della gloria divina, perché è l’atto supremo dell’amore. Nella Croce, Gesù è elevato su tutta la terra e attira la terra a sé; nella Croce appare adesso il “Kabod”, la vera gloria divina del Dio che ama fino alla Croce e così trasforma la morte e crea la Resurrezione.

La preghiera di Gesù è stata esaudita, nel senso che realmente la sua morte diventa vita, diventa il luogo da dove redime l’uomo, da dove attira l’uomo a sé. Se la risposta divina in Giovanni dice: “ti glorificherò”, significa che questa gloria trascende e attraversa tutta la storia sempre e di nuovo: dalla tua Croce, presente nell’Eucaristia, trasforma la morte in gloria. Questa è la grande promessa che si realizza nella Santa Eucaristia, che apre sempre di nuovo il cielo. Essere servitore dell’Eucaristia è, quindi, profondità del mistero sacerdotale.

Ancora una breve parola, almeno su Melchisedek. E’ una figura misteriosa che entra in Genesi 14 nella storia sacra: dopo la vittoria di Abramo su alcuni Re, appare il Re di Salem, di Gerusalemme, Melchisedek, e porta pane e vino. Una storia non commentata e un po’ incomprensibile, che appare nuovamente solo nel salmo 110, come già detto, ma si capisce che poi l’Ebraismo, lo Gnosticismo e il Cristianesimo abbiano voluto riflettere profondamente su questa parola e abbiano creato le loro interpretazioni. La Lettera agli Ebrei non fa speculazione, ma riporta soltanto quanto dice la Scrittura e sono diversi elementi: è Re di giustizia, abita nella pace, è Re da dove è la pace, venera e adora il Dio Altissimo, il Creatore del cielo e della terra, e porta pane e vino (cfr Eb 7,1-3; Gen 14,18-20). Non viene commentato che qui appare il Sommo Sacerdote del Dio Altissimo, Re della pace, che adora con pane e vino il Dio Creatore del cielo e della terra.

I Padri hanno sottolineato che è uno dei santi pagani dell’Antico Testamento e ciò mostra che anche dal paganesimo c’è una strada verso Cristo e i criteri sono: adorare il Dio Altissimo, il Creatore, coltivare giustizia e pace, e venerare Dio in modo puro. Così, con questi elementi fondamentali, anche il paganesimo è in cammino verso Cristo, rende, in un certo modo, presente la luce di Cristo.

Nel canone romano, dopo la Consacrazione, abbiamo la preghiera supra quae, che menziona alcune prefigurazioni di Cristo, del suo sacerdozio e del suo sacrificio: Abele, il primo martire, con il suo agnello; Abramo, che sacrifica nell’intenzione il figlio Isacco, sostituito dall’agnello dato da Dio; e Melchisedek, Sommo Sacerdote del Dio Altissimo, che porta pane e vino. Questo vuol dire che Cristo è la novità assoluta di Dio e, nello stesso tempo, è presente in tutta la storia, attraverso la storia, e la storia va incontro a Cristo. E non solo la storia del popolo eletto, che è la vera preparazione voluta da Dio, nella quale si rivela il mistero di Cristo, ma anche dal paganesimo si prepara il mistero di Cristo, vi sono vie verso Cristo, il quale porta tutto in sé.

Questo mi sembra importante nella celebrazione dell’Eucaristia: qui è raccolta tutta la preghiera umana, tutto il desiderio umano, tutta la vera devozione umana, la vera ricerca di Dio, che si trova finalmente realizzata in Cristo. Infine va detto che adesso è aperto il cielo, il culto non è più enigmatico, in segni relativi, ma è vero, perché il cielo è aperto e non si offre qualcosa, ma l’uomo diventa uno con Dio e questo è il vero culto. Così dice la Lettera agli Ebrei: “il nostro sacerdote sta alla destra del trono, del santuario, della vera tenda, che il Signore Dio stesso ha costruito” (cfr 8,1-2).

Ritorniamo al punto che Melchisedek è Re di Salem. Tutta la tradizione davidica si è richiamata a questo, dicendo: “Qui è il luogo, Gerusalemme è il luogo del vero culto, la concentrazione del culto a Gerusalemme viene già dai tempi abramici, Gerusalemme è il vero luogo della venerazione giusta di Dio”.

Facciamo un nuovo passo: la vera Gerusalemme, il Salem di Dio, è il Corpo di Cristo, l’Eucaristia è la pace di Dio con l’uomo.

Sappiamo che san Giovanni, nel Prologo, chiama l’umanità di Gesù “la tenda di Dio”, eskenosen en hemin (Gv 1,14). Qui Dio stesso ha creato la sua tenda nel mondo e questa tenda, questa nuova, vera Gerusalemme è, nello stesso tempo sulla terra e in cielo, perché questo Sacramento, questo sacrificio si realizza sempre tra di noi e arriva sempre fino al trono della Grazia, alla presenza di Dio. Qui è la vera Gerusalemme, al medesimo tempo, celeste e terrestre, la tenda, che è il Corpo di Dio, che come Corpo risorto rimane sempre Corpo e abbraccia l’umanità e, nello stesso tempo, essendo Corpo risorto, ci unisce con Dio. Tutto questo si realizza sempre di nuovo nell’Eucaristia. E noi da sacerdoti siamo chiamati ad essere ministri di questo grande Mistero, nel Sacramento e nella vita. Preghiamo il Signore che ci faccia capire sempre meglio questo Mistero, di vivere sempre meglio questo Mistero e così offrire il nostro aiuto affinché il mondo si apra a Dio, affinché il mondo sia redento. Grazie

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

fonte:il Magistero di Benedetto XVI

Beata Jacinta Marto faz hoje 90 anos que faleceu

O Segredo de Jacinta, a admirável vidente de Fátima

Atílio Faoro
Correspondente
Alemanha

Jacinta era uma criança quando Nossa Senhora apareceu. Entra na História aos sete anos, precisamente na idade que habitualmente se costuma indicar como a do começo da vida consciente e da razão. Em que medida uma criatura dessa idade é capaz de praticar a virtude? E de praticá-la de modo heróico?

A história da espiritualidade católica tem exemplos surpreendentes de santidade a pouca idade: Santa Maria Goretti, martirizada aos 11 anos com plena consciência do que fazia; São Domingos Sávio, que morreu aos 15 anos.

Jacinta – e seu irmão Francisco – depois de um rigoroso processo em Roma, tiveram reconhecidas suas virtudes heróicas, podendo ser venerados privadamente como santos. Qual o segredo da santidade de Jacinta? O tema vem ocupando atualmente a atenção dos católicos e merece ser conhecido por nossos leitores.

* * *


Frankfurt Jamais se vira, naquele lugar, uma coisa igual: 70 mil pessoas, vindas de todas as partes de Portugal, estão reunidas, sob a chuva, no local que se chama Cova da Iria. O que aconteceu?

Estamos no dia 13 de outubro de 1917. A duras penas, os três pastorinhos tentam varar a multidão rumo a suas pequenas casas em Aljustrel. A menor das crianças - nossa Jacinta - é conduzida através de atalhos por um soldado, que a protege das manifestações de entusiasmo de pessoas que desejam vê-la e dirigir-lhe a palavra. Milhares de perguntas, pedidos de oração e intercessões. Conversões, lágrimas de alegria...

As crianças – Lúcia, Francisco e Jacinta - não prestam atenção na multidão reunida, a qual presenciara o milagre do sol ao final da última aparição. Suas mentes estão tomadas pela sublimidade e pelo esplendor do extraordinário fato sobrenatural que há pouco acabam de contemplar. A Senhora do Céu, com quem haviam falado seis vezes, acabava de realizar o milagre prometido...

Desapego quanto a louvores dos homens

Jacinta Marto, com apenas sete anos de idade, é dotada de seriedade marcante. A fronte franzida indica profunda preocupação. Os olhos, que ainda refletem maravilhosamente o brilho do que haviam contemplado, estão contraídos mas calmos, indicando uma alma inclinada ao recolhimento.

O que dizer desta fisionomia? Talvez Jacinta se esteja lembrando dos penosos caminhos percorridos anteriormente em meio ao desprezo, aos impropérios e até aos golpes daqueles que agora estão no meio da multidão. Não, a alegria do momento não a impressiona, ela conhece bem a inconstância do espírito humano. Sua vontade está posta em Deus, no cumprimento de Sua vontade, de tal modo que, depois das aparições, levou verdadeiramente a vida de uma grande santa. A Congregação para a Causa dos Santos constatou: sua vontade era inteiramente submissa à de Deus. Como seria útil, principalmente para os nossos dias, conhecer a vida desta criança.

A caminho da santidade

No espaço de tempo que vai dos sete aos dez anos, em que suportou heroicamente o fardo da doença que a levaria à morte, Jacinta trilhou o caminho da santidade. Já nessa tão precoce idade conheceu profundamente a realidade da vida. Sua existência foi curta, porém repleta de acontecimentos extraordinários e até mesmo fascinantes. A descrição deles extrapolaria os limites deste artigo. Temos que nos cingir aos traços marcantes de sua alma, a algumas cenas de sua vida e mencionar alguns testemunhos.

O caminho da santidade, a que já nos referimos, esta menina o percorreu de tal maneira que seus pais e parentes chegaram a exclamar a respeito dela e dos outros dois videntes: “É um mistério que não dá para compreender. São crianças como outras quaisquer. No entanto, percebe-se nelas qualquer coisa de extraordinário!” Sim, o que havia de extraordinário nessas crianças que as pessoas (até hoje!) não conseguem entender?

Quem foi Jacinta Marto? Última de uma grande prole, nasceu em 11 de março de 1910. De natureza meiga, era uma criança como as outras. Brincava, cantava, tinha seus defeitos maiores ou menores, o seu temperamento e, naturalmente, suas preferências... até 13 de maio de 1917.

Oração e sacrifícios resgatam pecadores

Depois desse dia, empreendeu Jacinta uma mudança interior profunda, uma conversão de sua vida como Nossa Senhora tinha pedido. As palavras de Maria Santíssima impregnaram de modo indelével sua alma e passaram a ser o conteúdo, o ideal de sua vida. Mais ainda, colocou esse ideal em prática.

“Fazei penitência pelos pecadores! Muitos vão para o inferno porque ninguém reza e se sacrifica por eles.” - Tais palavras encontraram profunda ressonância em Jacinta. E com que inquebrantável vontade fazia ela penitência! Aqui vão mencionados alguns exemplos desta jovem e já grande santa. Ela não hesitava em freqüentemente jejuar um dia inteiro, sem nada comer ou beber, dando alegremente seu pão às crianças pobres. Em outros dias, comia justamente aquilo que mais detestava. Trazia como penitência uma corda em torno da cintura. Nada, nenhum sacrifício lhe parecia demasiado grande, tratando-se da salvação das almas!

O pecado e o Céu em sua espiritualidade

De fato, pode-se dizer que a espiritualidade de Jacinta funda-se nos pedidos formulados por Nossa Senhora. Ela contém dois aspectos importantes: 1) claro conceito do pecado; 2) noção muito definida da beleza sobrenatural do Céu. Exatamente dois pontos em relação aos quais nossa época está imensamente distante.

Não se fala mais em pecado. Esta palavra está sendo omitida na catequese e banida do pensamento das pessoas. Juntamente com isso, vai sendo também eliminada necessariamente a idéia do próprio Deus! Pois, de que outra coisa se trata senão da honra divina que é ofendida pelo pecado?

Estreitamente relacionado com esse pensamento vem o segundo ponto: a noção clara da beleza sobrenatural do Céu. Quanto mais intensamente uma alma tem essa noção do sobrenatural celeste, tanto mais fácil será sua correspondência às solicitações da Mãe de Deus. Jacinta é um exemplo concreto arrebatador de tal correspondência. A mensagem de sua vida convida-nos a reconhecer esses aspectos da mensagem de Nossa Senhora e torná-los o eixo orientador de nossas vidas.

Enormes penitências salvaram muitas almas

Profundamente impressionada pela visão do inferno e pelo mistério da eternidade, Jacinta não poupou nenhum sacrifício visando a conversão dos pecadores. Em sua doença -- uma tuberculose que a levou à morte -- oferecia principalmente suas dores: “Sim, eu sofro, porém ofereço tudo pelos pecadores, para desagravar o Imaculado Coração de Maria. Ó Jesus, agora podeis salvar muitos pecadores porque este sacrifício é muito grande”.

Todos os que conheciam Jacinta sentiam certo respeito por ela. Lúcia, sua prima, escreve: “Jacinta era também aquela a quem, me parece, a Santíssima Virgem deu a maior plenitude de graças, conhecimento de Deus e da virtude. Ela parecia refletir em tudo a presença de Deus.”

Mesmo na sua dolorosa moléstia mostrava-se sempre paciente, sem reclamações, inteiramente despretensiosa. Conduta que não correspondia ao seu caráter natural. O que possibilitava a essa criança a prática de tal fortaleza e manifestar semelhante comportamento?

A própria Jacinta dá resposta a essa pergunta em sua exclamação: “Gosto tanto de Nosso Senhor e de Nossa Senhora que nunca me canso de dizer que Os amo. Quando eu digo isso muitas vezes, parece-me que tenho um lume no peito, mas não me queima!” O amor ardente a Jesus e Maria! Este foi o amor que transformou Jacinta e que fez dela uma cópia fiel das virtudes da Virgem Santíssima.

Último sacrifício: na morte, isolamento

O Revmo. Pe. Luís Fischer, grande apóstolo de Fátima, examina o corpo de Jacinta durante sua primeira exumação, em 12-9-35. A face da vidente foi encontrada incorrupta

Tão heróica foi a morte quanto a vida de Jacinta, num hospital de Lisboa, inteiramente sozinha. Este fato foi objeto de uma das últimas previsões recebidas por Jacinta, diretamente de Nossa Senhora. Com que coragem conservou a menina este pensamento! Deixemo-la narrar esta profecia, por ela confiada a Lúcia:

“Nossa Senhora disse-me que vou para Lisboa, para outro hospital; que não te torno a ver, nem aos meus pais; que depois de sofrer muito, morro sozinha; mas que não tenha medo, que me vai lá Ela me buscar para o Céu.”

Nossa Senhora anunciou também o dia e a hora em que deveria morrer. Quatro dias antes, a Santíssima Virgem tirou-lhe todas as dores. Como ninguém esteve presente nesse grandioso momento, podemos apenas imaginar a cena. Como terá sido a recepção deste pequeno lírio no Céu? Diante de Nossa Senhora, aquele rosto virginal não estará mais contraído pelo sofrimento, mas resplandecente em presença dAquele que foi o Fundamento de sua vida: “Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro do peito e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!”

De que maneira o conhecimento da vida de Jacinta atua sobre as almas, pode-se deduzir das palavras do postulador das Causas de Beatificação dela e de seu irmão Francisco: “Nunca na História da Igreja duas crianças foram tão conhecidas e estimadas quanto Francisco e Jacinta. Elas têm trazido inúmeras almas para o caminho da perfeição”.

Desejamos que a vida de Jacinta tenha no Brasil grande divulgação para a salvação das almas e o breve triunfo do Imaculado Coração de Maria!

Decreto da Santa Sé
declara as virtudes de Jacinta

A 13 de maio de 1989, um decreto da Congregação para a Causa dos Santos, assinado pelo Cardeal Angelo Felici, declarou a heroicidade das virtudes da Serva de Deus Jacinta Martos.

O documento, lembrando as palavras de Nosso Senhor “Se não fizerdes como um destes pequeninos não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18,3), afirma que Jacinta “correspondendo sem reservas à graça divina realizou rapidamente uma grande perfeição na imitação de Cristo e voluntariamente consumiu sua breve existência pela glória de Deus, cooperando na salvação das almas mediante fervorosa oração e assídua penitência”.

Depois de resumir sua vida, o decreto declara que “sua entrega à vontade de Deus foi total”, o esforço “para corresponder ao amor e às graças de Deus foi constante”, dando provas de “possuir em alto grau as virtudes teologais e as virtudes da prudência, justiça, temperança, humildade, sinceridade e modéstia”.

Na mesma data, a Santa Sé declarou as virtudes do Servo de Deus Francisco Marto, irmão de Jacinta.

Desejamos que a vida de Jacinta tenha no Brasil grande divulgação para a salvação das almas e o breve triunfo do Imaculado Coração de Maria!

"Sua entrega à vontade de Deus foi total"
Decreto da Santa Sé declara as virtudes de Jacinta


A 13 de maio de 1989, um decreto da Congregação para a Causa dos Santos, assinado pelo Cardeal Angelo Felici, declarou a heroicidade das virtudes da Serva de Deus Jacinta Martos.

O documento, lembrando as palavras de Nosso Senhor "Se não fizerdes como um destes pequeninos não entrareis no Reino dos Céus" (Mt 18,3), afirma que Jacinta "correspondendo sem reservas à graça divina realizou rapidamente uma grande perfeição na imitação de Cristo e voluntariamente consumiu sua breve existência pela glória de Deus, cooperando na salvação das almas mediante fervorosa oração e assídua penitência".

Depois de resumir sua vida, o decreto declara que "sua entrega à vontade de Deus foi total", o esforço "para corresponder ao amor e às graças de Deus foi constante", dando provas de "possuir em alto grau as virtudes teologais e as virtudes da prudência, justiça, temperança, humildade, sinceridade e modéstia".

Na mesma data, a Santa Sé declarou as virtudes do Servo de Deus Francisco Marto, irmão de Jacinta.

fonte:Catolicidade

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