No dia 13 de julho de 2014, um evento de grande monta na Arquidiocese de Brasília: a benção de uma igreja segundo a liturgia romana tradicional. Não é apenas a rara frequência dessa cerimônia nos tempos modernos que tornou o evento tão peculiar. Os inúmeros fiéis que acompanharam a solenidade da benção e a Santa Missa que a ela se seguiu testemunharam uma liturgia esplendorosa, um belíssimo e majestoso culto a Deus, uma profissão perfeitíssima de fé, em que foi honrada especialmente a Santíssima Virgem, pela imposição do título de Nossa Senhora das Dores à capela.
Capela Nossa Senhora das Dores, em Brasília. (Jardim Botânico III, Av. das Paineiras, Entrequadras 9/10)
Foi Sua Excelência Reverendíssima, Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, Bispo Auxiliar de Brasília, quem procedeu à cerimônia da benção da Capela Nossa Senhora das Dores e, assim, “separou inteiramente do uso profano o seu edifício e fez dele verdadeiramente a Casa de Deus e Porta do Céu”, conforme ensinou o padre em seu sermão.
Aspersão Externa da Igreja: inicialmente, o Pontífice vai diante da porta da Igreja a ser abençoada e entoa “Deus, in adjutorium meum intende…”.
A Schola Cantorum canta a antífona “Bene fundata est” e o Salmo 86 enquanto o Pontífice asperge as paredes da Igreja com água benta em silêncio.
“Bene fundata est domus Domini supra firmam petram.”
O Pontífice retorna à porta de entrada, recuperando a mitra e o báculo. Em procissão, precedido da Cruz, o Pontífice adentra a Igreja com o clero e o povo.
Entoa-se a Ladainha de todos os Santos. O Pontífice e todos ajoelham-se. Na ladainha, entoa-se três vezes a invocação à Santíssima Virgem, pois é Ela quem dá seu nome à Igreja.
Procede-se em seguida à aspersão interna da Igreja, enquanto a Schola Cantorum entoa as antífonas “Haec est domus Domini” e “Non est hic aliud” com os salmos 121 e 83, respectivamente.
A solenidade da Benção termina com uma última oração do Pontífice, em que ele reconhece que Deus santifica os locais dedicados ao nome dEle e pede a benevolência divina para todos que O invocarem nesse lugar santo.
A benção foi seguida da Santa Missa, celebrada pelo Rev. Pe. Daniel Pinheiro e com assistência pontifical de Dom José Aparecido. Também no coro estavam presentes o Pe. Godwin, pároco da Paróquia Santa Clara e São Francisco, em cujo território está o edifício da capela; o Pe. João Batista, da Diocese de Anápolis; o Pe. Allan, Franciscano da Imaculada; além de seminaristas do Instituto Bom Pastor, ao qual pertence também o Pe. Daniel.
A Santa Missa: incensação do Evangelho.
Padre Daniel pronuncia o sermão do púlpito.
A Primeira Missa na Capela Nossa Senhora das Dores após a solenidade da Benção.
A Santa Missa: a elevação do cálice após a consagração.
A Santa Missa: Ecce Agnus Dei.
A Santa Missa: a Comunhão dos fiéis.
A inclinação de cabeça é um importante gesto de reverência na liturgia romana.
Acólitos, turiferários e outros ajudantes do altar.
Ao fim da Santa Missa, Dom José Aparecido dirigiu, ainda, algumas palavras aos fiéis. Finalmente, em ação de graças por tantos benefícios, cantou-se o jubiloso hino Te Deum.
Dom José Aparecido, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
Seminaristas do Instituto do Bom Pastor com Dom José Aparecido.
Procissão Final.
A Capela, que comporta 250 pessoas sentadas, estava lotada, com cerca de 350 fiéis; desta vez, muitos ainda ficaram em pé ou subiram ao coro para melhor assistir às celebrações. Como sempre, muitas jovens famílias e dezenas de crianças. Certamente, agora a capela comportará bem melhor a grande quantidade de fiéis que já assistiam à Santa Missa no rito tradicional do apostolado do Pe. Daniel, que celebrou na Capela das Irmãs de Santa Marcelina por quase dois anos. Aliás, como fiéis e junto com o padre, agradecemos imensamente às irmãs marcelinas pelo modo como acolheram e colaboraram com o apostolado durante todo esse tempo.
Cerca de 350 pessoas assistiram às celebrações.
A própria construção da capela também já nos parece um milagre; por disposição da Divina Providência, e graças à colaboração de pessoas generosas, vimos uma capela ser erguida em poucos meses. Parece que Deus “tem pressa” em expandir esse apostolado, agora sob a proteção oficial e especial da Virgem Dolorosa. Com o Pe. Daniel, repetimos: “queremos que dessa Capela saiam verdadeiramente frutos de santidade, famílias santas, vocações santas”. E que Nosso Senhor recompense eternamente a família que muito particularmente contribuiu para o avanço desse projeto e também as muitas outras famílias e fiéis que colaboraram das mais diversas maneiras.
Em seguida às cerimônias, uma confraternização para festejar a Benção da Capela e o Primeiro Aniversário de Episcopado de Dom José Aparecido
Foi um dia de muita alegria.
Dom José Aparecido Gonçalves, Pe. Daniel Pinheiro, Pe. Godwin e demais clérigos e acólitos em frente à Capela Nossa Senhora das Dores após a cerimônia.