1ª aparição: à procura de gravetos para suportar o frio
Todavia, naquele 11 de fevereiro a luta pela vida continuou implacável. O pai, Francisco, deitou-se entre esgotado e deprimido. O frio em Lourdes corta a pele como uma navalha e não havia lenha na lareira.
Bernadette prontificou-se a colher gravetos num bosque vizinho. Iria junto com umas amigas que também tinham necessidade. Louise, a mãe, não queria pois a saúde de Bernadette, que padecia de asma, andava fraca.
Porém, a necessidade e a insistência da filha levaram-na a aceitar. Aliás, Louise, ainda venderia uma parte daqueles gravetos e conseguiria fazer mais uma pobre sopa quente para o marido e os filhos naquela noite.
Bernadette foi, como sempre, levando seu terço no bolso. A mãe fez questão que voltasse para assistir às vésperas na igreja.
As meninas partiram com a ingênua alegria das almas sofridas, despretensiosas, generosas e sacrificadas.
Elas discutiram um pouco onde achar os melhores gravetos sem contrariar os proprietários dos bosques. Disputaram um pouquinho sobre o caminho a percorrer. Afinal puseram-se de acordo. Bernadette saiu na frente indicando a estrada.
Ouçamo-la contar ela própria o que então sucedeu.
“A primeira vez que fui à gruta, era quinta-feira, 11 de fevereiro. Fui para recolher galhos secos com outras duas jovens. Quando estávamos no moinho, eu lhes perguntei se queriam ver onde a água do canal se encontrava com o Gave. Elas me responderam que sim. De lá, seguimos o canal e nos encontramos diante de uma gruta, não podendo mais prosseguir.
“Minhas duas companheiras se colocaram em condição de atravessar a água que estava diante da gruta. Elas a atravessaram e começaram a chorar. Perguntei-lhes por que choravam, e disseram-me que a água estava gelada. Pedi que me ajudassem a jogar pedras na água, para ver se podia passar sem tirar meus sapatos, mas disseram-me que devia fazer como elas, se quisesse. Fui um pouco mais longe, para ver se podia passar sem tirar meus sapatos, mas não poderia”.
Esta preocupação se explica porque Bernadette sofria de asma, e a mãe não queria que tomasse friagem. Prossegue o relato:
“Então, regressei diante da gruta e comecei a tirar os sapatos. Tinha acabado de tirar a primeira meia, quando ouvi um barulho como se fosse uma ventania. Então girei a cabeça para o lado do gramado, do lado oposto da gruta. Vi que as árvores não se moviam, então continuei a tirar meus sapatos.
“Ouvi mais uma vez o mesmo barulho. Assim que levantei a cabeça, olhando a gruta, vi uma Dama vestida de branco. Tinha um vestido branco, um véu branco, um cinto azul e uma rosa em cada pé, da cor da corda do seu terço.
“Eu pensava ser vítima de uma ilusão. Esfreguei os olhos, porém olhei de novo e vi sempre a mesma Dama. Coloquei a mão no bolso, para pegar o meu terço. Queria fazer o sinal da cruz, mas em vão. Não pude levar a mão até a testa, a mão caía. Então o medo tomou conta de mim, era mais forte que eu. Todavia, não fugi. A Dama tomou o terço que segurava entre as mãos e fez o sinal da cruz. Minha mão tremia, porém tentei uma segunda vez, e consegui. Assim que fiz o sinal da cruz, desapareceu o grande medo que sentia, e fiquei tranqüila.
“Coloquei-me de joelhos. Rezei o terço, tendo sempre ante meus olhos aquela bela Dama. A visão fazia escorrer o terço, mas não movia os lábios. Quando acabei o meu terço, com o dedo Ela fez-me sinal para me aproximar, mas não ousei. Fiquei sempre no mesmo lugar. Então desapareceu imprevistamente.
“Comecei a tirar a outra meia para atravessar aquele pouco de água que se encontrava diante da gruta, para alcançar as minhas companheiras e regressarmos. No caminho de volta, perguntei às minhas companheiras se não haviam visto algo.
“— Não.
“Perguntei-lhes mais uma vez, e disseram-me que não tinham visto nada. Eu lhes roguei que não falassem nada a ninguém. Então elas me interrogaram:
“— E tu viste algo?
“Eu lhes disse que não.
“— Se não viste nada, eu também não.
“Pensava que tinha me enganado. Mas retornando a casa, na estrada me perguntavam o que tinha visto. Voltavam sempre àquele assunto. Eu não queria lhes dizer, mas insistiram tanto, que decidi dizê-lo, mas na condição de que não contassem para ninguém. Prometeram-me que manteriam o segredo. Mas assim que chegaram às suas casas, a primeira coisa que contaram foi que eu tinha visto uma Dama vestida de branco. Esta foi a primeira vez”.
Bernadette prontificou-se a colher gravetos num bosque vizinho. Iria junto com umas amigas que também tinham necessidade. Louise, a mãe, não queria pois a saúde de Bernadette, que padecia de asma, andava fraca.
Porém, a necessidade e a insistência da filha levaram-na a aceitar. Aliás, Louise, ainda venderia uma parte daqueles gravetos e conseguiria fazer mais uma pobre sopa quente para o marido e os filhos naquela noite.
Bernadette foi, como sempre, levando seu terço no bolso. A mãe fez questão que voltasse para assistir às vésperas na igreja.
As meninas partiram com a ingênua alegria das almas sofridas, despretensiosas, generosas e sacrificadas.
Elas discutiram um pouco onde achar os melhores gravetos sem contrariar os proprietários dos bosques. Disputaram um pouquinho sobre o caminho a percorrer. Afinal puseram-se de acordo. Bernadette saiu na frente indicando a estrada.
Ouçamo-la contar ela própria o que então sucedeu.
“A primeira vez que fui à gruta, era quinta-feira, 11 de fevereiro. Fui para recolher galhos secos com outras duas jovens. Quando estávamos no moinho, eu lhes perguntei se queriam ver onde a água do canal se encontrava com o Gave. Elas me responderam que sim. De lá, seguimos o canal e nos encontramos diante de uma gruta, não podendo mais prosseguir.
“Minhas duas companheiras se colocaram em condição de atravessar a água que estava diante da gruta. Elas a atravessaram e começaram a chorar. Perguntei-lhes por que choravam, e disseram-me que a água estava gelada. Pedi que me ajudassem a jogar pedras na água, para ver se podia passar sem tirar meus sapatos, mas disseram-me que devia fazer como elas, se quisesse. Fui um pouco mais longe, para ver se podia passar sem tirar meus sapatos, mas não poderia”.
Esta preocupação se explica porque Bernadette sofria de asma, e a mãe não queria que tomasse friagem. Prossegue o relato:
“Então, regressei diante da gruta e comecei a tirar os sapatos. Tinha acabado de tirar a primeira meia, quando ouvi um barulho como se fosse uma ventania. Então girei a cabeça para o lado do gramado, do lado oposto da gruta. Vi que as árvores não se moviam, então continuei a tirar meus sapatos.
“Ouvi mais uma vez o mesmo barulho. Assim que levantei a cabeça, olhando a gruta, vi uma Dama vestida de branco. Tinha um vestido branco, um véu branco, um cinto azul e uma rosa em cada pé, da cor da corda do seu terço.
“Eu pensava ser vítima de uma ilusão. Esfreguei os olhos, porém olhei de novo e vi sempre a mesma Dama. Coloquei a mão no bolso, para pegar o meu terço. Queria fazer o sinal da cruz, mas em vão. Não pude levar a mão até a testa, a mão caía. Então o medo tomou conta de mim, era mais forte que eu. Todavia, não fugi. A Dama tomou o terço que segurava entre as mãos e fez o sinal da cruz. Minha mão tremia, porém tentei uma segunda vez, e consegui. Assim que fiz o sinal da cruz, desapareceu o grande medo que sentia, e fiquei tranqüila.
“Coloquei-me de joelhos. Rezei o terço, tendo sempre ante meus olhos aquela bela Dama. A visão fazia escorrer o terço, mas não movia os lábios. Quando acabei o meu terço, com o dedo Ela fez-me sinal para me aproximar, mas não ousei. Fiquei sempre no mesmo lugar. Então desapareceu imprevistamente.
“Comecei a tirar a outra meia para atravessar aquele pouco de água que se encontrava diante da gruta, para alcançar as minhas companheiras e regressarmos. No caminho de volta, perguntei às minhas companheiras se não haviam visto algo.
“— Não.
“Perguntei-lhes mais uma vez, e disseram-me que não tinham visto nada. Eu lhes roguei que não falassem nada a ninguém. Então elas me interrogaram:
“— E tu viste algo?
“Eu lhes disse que não.
“— Se não viste nada, eu também não.
“Pensava que tinha me enganado. Mas retornando a casa, na estrada me perguntavam o que tinha visto. Voltavam sempre àquele assunto. Eu não queria lhes dizer, mas insistiram tanto, que decidi dizê-lo, mas na condição de que não contassem para ninguém. Prometeram-me que manteriam o segredo. Mas assim que chegaram às suas casas, a primeira coisa que contaram foi que eu tinha visto uma Dama vestida de branco. Esta foi a primeira vez”.
TODAS AS 18 APARIÇÕES DE LOURDES
Na oitava de Nossa Senhora de Lourdes:
1ª aparição. Nossa Senhora aparece na Gruta
2ª aparição. Santa Bernadette quer tirar a dúvida.
3ª aparição. Nossa Senhora fala pela primeira vez.
4ª aparição. Início da "quinzena".
5ª aparição. Nossa Senhora dá uma oração especial para Santa Bernadette.
6ª aparição: Nossa Senhora pede rezar pelos pecadores.
7ª aparição: Nossa Senhora dá três segredos.
8ª aparição: “Penitência, penitência, penitência!”
9ª aparição: Nossa Senhora manda se lavar na fonte e comer grama.
10ª aparição: Santa Bernadette manda os presentes imitarem seus atos de piedade.
11ª aparição: os presentes voltam a imitar os atos de piedade da santa.
12ª aparição: única assistida por um sacerdote.
13ª aparição: Nossa Senhora pede uma capela e a procissão.
14ª aparição: pároco zomba dos pedidos.
15ª aparição: última da "quinzena".
16ª aparição. "Eu sou a Imaculada Conceição".
17ª aparição. O “milagre do círio”.
18ª e última aparição.
Na festa de Nossa Senhora de Lourdes
Apenas Santa Bernadette viu, ouviu e falou com Nossa Senhora.
Mas, as multidões, acorrendo à gruta, vendo-a e imitando-lhe os gestos de piedade, tinham uma certeza inabalável da realidade das aparições.
Por assim dizer, os fiéis “viam” Nossa Senhora em Santa Bernadette, e experimentavam sua influência indizivelmente benéfica ao imitarem seus gestos.
A partir de então, Nossa Senhora continuou a exercer em Lourdes essa misteriosa ação de presença sobre os que lá vão rezar, a qual constitui talvez o maior milagre daquele privilegiado lugar onde o Céu osculou a Terra.
Por meio dessa ação, Ela restaura as forças de seus filhos e simples fiéis, impulsionando-os com sinais sensíveis a se somarem à coligação dos bons para pôr cobro ao reinado do caos infernal.
Se não visualiza corretamente os vídeos embaixo CLIQUE AQUI
fonte:luzes da esperança
Mas, as multidões, acorrendo à gruta, vendo-a e imitando-lhe os gestos de piedade, tinham uma certeza inabalável da realidade das aparições.
Por assim dizer, os fiéis “viam” Nossa Senhora em Santa Bernadette, e experimentavam sua influência indizivelmente benéfica ao imitarem seus gestos.
A partir de então, Nossa Senhora continuou a exercer em Lourdes essa misteriosa ação de presença sobre os que lá vão rezar, a qual constitui talvez o maior milagre daquele privilegiado lugar onde o Céu osculou a Terra.
Por meio dessa ação, Ela restaura as forças de seus filhos e simples fiéis, impulsionando-os com sinais sensíveis a se somarem à coligação dos bons para pôr cobro ao reinado do caos infernal.
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AVE MARIA DE LOURDES
FINAL DA PROCISSÃO DAS VELAS
fonte:luzes da esperança