Este Domingo, 20 de Fevereiro, é o “Domingo de Septuagésima” (ou simplesmente “Septuagésima”) no calendário Latino pré-conciliar. É o nono Domingo antes da Páscoa, e o terceiro antes de Quarta-feira de Cinzas; equivale ao “Domingo do Publicano e Fariseu” (embora coincida no calendário com o “Domingo do Filho Pródigo”), no calendário Bizantino. Apesar de se chamar Septuagésima, não é o 70º dia antes da Páscoa (assim como o Domingo seguinte, Sexagésima, não é o 60º dia antes da Páscoa); ainda se debate a origem da nomenclatura. Septuagésima tomou uma sentido místico ao se considerar que Israel esteve em captiveiro na Babilónia durante 70 anos. Também se dá o nome de Septuagésima ao período de 17 dias que se estende-se até ao início da Quaresma, e é considerado como uma “pré-Quaresma”, i.e., um período de preparação para a Quaresma; este período é equivalente ao Triódion Bizantino. Septuagésima não existe no calendário pós-conciliar.
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Com o início deste período passam a existir algumas mudanças na Liturgia. A partir das Completas do Domingo de Septuagésima deixa-se de incluir o “Aleluia” nas orações; em certos lugares existe até uma cerimónia de “enterro do Aleluia”. A substituir o Aleluia a seguir ao “Gradual” aparece o “Tracto”. A doxologia maior “Glória” e o hino Ambrosiano “Te Deum” deixam de ser ditos com o começo deste período, assim como também é omitida a despedida “Ite missa est” (substituída por “Benedicamos Domino“). Os paramentos litúrgicos passam a púrpura (a não ser em dias de festa), antecipando assim o período penitencial que se aproxima.
DE: unavoceportugal