- E senti o espírito
inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
MONSENHOR WACH Fundador e Superior Geral do Instituto Cristo Rei Sumo Sacerdote que recentemente foi reconhecido como de Direito Pontifício visita nestes dias a vizinha Espanha ,concretamente estará em Madrid no dia 9 de Novembro onde celebrará a Santa Missa Tridentina, o mesmo fará em Sevilha no dia 16 de Novembro. Muito gostaríamos de o ver a peregrinar até Portugal a ver se por aqui nos animava a ser mais generosos em responder aos apelos do Papa Bento XVI em favor da Missa Tridentina, pedimos a todos os que nos visitam para pedir essa graça de o podermos ver e conhecer na visita que esperamos se concretize .
Cardeal Carlo Caffarra: Usus Antiquior manifesta hermenêutica da continuidade
O Cardeal Carlo Caffarra, um dos principais teólogos morais do mundo, no qual ele afirma que a celebração da Missa segundo a o usus antiquior, longe de estar em oposição ao Concílio Vaticano II, é, pelo contrário, uma expressão da hermenêutica da continuidade proposto pelo Papa Bento XVI
- No primeiro de novembro, em Bolonha, um ano após a primeira celebração da Eucaristia, de acordo com o rito de São Pio V, anterior à reforma litúrgica, o Cardeal Carlo Caffarra abençoou os fiéis que lotaram a igreja de Santa Maria della Pietà .
Em uma carta enviada aos fiéis, o arcebispo de Bolonha recorda que "um ano já se passou desde que em alegre obediência às disposições do Santo Padre Bento XVI, autorizei a celebração da Eucaristia, de acordo com as normas do Motu Próprio Summorum Pontificum ".
"Congratulo-me com a oportunidade deste primeiro aniversário – sublinhou o Cardeal - para enviar-vos a minha bênção, e para assegurar- vos a minha apreciação plena."
Para o Cardeal Caffarra ", o vosso encontro em torno do altar cada domingo para participar na Santa Missa não é um gesto que se opõe ao Sagrado Concílio Ecuménico Vaticano II, que aceitastes plenamente tanto na sua doutrina como na sua disciplina. Pelo contrário significa que a 'hermenêutica da continuidade ", à qual o Santo Padre Bento XVI nos convida".
"Enquanto eu rezo para que a vossa celebração possa ser cada vez mais rica em frutos espirituais, tenho o prazer de confiar -vos à protecção da Santíssima Virgem Maria Mãe da Igreja", conclui o Arcebispo.
" A carta foi lida pelo Pe. Alfredo Morselli, que explicou a Zenit, que a celebração da Eucaristia, de acordo com o rito de São Pio V, organizado pela Diocese, "está a crescer e é acima de tudo frequentados por jovens."
“ Além disso, "no ano passado - Pe. Alfredo observava - neste clima de oração litúrgica e de atenção, três vocações sacerdotais maturaram.”
Padre Alfredo disse a ZENIT que as celebrações de acordo com o rito de São Pio V, bem como o número de fiéis que as freqüentam, se multiplicam nas Dioceses da Itália.
"Em San Remo na Liguria, duzentos e cinquenta foram os fiéis que assistiram à Missa segundo o rito de São Pio V", disse o padre.
O Cardeal Carlo Caffarra, um dos principais teólogos morais do mundo, no qual ele afirma que a celebração da Missa segundo a o usus antiquior, longe de estar em oposição ao Concílio Vaticano II, é, pelo contrário, uma expressão da hermenêutica da continuidade proposto pelo Papa Bento XVI
- No primeiro de novembro, em Bolonha, um ano após a primeira celebração da Eucaristia, de acordo com o rito de São Pio V, anterior à reforma litúrgica, o Cardeal Carlo Caffarra abençoou os fiéis que lotaram a igreja de Santa Maria della Pietà .
Em uma carta enviada aos fiéis, o arcebispo de Bolonha recorda que "um ano já se passou desde que em alegre obediência às disposições do Santo Padre Bento XVI, autorizei a celebração da Eucaristia, de acordo com as normas do Motu Próprio Summorum Pontificum ".
"Congratulo-me com a oportunidade deste primeiro aniversário – sublinhou o Cardeal - para enviar-vos a minha bênção, e para assegurar- vos a minha apreciação plena."
Para o Cardeal Caffarra ", o vosso encontro em torno do altar cada domingo para participar na Santa Missa não é um gesto que se opõe ao Sagrado Concílio Ecuménico Vaticano II, que aceitastes plenamente tanto na sua doutrina como na sua disciplina. Pelo contrário significa que a 'hermenêutica da continuidade ", à qual o Santo Padre Bento XVI nos convida".
"Enquanto eu rezo para que a vossa celebração possa ser cada vez mais rica em frutos espirituais, tenho o prazer de confiar -vos à protecção da Santíssima Virgem Maria Mãe da Igreja", conclui o Arcebispo.
" A carta foi lida pelo Pe. Alfredo Morselli, que explicou a Zenit, que a celebração da Eucaristia, de acordo com o rito de São Pio V, organizado pela Diocese, "está a crescer e é acima de tudo frequentados por jovens."
“ Além disso, "no ano passado - Pe. Alfredo observava - neste clima de oração litúrgica e de atenção, três vocações sacerdotais maturaram.”
Padre Alfredo disse a ZENIT que as celebrações de acordo com o rito de São Pio V, bem como o número de fiéis que as freqüentam, se multiplicam nas Dioceses da Itália.
"Em San Remo na Liguria, duzentos e cinquenta foram os fiéis que assistiram à Missa segundo o rito de São Pio V", disse o padre.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Beato Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun'Álvares (Flor da Rosa ou Cernache do Bonjardim, 24 de Junho 1360 — 1 de Novembro 1431 foi um general português do século XIV que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal jogou a sua independência contra Castela. Nuno Álvares Pereira foi também 2.º conde de Arraiolos, 7.º conde de Barcelos e 3.º conde de Ourém.
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas».
Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Flor da Rosa, concelho do Crato, mas há também historiadores que defendem que ele nasceu nos Paços do Bonjardim, na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã. É um dos 26 filhos conhecidos do prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria Gonçalves do Carvalhal.
Casou com Leonor de Alvim a 1377 em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja.
Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo na Batalha de Aljubarrota.
A 6 de Abril de 1385, João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz. Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6,000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30,000 tropas castelhanas. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.
Do seu casamento com Leonor de Alvim, o Condestável teve apenas uma filha, Beatriz Pereira de Alvim, que se tornou mulher de Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que viria a reinar três séculos mais tarde. Lembrado como um dos melhores generais portugueses, abraça, nos últimos anos, a vida religiosa carmelita.
Vida religiosa
Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431, com 71 anos.
Beatificação e Canonização
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV. O seu dia festivo é 6 de Novembro. O processo de canonização foi iniciado em 1940, tendo sido interrompido posteriormente. Em 2004 foi reiniciado e tem o seu termo anunciado para o ano de 2008 ou 2009, uma vez que em 3 de Julho desse ano, a Santa Sé publicou o decreto em que reconhece o milagre necessário à conclusão do processo
Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas».
Nuno Álvares Pereira nasceu na vila de Flor da Rosa, concelho do Crato, mas há também historiadores que defendem que ele nasceu nos Paços do Bonjardim, na vila de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã. É um dos 26 filhos conhecidos do prior do Crato, D. Álvaro Gonçalves Pereira e de Iria Gonçalves do Carvalhal.
Casou com Leonor de Alvim a 1377 em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja.
Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa Beatriz casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de Pedro I de Portugal, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo na Batalha de Aljubarrota.
A 6 de Abril de 1385, João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. João de Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz. Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de Agosto, Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6,000 portugueses e aliados ingleses, contra as 30,000 tropas castelhanas. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira de Castela, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.
Do seu casamento com Leonor de Alvim, o Condestável teve apenas uma filha, Beatriz Pereira de Alvim, que se tornou mulher de Afonso, o primeiro Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança, que viria a reinar três séculos mais tarde. Lembrado como um dos melhores generais portugueses, abraça, nos últimos anos, a vida religiosa carmelita.
Vida religiosa
Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que fundara como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431, com 71 anos.
Beatificação e Canonização
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV. O seu dia festivo é 6 de Novembro. O processo de canonização foi iniciado em 1940, tendo sido interrompido posteriormente. Em 2004 foi reiniciado e tem o seu termo anunciado para o ano de 2008 ou 2009, uma vez que em 3 de Julho desse ano, a Santa Sé publicou o decreto em que reconhece o milagre necessário à conclusão do processo
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Apresentamos de novo algumas fotos do Pontifical realizado em Imperia na Itália pelo bispo local que celebrou no rito Tridentino e durante o qual alguma Irmãs Franciscanas da Imaculada fizeram a sua Profissão Solene também de acordo com o Rito Romano Antigo nas mãos do seu Fundador , o Padre Stefano Mannelli.
Monsenhor Burke, Prefeito do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica responde:
-O Senhor apoiou muito a grupos em S. Louis que desejavam fazer uso do Summorum Pontificum. Com a libertação das restrições na celebração da Missa antiga, é provável que cresça o movimento em favor da tradição e que efeitos pensa que isso possa ter na reforma litúrgica?
-O Papa Bento XVI deu claras razões para a promulgação de Summorum Pontificum, entre as quais está o enriquecimento da Forma Ordinária do Rito Latino por meio da celebração da Forma Extraordinária. Tal enriquecimento será algo natural, dado que a Forma Ordinária desenvolveu-se organicamente do que é agora a Forma Extraordinária. Quanto mais os fiéis apreciem a Forma Extraordinária, tanto mais chegarão a compreender a profunda realidade de cada celebração da Santa Missa, quer na Forma Extraordinária quer na Forma Ordinária. Se entendo o Santo Padre correctamente, com o tempo, pode acontecer uma reforma posterior da Sagrada Liturgia, que utilize mais completamente a riqueza da Forma Extraordinária. A legislação dada no Summorum Pontificum, estou convencido, fomentará grandemente a reforma litúrgica, que era a meta do Concílio Ecuménico Vaticano II.
-O Senhor apoiou muito a grupos em S. Louis que desejavam fazer uso do Summorum Pontificum. Com a libertação das restrições na celebração da Missa antiga, é provável que cresça o movimento em favor da tradição e que efeitos pensa que isso possa ter na reforma litúrgica?
-O Papa Bento XVI deu claras razões para a promulgação de Summorum Pontificum, entre as quais está o enriquecimento da Forma Ordinária do Rito Latino por meio da celebração da Forma Extraordinária. Tal enriquecimento será algo natural, dado que a Forma Ordinária desenvolveu-se organicamente do que é agora a Forma Extraordinária. Quanto mais os fiéis apreciem a Forma Extraordinária, tanto mais chegarão a compreender a profunda realidade de cada celebração da Santa Missa, quer na Forma Extraordinária quer na Forma Ordinária. Se entendo o Santo Padre correctamente, com o tempo, pode acontecer uma reforma posterior da Sagrada Liturgia, que utilize mais completamente a riqueza da Forma Extraordinária. A legislação dada no Summorum Pontificum, estou convencido, fomentará grandemente a reforma litúrgica, que era a meta do Concílio Ecuménico Vaticano II.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
- Monsenhor Bux, qual é a sua ideia da liturgia?
- Confesso-lhe que a pergunta não me convence. A liturgia não deve gostar-me a mim, a Fulano ou a Mingando ... A liturgia é um Ofício Divino que responde às leis da Igreja e da qual ninguém pode apoderar-se.
-Que representa a Santa Missa?
- Seria fácil dizer "dom e mistério". Mas não basta. A missa é também busca de um diálogo íntimo com Deus. A fim de O glorificar. Por isso, o celebrante deverá aproximar-se da Eucaristia com humildade, devidamente preparado e com o espírito adequado. O ministro deve evitar invenções, as extravagâncias, as mudanças não autorizadas nas orações ... Enfim não deve inventar nada, porque tudo já está escrito.
- É frequente ouvir dizer "vou a missa dez da manhã porque o padre fala bem" ...
-Compreendo que todos possam ter as suas simpatias. É natural. Mas o centro da acção litúrgica é o sacrifício de Cristo. Portanto, o papel do ministro é secundário. Em suma, o celebrante serve como um instrumento de mediação ,é mediador entre os fiéis e Deus. É por isso que não deve buscar uma actuação, como protagonista com atitudes teatrais. Se o fizesse, desvalorizaria a sobriedade da Missa ...
- Existem alguns abusos litúrgicos?
-Certamente. Por exemplo, os aplausos durante a missa, algumas canções cortina de fumaça e assim por diante ... Mas o que importa é sobretudo compreender a razão por que os abusos acontecem ...
- As causas ...
-Exactamente. Fazendo meu um dito que não é precisamente Curial diria que todos querem ser generais mas não temos que simples soldados ... Na prática, após o Concílio Vaticano II, mas não por culpa do Concílio, mas de maus interpretes, pensou-se que tudo era lícito e permitido. Que a bela e saudável liturgia católica tinha sido abolida. E não era assim. O Vaticano II, também na chave litúrgica e não só teológica, deve ser lido em continuidade com o Magistério da Igreja.
-Gosta do Rito Tridentino?
- Eu não o defino assim, mas Rito Romano Antigo. Em qualquer caso, seria mais correcto, se queremos, chamá-lo de S. Gregório. São Pio V, cujo mérito não deve ser ignorado, realmente não inventou nada, mas reorganizou o existente, criando um belo Missal.
- Prefere o antigo ou o novo rito?
-Ambos, sempre e quando sejam celebrados com dignidade. Também o Missal de Paulo VI é belo, rico e agradável. São os disparates que o distorcem ... Repito: o que importa é o espírito do celebrante, bem como a necessidade de recuperar rapidamente o decoro da ars celebrandi.
- Confesso-lhe que a pergunta não me convence. A liturgia não deve gostar-me a mim, a Fulano ou a Mingando ... A liturgia é um Ofício Divino que responde às leis da Igreja e da qual ninguém pode apoderar-se.
-Que representa a Santa Missa?
- Seria fácil dizer "dom e mistério". Mas não basta. A missa é também busca de um diálogo íntimo com Deus. A fim de O glorificar. Por isso, o celebrante deverá aproximar-se da Eucaristia com humildade, devidamente preparado e com o espírito adequado. O ministro deve evitar invenções, as extravagâncias, as mudanças não autorizadas nas orações ... Enfim não deve inventar nada, porque tudo já está escrito.
- É frequente ouvir dizer "vou a missa dez da manhã porque o padre fala bem" ...
-Compreendo que todos possam ter as suas simpatias. É natural. Mas o centro da acção litúrgica é o sacrifício de Cristo. Portanto, o papel do ministro é secundário. Em suma, o celebrante serve como um instrumento de mediação ,é mediador entre os fiéis e Deus. É por isso que não deve buscar uma actuação, como protagonista com atitudes teatrais. Se o fizesse, desvalorizaria a sobriedade da Missa ...
- Existem alguns abusos litúrgicos?
-Certamente. Por exemplo, os aplausos durante a missa, algumas canções cortina de fumaça e assim por diante ... Mas o que importa é sobretudo compreender a razão por que os abusos acontecem ...
- As causas ...
-Exactamente. Fazendo meu um dito que não é precisamente Curial diria que todos querem ser generais mas não temos que simples soldados ... Na prática, após o Concílio Vaticano II, mas não por culpa do Concílio, mas de maus interpretes, pensou-se que tudo era lícito e permitido. Que a bela e saudável liturgia católica tinha sido abolida. E não era assim. O Vaticano II, também na chave litúrgica e não só teológica, deve ser lido em continuidade com o Magistério da Igreja.
-Gosta do Rito Tridentino?
- Eu não o defino assim, mas Rito Romano Antigo. Em qualquer caso, seria mais correcto, se queremos, chamá-lo de S. Gregório. São Pio V, cujo mérito não deve ser ignorado, realmente não inventou nada, mas reorganizou o existente, criando um belo Missal.
- Prefere o antigo ou o novo rito?
-Ambos, sempre e quando sejam celebrados com dignidade. Também o Missal de Paulo VI é belo, rico e agradável. São os disparates que o distorcem ... Repito: o que importa é o espírito do celebrante, bem como a necessidade de recuperar rapidamente o decoro da ars celebrandi.
Bento XVI: vida eterna começa quando se acolhe Deus na própria vida
A vida eterna já começa neste mundo, «ainda dentro da precariedade das circunstâncias da história», na medida em que «nos abrimos ao mistério de Deus e o acolhemos no meio de nós». Assim afirmou nesta segunda-feira o Papa Bento XVI, durante a missa de sufrágio pelos bispos e cardeais falecidos nos últimos doze meses.
O Papa dedicou a homilia a reflectir sobre o sentido cristão da morte, e recordou que «se o Senhor chama assim um justo antes do tempo, é porque ele tem um plano de predilecção que nós não conhecemos».
«A morte prematura de uma pessoa que nos é querida supõe um convite a não viver de modo medíocre, mas a tender o antes possível à plenitude da vida», acrescentou.
Segundo o Papa, existe «um contraste entre o que parece ao olhar superficial dos homens e o que, ao contrário, é visto pelos olhos de Deus. O mundo considera feliz quem vive muitos anos, mas Deus, mais que a idade, olha a rectidão do coração».
Por outro lado, sublinhou, «a própria morte é portadora de uma saudável mestria, porque obriga a encarar a realidade, impulsiona a reconhecer a caducidade do que parece grande e forte aos olhos do mundo. Frente à morte, perde interesse todo motivo de orgulho humano e destaca-se o que realmente importa».
«Tudo acaba, todos neste mundo estamos de passagem. Só Deus tem vida em si mesmo, Ele é a vida», acrescentou o Papa.
Contudo, quem acolhe Deus pode viver já durante sua existência terrena uma antecipação da eterna. «Deus é a verdadeira sabedoria que não envelhece, é a riqueza autêntica que não murcha, é a felicidade a que aspira em profundidade o coração de todo homem», explicou.
A vida eterna já começa neste mundo, «ainda dentro da precariedade das circunstâncias da história», na medida em que «nos abrimos ao mistério de Deus e o acolhemos no meio de nós». Assim afirmou nesta segunda-feira o Papa Bento XVI, durante a missa de sufrágio pelos bispos e cardeais falecidos nos últimos doze meses.
O Papa dedicou a homilia a reflectir sobre o sentido cristão da morte, e recordou que «se o Senhor chama assim um justo antes do tempo, é porque ele tem um plano de predilecção que nós não conhecemos».
«A morte prematura de uma pessoa que nos é querida supõe um convite a não viver de modo medíocre, mas a tender o antes possível à plenitude da vida», acrescentou.
Segundo o Papa, existe «um contraste entre o que parece ao olhar superficial dos homens e o que, ao contrário, é visto pelos olhos de Deus. O mundo considera feliz quem vive muitos anos, mas Deus, mais que a idade, olha a rectidão do coração».
Por outro lado, sublinhou, «a própria morte é portadora de uma saudável mestria, porque obriga a encarar a realidade, impulsiona a reconhecer a caducidade do que parece grande e forte aos olhos do mundo. Frente à morte, perde interesse todo motivo de orgulho humano e destaca-se o que realmente importa».
«Tudo acaba, todos neste mundo estamos de passagem. Só Deus tem vida em si mesmo, Ele é a vida», acrescentou o Papa.
Contudo, quem acolhe Deus pode viver já durante sua existência terrena uma antecipação da eterna. «Deus é a verdadeira sabedoria que não envelhece, é a riqueza autêntica que não murcha, é a felicidade a que aspira em profundidade o coração de todo homem», explicou.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Abbé Aulagnier: “Não é no momento em que o direito ao uso da missa ‘tridentina’ finalmente é legalmente reconhecido que vou celebrar a nova missa”.
22 de setembro de 2008 - fratresinunum
Publicamos alguns excertos da entrevista concedida pelo Padre Paul Aulagnier a Yves Chiron. Como este último apresenta, “O Abbé Paul Aulagnier foi o primeiro padre francês ordenado por Mons. Lefebvre. Esteve durante três anos como professor e subdiretor no seminário de Ecône. Seguidamente, de 1976 a 1994, foi superior do Distrito da França da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Durante estes dezoito anos fundou um número considerável de priorados, capelas e escolas, uma revista e uma editora. Durante este período, e até em 2002, foi Assistente Geral da FSSPX. Quando os tradicionalistas brasileiros em torno de Mons. [Licínio] Rangel reconciliaram-se com a Santa Sé e obtiveram, pelo Acordo de Campos (2002), a criação de uma Administração Apostólica Pessoal, o Abbé Aulagnier pensou que a FSSPX devia seguir a mesmo caminho. A FSSPX, nas suas instâncias dirigentes, - e permanece - era contrária a um acordo com Roma. O Abbé Aulagnier, por conseguinte, foi excluído da FSSPX”.
22 de setembro de 2008 - fratresinunum
Publicamos alguns excertos da entrevista concedida pelo Padre Paul Aulagnier a Yves Chiron. Como este último apresenta, “O Abbé Paul Aulagnier foi o primeiro padre francês ordenado por Mons. Lefebvre. Esteve durante três anos como professor e subdiretor no seminário de Ecône. Seguidamente, de 1976 a 1994, foi superior do Distrito da França da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Durante estes dezoito anos fundou um número considerável de priorados, capelas e escolas, uma revista e uma editora. Durante este período, e até em 2002, foi Assistente Geral da FSSPX. Quando os tradicionalistas brasileiros em torno de Mons. [Licínio] Rangel reconciliaram-se com a Santa Sé e obtiveram, pelo Acordo de Campos (2002), a criação de uma Administração Apostólica Pessoal, o Abbé Aulagnier pensou que a FSSPX devia seguir a mesmo caminho. A FSSPX, nas suas instâncias dirigentes, - e permanece - era contrária a um acordo com Roma. O Abbé Aulagnier, por conseguinte, foi excluído da FSSPX”.
Mons. Lefebvre, de fato, sempre pediu, de uma maneira intuitiva, às autoridades romanas: “Deixem-nos fazer a experiência da Tradição”. Após o Concílio do Vaticano II, todas as experiências são autorizadas, toleradas pela hierarquia, tanto em matéria litúrgica, como em matéria pastoral, tanto no domínio do ensino catequético como no domínio social e político… o sucesso destas experiências está longe de ser convincente. As igrejas se esvaziam. Os seminaristas deixam os seminários, os que ficam abandonam os seus atributos, estão à procura de novidades. É necessário rejeitar todas as “tradições”. Conheci isso no Seminário francês de Roma… nos anos 1964-1968. Nessa situação completamente revolucionária, Mons. Lefebvre, a pedido de alguns jovens estudantes e sobretudo preocupado ele mesmo pela crise sacerdotal, organiza, a partir de 1969, um seminário em Fribourg e depois em Ecône, em Valais, na Suíça. É, então, imediatamente, - se pode ver a mão da Providência -, um franco sucesso… à escala mundial. As vocações vêm de todos os continentes. Lá, o sacerdócio é amado. A santa liturgia antiga também. Quer-se apenas ela! Casas são criadas, escolas católicas se abrem. Também por causa desse sucesso Mons. Lefebvre lança às autoridades da Igreja: “Deixem-nos, por conseguinte, fazer a experiência da Tradição. Concedam-nos a liturgia antiga da Igreja”. Pelo momento, está fora de cogitação. Procura-se antes suprimi-la indevidamente. Particularmente empregaram-se os seus ex-confrades do seminário francês, nos idos 1925, como o cardeal Garonne, o cardeal Villot (ninguém menos que Secretário de Estado), para citar apenas os conhecidos. E quando Mons. Lefebvre, nessa época, pede “deixem-nos fazer a experiência da Tradição”, está nessa atmosfera muito conflituosa. Roma não pretende de modo algum deixar fazer esta experiência no âmbito jurídico preciso de uma obra sacerdotal, a FSSPX. Não! Roma quer suprimir o que aparece como um obstáculo ao “aggiornamento conciliare”. Mas o tempo passa, os homens também. A revolução conciliar mostra cada dia mais o seu fracasso… Roma começa a pôr um olhar novo sobre o problema da reforma litúrgica, sobre o problema da missa. Estamos em 1988, exactamente após sagrações feitas por Mons. Lefebvre sem a autorização romana. Esta abolição da missa dita de São Pio V, razão essencial do combate de Mons. Lefebvre, retém enfim a inteligência dos prelados. O Cardeal Ratzinger, apoiado pelo Cardeal Stickler, hoje falecido, mostra, em várias obras, que essa proibição é injusta, anti-canónica, que é necessário fazer justiça ao pedido dos “tradicionalistas”. Ao mesmo tempo, as obras sacerdotais dessa “corrente tradicionalista” ficam mais estáveis, mais fortes. Pode-se então pretender dar-lhes uma estrutura jurídica no seio da Igreja fazendo justiça ao seu legítimo pedido em matéria litúrgica.
Chega o ano jubilar. Estamos no ano 2000. Roma, a esta ocasião, retoma contacto com os Padres de Campos, do Brasil, [e] com os bispos da FSSPX. Estes não continuarão, infelizmente. Mas a união dos corações e das inteligências pôde ser feita com os Padres de Campos, e sobre a liturgia e a interpretação do Concílio. Roma concede-lhes uma forma canónica que considero como formidável. Dá-lhes toda liberdade em matéria de governo, apostolado e liturgia, pela concessão de uma Administração Apostólica. Dentro dessa Administração, todos os padres podem fazer realmente “a experiência da Tradição”, como Mons. Castro Mayer desejava.
Chega o ano jubilar. Estamos no ano 2000. Roma, a esta ocasião, retoma contacto com os Padres de Campos, do Brasil, [e] com os bispos da FSSPX. Estes não continuarão, infelizmente. Mas a união dos corações e das inteligências pôde ser feita com os Padres de Campos, e sobre a liturgia e a interpretação do Concílio. Roma concede-lhes uma forma canónica que considero como formidável. Dá-lhes toda liberdade em matéria de governo, apostolado e liturgia, pela concessão de uma Administração Apostólica. Dentro dessa Administração, todos os padres podem fazer realmente “a experiência da Tradição”, como Mons. Castro Mayer desejava.
Mas você pode ver a diferença entre o pedido de Mons. Lefebvre em 1969 e a resposta de Roma em 2002, data da reconciliação dos Padres de Campos com Roma. Essa experiência se faz num quadro legal, numa situação apaziguada. E é assim que todas as comunidades “tradicionalistas”, a FSSP, o Instituto Cristo Rei, a comunidade de Chemeré-le-Roi, o mosteiro de Dom Gérard… obtêm, em tempos históricos diferentes e de maneira diferente, um estatuto canónico e o direito legítimo ao uso de todos os sacramentos na sua forma antiga. “Deixem-nos fazer a experiência da Tradição”, “o slogan” de Mons. Lefebvre, ontem, torna-se muitíssimo uma realidade. Foi necessário esperar quase quarenta anos para obter isso. Graças à determinação de Mons. Lefebvre. Será efectivamente necessário que esteja um dia sobre os altares… é também o que obteve, em 2006, o Instituto Bom Pasteur: o uso exclusivo da missa tridentina… a nós também é dado esta liberdade… ainda que a nossa liberdade de acção seja bem menor que a dos Padres de Campos na sua Administração Apostólica. Porque uma é Administração Apostólica, o outro um simples Instituto de Direito Pontifício. As nossas implantações - mas não o nosso direito à liturgia “antiga”, a nuance é capital - são dependentes da autoridade do ordinário do lugar, o bispo, enquanto que é suficiente à autoridade de uma Administração Apostólica que avise o bispo residente de uma nova criação ou fundação… vocês podem medir a diferença. É o que se chama de isenção. Para mim, esta estrutura é essencial ao regresso da ordem eclesial. Poucos bispos pensam assim… Mas é nessa única condição que a expressão de Mons. Lefebvre “deixem-nos fazer a experiência da Tradição” tomará todo seu valor e o seu alcance. Aí está o que Mons. Fellay deveria pedir em Roma. É bem mais importante que de querer debater sobre a doutrina, como parece sempre querê-lo. Numa “guerra”, ocupar o terreno é mais importante que “palavrear”. Não crê que a reforma de Cluny triunfou graças à isenção dos monges no que diz respeito aos bispos residentes? Você que é historiador, poderia, penso, confirmá-lo. E então, como que para coroar esses trinta e seis anos de combate e conflito litúrgico, Bento VI publica, em 7 de Julho de 2007, o Motu Proprio Summorum Pontificum que reconhece o direito e a legitimidade da celebração do rito tridentino na Igreja, para todos os padres, sem outra autorização específica a pedir. Dá a paz à Igreja em matéria litúrgica e pede aos bispos: “deixem, portanto, fazer a experiência da Tradição” mesmo para os vossos padres diocesanos. Será necessário certamente tempo a fim de que as coisas façam-se assim, mas o princípio está afirmado. É o essencial. O resto é acidental. Espero com muita impaciência o dia em que o próprio Bento XVI, em Roma, “ad caput”, celebrará essa missa nesse rito. Isso virá bem.
Em matéria litúrgica, continuo a ser, com efeito, sempre unido à posição de Mons. Lefebvre e a posição do cardeal Ottaviani expressa na sua carta de apresentação a Paulo VI do Breve Exame Crítico: “Sempre os sujeitos, para o bem dos quais é feita a lei, tiveram o direito e mais que o direito, o dever, se a lei revela-se pelo contrário nociva, de pedir ao legislador, com uma confiança filial, a sua ab-rogação. É por isso que suplicamos urgentemente a Vossa Santidade não permitir que - num momento em que a pureza da fé e a unidade da Igreja sofrem tão cruéis lacerações e os perigos sempre maiores que encontram cada dia um eco afligido nas palavras do Pai comum – nos seja retirada a possibilidade de continuar a recorrer ao integral e fecundo Missal Romano de São Pio V, tão louvado por Vossa Santidade e profundamente venerado e amado por todo o mundo católico”. Não é no momento em que o direito ao uso da missa “tridentina” finalmente é legalmente reconhecido que vou celebrar a nova missa. Continua a ser, para mim, sempre equívoca. Favorece sempre a heresia protestante. Enquanto for celebrada “tal como é” na Igreja, é inútil esperar uma restauração do sacerdócio, é inútil esperar, apesar todos os apelos, as orações, um regresso da juventude nos seminários. Para subir ao “altar de Deus” é necessário um ideal forte, é necessário uma compreensão do verdadeiro sacerdócio católico. É necessário que seja recordada a distinção essencial entre o sacerdócio dos fiéis e o sacerdócio hierárquico. Ora, o rito novo, este rito “moderno”, para falar como Mons. Gamber, - expressão que eu preferiria encontrar no § 1 do Motu Proprio de Bento XVI - mantém sempre a confusão do sacerdócio dos fiéis com o sacerdócio ministerial. É necessário uma real confissão da Santa Eucaristia, o santo sacrifício propiciatório da Cruz, renovado sobre o altar. Este sacrifício, sua actualidade, é a razão do padre. É por isso que se faz necessário proceder a “reforma da reforma”. Essa é ideia de Bento XVI. Falou muito frequentemente enquanto era ainda cardeal. Rezo de modo que a Providência lhe dê tempo de levar ao fim essa obra.
Declarações do Cardeal Stickler
prefeito emérito dos Arquivos do Vaticano
sobre a Missa de S. Pio V
no Congresso de Christi Fideles, Nova York, maio de 1995
"A Missa nova deveria chamar-se "missa da comissão litúrgica pós-conciliar":
"Pela constituição do Vaticano II sobre a liturgia é evidente que a vontade do Concílio e a vontade da comissão litúrgica muitas vezes não coincidem, e até se opõem de maneira clara.
A missa de Paulo VI ... põe antes em evidência o aspecto geral da missa, a saber a Comunhão; o que resulta em transformar o Sacrifício naquilo que é permitido chamar um banquete.
O lugar importante dado às leituras e à pregação na nova missa, a possibilidade mesma deixada ao padre de acrescentar explicações e palavras pessoais é uma reflexão a mais sobre o que é legítimo chamar de uma adaptação à ideia protestante de culto..."
"A recente mudança na localização do altar, bem como a posição do padre de frente para a assembleia - proibidas antigamente - tornam-se hoje o sinal de uma missa concebida como reunião da comunidade."
"Santo Tomás de Aquino consagra todo um artigo para justificar o "mysterium fidei". E o Concílio de Florença confirma explicitamente o "Mysterium fidei" na fórmula da Consagração. Em nossos dias, o "mysterium fidei" foi eliminado das palavras da Consagração na nova liturgia. Por que então?
Foi concedida igualmente a licença de dizer outros cânones. O Segundo Cânon - que não menciona o carácter sacrifical da missa - tem, não há dúvida, o mérito de ser o mais curto, mas, de fato, suplantou por toda a parte o Cânon romano.
Foi assim que nós perdemos o profundo sentido teológico dado pelo Concílio de Trento."
"Por essas mesmas razões, o cânon 9 do Concílio (de Trento) estabelece a excomunhão para aqueles que afirmam que o rito da Igreja Romana no qual parte do Cânon e as palavras da Consagração são pronunciadas em voz baixa, deve ser condenado."
"O emprego do vernáculo acarretou sérias incompreensões e erros doutrinais, ele produziu a "desunião": Esta Babel de cultos públicos tem por resultado a perda da unidade externa no seio da Igreja Católica (...). Devemos admitir que, em poucos decénios, depois da reforma da língua litúrgica, nós perdemos esta oportunidade de rezar e de cantar juntos".
"Em terceiro lugar, a reforma que se seguiu ao Vaticano II destruiu ou transformou a riqueza de numerosos símbolos litúrgicos".
prefeito emérito dos Arquivos do Vaticano
sobre a Missa de S. Pio V
no Congresso de Christi Fideles, Nova York, maio de 1995
"A Missa nova deveria chamar-se "missa da comissão litúrgica pós-conciliar":
"Pela constituição do Vaticano II sobre a liturgia é evidente que a vontade do Concílio e a vontade da comissão litúrgica muitas vezes não coincidem, e até se opõem de maneira clara.
A missa de Paulo VI ... põe antes em evidência o aspecto geral da missa, a saber a Comunhão; o que resulta em transformar o Sacrifício naquilo que é permitido chamar um banquete.
O lugar importante dado às leituras e à pregação na nova missa, a possibilidade mesma deixada ao padre de acrescentar explicações e palavras pessoais é uma reflexão a mais sobre o que é legítimo chamar de uma adaptação à ideia protestante de culto..."
"A recente mudança na localização do altar, bem como a posição do padre de frente para a assembleia - proibidas antigamente - tornam-se hoje o sinal de uma missa concebida como reunião da comunidade."
"Santo Tomás de Aquino consagra todo um artigo para justificar o "mysterium fidei". E o Concílio de Florença confirma explicitamente o "Mysterium fidei" na fórmula da Consagração. Em nossos dias, o "mysterium fidei" foi eliminado das palavras da Consagração na nova liturgia. Por que então?
Foi concedida igualmente a licença de dizer outros cânones. O Segundo Cânon - que não menciona o carácter sacrifical da missa - tem, não há dúvida, o mérito de ser o mais curto, mas, de fato, suplantou por toda a parte o Cânon romano.
Foi assim que nós perdemos o profundo sentido teológico dado pelo Concílio de Trento."
"Por essas mesmas razões, o cânon 9 do Concílio (de Trento) estabelece a excomunhão para aqueles que afirmam que o rito da Igreja Romana no qual parte do Cânon e as palavras da Consagração são pronunciadas em voz baixa, deve ser condenado."
"O emprego do vernáculo acarretou sérias incompreensões e erros doutrinais, ele produziu a "desunião": Esta Babel de cultos públicos tem por resultado a perda da unidade externa no seio da Igreja Católica (...). Devemos admitir que, em poucos decénios, depois da reforma da língua litúrgica, nós perdemos esta oportunidade de rezar e de cantar juntos".
"Em terceiro lugar, a reforma que se seguiu ao Vaticano II destruiu ou transformou a riqueza de numerosos símbolos litúrgicos".
domingo, 2 de novembro de 2008
Hoje dia dos fiéis defuntos, queremos lembrá-los nas nossas preces e também pedir-lhes que intercedam por nós, esta é a comunhão dos santos onde a caridade circula entre todos os membros da Igreja, quer os que se encontram já na Glória eterna do Céu, ou no purgatório ou ainda militam sobre a Terra. Lembrámos de modo especial os últimos Papas , todos eles faleceram com fama de santidade e têm os respectivos processo de canonização a correr, o papa João XXIII é já Beato e os restantes são servos de Deus.
Alguns extractos de uma entrevista feita ao Cardeal Darío Castrillón pela Radio Vaticana
Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "Já João Paulo II queria dar aos fiéis que amavam o antigo rito a oportunidade de celebrar o rito que mais atendia à sensibilidade deles. O Santo Padre Bento XVI tem um amor especial pela Liturgia. Um amor que se traduz também em capacidade de estudo, de aprofundamento da própria Liturgia. Por esse motivo, Bento XVI considera a liturgia anterior à Reforma do Concílio um tesouro inestimável. O papa não quer voltar atrás. É importante saber e ressaltar que o Concílio não proibiu a liturgia de São Pio V e, ademais, é preciso dizer que os Padres do Concílio celebraram a Missa de São Pio V. Não é um voltar atrás, como alguns defendem _ porque não conhecem a realidade. Pelo contrário: o Concílio quis ser amplo nas liberdades boas dos fiéis. Uma dessas liberdades é justamente a de tomar esse tesouro, como diz o papa que é a Liturgia para mantê-lo vivo."
-Cardeal Hoyos, o que muda, na realidade, com esse Motu Proprio?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:-"Com esse Motu Proprio, na realidade, a mudança não é tão grande. A coisa principal é que neste momento os sacerdotes podem decidir, sem permissão nem por parte da Santa Sé nem por parte do bispo, se celebrar a Missa no rito antigo. E isso vale para todos os sacerdotes. Os párocos são eles mesmos que na paróquia devem abrir a porta àqueles sacerdotes que, tendo a faculdade, vão celebrá-la. Portanto, não é necessário pedir nenhuma outra permissão."
Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "Já João Paulo II queria dar aos fiéis que amavam o antigo rito a oportunidade de celebrar o rito que mais atendia à sensibilidade deles. O Santo Padre Bento XVI tem um amor especial pela Liturgia. Um amor que se traduz também em capacidade de estudo, de aprofundamento da própria Liturgia. Por esse motivo, Bento XVI considera a liturgia anterior à Reforma do Concílio um tesouro inestimável. O papa não quer voltar atrás. É importante saber e ressaltar que o Concílio não proibiu a liturgia de São Pio V e, ademais, é preciso dizer que os Padres do Concílio celebraram a Missa de São Pio V. Não é um voltar atrás, como alguns defendem _ porque não conhecem a realidade. Pelo contrário: o Concílio quis ser amplo nas liberdades boas dos fiéis. Uma dessas liberdades é justamente a de tomar esse tesouro, como diz o papa que é a Liturgia para mantê-lo vivo."
-Cardeal Hoyos, o que muda, na realidade, com esse Motu Proprio?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:-"Com esse Motu Proprio, na realidade, a mudança não é tão grande. A coisa principal é que neste momento os sacerdotes podem decidir, sem permissão nem por parte da Santa Sé nem por parte do bispo, se celebrar a Missa no rito antigo. E isso vale para todos os sacerdotes. Os párocos são eles mesmos que na paróquia devem abrir a porta àqueles sacerdotes que, tendo a faculdade, vão celebrá-la. Portanto, não é necessário pedir nenhuma outra permissão."
-Cardeal Hoyos, este documento esteve acompanhado de polémicas e temores: mas o que não é verdade daquilo que foi dito ou lido?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "Por exemplo, não é verdade que tenha sido tirado dos bispos o poder sobre a Liturgia, porque já o Código diz quem deve dar a permissão para celebrar a missa e não é o bispo: o bispo dá o celebrat _ a licença de poder celebrar _ mas quando um sacerdote tem essa licença, são o pároco e o capelão que devem oferecer o altar para celebrar. Se alguém o impede, cabe à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei tomar medidas, em nome do Santo Padre, a fim de que esse direito _ que é um direito claro dos fiéis _ seja respeitado."
-Cardeal Castrillón Hoyos, na vigília da entrada em vigor do Motu Proprio, quais são seus votos?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "A Eucaristia é a maior coisa que nós temos, é a maior manifestação do amor, do amor redentor de Deus que nos quer acompanhar com essa presença eucarística. Isso jamais deve ser um motivo de discórdia: ali deve existir somente o amor. Faço votos de que isso possa ser um motivo de alegria para todos aqueles que amam a tradição, um motivo de alegria para todas aquelas paróquias que não terão mais divisões, mas terão _ pelo contrário _ uma multiplicidade de santidade com um rito que foi certamente o fator e o instrumento de santificação por mais de mil anos. Portanto, agradecemos o Santo Padre que recuperou para a Igreja esse tesouro. Nada é imposto aos outros. O papa não impõe a obrigação; o papa impõe, porém, que se ofereça essa possibilidade onde os fiéis quiserem. No caso de um conflito, porque humanamente dois grupos podem entrar em contraste, a autoridade do bispo _ como diz o Motu Proprio _ deve intervir para evitá-lo, mas sem anular o direito que o papa deu a toda a Igreja."
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "Por exemplo, não é verdade que tenha sido tirado dos bispos o poder sobre a Liturgia, porque já o Código diz quem deve dar a permissão para celebrar a missa e não é o bispo: o bispo dá o celebrat _ a licença de poder celebrar _ mas quando um sacerdote tem essa licença, são o pároco e o capelão que devem oferecer o altar para celebrar. Se alguém o impede, cabe à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei tomar medidas, em nome do Santo Padre, a fim de que esse direito _ que é um direito claro dos fiéis _ seja respeitado."
-Cardeal Castrillón Hoyos, na vigília da entrada em vigor do Motu Proprio, quais são seus votos?
-Cardeal Darío Castrillón Hoyos:- "A Eucaristia é a maior coisa que nós temos, é a maior manifestação do amor, do amor redentor de Deus que nos quer acompanhar com essa presença eucarística. Isso jamais deve ser um motivo de discórdia: ali deve existir somente o amor. Faço votos de que isso possa ser um motivo de alegria para todos aqueles que amam a tradição, um motivo de alegria para todas aquelas paróquias que não terão mais divisões, mas terão _ pelo contrário _ uma multiplicidade de santidade com um rito que foi certamente o fator e o instrumento de santificação por mais de mil anos. Portanto, agradecemos o Santo Padre que recuperou para a Igreja esse tesouro. Nada é imposto aos outros. O papa não impõe a obrigação; o papa impõe, porém, que se ofereça essa possibilidade onde os fiéis quiserem. No caso de um conflito, porque humanamente dois grupos podem entrar em contraste, a autoridade do bispo _ como diz o Motu Proprio _ deve intervir para evitá-lo, mas sem anular o direito que o papa deu a toda a Igreja."
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