sábado, 21 de novembro de 2009

Bento XVI:"recordai-vos que sois os guardiães da beleza no mundo!" "A fé nada tira ao vosso génio, à vossa arte, antes exalta-os, nutre-os, encoraja-o







Um “convite à amizade, ao diálogo, à colaboração”: foi com estas palavras que Bento XVI definiu o sentido do seu encontro com os Artistas, na Capela Sistina, neste sábado de manhã. Uns 250 artistas, “de países, culturas e religiões diversas, e porventura até mesmo distantes de experiências religiosas”, mas todos “desejosos de manter viva uma comunicação com a Igreja Católica, sem restringir os horizontes da existência à mera materialidade, a uma visão redutiva e banalizante”: pintores e escultores, arquitectos, escritores e poetas, compositores e cantores, e ainda artistas do mundo do cinema, do teatro, da dança, da fotografia.
“Com este encontro desejo exprimir e renovar a amizade da Igreja com o mundo da arte, uma amizade consolidada no tempo, pois o Cristianismo, desde as suas origens, bem compreendeu o valor das artes, utilizando sapientemente as suas multiformes linguagens para comunicar a sua imutável mensagem de salvação”.

Este encontro – recordou Bento XVI – tem lugar a dez anos da Carta que João Paulo II dirigiu aos Artistas, em vésperas do Grande Jubileu do ano 2000. E há 25 anos o mesmo Papa Wojtyla proclamou padroeiro dos artistas o Beato Angélico, como “um modelo de perfeita sintonia entre fé e arte”. Finalmente, e sobretudo, com o encontro de hoje se recorda o “histórico acontecimento” de Maio de 1964, há quarenta e cinco anos, quando o Papa Paulo VI promoveu um idêntico encontro com os artistas, na mesma Capela Sistina, “para reafirmar a amizade entre a Igreja e as artes”.

“Naquela circunstância, Paulo VI assumiu o compromisso de ‘restabelecer a amizade entre a Igreja e os artistas’, e pediu-lhes que fizessem seu [esse empenho], partilhando-o, analisando com seriedade e objectividade os motivos que tinham perturbado tal relação, e assumindo cada um, com coragem e paixão, a responsabilidade de um renovado e aprofundado itinerário de conhecimento e de diálogo, em vista de um autêntico ‘renascimento’ da arte, no contexto de um novo humanismo”.
A profunda ligação entre beleza e esperança – sublinhou Bento XVI – constituía também o núcleo essencial da sugestiva Mensagem que Paulo VI dirigiu aos artistas no encerramento do Concílio Ecuménico Vaticano II, a 8 de Dezembro de 1965. “A vós todos – proclamou então solenemente – a Igreja do Concílio diz com a nossa voz: se sois amigos da verdadeira arte, sois nossos amigos”. E acrescentava ainda Paulo VI, na mensagem aos artistas, na conclusão do Vaticano II, há 44 anos:
“Este mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não soçobrar no desespero. É a beleza, como a verdade, que infunde alegria no coração dos homens, é aquele fruto precioso que resiste ao desgaste do tempo, que une as gerações e as faz comunicar na admiração. E isto graças às vossas mãos… Recordai-vos que sois os guardiães da beleza no mundo”.

Bento XVI recordou que “infelizmente o momento actual está marcado, não só por fenómenos negativos a nível social e económico, mas também por um enfraquecimento da esperança, por uma certa desconfiança nas relações humanas, razão por que crescem os sinais de resignação, de agressividade, de desespero”. Ora, interrogou-se o Papa, “o que é que pode restituir entusiasmo e confiança, o que é que pode encorajar o espírito humano a reencontrar o caminho, a elevar o olhar sobre o horizonte, a sonhar uma vida digna da sua vocação, senão a beleza?” Neste contexto, Bento XVI recordou que “uma função essencial da verdadeira beleza, já evidenciada por Platão, consiste em comunicar ao homem uma espécie de ‘choque’ que o faz sair de si mesmo, o arranca à resignação, ao acomodamento ao quotidiano, o faz até mesmo sofrer, como um dardo que o fere, mas precisamente por isso o ‘desperta’, abrindo-lhe novamente os olhos do coração e da mente, dando-lhe asas, impulsionando em direcção ao alto”.

“A beleza, desde a que se manifesta no cosmos e na natureza àquela que se exprime através das criações artísticas, precisamente pela sua característica de abrir e alargar os horizontes da consciência humana, de a lançar para além de si mesma, de a fazer debruçar-se sobre o abismo do Infinito, pode-se tornar um caminho em direcção ao Transcendente, ao Mistério último, em direcção a Deus”.
“Em todas as suas expressões, a arte, no momento em que se confronta com as grandes interrogações da existência, com os temas fundamentais de que deriva o sentimento do viver, pode assumir uma valência religiosa e transformar-se num percurso de profunda reflexão interior e de espiritualidade” – sublinhou ainda o Papa, que evocou a investigação teológica desenvolvida por Hans Urs von Balthasar na sua grande obra “Gloria. Uma estética teológica”, onde escreve nomeadamente: “A via da beleza conduz-nos a captar o Todo no fragmento, o Infinito no finito, Deus na história da humanidade”.
“Simone Weil escrevia a este propósito: ‘Em tudo aquilo que suscita em nós o sentimento puro e autêntico do belo, está realmente a presença de Deus. Existe como que uma espécie de incarnação de Deus no mundo, cujo sinal é a beleza. O belo é a prova experimental de que a incarnação é possível. É por isso que toda a arte de primeira ordem é, por sua essência, religiosa”.

E o Papa concluiu com “um cordial, amistoso e apaixonado apelo”: “Caros artistas! Vós sois guardiães da beleza; vós tendes, graças ao vosso talento, a possibilidade de falar ao coração da humanidade, de tocar a sensibilidade individual e colectiva, de suscitar sonhos e esperanças, de ampliar os horizontes do conhecimento e do empenho humano…
Sede também vós, através da vossa arte, anunciadores e testemunhas de esperança, para a humanidade!”

Bento XVI convidou os artistas presentes na Capela Sistina a “não ter medo de se confrontarem com a nascente primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes, com quem, como vós (disse), se sente peregrino no mundo e na história em direcção à Beleza infinita!” “A fé nada tira ao vosso génio, à vossa arte, pelo contrário, exalta-os e alimenta-os, encoraja-os a superar o limiar e a contemplar com olhos comovidos e fascinados a meta última e definitiva, o sol sem ocaso que ilumina e torna belo o presente”.
fonte:radio vaticano

Benedicto XVI: «Las creaciones artísticas bellas liberan e iluminan la realidad humana, conduciéndola hacia Dios»



Discurso a los artistas en la Capilla Sixtina

El papa Benedicto XVI se ha reunido esta mañana en la Capilla Sixtina con 260 artistas provenientes de los cinco continentes, alentándoles a hablar al corazón de la humanidad a través de la verdadera belleza del arte que lleva a Dios y ser así «anunciadores y testimonio de la esperanza» para todos los hombres. «El arte, en todas sus expresiones, en el momento en el que se confronta con los grandes interrogantes de la existencia, con los temas fundamentales del que deriva el sentido de vivir, puede asumir un valor religioso y transformarse en un recorrido de profunda reflexión y espiritualidad», dijo el Santo Padre.

Publicado el 2009-11-21 14:53:00

(Aci/InfoCatólica) En su extenso y muy profundo discurso, que se enmarca en el aniversario de la Carta de Juan Pablo II a los artistas escrita en abril de 1999 y del encuentro de Pablo VI con los artistas en mayo de 1964, el Santo Padre resaltó que “con este encuentro deseo expresar y renovar la amistad de la Iglesia con el mundo del arte, una amistad consolidada en el tiempo, ya que el Cristianismo, desde sus orígenes, ha comprendido bien el valor del arte y ha utilizado sabiamente sus multiformes lenguajes para comunicar su inmutable mensaje de salvación”.

Tras recordar que fue en la Capilla Sixtina donde “he vivido, con absoluta trepidación y absoluta fe en el Señor, el momento inolvidable de mi elección como Sucesor del Apóstol Pedro”, el Papa explicó el simbolismo del fresco de Miguel Ángel, El Juicio Final, pintado en la Capilla Sixtina, con el que “ofrece a nuestra visión el Alfa y la Omega, el Principio y el Fin de la historia, y nos invita a recorrer con alegría, valor y esperanza el itinerario de la vida. La dramática belleza de la pintura de Miguel Ángel, con sus colores y formas, se hace así anuncio de esperanza, invitación potente a elevar la mirada hacia el horizonte último”.

Ante los males actuales del mundo, cuestionó Benedicto XVI, “¿qué cosa puede generar entusiasmo y confianza, qué cosa puede alentar el ánimo humano a reencontrar el camino, a alzar la mirada sobre el horizonte, a soñar una vida digna de su vocación si no es la belleza?”.

“Ustedes saben bien, queridos artistas, que la experiencia de lo bello, de lo auténticamente bello, no es efímera ni superficial, no es una cosa accesoria o secundaria en la búsqueda del sentido último y la felicidad, porque tal experiencia no aleja de la realidad, sino que al contrario, lleva a una relación estrecha con la vivencia cotidiana, para liberarla de la oscuridad y transfigurarla, para hacerla luminosa, bella”.

El Santo Padre alertó luego sobre un mal de nuestro tiempo: “con frecuencia la belleza es presentada como ilusa y mendaz, superficial y deslumbrante hasta el aturdimiento; y en vez de hacerlo salir al hombre de sí y abrirlo a horizontes de verdadera libertad llevándolo a lo alto, lo aprisiona en sí mismo y lo hace más esclavo, privado de la esperanza y la alegría”.

Se trata, dijo el Papa “de una seductora pero hipócrita belleza, que despierta la lujuria, la voluntad del poder, de posesión, de aprovechamiento del otro y que se transforma, rápidamente, en lo contrario, asumiendo los rostros de la obscenidad, de la trasgresión o de la provocación en sí misma”.

Tras esta llamada de atención sobre la falsa belleza que propone el mundo, Benedicto XVI explicó que la verdadera belleza “que se manifiesta en el cosmos y en la naturaleza y que se expresa a través de las creaciones artísticas, tiene como propia la característica de abrir y expandir los horizontes de la conciencia humana, de ir más allá de sí misma, de ponerla ante el Infinito; y puede convertirse en una vía hacia lo Trascendente, hacia el Misterio último, hacia Dios”.

Por todo ello, el Santo Padre hizo a los artistas una “amistosa y apasionada llamada: son custodios de la belleza, tienen, gracias a vuestro talento, la posibilidad de hablarle al corazón de la humanidad, de tocar la sensibilidad individual y colectiva, de suscitar sueños y esperanzas, de ampliar los horizontes del conocimiento y del esfuerzo humano. ¡Sean por eso gratos con los dones recibidos y plenamente conscientes de la gran responsabilidad de comunicar la belleza, de hacer comunicar en la belleza y a través de la belleza!”

“¡Sean también –exhortó el Papa– a través de su arte, anunciadores y testimonio de esperanza para la humanidad! ¡No tengan miedo de confrontarse con la fuente primera y última de la belleza, de dialogar con los creyentes, con quienes, como ustedes, se sienten peregrinos en el mundo y en la historia hacia la Belleza infinita!”

La fe, concluyó el Santo Padre, “no quita nada de vuestro genio, de vuestro arte, antes bien lo exalta y lo nutre, lo alienta a cruzar el umbral y a contemplar con ojos fascinados y conmovidos la meta última y definitiva, el sol que nunca se pone y que ilumina y hace bello el presente”.

fonte:Infocatólica

Reino de Cristo y malas comprensiones post-conciliares

nullEl Domingo de Cristo Rey se celebra dos veces: El Domingo último de Octubre, según el calendario litúrgico tradicional; y el Domingo de la semana XXXIV, última del Tiempo Ordinario, según el calendario ordinario. Desde Pio XI se rezaba una consagración universal al Corazón de Jesús, que compuso Leon XIII para el Año Santo de 1900, luego confirmó Pio X, y Pio XI la mandó rezar vinculándola a la fiesta de Cristo Rey, cuando la instituyó (enc. Quas Primas nº 26 y 30). Dicha fórmula de consagración es una preciosa muestra de la lex orandi/lex credendi, apropiadísima como expresión del sentido de la institución de la fiesta de Cristo Rey. Una parte de la oración de consagración dice esto:

“…Rex esto eorum omnium, qui in tenebris idolatriae aut islamismi adhuc versantur, eosque in lumen regnumque tuum vindicare ne renuas. Respice denique misericordiae oculis illius gentis filios, quae tamdiu populus electus fuit: et Sanguis, qui olim super eos invocatus est, nunc in illos quoque redemptionis vitaeque lavacrum descendat / Sé Rey de los que permanecen todavía envueltos en las tinieblas de la idolatría o del islamismo;
dignate atraerlos a todos a la luz de tu reino. Mira, finalmente, con ojos de misericordia a los hijos de aquel pueblo que en otro tiempo fue el pueblo elegido: descienda también sobre ellos como bautismo de redención y de vida, la sangre que un día contra sí reclamaron…”

Así decía y así se rezaba. La intención es católica, netamente, y rectamente cristiana, imbuída de principios tan fundamentales como el mandamiento de evangelizar y el de la caridad. En 1962 (no tengo segura la fecha y no puedo precisar si antes o durante el Concilio) Juan XIII alteró la fórmula de consagración y suprimió las dos alusiones que he remarcado en la cita; en adelante, no se haría alusión ni a los judios ni al islamismo ni a los idólatras. Quedó sin embargo la súplica que se refiere a los separados “por error o discordia", para que volvieran a la unidad de la Iglesia.

Sólo con esto se podría articular una tesina sobre el antes y el después, con el mítificado “aggiornamento” del Papa Rocalli como eje o punto de partida de tantas cosas que vinieron luego.

Aquella oración de consagración la rezamos tal cual, la original, los que nos reconocemos católicos con consciencia y conciencia. Los que no, no la rezan; es una de esas oraciones que quedaron en el desván de las sacristías, entre las páginas de los viejos rituales, libros de preces y devocionarios, sombras del pasado que se fue o se dejó ir, o se erradicó. Digamos que se sustituyó, para resumir.

Lo que se puede entrever en la “censura” del Papa Rocalli (beatificado) a la fórmula de consagración compuesta, ordenada y confirmada por sus Predecesores, todo aquel “espíritu", continua todavía tan vivo y activo que produce frutos como este:

Las grandes religiones explicadas a los muchachos en un DVD

o este otro:

Indios de diversas tradiciones religiosas rezan a Cristo en Varanasi
Concluyó en el ashram de Matridam el encuentro anual de Khrist Bhakta

¿Qué tal, qué les parece? Les advierto que la reacción primera ante este tipo de noticias/eventos/hechos define muy bien nuestro grado de “catolicidad", nuestro perfil católico.

Estamos tan “anclados” en ciertos supuestos “conciliares", tan marcados por aquel ubícuo “espíritu” conciliar, que hasta disponemos de una serie de instituciones que trabajan en eso, y reafirman contínuamente todo el “aperturismo” y el “diálogo” a los que se redujeron, más que nada, la misión ad gentes. ¿Dónde ha quedado aquel otro espíritu genuinamente católico que distinguía judaismo, islamismo y paganismo, y rogaba por la conversión, por la extensión universal del Regnum Christi, una fe y una Iglesia?

Las cosecuencias de la “sustitución” se pueden entresacar de esas dos noticias de la agencia Zenith, tomadas de los boletines de esta misma semana. Otra “glosa” de lo que expongo se podría sacar de otra noticia que se ha publicado esta mañana en esta web:

Los obispos suizos defienden la construcción de minaretes en las mezquitas
null
Y esta es la actualidad de la Iglesia en Europa: Enemigos en el exterior (Unión Europea, estados, partidos políticos, ideologías post-marxistas y neo-liberales, cultura post-moderna, etc. etc. etc.) y confusos en nuestro interior (obispos, sacerdotes, religiosos, consagradas, teólogos, moralistas, miembros de movimientos y comunidades, fieles…etc. etc. etc.). Y la opinión general de la sociedad en general, tan afectada, tan confudida, tan infectada.

Si ustedes no se reconocen entre esos grupos, harían bien en rezar esa fórmula de Consagración, tal cual, como antes: Cuando la Iglesia no tenía ni dudas, ni complejos, ni miedos, y sabía distinguir y expresar adecuadamente lo que creía en lo que rezaba (a no ser, claro, que ustedes crean ahora otra cosa y no recen esas cosas).

fonte:Motum Proprio

A SANTA MISSA E COMO SE DEVE OUVÍ-LA



São Francisco de Sales

A Eucaristia é, na verdade, a alma da piedade e o centro da religião cristã, à qual se referem todos os seus mistérios e leis. É o mistério da caridade, pelo qual Jesus Cristo, dando-se a nós, nos enche de graças dum modo tão amoroso quão sublime.

A oração feita em união com este sacrifício divino recebe uma força maravilhosa, de sorte que a alma, Filotéia, cheia das graças de Deus, da suavidade de seu espírito e da influência de Jesus Cristo, se acha naquele estado de que fala a Escritura quando diz que a Esposa dos Cantares estava reclinada sobre o seu Dileto, inundada de delícias e semelhante a uma nuvem de fumaça que o incenso mais precioso levanta o céu, aromatizando o ar.




Faz o possível para arranjar o tempo necessário de ouvir todos os dias a Santa Missa, a fim de oferecer juntamente com o sacerdote o sacrifício do teu divino redentor a Deus, seu Pai, por ti mesma e por toda a Igreja. São João Crisóstomo nos afirma que os anjos a ele assistem em grande número, para honrar com sua presença este mistério adorável.

Não devemos duvidar que, unindo-nos com ele num mesmo espírito, tornemos o Céu propício a nós, enquanto a Igreja triunfante e militante se ajunta com Jesus neste ato divino, para ganhar-nos nele e por ele o Coração de Deus, seu Pai, e merecer-nos todas as suas misericórdias.




Que dita para uma alma poder concorrer para isso algum tanto, por uma devoção sincera e afectuosa!

Se absolutamente não poder ir à igreja, é necessário então suprires a falta da presença corporal pela espiritual; nunca omitas, numa hora da manhã, ir em espírito aos pés do altar, identificar a tua intenção com a do padre e dos fiéis e ocupar-te com este santo sacrifício, em qualquer parte que estiveres, como o farias, se estivesses na igreja.



Proponho-te em seguida um método de ouvir a Missa devotamente:

a) Desde o começo da Missa até o padre subir ao altar, faze com ele a preparação, que consiste em te apresentares a Deus, em confessares a tua indignidade e em pedires perdão de teus pecados.




b) Depois de subir o padre ao altar, até o Evangelho, considera a vinda e a vida de Nosso Senhor neste mundo, lembrando-te delas com uma representação simples e geral.

c) Do Evangelho até depois do Credo considera a pregação de Nosso Senhor; protesta-lhe sinceramente que queres viver e morrer na fé, na prática de sua palavra divina e na união da santa Igreja Católica;




d) Do Credo ao Pater Noster aplica teu espírito à meditação da Paixão e morte de Jesus Cristo, as quais se representam atual e essencialmente neste santo sacrifício, que oferecerás em união com o padre e com todo o povo a Deus, o Pai de misericórdia, para sua glória e nossa salvação.

e) Do Pater Noster à comunhão, excita teu coração, por todos os modos possíveis, a querer ardentemente unir-se a Jesus Cristo pelos laços mais fortes do eterno amor.




f) Da Comunhão ao fim, agradece à sua divina majestade, por sua encarnação, vida, paixão e morte e também pelo amor que nos testemunhou neste santo sacrifício, conjurando-o por tudo isso a ser propício a ti, a teus parentes e amigos e a toda a Igreja e, ajoelhando-te em seguida com profunda humildade, recebe devotamente a bênção que Nosso Senhor te dá na pessoa de seu ministro.

Querendo, no entanto, fazer no tempo da Santa Missa a tua meditação habitual, escusa-te seguir este método. Será suficiente fazer no começo a intenção de assistir a este santo sacrifício, tanto mais que quase todas as práticas deste método se acham sintetizadas numa meditação bem feita.
Fonte:S.Pio V

A REFORMA DO VATICANO II AINDA NÃO ESTÁ CONCLUÍDA



ZENIT falou com Dom Mauro Gagliardi, professor de Teologia no Ateneu Pontifício «Regina Apostolorum» de Roma e Conselheiro das celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice.

-O último volume de Don Nicola Bux sobre a reforma litúrgica do Papa Bento XVI está conhecendo um bom sucesso com os leitores, mas também está causando debate entre alguns especialistas. Prof Gagliardi, poderia nos dar alguma interpretação geral desse volume?

Gagliardi: Na minha breve apresentação do livro de Nicola Bux, A reforma de Bento XVI. A liturgia entre inovação e tradição, Piemme, Casale Monferrato 2008 (cf. Sacrum Ministerium 14 [2008 / 2], pp. 144-145), escrevi no exórdio, "O Concílio Vaticano II deu impulso a uma reforma da liturgia que experimentou diferentes fases e que ainda está em curso. Vai interpretado neste contexto, o belo título do livro de Don Nicola Bux.



Com estas palavras afirmava implicitamente a sintonia por mim sentida entre o espírito expresso por don Nicola Bux e quanto defendi um ano antes, em meu livro intitulado Introdução ao mistério eucarístico. Doutrina - liturgia - devoção, San Clemente, Roma 2007, no qual afirmei que a reforma litúrgica, iniciada com o Concílio Vaticano II (mas, na verdade, mesmo antes), não está de facto concluída, mas ainda " in fieri", ou seja a fazer-se.

Por isso, em diferentes formas e medidas, todos os papas depois do Concílio acrescentaram o seu próprio contributo desde Paulo VI a Bento XVI.



Evidentemente, essa reforma é um longo e laborioso trabalho - não se esqueça de que ela começou há quarenta anos ! - Implica um enorme esforço e, acima de tudo uma enorme paciência, bem como a sensibilização para a necessidade de sempre estar vigilante quanto à sua correcta aplicação, mas também a humildade para ser capaz de rever aspectos - mesmo se universalmente aprovados, ou até mesmo promovidos pela actual legislação -- se estes aspectos forem problemáticos, ou até mesmo melhorá-los.

Por outro lado, quem agora acredita que o rito de Paulo VI, melhorou o de São Pio V não afirma também, mais ou menos directamente, que as normas precedentemente em vigor e vigentes deviam ser melhoradas?




Por que, então, a legislação relativa ao Novus Ordo deve ser considerada como perfeita e intocável? Numa reforma litúrgica o que interessa não é afirmar as próprias suas ideias a todo o custo, mesmo contra a evidência, mas ajudar a Igreja a adorar sempre melhor a Santíssima Trindade.

Todos, na verdade, ou quase, concordam em reconhecer que a adoração de Deus através de Jesus Cristo, no Espírito Santo é a essência e, ao mesmo tempo o fim da sagrada liturgia ou culto divino. Sendo este ponto comum a quase todos os estudiosos sérios, vê-se que precisamos de construir a partir daqui.



-Acredita, portanto, que o recente livro de seu colega Don Nicola Bux ajude a compreender a natureza teológica da liturgia?

Gagliardi: Nicola Bux dedica a este ponto fundamental, ou seja a compreensão teológica da sagrada liturgia, os dois primeiros capítulos de seu livro. Os outros capítulos são destinados, em vez disso, a analisar o estado actual da reforma litúrgica ainda em curso: a situação, mas também a história recente que levaram a ela.

Ele reconhece que "há uma batalha sobre a liturgia" (p. 45, cf. p. 50). A liturgia está sendo disputada entre tradicionalistas e inovadores - o subtítulo do livro faz referência a isso - e toda a gente está tentando puxar a água ao seu moinho, apontando os aspectos teológicos e jurídicos que interessam ao próprio caso e "reinterpretando" os dados desfavoráveis à sua tese preconcebidas. Essa atitude está localizada quer na chamada "direita" quer na chamada "esquerda". Em vez disso, Don Bux adverte: "Não faz sentido ser excessivamente ou inovadores tradicionalistas" (p. 46) e acho que todo o seu livro deve ser entendido nesta óptica.



Antes de mais, deve ser lembrado que este é um livro deliberadamente sintético, que lança sobre a mesa os temas para discutir , mais do que fornecer longos aprofundamentos sobre cada uma das questões. É um convite à reflexão, ao diálogo, ao estudo, também – se se quer - ao confronto sério entre as diferentes posições, mas tomando cuidado para que o confronto seja fundado em argumentos e não em preconceitos partidários.

É um livro que pretende ser equilibrado e convidar ao equilíbrio. "Este é um aviso para uns e para outros - escreve o Autor, a propósito de um tema particular, referindo-se aos tradicionalistas e aos inovadores - para que reencontrem o equilíbrio" (p. 63). Esta é a tentativa e a sugestão que Don Bux quer fazer com o seu volume.

Fraternidade S.Vicente Ferrer: comunidade Dominicana que celebra Missa Tridentina


Né en 1949, à Madrid, le Père Louis-Marie de Blignières fait ses études primaires et secondaires classiques à Paris (1956-1967), puis des études scientifiques supérieures à l'Ecole Sainte-Geneviève de Versailles et à la faculté des Sciences d'Orsay (1967-1972).
Il entre alors dans une communauté bénédictine apostolique à Martigny dans le Valais suisse (1972-1975) et après avoir complété ses études sacerdotales dans la Fraternité Saint-Pie X, est ordonné prêtre en 1977 par Mgr Lefebvre.

Il donne à Paris un cours sur la spiritualité thomiste et fonde les Retraites du Rosaire. En 1979, il fonde la Fraternité Saint-Vincent-Ferrier à Chémeré-le-Roi en Mayenne.
Le Père L.-M. de Blignières est titulaire d'une Maîtrise de Mathématiques - Physique, d'un Certificat d'Etudes Supérieures d'Astrophysique, et d'un Doctorat de Philosophie (Le mystère de l’Être, L’itinéraire thomiste de Guérard des Lauriers).
Il est l'auteur du livre Les fins dernières, d'un commentaire de la romance Au commencement, le Verbe de Saint Jean de la Croix et anime des séances de formation pour étudiants et jeunes professionnels (Café-Caté)

Télécharger l'interview

Comment est née la Fraternité Saint-Vincent-Ferrier ? (1)


La Fraternité est née d'un appel du Christ à une consécration dans la radicalité des conseils évangéliques, et d’un choc : la rencontre avec la misère de l'ignorance religieuse.
Embrasser la Croix que le monde fuit et nous consacrer à la prédication de la Vérité évangélique dans une société marquée par le relativisme : tel a été notre projet de vie, concrétisé en septembre 1979 par la fondation du Couvent Saint-Thomas-d'Aquin à Chémeré-le-Roi, en Mayenne. Actuellement nous sommes quinze religieux, dont huit prêtres et un diacre.

Pourquoi une fondation nouvelle ?


Nous avons voulu vivre le charisme de cette vie apostolique avec les moyens éprouvés que nous lègue la tradition. Notre projet ayant mûri en contexte de crise, nous n'avons pas frappé à la porte de l’Ordre des Prêcheurs. La vague des remises en cause — crise liturgique, sécularisation, doutes sur la doctrine de saint Thomas d'Aquin, déviations doctrinales — déferlait sur l’Eglise et atteignait aussi les provinces dominicaines… Une large enquête fut confirmée par ce qu’un Père, qui devait ensuite accéder à de hautes charges dans l’Eglise, m’écrivait en 1977 : « Aucune des options possibles n’offre une vie dominicaine parfaite. La vocation dominicaine devrait être assez forte pour pouvoir la vivre malgré certaines misères actuelles ; tout comme on devient prêtre aujourd’hui souvent malgré les séminaires, mais parce qu’on cherche le sacerdoce ». Nous avons donc tenté de vivre le charisme de saint Dominique dans une fondation nouvelle. Nous avions conscience du statut non canonique de notre entreprise. Dans l’attente d’une régularisation, nous n’avons prononcé que des vœux privés. Partie prenante de la réaction « traditionaliste », nous avons rédigé des travaux sur la crise dans l'Église, notamment sur la liberté religieuse. Dès 1980, nous avons multiplié les contacts avec évêques et théologiens. Il nous paraissait capital d'approfondir les questions en débat, et de travailler à l'unité dans la vérité.

Quel a été l'aboutissement de ce travail ?


Après des recherches approfondies, nous avons été conduits en 1987 à un changement de position sur la liberté religieuse. Nous nous étions trompés sur un point de notre critique. Le magistère n’a pas promulgué quelque chose de contradictoire avec les enseignements antérieurs, comme nous le pensions auparavant et comme continuent à l'affirmer des opposants des deux bords. La Déclaration du Concile sur ce sujet est faible, équivoque, dangereuse, mais non pas erronée en son enseignement principal. On peut, sans dissidence et sans néo-modernisme, être en communion avec le Magistère authentique de l'Église. Le Catéchisme de l'Église Catholique, des encycliques de Veritatis splendor à Ecclesia de Eucharistia confirment une continuité substantielle.
Cela n'exclut pas la possibilité de points de désaccord. Une part du discours et de la pastorale actuels en matière d’œcuménisme, de dialogue interreligieux, de rapports avec la société civile, de collégialité, de liturgie, contribue à la crise d’identité que traverse le catholicisme. Les fidèles ont « le droit et même le devoir » (canon 212 § 2) d’attirer l’attention, dans un esprit constructif, sur les aspects négatifs. Nous l’avons fait respectueusement — par des mémoires au Saint-Siège ou des articles — à propos d’Assise, des repentances, du statut de la messe traditionnelle. Nous sommes conscients qu’il revient à l’autorité un rôle décisif pour dénouer la crise. Des éclaircissements dogmatiques, précisant ceux des textes qui ont donné lieu aux interprétations erronées, nous paraissent notamment nécessaires.
Cette attitude n’a pas été considérée par le Saint-Siège comme un obstacle à notre reconnaissance. Malgré notre petit nombre, la Commission Pontificale Ecclesia Dei nous a érigés, deux mois après notre demande, en Institut de droit pontifical. Dans une audience privée, le Pape nous a félicités de notre étude sur la liberté religieuse qui, tout en montrant la continuité avec le magistère antérieur, affirmait les limites de la Déclaration et les droits du Christ-Roi. Nos Constitutions ont été approuvées définitivement dans un délai très bref, en avril 1995.

Et les dominicains ?


Les autorités de l'Ordre des Prêcheurs (dont nous ne dépendons pas canoniquement) ont plutôt mal pris notre reconnaissance par la hiérarchie. Un dialogue a été noué pour étudier la possibilité d'entrer dans la Famille dominicaine. Cette formule reconnaîtrait notre parenté, sans nuire à l'autonomie juridique et au charisme spécifique. Il faudra du temps pour que les choses aboutissent, en particulier pour que notre spécificité liturgique soit ressentie comme légitime. Nous avons déjà reçu d’un Maître de l’Ordre la participation aux biens spirituels de l’Ordre. Les contacts sont nombreux avec des pères de diverses provinces. Ce sont des dominicains qui prêchent habituellement nos retraites de communauté. Des Pères nous ont dit retrouver dans notre Couvent la vie qu’ils avaient connue avant la crise.

Pourquoi votre Institut est-il sous le patronage de saint Vincent Ferrier ?


Parce que c'est une sorte « d'apôtre des temps difficiles ». Dans un temps où s'accumulent les catastrophes — guerres, peste et Grand Schisme —, saint Vincent (1350-1419) fait rayonner les facettes de la grâce de saint Dominique : aspects intellectuel, spirituel et apostolique. C'est de lui qu'est cette sentence d'une vérité brûlante en nos temps de misère liturgique : « La Sainte Messe est l'acte le plus haut de la contemplation » (2). Sa prédication des perspectives eschatologiques, sa conception de la chrétienté, son énergie sont une leçon pour la modernité occidentale, qui glisse dans le suicide de civilisation par matérialisme et désespoir.

Quelle est la spiritualité de votre communauté ?


Le cœur de cette vocation dominicaine est contemplatif. La finalité est « la prédication et le salut des âmes ». Ce n'est pas uniquement une vocation d'intellectuel. Les moniales, les frères convers, les missionnaires, les artistes sont de véritables dominicains ! Tous abordent les choses sous l'angle de la lumière de la vérité. Sainte Catherine de Sienne dit que l'aspect spécifique de la charité cultivé par Dominique, c'est le « salut des âmes par la lumière de la science » (3).
Outre l'étude de la vérité sacrée, la vie dominicaine comprend les observances conventuelles et la célébration solennelle de la liturgie. L'idée de Dominique était d'amener par ces moyens les religieux à être pénétrés du dépôt révélé et à le communiquer par une « prédication découlant de l’abondance de la contemplation ».
Dans cette atmosphère de joie caractéristique du « Patriarche apostolique », nous nous efforçons de vivre un approfondissement marial de la spiritualité dominicaine : « Contempler et communiquer aux autres la vérité contemplée... par Marie ».

D'où vient cette note mariale spécifique ?


D’une nécessité pour les temps actuels : celle de la présence de la Vierge Marie, dont saint Louis-Marie de Montfort et saint Maximilien Kolbe ont perçu l'importance pour les âmes en quête de salut dans le désarroi du monde moderne. II nous a semblé très important d'expliciter cette note mariale présente dans la vocation dominicaine : que toute notre vie soit dans l'ambiance mariale, que notre prédication manifeste le rôle de Marie dans l'économie du salut.
L'instrument pédagogique qui rend cela possible, c'est le saint Rosaire, remis par Marie à saint Dominique, non seulement comme méthode de prière, mais aussi comme formule d'apostolat. Le père Vayssière, un grand contemplatif dominicain qui fut longtemps gardien de la Sainte-Baume en Provence, disait que le Rosaire est « un enchaînement d’amour de Marie à la Trinité » (4). Nous mettons en oeuvre cette pédagogie, qui conduit de Marie à la Trinité, notamment dans les « retraites du Rosaire ».

(1) Entratien actualisé de celui qui est paru dans le numéro 91 de Sedes Sapientiae (mars 2005) et en version abrégé dans le numéro 1337 de L' homme nouveau du 2 janvier 2005.
(2) « Missa est actus altius contemplationis quod possit esse », Quadragesimale, sermo 39, Sabbato post Oculi, Sancti Vincentii Ferrerii Opera, studio Caspari Erhard, Augustae Vindelicorum, MDCCXXIX, p. 124 D.
(3) Dialogue, ch.158, trad. Hurtaud, t.2, Paris, Téqui, 1976, p. 273.
(4) Marcelle Dalloni, Le Père Vayssière, biographie et textes spirituels, Paris, Alsatia, 1957, p. 166.





Présentation de l'origine et
de l'histoire de la fondation
par le Père Louis-Marie
de Blignières
(émission de Radio Fidélité).


1979 Fondation de la communauté.
1981 Premières professions.
1982 Aménagement de l'église conventuelle dans les anciens communs.
1986 Suite de l'aménagement des communs (pièces d'accueil).
1987 Les premiers frères commencent à compléter leur cursus d'études thomistes par l'acquisition de diplômes universitaires.
1988 Erection canonique comme Institut religieux de Droit Pontifical et premières ordinations sacerdotales.
1990 Aménagement de la bibliothèque.
1992 Bénédiction de l'hôtellerie par Mgr L.-M. Billé, évêque de Laval.
1995 Approbation par le Saint-Siège des Constitutions définitives.
1996 Construction du cloître et d'un bâtiment conventuel …
1998 Bénédiction du cloître par Monseigneur Armand Maillard -évêque de Laval. lire
1998 Election du Père L.-M. de Blignières comme Prieur de la Fraternité par le Chapitre Général.
2004 Réélection du Père L.-M. de Blignières comme Prieur de la Fraternité.
2004 25ème anniversaire de la fondation du Couvent Saint Thomas d’Aquin.lire le sermon du Père Bernard-Marie Laisney
2006 Ordinations sacerdotales de deux frères. voir les photos
2007 Reconnaissance légale de la Fraternité par décret du Premier Ministre.
2008 Première Ordination sacerdotale d'un frère dans le diocèse.

Pour plus de renseignements sur la vie du couvent à partir de 1994, consulter les chroniques des Nouvelles de la Fraternité.

La Fraternité en son genre de vie, surtout pour la vie intérieure, s'applique à suivre les pas de saint Dominique. La fin propre de son dynamisme apostolique est le témoignage et la prédication de l'Evangile ; un élément particulier de sa spiritualité est l'attention aimante portée au rôle de la Bienheureuse Vierge Marie dans le plan du salut. en savoir plus...

L’efficacia della Messa anche senza comunione dei fedeli Il problema delle derive odierne in campo liturgico ha spinto e spinge ad una ricerca più a








Il problema delle derive odierne in campo liturgico ha spinto e spinge ad una ricerca più approfondita delle cause e delle possibili soluzioni a questo problema. La prima prospettiva non può essere che teologica e nella fattispecie teologico-sistematica; il problema liturgico che tanto inquieta oggi le autorità ecclesiastiche, il Santissimo in primis, ha, nelle sue visibili e talvolta esecrabili manifestazioni, una radice teologica. Alla base del contemporaneo smarrimento, ormai evidente per tutti, vi è forse un offuscamento della vera natura del sacrificio eucaristico, che, unitamente all’oblio delle dovute distinzioni teologiche, ha portato alla considerazione della Messa, in modo parziale, quando non apertamente erroneo. L’urgenza attuale è quella di riposizionare la questione dapprima nell’alveo della teologia cattolica e dell’infallibile Magistero, per poi volgersi alla risoluzione pratica dei problemi sollevati da questo quarantennio. L’analisi che segue vuole abbordare la questione relativa all’efficacia sacrificale della Messa, all’ “ex opere operato”, alla sua efficacia cultuale “per se”, anche indipendentemente dallo stato di grazia dei fedeli o dello stesso celebrante, ed indipendentemente dalla comunione sacramentale dei presenti. La luce di San Tommaso sarà, ancora una volta, faro dell’articolata e complessa questione, che deve oggi tornare al centro del dibattito. Come la nostra linea editoriale si prefigge, l’autore non si limita ad una fredda analisi speculativa, ma propone anche una via concreta di soluzione al problema; si rimane ancora una volta sulla scorta dell’Aquinate, il quale ricorda spesso quanto teologia dogmatica e morale, sapere speculativo e sapere pratico, non siano discipline nettamente separate, ma due modi permeabili di procedere nell’unità della teologia.






Sacrosanctum Concilium e
i frutti sacrificali della Messa
di Matthieu Raffray


Scopo e limiti del rinnovamento conciliare riguardo alla partecipazione eucaristica

La costituzione conciliare Sacrosanctum Concilium sulla liturgia è spesso presentata come una volontà di superare il formalismo eccessivo che caratterizzava la liturgia “post-tridentina”, a vantaggio di una partecipazione “più cosciente, attiva e fruttuosa”
[i] del Popolo de Dio al mistero che si realizza nei sacramenti, in particolare nel caso dell’Eucarestia. Uno dei principali redattori del testo, Mons. Ferdinando Antonelli, spiega che questa preoccupazione era lo scopo stesso del rinnovamento prospettato dal Concilio : "Lo scopo del rinnovamento liturgico, evocato nella Costituzione, è essenzialmente quello di condurre nuovamente i fedeli ad un partecipazione cosciente e attiva alla vita liturgica, in particolare alla messa che è il centro della liturgia”[ii].

Questo rinnovamento voleva in primo luogo prendere le distanze dalle lacune della liturgia dell’epoca tridentina : "La concezione che i Padri di Trento avevano della liturgia presenta certo elementi positivi, ma era ormai decisamente superata”, a causa della sua assenza di scientificità critica, a causa dell’importanza attribuita all’aspetto esteriore della cerimonie “a detrimento dell’anima della liturgia”, dell’ “attaccamento all’aspetto secondario del rito” o ancora a causa di una “vera cristallizzazione dei riti e delle rubriche, la qual cosa nuoce alla partecipazione dei fedeli, essendo contraria alla natura della liturgia”. Tutte queste cause avrebbero causato, secondo Antonelli, la clericizzazione della liturgia: “I fedeli sono dei semplici spettatori obbligati ad assistere senza comprendere e senza prendere parte a ciò che si svolge”[iii].


Nel caso della liturgia eucaristica, nello scopo di mettere in opera lo sperato rinnovamento, il testo conciliare raccomanda quindi con forza “questa perfetta partecipazione alla messa che consiste nel fatto che i fedeli, dopo la comunione del sacerdote, ricevano il corpo del Signore nello stesso sacrificio”[iv].

Sulla stessa scia, i Padri conciliari insistono sul valore comunitario della Messa e favoriscono le liturgie celebrate attorno alla comunità riunita, a detrimento della “messe private”[v].

Le riforme che hanno seguito il testo, più di quarantacinque anni dopo la promulgazione della Sacrosanctum Concilium, hanno dimostrato, nella loro applicazione concreta, un certo numero di limiti: è la constatazione che faceva lo stesso papa Giovanni Paolo II, mettendo in relazione nella sua ultima enciclica “la riforma liturgica del Concilio” e “una comprensione molto riduttiva del mistero eucaristico” : “non c’è dubbio che la riforma liturgica del Concilio ha prodotto dei grandi benefici di partecipazione più cosciente, più attiva e fruttuosa dei fedeli al santo Sacrificio dell’altare (…). Purtroppo le ombre non mancano. Ci sono in effetti dei luoghi nei quali si nota un abbandono quasi totale del culto dell’adorazione eucaristica. A questo si aggiungono, in tale o talaltro contesto ecclesiale, degli abusi che contribuiscono ad oscurare la retta fede e la dottrina cattolica riguardo a questo ammirabile Sacramento. A volte si fa avanti una comprensione molto riduttiva del mistero eucaristico. Privato del proprio valore sacrificale è vissuto come se non andasse aldilà del senso e del valore di un incontro conviviale e fraterno. Inoltre, la necessità del sacerdozio ministeriale, che si fonda sulla successione apostolica, è a volte oscurata, e il carattere sacramentale dell’Eucarestia è ridotto alla sola efficacia dell’annuncio. Da qui, qua e là, delle iniziative ecumeniche che, sebbene suscitate da un’intenzione generosa, si lasciano andare a delle pratiche eucaristiche contrarie alla disciplina nella quale la Chiesa esprime la sua fede. Come non manifestare una profonda sofferenza di fronte a tutto ciò? L’Eucarestia è un dono troppo grande per poter sopportare ambiguità e riduzioni”[vi].

La praxis liturgica attuale, che non può essere ridotta a casi particolari – soprattutto se si tratta di abusi – riflette tuttavia una certa percezione, tanto da parte dei fedeli che da parte del clero, della necessità, del fine e dell’efficacia dell’azione eucaristica, e dunque è specchio di una certa teologia sacramentale: molte pratiche liturgiche abituali, così come gli abusi e i derivati che sono oggi frequenti, riflettono in fin dei conti una riduzione dell’idea del profitto spirituale legato ai frutti sacrificali dell’Eucarestia[vii].

Queste pratiche, seppur non rispondano alla stretta messa in opera delle direttive conciliari, e ancor meno all’intenzione dei Padri del Concilio, sono tuttavia caratteristiche di un’assenza di chiarezza teologia, che bisogna forse attribuire al testo del Concilio, nella misura in cui è il senso stesso del mistero eucaristico che sembra velarsi.

La preoccupazione conciliare di rimettere al centro dell’azione liturgica la partecipazione dei fedeli in vista di prendere parte più perfettamente ai frutti della Messa ci porta dunque ad interrogarci sull’efficacia del sacramento dell’Eucarestia, cioè sul modo e la misura secondo la quale il Popolo di Dio beneficia dei frutti di una celebrazione eucaristica. Come abbiamo detto, gli autori di Sacrosanctum Concilium avevano la volontà di prendere nettamente le distanze dalla liturgia post-tridentina, ai loro occhi troppo formalista, al punto da far perdere di vista la finalità eucaristica[viii].

In vista di oltrepassare una tale opposizione, può essere utile interrogare, la teologia sacramentaria di San Tommaso d’Aquino: una lettura approfondita degli articoli della IIIa pars concernenti il sacramento dell’Eucarestia, lettura effettuata nell’ottica particolare delle condizioni della fecondità sacramentale, ci permetterà di comprendere in qual misura e in che casi i frutti dell’Eucarestia sono prodotti, e a quali condizioni si applicano. Questa rilettura ci permetterà, in conclusione, di mettere in evidenza il legame fra pratica liturgica e teologia sacramentale.


L’efficacia sacramentale in San Tommaso d’Aquino

La stessa struttura del trattato “De sacramentis in genere” alle questioni 60-65 della IIIa Pars mette in evidenza i fondamenti della teologia sacramentaria tommasiana: la questione 62 tratta dell’ “effetto principale dei sacramenti, che è la grazia” e la questione 63 porta sull’ “effetto secondo del sacramento che è il carattere”. Questi due elementi, grazia e carattere, permettono a San Tommaso di articolare formalità e finalità dei sacramenti, attorno alla questione primordiale dell’efficacia dei segni sacramentali e della loro condizione di realizzazione fruttuosa: l’importanza di una tale struttura non è di poco conto – ed è ciò che vorremmo dimostrare, in particolare attraverso la comparazione con il testo delle Sentenze.

E’ noto che è adottando la distinzione tra opus operatum e opus operantis (o opus operans) – consacrata più tardi dal Concilio di Trento sotto la formula ex opere operato [ix] – che San Tommaso differenziava nel suo Commentario delle Sentenze il valore oggettivo del sacramento dagli effetti legati ai meriti del ministro che lo compie. E’ precisamente in quanto i sacramenti sono causa strumentale della grazia che questa distinzione diventa possibile: l’efficacia del sacramento non dipende dal ministro che lo realizza come dalla sua causa principale, ma piuttosto da Dio, la cui azione è infallibile. Questa doppia causalità comporta un doppio livello d’efficacia che bisogna caratterizzare chiaramente, perché lo strumento può, se mal utilizzato, mal disposto o se è difettoso, costituire un ostacolo all’efficacia divina. La cosa è chiara quando si compara l’efficacia dei sacramenti a quella della preghiera:

«Nella preghiera, colui che prega è come l’agente principale, e non solo come l’agente
strumentale. Dunque perché la preghiera sia efficace, si richiede che rilevi dall’effetto ex opere operante, e non solo dall’ ex opere operato, come è il caso dei sacramenti»[x].

Così dunque la grazia è causata strumentalmente nell’anima, ex opere operato, a partire dal momento in cui il sacramento è realizzato nelle condizioni richieste (materia, forma e intenzione), e dunque indipendentemente dalla sua qualità propria e dalla sua devozione personale. Bisogna intendere questa espressione conformemente all’intenzione del Dottore angelico, non nel senso di un’efficacia infallibile, quasi magica, ma piuttosto nel senso di un’efficacia per se, nel senso in cui l’inefficacia di un sacramento, quando è valido, non può venire che da un obex esterno, che impedisce che la grazia si applichi all’anima. Questa precisazione è di capitale importanza, perché lascia aperta la questione dell’applicazione dei frutti del sacramento, nel caso in cui incontri un tale ostacolo. I testi del Commentario mancano, in questo punto, di precisazioni.

Paradossalmente, nella Summa Teologica, l’espressione ex opere operato non appare neanche una sola volta, sebbene la stessa dottrina della causalità strumentale vi sia largamente sviluppata. La ragione è, a nostro avviso, la sistematizzazione dottrinale che caratterizza questo trattato, e che è la principale innovazione in rapporto ai corrispondenti del Commentario della Sentenze e della Summa contro i Gentili [xi]; nel nostro testo, San Tommaso tratta in maniera organica dei sacramenti in generale, fin dalla prima questione del trattato, intorno alla distinzione dei due aspetti sotto i quali l’uso dei sacramenti deve essere studiato: il culto divino e la santificazione dell’uomo:

«Si possono considerare due aspetti nella pratica dei sacramenti : il culto divino e la
santificazione dell’uomo. Il primo punto di vista riguarda l’uomo nei suoi rapporti con Dio. Il secondo, al contrario, riguarda Dio nei suoi rapporti con l’uomo »[xii].

Se posiziona l’aspetto della santificazione all’inizio della trattazione (la grazia è “l’effetto principale del sacramento”), non riduce tuttavia l’altro aspetto, perché la dimensione cultuale dei sacramenti deriva direttamente dall’azione di Dio nell’anima. Si capisce qui l’importanza della dottrina del carattere sacramentale impresso nell’anima: non già per il profitto spirituale di colui che lo riceve, ma soprattutto per compiere validamente le azioni cultuali che Cristo ha istituito e scelto. Il carattere è così il sigillo della nostra deputazione da parte di Dio a rendergli un culto in spirito e verità, aspetto ascendente della finalità del sacramento, inseparabile dal suo aspetto discendente, la santificazione dell’anima. L’una e l’altra finalità dei sacramenti, santificazione e culto, non possono essere dissociate, perché esse trovano il loro fondamento nei segni sacramentali: “i sacramenti della fede sono simultaneamente segni della santificazione e segni di culto. La santificazione e il culto sono resi efficaci secondo l’economia della significazione sacramentale; solo la nozione di segno permette la loro connessione (…) L’uomo del culto della nuova legge non è dunque solo recettore dei segni sacramentali, ma è anche, in virtù della dimensione cultuale inerente a questi segni, soggetto delle azioni liturgiche»
[xiii].

Si può quindi affermare che l’introduzione della finalità cultuale della sacramentalità è il « motivo chiave dell’ultima sinfonia sacramentale di Tommaso”[xiv], nel senso in cui essa dà una prospettiva più completa dell’insieme della teologia sacramentale, e permette così di meglio comprendere l’articolazione tra fruttuosità ed efficacia dei sacramenti. Tommaso applicherà questa doppia finalità, ed è ciò che vedremo ora, alla risoluzione dei problemi concreti legati alla fecondità sacramentale.




La doppia finalità sacramentale nel caso dell’Eucarestia

«Il sacramento che concerne il culto divino nella stessa azione sacramentale, è l’Eucarestia
in cui consiste il culto divino come nel suo principio, in quanto essa è sacrificio della Chiesa»[xv].

Caratterizzando in questa maniera il sacramento dell’Eucarestia, San Tommaso lo posiziona con fermezza al cuore della doppia finalità dei sacramenti, culto e santificazione. E’ lì che si realizza più pienamente e più perfettamente, tanto il “principio” del culto divino, poiché è il sacrificio della Chiesa, quanto la più autentica santificazione, poiché procura all’anima la sorgente e la causa stessa di ogni grazia. E’ d’altronde a causa di quest’aspetto cultuale che il sacramento dell’Eucarestia è il più importante del settenario
[xvi].

L’argomento è di un certo spessore, ed implica nel trattato tomista un certo numero di importanti conseguenze. In particolare in rapporto all’opportunità di celebrare l’Eucarestia, che San Tommaso rapporta direttamente a questa doppia finalità, per dedurne che un sacerdote non può astenersi totalmente dal celebrare, nemmeno se fosse completamente privo dell’obbligo di cura d’anime, perché è in obbligo verso Dio: “l’opportunità di offrire il sacrificio non è da considerare soltanto in rapporto ai fedeli di Cristo, ai quali bisogna amministrare i sacramenti, ma a titolo principale in rapporto a Dio, a cui questo sacrificio è offerto nella consacrazione di questo sacramento”[xvii].

E’ lo stesso fondamento che permette anche di risolvere la questione dell’estensione del profitto che deriva dalla celebrazione di una messa: in quanto azione cultuale, l’efficacia del sacrificio moltiplicata dal numero di messe, poiché è ogni volta una nuova offerta che si compie; in quanto sacramento, al contrario, il numero di ostie consacrate, o la moltiplicazione delle comunioni nel corso della stessa messa non aumenta la presenza sacramentale[xviii]. Quanto alla comunicazione dei frutti dell’Eucarestia, essa è esplicitata precisamente sulla base di questa distinzione tra le due finalità dell’atto sacramentale:

« Così dunque questo sacrificio è proficuo a coloro che lo consumano per modo di
sacramento, e per modo di sacrificio, perché è offerto per tutti coloro che lo consumano (…) Ma agli altri, che non lo consumano, esso è proficuo per modo di sacrificio, in quanto è offerto per la loro salvezza »[xix].

In ultimo resta da aggiungere che, nel suo aspetto sacrificale, il valore della messa non dipende dal valore del prete che la celebra, non solo in quanto l’azione è realizzata ex opere operato, ma anche nella misura in cui il prete agisce in quanto ministro della Chiesa. In effetti quando esamina il valore della messa di un cattivo sacerdote (q. 82, a.6), San Tommaso applica i principi che valgono per tutti i sacramenti, ma li completa aggiungendo una distinzione fondata ancora una volta sull’aspetto sacrificale della messa, nella sua finalità impetratoria:

«In ciò che concerne il sacramento, la messa di un cattivo sacerdote non vale meno di
quella di uno buono, perché da una parte e dall’altra, è lo stesso sacrificio ad essere consacrato. Inoltre la preghiera che si fa alla messa può ancora essere considerata sotto due punti di vista. Da una parte, in quanto essa trae la propria efficacia dal prete che prega. E sotto questo punto di vista è fuor di dubbio che la messa di un miglior prete è più fruttuosa. Da un’altra parte, in quanto la preghiera è pronunciata alla messa dal prete che rappresenta tutta la Chiesa, di cui è ministro. Ora questo ministero sussiste anche tra i peccatori, come l’abbiamo detto nell’articolo precedente, a proposito del servizio di Cristo »[xx].

Così dunque in quanto le sue preghiere sono fatte in persona ecclesiae, il cattivo sacerdote non influisce sul frutto che ne deriva, e Dio esaudisce le sue richieste, in nome della Chiesa che Lo prega. Il corollario è, di contro, che la messa di un ministro separato dalla Chiesa, eretico, scismatico o scomunicato, in maniera formale e colpevole, benché sia valida dal punto di vista sacramentale e vera dal punto di vista sacrificale, non potrebbe essere efficace quanto alle preghiere fatte dal sacerdote che esse siano private o fatte in nome della Chiesa
[xxi]. Ciò significa che il valore cultuale del sacrificio è anche più importante, dal punto di vista della fecondità, che non il valore puramente sacramentale dell’Eucarestia. Ne consegue che è insufficiente porre la totalità – e forse anche l’essenziale – dei frutti dell’Eucarestia nella consumazione sacramentale: sarebbe mancare una delle finalità maggiori della messa, e impedire, per questa stessa ragione, di comprendere, nella prospettiva tomista, la fecondità del sacrificio offerto a Dio, nella sua efficacia eucaristica, latreutica, impetratoria e propiziatoria.





Come approfittare più abbondantemente dei frutti eucaristici?

In conclusione, resta da interrogarsi sulla distinzione tra i frutti del sacrificio e i frutti del sacramento: poiché l’ opus operatum del sacramento consiste nel ricevere passivamente da Dio, mentre l’ opus operatum del sacrificio, consiste nell’offrire in maniera attiva a Dio, i frutti sono necessariamente diversi. Nel sacramento, il frutto è la santificazione dell’anima, che riceve la grazia consumando le specie eucaristiche. Nel sacrificio l’ “opus operatum” non pone niente: né grazia, né dono. Quale dunque la natura dei frutti sacrificali? Il sacrificio rende a Dio la lode e l’onore che gli sono dovuti, operando così per noi, a titolo di causa morale infallibile, e anteriormente all’azione dei sacramenti, l’accesso alla misericordia e alla bontà di Dio che giustifica l’anima, o che la fa progredire nella perfezione. Questa differenza di natura tra frutti del sacramento e frutti del sacrificio mette in evidenza in maniera ancor più significativa, la ricchezza di questa doppia finalità: non soltanto dal punto di vista del numero di coloro che profittano di questi frutti, m anche in ciò che concerne la fecondità per l’anima del fedele che beneficia di tali frutti.

L’esame attento della teologia sacramentale tomista ci ha dunque permesso di mettere in evidenza l’importanza dell’aspetto cultuale dei sacramenti, e in particolare dell’Eucarestia. Questa lettura ci porta allora a rimettere in discussione la tentazione moderna di far passare in secondo piano la finalità sacrificale del culto divino, in particolare a causa delle conseguenze di una tale visione della fecondità eucaristica. Ora, bisogna riconoscere che numerosi teologi contemporanei, se non hanno abbandonato, sotto l’influenza dei pensatori “riformati”, in maniera pura e semplice la natura sacrificale della messa, hanno tuttavia voluto concentrare il “Mysterium fidei” sul suo atto puramente sacramentale, pretendendo così rendere più fruttuosa la partecipazione eucaristica. Era questa, nel migliore dei casi, un’illusione.

Si percepisce dunque la necessità di rimettere in evidenza, non solo dal punto di vista teorico, ma anche nella pratica liturgica, il valore intrinseco del Santo Sacrificio della messa, indipendentemente dalla partecipazione sacramentale. In questo modo tutta la Chiesa, e il popolo cristiano in primo luogo, avrà veramente beneficio in maniera “più cosciente, attiva fruttuosa”, secondo gli auspici dei Padri conciliari, della fecondità del mistero eucaristico.

Come agire? Prima di tutto, rimettendo al centro della liturgia il suo aspetto sacrificale, che è uno degli scopi della diffusione, voluta dal Papa Benedetto XVI, della celebrazione della messa detta “di San Pio V”, che esprime perfettamente questo carattere sacrificale, come lo testimoniava il segretario della Congregazione per il Culto, Mons. Albert Malcom Ranjith, qualche tempo dopo la pubblicazione del motu proprio “Summorum Pontificum”.


Alcune di queste riforme hanno abbandonato importanti elementi della Liturgia con le relative considerazioni teologiche: ora è necessario e importante recuperare questi elementi. Il Papa, considera il rito di San Pio V (…) una via di recupero di quegli elementi offuscati dalla riforma, (…) non è tanto, come dicono alcuni, un ritorno al passato, quanto il bisogno di riequilibrare in modo integro gli aspetti eterni, trascendenti e celesti con quelli terrestri e comunitari della liturgia. [xxii]







[i] Sacrosanctum Concilium, n. 11
[ii] Ferdinando Antonelli, La costituzione Conciliare sulla Sacra liturgia. Antecedenti e grandi principi (lezioni di liturgia, 26 décembre 1964), in Archives de La Verne – fonds Antonelli, p. 4, cité par Nicolas Giampietro, Le cardinal Ferdinando Antonelli et les développements de la réforme liturgique de 1948 à 1970, éd. Le Forum, coll. Liturgie, Versailles, 2004, p. 266.
[iii] Ferdinando Antonelli, Antecedenti, principi e scopo della ostituzione conciliare sulla Sacra Liturgia (lezioni di liturgia, 12 janvier 1965), in Archives de La Verne – fonds Antonelli, p. 3-4.
[iv] SC, n. 55 ou encore SC, n. 48 : « Aussi l'Église se soucie-t-elle d'obtenir que les fidèles n'assistent pas à ce mystère de la foi comme des spectateurs étrangers ou muets, mais que, le comprenant bien dans ses rites et ses prières, ils participent consciemment, pieusement et activement à l'action sacrée, soient formés par la parole de Dieu, se restaurent à la table du Corps du Seigneur, rendent grâce à Dieu ».
[v] SC, n. 27 : « Chaque fois que les rites, selon la nature propre de chacun, comportent une célébration commune, avec fréquentation et participation active des fidèles, on soulignera que celle-ci, dans la mesure du possible, doit l'emporter sur leur célébration individuelle et quasi privée. Ceci vaut surtout pour la célébration de la Messe (bien que la Messe garde toujours sa nature publique et sociale), et pour l'administration des sacrements ».
[vi] Jean-Paul II, Ecclesia de Eucharistia, 17 avril 2003, n.10.
[vii] On peut mentionner, parmi ces limites concrètes : la perte du sens du sacré et la banalisation des célébrations ; la lassitude des fidèles face aux sollicitations des prêtres pour participer aux célébrations, parfois de façon incongrue ; la disparition presque totale des messes quotidiennes dites « privées » ; la raréfaction du nombre de messes en faveur des concélébrations, même dans des cas de pénurie de prêtres ; la disparition des gestes d’adoration dus au Saint-Sacrement ; la facilité de s’approcher de la table de communion sans être dans les conditions spirituelles nécessaires pour recevoir dignement les saintes espèces, avec comme corollaire l’incompréhension face au refus de la communion, par exemple dans le cas des divorcés-remariés ; les gestes œcuméniques d’intercommunion, même contre le droit de l’Église ; etc.
[viii] Cf. Jean-Michel Garrigues, « La complémentarité de l’Esprit par rapport au Christ dans la vie sacramentelle », Revue Thomiste, 2006/4, 565-585 (en part. p. 569).
[ix] Ces formules remontent vraisemblablement au début du XIIIème siècle : on les trouve chez Pierre de Poitiers, disciple de Pierre Lombard, qui applique cette distinction dans le cas du baptême, afin de démontrer que la valeur de ce sacrement est indépendante des mérites du ministre et de ceux du sujet. Cf. Sententiarum, lib. V, cap. VI (PL 216, 1235) ; elles sont ensuite généralisées par Innocent III, De Ss. altaris mysterio, lib. III, cap. V (PL 227, 843) et adoptées par s. Bonaventure et s. Thomas d’Aquin. Le Concile de Trente s’exprime ainsi : “Si quis dixerit per ipsa Novae Legis sacramenta ex opere operato non conferri gratiam, sed solam fidem divinae promissionis ad gratiam consequendam sufficere, anat. sit” (Sess. VII, De sacramentis in genere, can. 8, DzB 851). Cf. A. Michel, “Opus operatum, opus operantis”, DTC XI/1, 1931, col. 1084-1087.
[x] In IV Sententiarum, dist. 5, q. 2, a. 2, qc. 2, ad 2 : “Ad secundum dicendum, quod in oratione orans est sicut principale agens, non solum sicut instrumentale ; et ideo requiritur ad efficaciam orationis quod ex opere operante effectum sortiatur, non solum ex opere operato, sicut est in sacramentis”.
[xi] Contra Gentes, IV, 56-58.
[xii] IIIa, qu. 60, a. 5, corpus : “In usu sacramentorum duo possunt considerari, scilicet cultus divinus, et sanctificatio hominis, quorum primum pertinet ad hominem per comparationem ad Deum, secundum autem e converso pertinet ad Deum per comparationem ad hominem” – traduction A.-M. Roguet, Les sacrements, éd. de la Revue des jeunes, 1959.
[xiii] Franck M. Quoëx, Les actes extérieurs du culte dans l’histoire du salut selon saint Thomas d’Aquin – Dissertatio ad lauream in Fac. S. Theologiae apud Pontificiam Universitatem S. Thomae, Rome, 2001, pp. 224-225.
[xiv] M. Turrini, L’anthropologie sacramentelle de s. Thomas d’Aquin, Université de Paris Sorbonne, 1996, p. 108.
[xv] IIIa, qu. 63, a. 6, corpus.
[xvi] « Ce sacrement l’emporte sur les autres en ce qu’il est sacrifice », IIIa, qu. 79, a. 7, ad 1m.
[xvii] IIIa, qu. 82, a. 10, corpus ; cf. aussi Ibid., ad 1m.
[xviii] IIIa, qu. 79, a. 7, ad 3m.
[xix] IIIa, qu. 79, a. 7, corpus.
[xx] IIIa, qu. 82, a. 6, corpus.
[xxi] IIIa, qu. 82, a. 7, ad 3m. Il reste à préciser ici que pour le cas d’un prêtre schismatique ou hérétique de façon non-coupable, donc en état de grâce, les prières faites au nom de l’Église dont il est séparé ne sont pas efficaces, tandis que sa prière privée, elle, reste fructueuse.
[xxii] Mgr Albert Malcom Ranjith, Agence Fides, 16/11/2007

Vídeo oficial da Santa Sé ensinando a celebrar na forma extraordinária