sábado, 22 de maio de 2010

Card.Castrillón: Hoje ao resumir, por vezes, o rito extraordinário, eu próprio tenho redescoberto a riqueza da velha liturgia que o Papa quer manter viva, preservando o antiga forma de tradição Romana. Nunca devemos esquecer que o último ponto de referência na liturgia, como na vida, é sempre Cristo. Temos, portanto, sem medo, também no rito litúrgico, voltar-nos para Ele, em direcção ao crucifixo, juntamente com os fiéis, para celebrar o santo sacrifício, de um modo incruento, como o Concílio de Trento, definiu a Missa.O papa oferece à Igreja um tesouro que é espiritual, cultural, religioso e católico.Através do Motu proprio "Summorum Pontificum", o Papa oferece a todos os sacerdotes a possibilidade de celebrar missa na forma tradicional, e aos fiéis de exercer o direito de ter este rito quando as condições especificadas no Motu proprio estão preenchidas.


Card . Castrillón:os sacerdotes podem decidir, sem permissão nem por parte da Santa Sé nem por parte do bispo, se celebrar a Missa no rito antigo. Cardeal Dario Castrillón Hoyos concedeu uma entrevista ao L'Osservatore Romano.


   


Instrução sobre Summorum Pontificum no início janeiro 2009

Instrução sobre o Motu Próprio Pronto. Comissão Ecclesia Dei reforçada.

Este título foi postada no blog italiano "Pontifex" site de Bruno Volpe .
Enquanto o que diz sobre a Instrução que foi apresentada pela Ecclesia Dei ao Santo Padre concorda com as declarações públicas dos dirigentes da PCED, o resto ainda deve ser considerado como um rumor, ainda não confirmado por nenhum dos prestigiados vaticanistas.

A instrução sobre o Motu Próprio Summorum Pontificum, de 7 de Julho de 2007 que liberalizou a Santa Missa segundo o antigo rito romano, foi preparada já há algum tempo e agora está sendo examinada pelo Papa Bento XVI XVI. O texto, assinado pelo Cardeal Dario Castrillón Hoyos, Presidente  Emérito da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, será assinado pelo Papa, em finais de Dezembro e publicado nos primeiros dias de janeiro de 2009.

Nas suas partes mais importantes o documento, que se tinha tornado indispensável após os muitos problemas na aplicação do Motu Próprio e formas de pura teimosia por parte de não poucos bispos (aliás devidamente denunciados em setembro pelo Vice Presidente da Comissão Ecclesia Dei, monsenhor Camille Perl), aborda dois temas cruciais: a interpretação do termo "grupo estável de fiéis" dentro de uma freguesia ordinária e o problema das Paróquias pessoais.

Foi ainda considerado numerar e indicar um número mínimo de fiéis, mas esta solução foi descartada. Segundo o documento, os fiéis tradicionalistas presentes em uma paróquia terão a plena protecção do direito para pedir a velha Missa, o bispo e se o bispo recusar (é aqui a notícia), dizendo que não há sacerdotes capazes de celebrar, de acordo com o antigo rito, naquele lugar, a Comissão Ecclesia Dei vai autoritariamente ( "di Imperio") enviar um sacerdote capaz de o fazer para aquela diocese.

Em suma, os bispos não serão mais capazes de recusar a priori para que o antigo Missa seja celebrada, pois em tais casos, a Comissão Ecclesia Dei irá enviar da sua parte um padre delegado.

O documento analisa, em seguida, o caso das paróquias pessoais, em que os tradicionalistas desejam celebrar a Missa de Natal ou o Tríduo da Páscoa segundo o antigo rito, também no caso de falta de sacerdotes, ou uma proibição pelo bispo.
A possibilidade de uma escassez de sacerdotes poderia ser prevista, e também neste caso, a Ecclesia Dei toma conta do caso.

A Santa Sé, portanto, pretende estabelecer definitivamente clareza quanto à aplicação do Motu Próprio, e por esta razão também as competências e as prerrogativas da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei vão ser melhor definidas e reforçadas. Novamente, isto deve ser tomado pelo que é, um boato, e considerado com a devida cautela.






Cardeal Dario Castrillón Hoyos concedeu uma entrevista ao L'Osservatore Romano. (I PARTE)

Na Liturgia da catolicidade e Sentido de Unidade

"Carta apostólica do Papa Bento XVI Summorum Pontificum sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma realizada em 1970 está a fazer regressar à plena comunhão com Roma também alguns não-católicos. Os pedidos nesse sentido estão chegando depois de o papa ter renovado a possibilidade de celebram acordo com o antigo rito."

Isto diz o cardeal Darío Castrillón Hoyos, presidente Emérito da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, que nesta entrevista ao nosso jornal, após a publicação do documento papal na Acta Apostolicae Sedis, esclarece o seu conteúdo e destaca a sua importância como meio para conservar o tesouro da liturgia que remonta a São Gregório Magno e o estabelecimento de um diálogo com aqueles que, por causa da reforma litúrgica, se distanciaram da Igreja de Roma. A publicação na Acta precedida por alguns dias da nomeação por Bento XVI de Monsenhor Camille Perl, o secretário anterior, como Vice Presidente da Ecclesia Dei, e do Monsenhor Mario Marini, o antigo secretário adjunto, como secretário.

"A carta, sob a forma de Motu proprio, não se refere à actual Forma normal - a Forma ordinária - da Liturgia Eucarística, que é Missal Romano publicado por Paulo VI e, em seguida, reeditado por duas vezes pelo Papa João Paulo II, mas refere-se ao uso da forma extraordinária, que é a do Missale Romanum prévia ao Concílio, publicada em 1962 com a autoridade do Papa João XXIII. Este não é um caso de dois ritos diferentes, mas de um duplo uso único rito Romano. É a forma de celebração - explica o cardeal colombiano - "que foi usada por mais de 1400 anos. Este rito, o que poderíamos chamar gregoriano, tem inspirado as missas de Palestrina, Mozart, Bach e Beethoven, grandes catedrais e maravilhosas obras de pintura e escultura. "


Cardeal Darío"Graças ao Motu proprio não poucos têm solicitado o retorno à plena comunhão e alguns já retornaram - o presidente da Ecclesia Dei acrescenta -. Na Espanha, o" Oásis de Jesus Sacerdote ", um inteiro mosteiro enclausurado com trinta irmãs guiadas por seu fundador, já foi reconhecido e regularizado pela Comissão Pontifícia; então há casos de grupos americanos, da Alemanha e de França que estão no caminho da regularização. Finalmente, há sacerdotes em particular e leigos que nos contactam, escrevem para nós e nos pedem uma reconciliação e, por outro lado, existem outros tantos fiéis que expressam a sua gratidão para com o papa e sua alegria pelo Motu proprio ".


Osservatore Romano: Alguns têm acusado o Papa de querer impor um modelo litúrgico em que a linguagem e gestos do rito aparecem como o monopólio exclusivo do sacerdote, enquanto os fiéis seriam alheios e, portanto, excluídos de uma relação directa com Deus.

Cardeal Castrillón: Por ocasião do Baptismo do Senhor, por exemplo, Bento XVI celebrou na Capela Sistina com o rosto para o crucifixo. O Santo Padre celebra em italiano, de acordo com a forma ordinária, o que não exclui, contudo, a possibilidade de celebrar voltado para o altar e não versus populum, e que também prevê a celebração em latim.
Lembremo-nos que a forma ordinária é a Missa que normalmente todos os padres dizem, de acordo com a reforma pós-conciliar, enquanto que a forma extraordinária é a missa anterior à reforma litúrgica, que, de acordo com o Motu proprio hoje toda a gente pode comemorar, e que nunca foi proibida.


OR: Mas algumas críticas parecem ter chegado mesmo de bispos?

C: Um ou dois têm dificuldades, mas essas são apenas algumas excepções, porque a maioria concorda com o Papa. Em vez disso, encontramos algumas dificuldades práticas . É preciso que fique claro: isto não é um regresso ao passado, mas um passo em frente, porque dessa maneira você tem dois tesouros, e não apenas um.

Este tesouro, portanto, está sendo oferecido, respeitando os direitos daqueles que são sobretudo aqueles ligados à liturgia antiga. Aí então pode seguir alguns problemas a serem resolvidos com o senso comum. Por exemplo, pode acontecer que um sacerdote não tem a preparação adequada e sensibilidade cultural. Pensam só nos sacerdotes que vêm de áreas onde a língua é muito diferente do latim. Mas isso ainda não significa uma rejeição: é a apresentação de uma dificuldade real, que está a ser superada.
A nossa própria Pontifícia Comissão está pensando em organizar uma forma de ajuda aos seminários, às dioceses e às conferências episcopais.
Outra possibilidade a ser estudada é o de promover a vinda de recursos multimédia para conhecer e aprender a forma extraordinária com toda a riqueza teológica. Espiritual, e artística ligada à antiga liturgia. Além disso, parece importante também para envolver grupos de sacerdotes que já utilizam a forma extraordinária, que se ofereçam eles mesmos para celebrar e para demonstrar e ensinar a celebração de acordo com o missal de 1962.



Recentes palavras do Cardeal Castrillón Hoyos, Presidente Emérito da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei".

"os fiéis que desejam celebrar segundo o rito antigo não devem ser considerados como de segunda classe, mas uma parte do povo de Deus ao qual se reconheceu o direito de assistir à Missa que nutriu durante séculos o Povo cristão, e a sensibilidade de muitos santos, como São Felipe Neri, São João Bosco, Santa Teresa de Lisieux, Beato João XXIII, e São Pio de Pietralcina; e é possível assinalar que o antigo rito exprime melhor o sentido do sacrifício Cristo, que se renova em cada santa Missa. Bento XVI tem deu realização a um dos objectivos do Concílio Vaticano II, que " obedecendo fielmente à tradição, declara que a Santa Mãe Igreja considera iguais em direito e em dignidade todos os ritos legitimamente reconhecido" (Sacrosantum Concilium). Acrescenta que "o mesmo Pontífice quis que os futuros sacerdotes, já desde o tempo do seminário, sejam preparados para compreender e celebrar a Missa em latim, assim como para utilizar textos latinos, e siguir o Canto gregoriano" (Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis)



Cardeal Dario Castrillón Hoyos concedeu uma entrevista ao L'Osservatore Romano( II Parte)

OR: Então o problema não existe?

C: É, antes, uma disputa que surgiu a partir duma falta de conhecimento. Alguns pedem permissão por exemplo, como se fosse uma concessão ou um caso excepcional, mas não há necessidade: o Papa foi claro. É um erro de algumas pessoas e alguns jornalistas acreditar que o uso da língua latina pertence apenas ao antigo rito, que, ao contrário, está também previsto no missal de Paulo VI.

Através do Motu proprio "Summorum Pontificum", o Papa oferece a todos os sacerdotes a possibilidade de celebrar missa na forma tradicional, e aos fiéis de exercer o direito de ter este rito quando as condições especificadas no Motu proprio estão preenchidas.


OR: Como é que grupos como a Fraternidade de São Pio X reagiram, a qual se recusa a celebrar o Novus ordo da Missa estabelecido após o Concílio Vaticano II?

C: Os Lefebvrianos, à partida, mantiveram que a velha forma que nunca tinha sido abolida. É claro que nunca tenha sido revogada, embora antes do Motu proprio, muitos já considera proibido.

Mas agora, ela pode ser oferecida a todos os fiéis que a desejam que, dependendo das possibilidades. Mas também é evidente que se não houver um padre adequadamente preparado, não pode ser oferecido porque não é só sobre a língua latina, mas também de conhecer o antigo uso como tal.

Temos de compreender algumas diferenças: o maior lugar para o silêncio para os fiéis, que incentiva a contemplação do mistério e oração pessoal.
Encontrando novamente espaços de silêncio hoje é para a nossa cultura não só uma necessidade religiosa.

Lembro-me de ter participado como um bispo em um encontro de alto nível de gestão empresarial , em que se falou da necessidade de o gerente ter disponível uma sala meio escura, onde se senta para pensar antes de decidir.
Silêncio e contemplação são atitudes necessárias, também hoje, sobretudo no que respeita ao mistério de Deus.

OR: Oito meses se passaram desde a promulgação do documento É verdade que ele tem atraído um grande número de adeptos também em outras realidades eclesiais?
C:O papa oferece à Igreja um tesouro que é espiritual, cultural, religioso e católico. Temos recebido cartas de aprovação de prelados também das igrejas ortodoxas, anglicanos e protestantes . Finalmente, existem alguns padres da Fraternidade de São Pio X, que, isoladamente, estão a tentar regularizar sua situação. Alguns deles já assinou a fórmula de aderência. Nós somos informados que existem fieis tradicionalistas , apegados à Fraternidade, que tenham começado a frequentar as missas no rito mais velhos oferecidos nas igrejas das dioceses ".


Entrevista Cardeal Darío

OR: Como é um regresso à "plena comunhão" possível para pessoas que estão excomungadas?

C: A excomunhão diz respeito apenas a quatro Bispos, porque foram ordenados sem o mandato do Papa e contra a sua vontade, enquanto os sacerdotes estão apenas suspensos.A Missa que ele celebram é sem sombra de dúvida válida, mas não lícita e, por conseguinte, a participação não é recomendada, a não ser em um domingo que não haja outras possibilidades.

Certamente nem os padres, nem os fiéis estão excomungados. Permitam-me reiterar, neste aspecto, a importância de uma compreensão clara das coisas para poder julgar correctamente.

OR: Não teme que a tentativa de trazer de volta dentro da Igreja homens e mulheres que não reconhecem o Concílio Vaticano II podia provocar uma alienação naqueles fiéis que vêem no Vaticano II, uma bússola para navegar a barca de Pedro, especialmente nestes tempos de constantes mudanças?

C: Em primeiro lugar, o problema quanto ao Concílio não é, na minha opinião, tão grave como poderia parecer.

De facto, os bispos da Fraternidade de São Pio X, liderados por Monsenhor Bernard Fellay, reconheceram expressamente o Vaticano II como um Concílio Ecuménico e monsenhor Fellay reafirmou isso em uma reunião com o Papa João Paulo II, e de forma mais explícita na audiência de 29 de agosto de 2005 com Bento XVI.

Também não se pode esquecer que Monsenhor Marcel Lefebvre assinou todos os documentos do Concílio.
Acho que suas críticas sobre o Concílio diz respeito à clareza de certos textos, na ausência da qual o caminho está aberto para interpretações que não estão em conformidade com a doutrina tradicional.

As maiores dificuldades são de natureza interpretativa ou têm a ver com alguns gestos no campo ecuménico, mas não com o ensinamento do Concílio Vaticano II. Trata-se de discussões teológicas, que podem ter lugar dentro da Igreja, onde, de facto, há diversas discussões sobre a interpretação dos textos do Concílio, discussões que podem continuar também com os grupos que regressam à plena comunhão.


Entrevista Cardeal Dario

OR: Então, a Igreja estende as mãos para eles, também através deste novo Motu proprio sobre a antiga liturgia?

C: Sim, sem dúvida, porque é justamente na liturgia que todo o sentido da catolicidade é expresso e ela [a liturgia] é uma fonte de unidade. Eu realmente gosto do Novus Ordo que eu celebro diariamente. Eu não tinha mais celebrado de acordo com o missal de 1962, após a reforma litúrgica pós-conciliar.

Hoje ao resumir, por vezes, o rito extraordinário, eu próprio tenho redescoberto a riqueza da velha liturgia que o Papa quer manter viva, preservando o antiga forma de tradição Romana. Nunca devemos esquecer que o último ponto de referência na liturgia, como na vida, é sempre Cristo. Temos, portanto, sem medo, também no rito litúrgico, voltar-nos para Ele, em direcção ao crucifixo, juntamente com os fiéis, para celebrar o santo sacrifício, de um modo incruento, como o Concílio de Trento, definiu a Missa.

Pio XII : o culto rendido a Deus pela Igreja em união com a sua Cabeça divina tem a eficácia suprema de santificação.

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22. Não têm, pois, noção exacta da sagrada liturgia aqueles que a consideram como parte somente externa e sensível do culto divino ou como cerimonial decorativo; nem se enganam menos aqueles que a consideram como mero conjunto de leis e preceitos com que a hierarquia eclesiástica ordena a realização dos ritos.

23. Deve, portanto, ser bem conhecido de todos que não se pode honrar dignamente a Deus, se a alma não cuida de conseguir a perfeição da vida, e que o culto rendido a Deus pela Igreja em união com a sua Cabeça divina tem a eficácia suprema de santificação.

24. Essa eficácia, se se trata do sacrifício eucarístico e dos sacramentos, provém antes de tudo do valor da acção em si mesma (ex opere operato); se se considera ainda a actividade própria da imaculada esposa de Jesus Cristo com a qual orna de orações e de sacras cerimónias o sacrifício eucarístico e os sacramentos, ou, se se trata dos sacramentais e de outros ritos instituídos pela hierarquia eclesiástica, então a eficácia deriva principalmente da acção da Igreja (ex opere operantis Ecclesiae), enquanto esta é santa e opera sempre em íntima união com a sua Cabeça.

Subindo ao Céu, o divino Redentor deixou os sacerdotes para serem na terra os mediadores entre Deus e os homens, particularmente ao altar.S. Crisóstomo: Quando virdes o sacerdote a oferecer o sacrifício, vêde a mão de Jesus Cristo estendida dum modo invisível”.Ocupa também o padre o lugar do Salvador, quando remite os pecados, dizendo: Ego te absolvo. O grande poder que o Padre eterno deu o seu divino Filho, comunica-o Jesus Cristo aos padres.




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A SELVA
POR
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
V
O alto posto ocupado pelo padre
A excelência da dignidade sacerdotal mede-se também pelo alto posto
que o padre ocupa. No sínodo de Chartres, celebrado em 1550, é chamado
“a morada dos santos”48. Dá-se aos padres o título de vigários de Jesus Cristo,
e assim os chama Sto. Agostinho, porque fazem as suas vezes na terra49.
Tal é também a linguagem empregada por S. Carlos Borromeu no sínodo de
Milão: Somos nós os embaixadores de Jesus Cristo; é Deus quem pela nossa
boca vos exorta50. Foi o que o próprio Apóstolo declarou.
Subindo ao Céu, o divino Redentor deixou os sacerdotes para serem na
terra os mediadores entre Deus e os homens, particularmente ao altar, como
diz S. Lourenço Justiniano: “Deve o padre aproximar-se do altar como o próprio
Jesus Cristo”51. S. Cipriano diz: “O padre ocupa verdadeiramente o lugar
e desempenha o ofício do Salvador52; e S. Crisóstomo: Quando virdes o sacerdote
a oferecer o sacrifício, vêde a mão de Jesus Cristo estendida dum
modo invisível”53.
Ocupa também o padre o lugar do Salvador, quando remite os pecados,
dizendo: Ego te absolvo. O grande poder que o Padre eterno deu o seu divino
Filho, comunica-o Jesus Cristo aos padres, De suo vestiens sacerdotes, segundo
a expressão de Tertualiano.
Para perdoar um pecado, é necessário o poder do Altíssimo, como a
Igreja o faz ouvir nas suas orações54.
Tinham pois razão os judeus, quando, ao verem que Jesus Cristo perdoava
os pecados ao paralítico, disseram: “Quem senão Deus pode perdoar os
pecados?”55 Mas esta graça que só Deus pode fazer pela sua onipotência, o
padre a pode também dispensar por estas palavras: Ego te absolvo a peccatis
tuis; porque a forma, ou, se o quiserem, as palavras da forma, pronunciadas
pelo padre nos sacramentos, operam imediatamente o que significam.
Qual seria o nosso espanto, se víssemos um homem que, mediante
algumas palavras, tinha a virtude de tornar branca a pele dum negro! O padre
faz mais, quando diz: Eu te absolvo, — porque no mesmo instante demuda
em amigo um inimigo de Deus, e um escravo do inferno num herdeiro do
Céu.
O cardeal Hugues põe na boca do Senhor estas palavras, que representa
dirigidas a um sacerdote ao absolver um pecador: Eu fiz o céu e a terra,
mas dou-te o poder para fazeres uma criação mais nobre e melhor: duma
alma manchada pelo pecado, faze uma alma nova ( Faze uma alma nova,
quer dizer, faze que uma alma pecadora e escrava de Lúcifer se torne minha
filha). Mandei à terra que produza os seus frutos; dou-te um poder melhor, o
de produzires frutos nas almas56.
Privada da graça, é a alma como uma árvore seca, que não pode produzir
nenhum fruto; mas, recobrando a graça pelo ministério do padre, produz
)
frutos de vida eterna. Santo Agostinho ajunta que a justificação dum pecador
é uma obra maior que a de criar o céu e a terra57. O Senhor diz a Jó: Tendes
vós um braço como o de Deus, e uma voz trovejante como a sua?58 Ora,
quem é que tem um braço semelhante ao de Deus e como Deus faz trovejar
a sua voz? É o padre que, dando a absolvição, se serve do braço e da voz do
próprio Deus, para livrar do inferno as almas.
Lemos em Sto. Ambrósio que o padre, quando absolve, opera o mesmo
que faz o Espírito Santo, quando justifica as almas59. Eis por que o divino
Redentor, ao conferir aos padres o poder de absolver, lhes deu o seu Espírito:
Soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo: aqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e a quem os retiverdes serlhes-
ão retidos60. Deu-lhes o seu Espírito que santifica as almas, e estabeleceu-
os cooperadores seus, conforme a expressão do Apóstolo61. E S. Gregório
ajunta: “Receberam o poder judicial supremo, para em nome de Deus remitirem
ou reterem os pecados aos outros”62. Razão tem pois S. Clemente de chamar
ao padre um Deus na terra63. Davi disse: Veio Deus à assembléia dos deuses
64. Segundo a explicação de Sto. Agostinho, os deuses de que fala são os
sacerdotes65. E eis o que diz Inocêncio III: “Os padres se chamam deuses,
por causa da dignidade do seu ofício”66.
VI
Conclusão
Mas, que horror ver, numa mesma pessoa, uma dignidade sublime e
uma vida vergonhosa, uma profissão divina e obras de iniqüidade! Para longe
de nós esta desordem, exclama Sto. Ambrósio; que as nossas obras estejam
de acordo com o nosso nome!67 O que é uma alta dignidade num indigno,
senão uma pérola caída na lama, pergunta Salviano?68.
O Apóstolo nos adverte que ninguém deve ser tão audacioso que se
eleve ao sacerdócio, sem a vocação divina de Aarão, pois que nem Jesus
Cristo se quis arrogar a honra do sacerdócio, mas esperou que seu Pai o
chamasse a essa dignidade69.
Aprendamos daqui quanto é alta a dignidade do padre; mas quanto mais
alta é, mais devemos temê-la. “É grande a dignidade dos padres, diz S.
Jerônimo; mas também a sua ruína, se vierem a pecar. Regozijemo-nos com
a nossa elevação, mas temamos de cair”70. S. Gregório exclama gemendo:
“Purificados pelas mãos dos sacerdotes entram na pátria os eleitos; e os
próprios padres se precipitam de cabeça para baixo nos suplícios do inferno!”
71 E ajunta: é o que acontece com a água batismal, que purifica do pecado
os que a recebem, e os envia para o Céu, ao passo que ela cai e perdese.

Messe Pontificale célébrée par le Cardinal Castrillon Hoyos en l'église Sainte Jeanne d'Arc .Le débat liturgique & remous d'après Concile.La spiritualité de la Messe

 

25e anniversaire du Pèlerinage de Pentecôte
Notre-Dame de Chrétienté
Messe Pontificale célébrée par le Cardinal Castrillon Hoyos en l'église Sainte Jeanne d'Arc (Versailles) puis journée à Villepreux
 
La Procession d'entrée                              Lecture de l'Epitre

Homélie du Cardinal Castrillon Hoyos

Consécration

Photos Le Baptistère - Reproduction à usage privé autorisé


Notre-Dame de Chrétienté : http://www.nd-chretiente.com

Le débat liturgique & remous d'après Concile :

La spiritualité de la Messe :

Encycliques et textes Pontificaux :

22 de maio - Memória de Santa Rita de Cássia

 

"Certamente Rita nunca soube ler bem, nem escrever, como aconteceu a Santa Catarina de Sena. E, como a virgem de Sena, porque havia de tratar com os Pontífices e altos prelados a respeito dos mais elevados interesses da Igreja, obteve da Santa Virgem a graça de escrever em sua graciosa e pura língua materna. Rita preferiu um único livro: o Crucifixo."


(DE MARCHI, L., Santa Rita de Cássia, pp.19-20, Ed.Paulinas, São Paulo, 1979)

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A linguagem do Crucifixo, que boa parte do mundo esqueceu e, por isso, não encontra a verdadeira felicidade.

Santa Rita, sem dúvida é um exemplo pras famílias, pras filhas, esposas e religiosas.

Pras famílias e pras filhas, devido a obediência aos pais, casando-se mesmo contra sua vontade, que era a de se unir ao Senhor Jesus desde a mais tenra idade.

Pras esposas, exemplo de perseverança pois, após aproximadamente 20 anos de oração, obteve, como graça de Deus a conversão de seu esposo. Alguém que, entregue ao mundo, estava perdido e imerso na mais diversa sorte de pecados. Mas Santa Rita, junto de Deus, sempre acreditou em sua conversão.

Um exemplo para as turmas do "quem sou eu pra julgar" de hoje. Pois ela preferiu pedir a Deus a morte dos filhos do que ve-los pecando mortalmente pelo sentimento desenfreado de vingança pela morte violenta do pai. E, esses, antes da morte, obtiveram o perdão de Deus pelos maus sentimentos.

Um exemplo para as religiosas, levando uma vida de santidade e obediência à Igreja e a seus superiores.

Por fim, uma vida marcada por inúmeros milagres, seja durante sua caminhada nesse mundo, seja após a passagem para a Vida Eterna. Não é por menos que ela é popularmente conhecida por santa das causas impossíveis.
Não é a toa que, só no Brasil, pelo menos 17 cidades recebem o nome dela e sua intercessão como padroeira, além de inúmeras vilas e paróquias.

Mesmo hoje não sendo dia de preceito obrigatório, dentro de nossas possibilidades, vamos à Santa Missa e tirar o dia para rezar, pedindo a poderosa intercessão de Santa Rita, principalmente aqueles que necessitam de uma graça urgente junto de Deus ou para aqueles que já conseguiram, simplesmente agradecer.

Quem ainda não leu a biografia que a Ana teve o trabalho de escanear, leia.
E quem não tiver tempo para ler hoje, faça pelo menos as orações contidas nele. Será de grande proveito para nossas almas.

Deus abençoe a todos.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós.

PAX

fonte:sucessão apostólica

El consejo de Sor Lucía

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Lucia
*

Ofrecemos nuestra traducción de una carta que la Sierva de Dios Sor Lucía de Jesús escribió a un sacerdote preocupado “por la desorientación del tiempo presente”, carta luego aparecida en un libro y recientemente publicada en el blog italiano Cantuale Antonianum.
***
Querido Padre:

¡Pax Christi!

He notado en su carta que está muy preocupado por la desorientación del tiempo presente. Usted está en la verdad cuando lamenta que muchos se dejan dominar por la onda diabólica que esclaviza al mundo y se encuentran tan ciegos que no ven el error.

Pero el principal error es que estos abandonaron la oración, alejándose de Dios, y sin Dios todo falla porque “sin mí nada podéis hacer” (Jn 15, 5).

Ahora, lo que recomiendo especialmente es que se acerque al Tabernáculo y haga oración. Allí encontrará la luz y la fuerza para nutrirse y donarse a los otros. Donarse con suavidad, con humildad y, al mismo tiempo, con firmeza. Porque aquellos que ejercen una responsabilidad tienen el deber de tener la verdad en la debida consideración, con serenidad, con justicia, con caridad. Por esto, tienen necesidad cada día de rezar más, de estar cerca de Dios, de tratar con Dios todos los problemas antes de afrontarlos con las criaturas. Continúe por este camino y verá que cerca del Tabernáculo encontrará más sabiduría, más luz, más fuerza, más gracia y más virtud, que nunca podrá encontrar en los libros, ni en los estudios, ni con ninguna criatura.

Nunca juzgue perdido el tiempo que pasa en la oración y verá cómo Dios le comunicará la luz, la fuerza y la gracia de la que tiene necesidad, y también aquello que Dios le pide.

Esto es lo que importa: hacer la voluntad de Dios, permanecer donde Él nos quiere y hacer lo que Él nos pide. Pero siempre con espíritu de humildad, convencidos de que por nosotros mismos no somos nada y de que debe ser Dios quien trabaje en nosotros y se sirva de nosotros para todo aquello que Él pide.

Por eso, todos tenemos necesidad de intensificar mucho nuestra vida de unión interior con Dios y todo esto se consigue por medio de la oración. Que nos falte el tiempo para todo menos para la oración, ¡y verá cómo en menos tiempo se hará mucho!

Todos nosotros, pero especialmente quien tiene una responsabilidad, sin la oración o sacrificando habitualmente la oración por las cosas materiales, es como una pluma de ave que se usa para batir la clara del huevo, levantando castillos de espuma que, sin azúcar para sostenerlos, luego se disgregan y se deshacen transformándose en agua podrida.

Por eso, Jesucristo dijo: “vosotros sois la sal de la tierra, pero si la sal pierde su sabor, ya no sirve sino para ser tirada”.

Y, dado que esta fuerza sólo podemos recibirla de Dios, tenemos necesidad de acercarnos a Él para que nos la comunique y esta cercanía se realiza sólo por medio de la oración, que es el lugar donde el alma se encuentra directamente con Dios.

Recomiende esto a todos sus hermanos sacerdotes y lo experimentarán. Y luego dígame si estoy equivocada. Estoy muy segura de cuál es el principal mal del mundo actual y la causa del retroceso en las almas consagradas. Nos alejamos de Dios, y sin Dios tropezamos y caemos. El demonio es astuto para saber cuál es el punto débil a través del cual ha de atacarnos. Si no estamos atentos y si no tenemos precaución con la fuerza de Dios, sucumbimos porque los tiempos son muy malos y nosotros somos muy débiles. Sólo la fuerza de Dios nos puede sostener.

Vea si puede llevar adelante todo esto con calma, confiando siempre en Dios. Y Él hará todo aquello que nosotros no podemos hacer y suplirá nuestra insuficiencia.

Sor Lucía

***

MONSEÑOR NICOLA BUX INVITA A SACERDOTES Y OBISPOS A PROMOVER LA LITURGIA TRADICIONAL

 
Monseñor Nicola Bux es Consultor de la Sagrada Congregación para la Doctrina de la fe y Consultor de la Oficina de las Celebraciones Litúrgicas del Sumo Pontífice.
Ofrecemos la profunda e interesantísima entrevista que le ha realizado AlbaDigital:
- ¿Podría explicar en qué consiste la participación actuosa de mente y de corazón?Dice San Pablo en su Carta a los Romanos, en el capítulo 12, que debemos ofrecer nuestros cuerpos como sacrificio razonable, agradable a Dios. Esa es una participación “activa”, es decir; de acto, de acción. Nuestra acción máxima es la de unir nuestra vida a Cristo y, sobre todo, ofrecer nuestra vida a la oferta de Cristo en el sacrificio de la Cruz. Esta es la Misa.
Esta es la participación, la parte que falta cuando San Pablo, en la carta a los colosenses, dice “cumplo lo que falta al sufrimiento de Cristo en mi carne, a favor de su cuerpo, que es la Iglesia”. Él quiere decir que esa actividad, esa acción en la liturgia es unir nuestra vida a la de Cristo. Esa es la participación que la constitución litúrgica del concilio habla y remite: promover, pedir. Por tanto, que los fieles en la liturgia sean conscientes de que cumplen esa parte, que falta -en cierto sentido- a Cristo. Uno puede decir “¿Cómo puede ser? ¿A la Redención de Cristo le falta algo?” No, es completa, “todo está cumplido”. Es nuestra parte la que falta, tenemos que poner de nuestra parte. Esto requiere que miremos a Cristo, que le contemplemos.


- Frente a la participación actuosa, ¿cuales son las características de la mala participación?
Se caracteriza en que, en vez de partir de Cristo, partimos de nosotros mismos, de nuestras ideas, de nuestros proyectos, del deseo de éxito, de organizar la liturgia, de crearla, de cambiarla según los gustos subjetivos y, en suma, poniendo en el centro de la liturgia no al Señor, sino a nosotros mismos. Creo que hoy un síntoma de este centralismo humano, antropologíco, es la sede del celebrante en el centro de la Iglesia. Nunca en la historia se dio así. Incluso el obispo antiguamente no se sentaba nunca en el centro, sino que encabezaba la asamblea, mientras era el altar lo que estaba en el centro.


- Pero hoy la sede está en el centro…
Hemos puesto al hombre en el centro, en vez de al Señor. Alguno puede objetar que el sacerdote representa a Cristo. Sin duda esto es cierto, aunque en una medida muy reducida. Antes Cristo era representado por la centralidad del santuario, del altar. El sacerdote es un ministro de Cristo, por tanto, importante, pero no puede estar siempre en el centro, cuando ofrece la oración de gracias, la eucaristía.


- ¿Por qué la entrada del novus ordo se produjo de una manera tan súbita y, para algunos, tan traumática?
La reforma litúrgica fue impuesta por expertos estudiosos que después se sirvieron de un decreto papal para poder dar fuerza a esa reforma. Es una reforma que no respeta el desarrollo que se había dado antes (1950, 1960) en continuidad, sino que es una reforma que ha creado un trauma. Todos recordamos cuando fue promulgado el calendario de los santos, en 1970; hubo muchas reacciones polémicas; así también cuando fue promulgado el ‘Ordo Missae’, porque se divisaba que venía obligada una forma de celebrar que no estaba en relación con las formas precedentes.


- ¿Esto quiere decir que la reforma de Pablo VI no fue buena?Era buena, estaba bienintencionada, pero quizás el mismo Pablo VI, como algunos estudiosos han profundizado, no pensaba que se hubiesen traspasado las fronteras que la constitución litúrgica había establecido, sobre todo en el artículo 23, por ejemplo: “que las nuevas formas deben desarrollarse orgánicamente de las ya existentes”. El rito de Pablo VI puede ser celebrado digna y correctamente si se recupera el sentido de la liturgia que tiene el rito tradicional.


- ¿Cual es el objetivo de las reformas litúrgicas de Santo Padre?Seguir al Papa significa volver a dar centralidad a Cristo en la liturgia, que es el lugar de la presencia de Dios, donde el hombre lo puede encontrar. El hombre de hoy busca a Dios. “En el mundo hay muchos lugares donde la fe corre el riesgo de apagarse”, dice Benedicto XVI a los obispos después de revocar las excomuniones a los cuatro obispos ordenados por Monseñor Lefebvre. En el mundo la fe corre el riesgo de apagarse, hay una necesidad por hacer a Cristo presente en el mundo. Y no hay mejor modo de hacerlo que celebrar la Liturgia en modo ‘mistérico’, digno, profundo. Así que debemos seguir al Papa que conoce bien la liturgia desde el punto de vista histórico, moral, jurídico, pastoral.


- Desde luego, Benedicto XVI aboga por ahondar en el estudio de la liturgia.Todos -tanto amantes de la tradición como los que aman la innovación- hemos de estudiar más las fuentes litúrgicas, la patrística, las Sagradas Escrituras, la teología medieval y moderna, para descubrir todo lo que se ha desarrollado en 2000 años de historia de la Iglesia. Siempre ha habido reformas litúrgicas, pero no de manera traumática, sino con un desarrollo orgánico. La liturgia se debe desarrollar como se desarrolla un paisaje; no con terremotos, sino con una modificación sin traumas, casi sin darse cuenta. Hoy somos muy sensibles al medio ambiente. No queremos que el paisaje se desgaste, queremos que su desarrollo sea respetado. Así también debe ser para la liturgia.


- Que se celebre la Misa con dignidad tambien parece ser uno de los objetivos de este pontificado.
Dice el Santo Padre que deben haber cada vez más comunidades y lugares ejemplares, que celebren la liturgia con buen ejemplo, con la adoración de Dios. “Participar” quiere decir adorar a Dios, conocer que está presente. Saber que nosotros servimos a Dios, que le damos gloria. Esto es lo que hoy es necesario, porque los jóvenes que buscan climas y ambientes ‘excitantes’ entren en estos ambientes, que no son iguales a los del mundo. Son distintos porque es el lugar del Cielo en la Tierra, el lugar del encuentro del hombre con Dios. Los jóvenes pueden asombrarse de la belleza de las Iglesias.


- La tradición artística de la Iglesia podría ser de gran ayuda para propiciar este encuentro…Aquí, en España, tenéis unos retablos muy bellos que son un símil de las iconostasis orientales. Cuando uno entra y ve estos retablos extraordinarios, ojos y corazón van a lo alto: el color, el esplendor, la gloria dada a lo divino. También el oído, que escucha la música gregoriana y polifónica. Son cosas que buscan las generaciones jóvenes. Por no hablar de la lengua sagrada, del latín. Hoy los jóvenes viven en una sociedad multicultural. No tienen el problema de decir “no entiendo la lengua”, como las generaciones pasadas. Debemos recrear este clima de la liturgia, que ayuda a la generación de hoy a no buscar en sitios erróneos, sino a buscar a Dios, a buscarse a sí mismos encontrando a Dios.


- ¿El sacerdote mirando a la cruz en vez de a los fieles cumple una función escatológica?
He dicho antes que la liturgia es la mirada hacia el Señor. De todos, porque la liturgia está enteramente orientada al Señor, es adoración y contemplación del Señor. La posición del sacerdote es vuelto a oriente, es decir, a donde sale el sol, es decir, a Cristo; sol de la justicia, el “sol que surge de lo alto”, como dice San Lucas y en el cántico de Zacarías “el Señor que viene y que vendrá”. Esta mirada, físicamente, está significada por el hecho que también el sacerdote mira a oriente, y todos los fieles, si ven que el sacerdote hace eso, mirarán a oriente también. Como dice el Santo Padre en sus escritos de teólogo, “la Misa no es una especie de círculo cerrado”, donde lo que hacemos es, justamente, un círculo, nos miramos entre nosotros, sino que está abierta al futuro, que viene, que irrumpe.


- ¿La Misa ad orientem ayuda a los fieles a penetrar en el misterio eucarístico?
La palabra “escatología” quiere decir “las últimas cosas que entran en el tiempo”, del griego “escatá”. Es el Señor quien hace las últimas cosas, las cosas siempre nuevas, el Señor que viene a renovar la tierra. La orientación del sacerdote hacia el ábside, hacia la Cruz, es un hecho muy importante. Ahora el Santo Padre pone la Cruz sobre el altar para que, incluso si no se puede celebrar vuelto al Oriente, la Cruz sea el punto de orientación; para que los fieles no miren al sacerdote, sino a Cristo, a la Cruz. Eso es muy importante como modo de continuar la reforma litúrgica, que no se acaba, que continúa siempre, en cada generación. Por tanto, esto de la orientación hacia el Señor, también física, psicológicamente, ayuda a los fieles a entender que la liturgia está orientada al Señor.


- ¿Se puede decir entonces que la Misa Gregoriana se celebra “de espaldas al pueblo”?
Es una frase artificiosa, porque no es verdad. La Misa hacia el pueblo se ha creado en el siglo XX, por un movimiento de opinión que pensaba darle la vuelta a las cosas. Por desgracia, lo han logrado. La Misa no es “de espaldas al pueblo”. Basta asistir a las liturgias orientales, que se celebran todas vueltas hacia el santuario. Hay una parte que sí está vuelta a la asamblea, la liturgia de la palabra, pero la de la anáfora, de la eucaristía, es hacia el Señor. En la liturgia de la palabra, Dios nos habla. En la Eucaristía, nosotros oramos al Señor, le respondemos. Esto es un punto muy importante, desde el punto de vista teológico, psicológico y misionero.


- Frente a los que acusan a la Misa Gregoriana de ‘estecista’, ¿qué cabría responderles?
Yo conozco muchos partidarios de la Misa nueva que tienen un gusto “esteticista”. Es la tentación de todos, la tentación de la forma. No es una condena, porque el hombre tiene ojos y necesita de la forma. No me puede llegar ningún contenido sin ella. Si veo un dulce, una tarta, que estuviese deformada, no me la como. Si en vez de eso, es bonita, está confeccionada, etc., me atrae.
La liturgia es una forma (en griego ‘éstesi’ y ‘forma’ son lo mismo), que debe atraer. No es errado que haya estética. Hasta la teología, dice Hans Urs von Balthasar, es una estética, es una belleza que atrae, pero debe atraer al contenido. Por tanto, la estética no es algo exclusivo de los partidarios de la Misa Gregoriana. Está también en los de la liturgia nueva. La estética es la forma a través de la cual llegamos al contenido principal de la liturgia que es “aquél que es la belleza”, por definición “el más bello de los hijos de los hombres”. Somos atraídos por Él.
Quería concluir invitando a sacerdotes, obispos, y también al Arzobispo de Madrid, a quien he tenido el honor de conocer en el Sínodo de los Obispos sobre la Eucaristía, que sé que es una persona con gran clarividencia, comprensiva, que profundiza en las cosas, a promover esta realidad. Realidad de muchos jóvenes, que -se puede ver en Internet- quieren la celebración de la liturgia tradicional. Así que invito a los obispos a no cerrar los ojos ante esa realidad. La realidad viene antes que nuestras ideas y, como padres, han de ejercer la paternidad; alentando, sosteniendo, corrigiendo, ayudando. Porque así nosotros ayudaremos a este trabajo del Santo Padre de traer a Dios al mundo y de ayudar a los hombres a encontrar a Dios.


Fuente: AlbaDigital
visto em:Santa Maria Reina

sexta-feira, 21 de maio de 2010

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO: Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra, nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa. Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um valor infinito?Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no altar.Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, como acabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um padre com uma só missa.



  


 A SELVA
POR
SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
 

PRIMEIRA PARTE

A dignidade do Padre
I
Idéia da dignidade sacerdotal
Diz Sto. Inácio mártir que a dignidade sacerdotal tem a supremacia entre
todas as dignidades criadas2. Santo Efrém exclama: “É um prodígio espantoso
a dignidade do sacerdócio, é grande, imensa, infinita3. Segundo S. João
Crisóstomo, o sacerdócio, embora se exerça na terra, deve ser contado no
número das coisas celestes4. Citando Sto. Agostinho, diz Bartolomeu Chassing
que o sacerdote, alevantado acima de todos os poderes da terra e de todas
as grandezas do Céu, só é inferior a Deus5. e Inocêncio III assegura que o
sacerdote está colocado entre Deus e o homem; é inferior a Deus, mas maior
que o homem6.
Segundo S. Dionísio, o sacerdócio é uma dignidade angélica, ou antes
divina; por isso chama ao padre um homem divino7. Numa palavra, concluí
Sto. Efrém, a dignidade sacerdotal sobreleva a tudo quanto se pode conceber8.
Basta saber-se que, no dizer do próprio Jesus Cristo, os padres devem
ser tratados como a sua pessoa: Quem vos escuta, a mim escuta; e quem
vos despreza, a mim despreza9. Foi o que fez dizer ao autor da Obra imperfeita:
Honrar o sacerdote de Cristo, é honrar o Cristo; e fazer injúria ao sacerdote
de Cristo, é fazê-la a Cristo”10. Considerando a dignidade dos sacerdotes,
Maria d’Oignies beijava a terra em que eles punham os pés.
II
Importância das funções sacerdotais
Mede-se a dignidade do padre pelas altas funções que ele exerce. São
os padres escolhidos por Deus, para tratarem na terra de todos os seus
negócios e interesses; é uma classe inteiramente consagrada ao serviço do
divino Mestre, diz S. Cirilo de Alexandria11. Também Sto. Ambrósio chama ao
ministério sacerdotal uma “profissão divina”12. O sacerdote é o ministro, que
o próprio Deus estabeleceu, como embaixador público de toda a Igreja junto
dele, para o honrar, e obter da sua bondade as graças necessárias a todos
os fiéis.
Não pode a Igreja inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra,
nem obter dele tantas graças, como um só padre que celebra uma missa.
Com efeito, sem os padres, não poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício
mais honroso que o da vida de todos os homens: mas o que era a vida de
todos os homens, comparada com a de Jesus Cristo, cujo sacrifício tem um
valor infinito? O que são todos os homens diante de Deus senão um pouco
de pó, ou antes um nada? Isaías diz: São como uma gota de água... e todas
as nações são diante dele, como se não fossem13.
Assim, o sacerdote que celebra uma missa rende a Deus uma honra
infinitamente maior, sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens,
morrendo por ele, lhe fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda,
por uma só missa, dá o sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado
e hão de dar todos os anjos e santos do Paraíso, incluindo também a Virgem
santíssima; porque não lhe podem dar um culto infinito, como o faz um sacerdote
celebrando no altar.
Além disso, o padre que celebra oferece a Deus um tributo de reconhecimento
condigno da sua bondade infinita, por todas as graças que ele há
sempre concedido, mesmo aos bem-aventurados que estão no Céu. Este
reconhecimento condigno nem todos os bem-aventurados juntos o poderiam
prestar; de modo que, ainda sob este ponto de vista, a dignidade do padre
está acima de todas as dignidades, sem exceptuar as do Céu.
Mais, o padre é um embaixador enviado pelo universo inteiro, como
intercessor junto de Deus, para obter as suas graças para todas as criaturas;
assim fala S. João Crisóstomo14. Santo Efrém ajunta que o padre trata familiarmente
com Deus15. Para o padre, numa palavra, não há nenhuma porta
fechada.
Jesus Cristo morreu para fazer um padre. Não era necessário que o
Redentor morresse para salvar o mundo: uma gota de sangue, uma lágrima,
uma prece lhe bastava para salvar todos os homens; porque, sendo esta
prece dum valor infinito, era suficiente para salvar, não um mundo, mas milhares
de mundos.
Pelo contrário, foi necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um
padre: pois, doutro modo, — onde se encontraria a Vítima que os padres da
lei nova oferecem hoje a Deus, Vítima santíssima, sem mancha, só por si
suficiente para honrar a Deus duma maneira condigna de Deus? O sacrifício
da vida de todos os anjos e de todos os homens não seria capaz, como
acabamos de dizer, de prestar a Deus a honra infinita, que lhe presta um
padre com uma só missa.
III
Excelência do poder sacerdotal
Mede-se também a dignidade do padre pelo poder que ele exerce sobre
o corpo real e o corpo místico de Jesus Cristo.
Quanto ao corpo real, é de fé que no momento em que o padre consagra,
o Verbo encarnado se obrigou a obedecer-lhe, vindo às suas mãos sob
as espécies sacramentais. Causou espanto que Deus obedecesse a Josué,
e mandasse ao sol que se detivesse à sua voz, quando ele disse: Sol! fica-te
imóvel diante de Gabaon... E o sol deteve-se no meio do Céu16.
Mas é muito maior prodígio que Deus, em obediência a poucas palavras
do padre17, desça sobre o altar, ou a qualquer parte em que o sacerdote o
chame, quantas vezes o chamar, e se ponha entre as suas mãos, embora
esse sacerdote seja seu inimigo! Aí permanece inteiramente à disposição do
padre, que pode transportá-lo à sua vontade dum lugar para outro, encerrálo
no tabernáculo, expô-lo no altar, ou ministrá-lo aos outros. É o que exprime
com admiração S. Lourenço Justiniano, falando dos padre: “Bem alto é o
poder que lhes é dado! Quando querem, demudam o pão em corpo de Cristo:
o Verbo encarnado desde do Céu e desce verdadeiramente à mesa do
altar! É-lhes dado um poder que nunca foi outorgado aos anjos. Estes conservam-
se junto do trono de Deus; os sacerdotes têm-no nas mãos, dão-no
ao povo e eles próprios o comungam”18.
Quando ao corpo místico de Jesus Cristo, que se compõe de todos os
fiéis, tem o sacerdote o poder das chaves: pode livrar do inferno o pecador,
torná-lo digno do Paraíso, e, de escravo do demônio, fazê-lo filho de Deus. O
próprio Jesus Cristo se obrigou a estar pela sentença do padre, em recusar
ou conceder o perdão, conforme o padre recusar ou dar a absolvição, contanto
que o penitente seja digno dela.
De modo que o juízo de Deus está na mão do padre, diz S. Máximo de
Turim19. A sentença do padre precede, ajuda S. Pedro Damião, e Deus a
subscreve20. Assim, conclui S. João Crisóstomo, o Senhor supremo do universo
não faz senão seguir o seu servo, confirmando no Céu tudo quanto ele
decide na terra21.
Os padres, diz Sto. Inácio mártir, são os dispensadores das graças divinas
e os consócios de Deus22. E, segundo S. Próspero, são a honra e as
colunas da Igreja, portas e porteiros do Céu23.
Se Jesus Cristo descesse a uma igreja, e se sentasse num confessionário
para administrar o sacramento da Penitência, ao mesmo tempo que um
padre sentado no outro, o divino Redentor diria: Ego te absolvo o padre diria
o mesmo: Ego te absolvo; e os penitentes ficariam igualmente absolvidos,
tanto por um como pelo outro.
Que honra para um súdito, se o seu rei lhe desse poder para livrar da
prisão quem lhe aprouvesse! Mas muito maior é o poder dado pelo Padre
Eterno a Jesus Cristo, e por Jesus Cristo aos padres, para livrarem do inferno,
não só os corpos, mas até as almas; esta reflexão é de S. João
Crisóstomo24.

IV
A dignidade do padre excede todas as dignidades criadas
A dignidade sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades,
nota Sto. Ambrósio25. Ela excede, diz S. Bernardo, todas as dignidades
dos imperadores e dos anjos26. Santo Ambrósio ajunta que a dignidade
do padre sobreleva à dos reis como o ouro ao chumbo27. A razão disso, segundo
S. João Crisóstomo, é que o poder dos reis só se estendem aos bens
temporais e aos corpos, ao passo que o dos padres abrange os bens espirituais
e as almas28. Donde se conclui, em conformidade com o que fica exposto,
que o poder ou a dignidade do padre é tão superior à dos príncipes como
a alma ao corpo; era o que já tinha dito o Papa S. Clemente29.
É uma glória para os reis da terra honrar os padres; é isso próprio dum
bom príncipe, diz o Papa Marcelo30. Os reis, diz Pedro de Blois, apressam-se
a dobrar o joelho diante do sacerdote, a beijar-te a mão, e a abaixar humildemente
a cabeça para receberem a sua bênção31.
Reconhecem assim a superioridade do sacerdócio, diz S. João
Crisóstomo32. Conta Barónio33 que Leôncio, bispo de Trípoli, tendo sido chamado
à côrte pela imperatriz Eusébia, lhe mandara dizer que, se queria a
visita dele, era necessário que primeiro aceitasse as seguintes condições:
que à sua chegada a imperatriz desceria do seu trono, viria inclinar a cabeça
sob as suas mãos, pedir-lhe e receber dele a bênção; depois ele se assentaria,
e ela só o poderia fazer com permissão sua. Terminava por dizer-lhe que,
a não se darem essas condições, jamais poria os pés na sua côrte.
Convidado para a mesa do imperador Máximo, S. Martinho brindou primeiro
o seu capelão e só depois o imperador34. No Concílio de Nicéia, quis
Constantino Magno ocupar o último lugar, depois de todos os sacerdotes,
num assento menos elevado; e ainda se não quis assentar sem permissão
deles35. O santo rei Boleslau tinha pelos sacerdotes uma tal veneração que
não se assentava na presença deles.
A dignidade sacerdotal ultrapassa até a dos anjos, razão por que também
estes a veneram36. Velam os anjos da guarda pelas almas que lhe estão
confiadas, de modo que, se elas se encontram em estado de pecado mortal,
excitam-nas a recorrer aos sacerdotes, esperando que eles pronunciem a
sentença de absolvição; assim fala S. Pedro Damião37.
Se um moribundo pedir a assistência de S. Miguel, bem poderá, é verdade,
este glorioso arcanjo expulsar os demônios que o cercarem, mas não
quebrar-lhes as cadeias, se não vier um padre que o absolva. Acabando S.
Francisco de Sales de conferir a ordem de presbítero a um digno clérigo,
notou à saída que ele trocava algumas palavras com outra pessoa, a quem
(
queria ceder a passo. Interrogado pelo Santo, respondeu ao jovem sacerdote
que o Senhor o tinha honrado com a presença visível do seu anjo da guarda.
Este antes da sua elevação ao sacerdócio caminhava à sua direita e precedia-
o, mas agora tomava a esquerda e recusava caminhar diante; por isso
ele se tinha ficado à porta, numa santa contenda com o anjo. S. Francisco de
Assis dizia: “Se eu visse um padre, primeiro ajoelharia diante do padre, e
depois diante do anjo38”.
Mais ainda, o poder do padre excede até o da santíssima Virgem; porque
a Mãe de Deus pode pedir por uma alma e obter-lhe quanto quiser pelas
suas súplicas, mas não pode absolvê-la da menor falta. Escutemos Inocêncio
III: “Embora a santíssima Virgem esteja elevada acima dos apóstolos, não foi
contudo a ela, mas a eles que o Senhor confiou as chaves do reino dos
céus39”.
Por outro lado, S. Bernardino de Sena, dirigindo-se a Maria, diz igualmente
que Deus elevou o sacerdócio acima dela40; e eis a razão que dá:
Maria concebeu Jesus Cristo uma só vez; o padre pela consagração concebe-
o, por assim dizer, quantas vezes quer; de modo que, se a pessoa do
Redentor ainda não existisse no mundo, o padre, pronunciando as palavras
das consagração, produziria realmente esta pessoa sublime do Homem-Deus.
Daqui esta bela exclamação de Sto. Agostinho: “Ó venerável dignidade a
dos sacerdotes, entre cujas mãos o Filho de Deus encarna como encarnou
no seio da Virgem!41”. Por isso S. Bernardo, entre muitos outros, chama aos
padres pais de Jesus Cristo42. De fato, são causa da existência real da pessoa
de Jesus Cristo na Hóstia consagrada.
De certo modo, pode o padre dizer-se criador do seu Criador, porque
pronunciando as palavras da consagração, cria Jesus Cristo sobre o altar,
onde lhe dá o ser sacramental, e o produz como vítima para o oferecer a
Padre eterno. Para criar o mundo, Deus só disse uma palavra: Disse, e tudo
foi feito43; do mesmo modo, basta que o sacerdote diga sobre o pão: Isto é o
meu corpo; = Hoc est corpus meum; e eis que o pão deixou de ser pão: é o
corpo de Jesus Cristo. S. Bernardino de Sena vê nesta maravilha um poder
igual ao que criou o universo44. E Sto. Agostinho exclama de assombro: “Ó
venerável e sagrado poder o das mãos do padre! Ó glorioso ministério! Aquele
que me criou a mim, deu-me, se ouso dizê-lo, o poder de o criar a ele; e ele
que me criou sem mim, criou-se a si por meio de mim!”45
Assim como a palavra de Deus criou o céu e a terra, assim também, diz
S. Jerônimo, as palavras do padre criam Jesus Cristo46. Tão alta é a dignidade
do padre que vai até abençoar sobre o altar o próprio Jesus, como Vítima
para oferecer ao Padre eterno. Segundo nota o Pe. Mansi47, no sacrifício da
Missa, Jesus Cristo é considerado como Sacrificador principal e como Vítima:
como Sacrificador abençoa o padre; mas, como Vítima, é abençoado
pelo padre.