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- E senti o espírito
inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sábado, 26 de junho de 2010
ÚLTIMAS POSTAGENS : Venerável Pio XII:O Cristo Senhor, "sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque" (56) "tendo amado os seus que estavam no mundo",(57) "na última ceia, na noite em que foi traído, para deixar à Igreja, sua esposa dileta, um sacrifício visível, como exige a natureza dos homens, o qual representasse o sacrifício cruento que devia cumprir-se na cruz uma só vez, e para que a sua lembrança permanecesse até o fim dos séculos e nos fosse aplicada sua salutar virtude em remissão dos nossos pecados cotidianos... ofereceu a Deus Pai o seu corpo e o seu sangue sob as espécies de pão e de vinho e deu-os aos apóstolos então constituídos sacerdotes do Novo Testamento, para que sob essas mesmas espécies o recebessem, e ordenou a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que o oferecessem"
Venerável Pio XII:O Cristo Senhor, "sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque" (56) "tendo amado os seus que estavam no mundo",(57) "na última ceia, na noite em que foi traído, para deixar à Igreja, sua esposa dileta, um sacrifício visível, como exige a natureza dos homens, o qual representasse o sacrifício cruento que devia cumprir-se na cruz uma só vez, e para que a sua lembrança permanecesse até o fim dos séculos e nos fosse aplicada sua salutar virtude em remissão dos nossos pecados cotidianos... ofereceu a Deus Pai o seu corpo e o seu sangue sob as espécies de pão e de vinho e deu-os aos apóstolos então constituídos sacerdotes do Novo Testamento, para que sob essas mesmas espécies o recebessem, e ordenou a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que o oferecessem"
CARTA ENCÍCLICA DO PAPA PIO XII
MEDIATOR DEI
SOBRE A SAGRADA LITURGIA
SEGUNDA PARTEO CULTO EUCARÍSTICO

I. Natureza do sacrifício eucarístico
59. O mistério da santíssima eucaristia, instituída pelo sumo sacerdote Jesus Cristo e, por vontade sua, perpetuamente renovada pelos seus ministros, é como a súmula e o centro da religião cristã. Em se tratando do ápice da sagrada liturgia, julgamos oportuno, veneráveis irmãos, deter-nos um pouco, chamando a vossa atenção para esta importantíssima temática.

60. O Cristo Senhor, "sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque" (56) "tendo amado os seus que estavam no mundo",(57) "na última ceia, na noite em que foi traído, para deixar à Igreja, sua esposa dileta, um sacrifício visível, como exige a natureza dos homens, o qual representasse o sacrifício cruento que devia cumprir-se na cruz uma só vez, e para que a sua lembrança permanecesse até o fim dos séculos e nos fosse aplicada sua salutar virtude em remissão dos nossos pecados cotidianos... ofereceu a Deus Pai o seu corpo e o seu sangue sob as espécies de pão e de vinho e deu-os aos apóstolos então constituídos sacerdotes do Novo Testamento, para que sob essas mesmas espécies o recebessem, e ordenou a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que o oferecessem".(58)

61. O augusto sacrifício do altar não é, pois, uma pura e simples comemoração da paixão e morte de Jesus Cristo, mas é um verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se incruentamente, o sumo Sacerdote faz aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai, vítima agradabilíssima. "Uma... e idêntica é a vítima: aquele mesmo, que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes, se ofereceu então sobre a cruz; é diferente apenas, o modo de fazer a oferta".(59)

62. Idêntico, pois, é o sacerdote, Jesus Cristo, cuja sagrada pessoa é representada pelo seu ministro. Este, pela consagração sacerdotal recebida, assemelha-se ao sumo Sacerdote e tem o poder de agir em virtude e na pessoa do próprio Cristo;(60) por isso, com sua ação sacerdotal, de certo modo, "empresta a Cristo a sua língua, e lhe oferece a sua mão".(61)

63. Também idêntica é a vítima, isto é, o divino Redentor, segundo a sua humana natureza e na realidade do seu corpo e do seu sangue. Diferente, porém, é o modo pelo qual Cristo é oferecido. Na cruz, com efeito, ele se ofereceu todo a Deus com os seus sofrimentos, e a imolação da vítima foi realizada por meio de morte cruenta livremente sofrida; no altar, ao invés, por causa do estado glorioso de sua natureza humana, "a morte não tem mais domínio sobre ele"(62) e, por conseguinte, não é possível a efusão do sangue; mas a divina sabedoria encontrou o modo admirável de tornar manifesto o sacrifício de nosso Redentor com sinais exteriores que são símbolos de morte. Já que, por meio da transubstanciação do pão no corpo e do vinho no sangue de Cristo, têm-se realmente presentes o seu corpo e o seu sangue; as espécies eucarísticas, sob as quais está presente, simbolizam a cruenta separação do corpo e do sangue. Assim o memorial da sua morte real sobre o Calvário repete-se sempre no sacrifício do altar, porque, por meio de símbolos distintos, se significa e demonstra que Jesus Cristo se encontra em estado de vítima.

64. Idênticos, finalmente, são os fins, dos quais o primeiro é a glorificação de Deus. Do nascimento à morte, Jesus Cristo foi abrasado pelo zelo da glória divina e, da cruz, a oferenda do sangue chegou ao céu em odor de suavidade. E porque este cântico não havia de cessar, no sacrifício eucarístico os membros se unem à Cabeça divina e com ela, com os anjos e os arcanjos, cantam a Deus louvores perenes, (63) dando ao Pai onipotente toda honra e glória.(64)

65. O segundo fim é a ação de graças a Deus. O divino Redentor somente, como Filho de predileção do Eterno Pai de quem conhecia o imenso amor, pôde entoar-lhe um digno cântico de ação de graças. A isso visou e isso desejou "rendendo graças"(65) na última ceia, e não cessou de fazê-lo na cruz, não cessa de realizá-lo no augusto sacrifício do altar, cujo significado é justamente a ação de graças ou eucaristia; e porque isso é "verdadeiramente digno e justo e salutar".(66)

66. O terceiro fim é a expiação e a propiciação. Certamente ninguém, fora Cristo, podia dar a Deus onipotente satisfação adequada pelas culpas do gênero humano; ele, pois, quis imolar-se na cruz, "propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas ainda pelos de todo o mundo".(67) Nos altares se oferece igualmente cada dia pela nossa redenção, afim de que, libertados da eterna condenação, sejamos acolhidos no rebanho dos eleitos. E isso não somente por nós que estamos nesta vida mortal, mas ainda "por todos aqueles que repousam em Cristo, os quais nos precederam com o sinal da fé, e dormem o sono da paz",(68) pois, quer vivamos, quer morramos, "não nos separamos do único Cristo".(69)

67. O quarto fim é a impetração. Filho pródigo, o homem malbaratou e dissipou todos os bens recebidos do Pai celeste, por isso está reduzido à suprema miséria e inanição; da cruz, porém, Cristo, "tendo em alta voz e com lágrimas oferecido orações e súplicas... foi ouvido pela sua piedade",(70) e nos sagrados altares exercita a mesma mediação eficaz; a fim de que sejamos cumulados de toda bênção e graça.

68. Compreende-se, portanto, facilmente, porque o sacrossanto concílio de Trento afirma que com o sacrifício eucarístico nos é aplicada a salutar virtude da cruz para a remissão dos nossos pecados cotidianos.(71)

69. Também o apóstolo das gentes, proclamando a superabundante plenitude e perfeição do sacrifício da cruz, declarou que Cristo com uma só oblação, tornou perfeitos para sempre os santificados.(72) Os infinitos e imensos méritos desse sacrifício, com efeito, não têm limites: estendem-se à universalidade dos homens de todo lugar e de todo tempo, porque, nele, o sacerdote e a vítima é Deus Homem; porque a sua imolação como a sua obediência à vontade do Eterno Pai foi perfeitíssima, e porque foi como Cabeça do gênero humano, que ele quis morrer. "Considera como foi tratado o nosso resgate: Cristo pende do madeiro; vê a que preço comprou; ...derramou o seu sangue, comprou com o seu sangue, com o sangue do Cordeiro imaculado, com o sangue do unigênito Filho de Deus... Quem compra é Cristo, o preço é o sangue, a aquisição é todo o mundo".(73)

70. Esse resgate, porém, não teve logo o seu pleno efeito: é necessário que, depois de haver resgatado o mundo com o elevadíssimo preço de si mesmo, Cristo entre na real e efetiva posse das almas. Conseqüentemente, a fim de que, com o beneplácito de Deus, se cumpra para todos os indivíduos e para todas as gerações até o fim dos séculos, a sua redenção e salvação, é absolutamente necessário que cada um tenha vital contato com o sacrifício da cruz, e assim os méritos que dele derivam lhe sejam transmitidos e aplicados. Pode-se dizer que Cristo construiu no Calvário uma piscina de purificação e de salvação e a encheu com o sangue por ele derramado; mas se os homens não mergulham nas suas ondas e aí não lavam as manchas de sua iniqüidade, não podem certamente ser purificados e salvos.

71. A fim de que, pois, os pecadores individualmente se purifiquem no sangue do Cordeiro, é necessária a colaboração dos fiéis. Se bem que, falando em geral, Cristo haja reconciliado com o Pai por meio da sua morte cruenta todo o gênero humano, quis todavia que todos se aproximassem e fossem conduzidos à cruz por meio dos sacramentos e do sacrifício da eucaristia, para poderem conseguir os frutos salutares por ele granjeados na cruz. Com esta atual e pessoal participação assim como os membros se configuram cada dia mais à sua Cabeça divina, assim também a salvação que vem da Cabeça flui para os membros, de modo que cada um de nós pode repetir as palavras de são Paulo: "Estou crucificado com Cristo na cruz, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim".(74) Como realmente, em outra ocasião, de propósito e concisamente dissemos, Jesus Cristo enquanto morria na cruz, deu à sua Igreja, sem nenhuma cooperação da parte dela, o imenso tesouro da Redenção; quando, ao invés, se trata de distribuir tal tesouro, não só participa com sua esposa incontaminada desta obra de santificação, mas deseja que tal atividade jorre, de certo modo, por ação dela.(75)
72. O augusto sacrifício do altar é insigne instrumento para aos crentes distribuir os méritos derivados da cruz do divino Redentor: "toda vez que se oferece este sacrifício, cumpre-se a obra da nossa redenção".(76) Isso, porém, longe de diminuir a dignidade do sacrifício cruento, dele faz ressaltar a grandeza, como afirma o concílio de Trento,"(77) e lhe proclama a necessidade. Renovado cada dia, admoesta-nos que não há salvação fora da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo;(78) que Deus quer a continuação deste sacrifício "do surgir ao pôr-do-sol", (79) para que não cesse jamais o hino de glorificação e de ação de graças que os homens devem ao Criador, visto que têm necessidade de seu contínuo auxílio e do sangue do Redentor para redimir os pecados que ofendem a sua justiça.
56. Sl 109,4.
57. Jo 13,1.
58. Conc. Trid., Sess. XXII. c, 1.
59. Ibidem, c. 2.
60. Cf. s. Tomás, Summa Theol., III, q. 22, a. 4.
61. João Cris. In Joan. Hom., 86,4.
62. Rm 6,9.
63. Cf . Missal Rom., Prefácio.
64. Cf. Ibidem, Cânon.
65. Mc 14,23.
66. Missal Rom., Prefácio.
67. 1Jo 2,2 .
68. Missal Rom., Cânon.
69. S. Agostinho, De Trinit., 1. XIII, c.19.
70. Hb 5, 7.
71. Cf. Sess. XXII, c.1.
72. Cf. Hb 10,14.
73. S. Agostinho, Enarr. in Ps,147, n.16.
74. Gl 2,19-20.
75. Carta. Encicl. Mystici Corporis, do dia 29 de junho de 1943.
76. Missal Rom., Secreta do Dom. IX depois de Pentec.
77. Cf. Sess. XXII. c. 2 e cân. 4.
78. Cf. Gl 6,14.
79. Ml 1,11.
LIBRO: EN LAS AGUAS TURBIAS DEL CONCILIO VATICANO II:“La única Iglesia de Cristo que en el Símbolo confesamos (…) Católica (…) subsiste en la Iglesia Católica gobernada por el Sucesor de Pedro”. Si la intención era afirmar que la Iglesia Católica es la Iglesia de Cristo, como siempre ha sido enseñado, ¿por qué lanzar una duda como esa en la mente del fiel? ¿Por qué esta ambigüedad del subsistit in?

“El Concilio es como un manantial que se convierte
en un río. La corriente del río nos sigue aun cuando
la fuente del manantial está lejos. Se puede decir que
el Concilio dejó un legado a la Iglesia que lo celebró. El
Concilio no nos obliga tanto a mirar hacia atrás, al acto
de su celebración, sino, más bien, nos obliga a tomar en
consideración la herencia que de él hemos recibido, la
cual está presente y permanecerá presente en el futuro.
¿Qué herencia es esa?”
Paulo Vl
en un río. La corriente del río nos sigue aun cuando
la fuente del manantial está lejos. Se puede decir que
el Concilio dejó un legado a la Iglesia que lo celebró. El
Concilio no nos obliga tanto a mirar hacia atrás, al acto
de su celebración, sino, más bien, nos obliga a tomar en
consideración la herencia que de él hemos recibido, la
cual está presente y permanecerá presente en el futuro.
¿Qué herencia es esa?”
Paulo Vl
El estudio más completo acerca del Concilio Vaticano II que se haya hecho hasta ahora y el objetivo primario es el análisis del Concilio Vaticano II, su espíritu, su pensamiento de fondo y sus frutos. El objetivo secundario es el estudio de la unidad que dichos elementos presentan entre sí.
Plan de la obra:
1° Análisis de la letra de los documentos conciliares (volumen I).
2° Análisis del espíritu del concilio (volúmenes II, III, IV y V).
3° Análisis de los frutos del Vaticano II (además de los tratados en los volúmenes anteriores, especialmente los volúmenes VI, VII, VIII, IX, X y XI).
Descripción sumaria de cada volumen de esta obra:
I En las Aguas Turbias del Concilio Vaticano II: busca analizar la letra de los documentos conciliares y muestra la imposibilidad de hacerlo debido a su ambigüedad lingüística intencional.
II Animus Injuriandi I (Deseo de Insultar I): presenta una larga serie de ofensas hechas a la Santa Madre Iglesia por los jerarcas y teólogos más representativos tanto de los tiempos inmediatos previos al Vaticano II como posteriores a éste.
III Animus Injuriandi II: relata las ofensas contra la religión.
IV Animus Delendi I (Deseo de Destruir I): presenta una doctrina del progresismo y un plan para la auto-demolición de la Iglesia y los importantes hechos que muestran cómo este nefasto trabajo está siendo realizado.
V Animus Delendi II: presenta un resumen de las dos principales iniciativas desarrolladas por la corriente progresista: el ecumenismo y la secularización. El objetivo indirecto de estas iniciativas, alentadas oficialmente por los pontífices conciliares, es la destrucción de la fe católica y los restos de la Cristiandad que todavía viven en los Estados y en la sociedad occidentales.
VI Inveniet fidem? (¿Encontrará Fe?): demuestra cómo los documentos conciliares están propiciando una sistemática destrucción de la fe católica.
VII Destructio Dei (La Destrucción de Dios): demuestra cómo la teología conciliar está mudando la concepción personal y transcendente de Dios que la fe católica nos enseñó.
VIII Fumus Satanae (El humo de Satanás): presenta el nuevo concepto inmanente de Dios que está siendo predicado por la teología conciliar.
IX Creatio (Creación): presenta la nueva doctrina progresista – el evolucionismo – y cómo está siendo aplicada para modificar la noción de la creación y de la historia.
X Peccato, Redemptio (Pecado y Redención): analiza el ataque a las nociones tradicionales de pecado original y de la redención y las nuevas teorías que las reemplazan.
XI Ecclesia (La Iglesia): analiza los principales nuevos conceptos de Iglesia que vienen del Vaticano II: Iglesia misterio, pueblo de Dios, Iglesia pecadora, Iglesia peregrina, Iglesia pobre, etc.
Dada la profundidad y seriedad de análisis, como también por la abundante documentación contenida, esta obra está dirigida a un público bastante amplio, ya que creemos merece la lectura cuidadosa y reflexiva de obispos, sacerdotes, estudiosos, historiadores, fieles y público en general.
Juan Valdivieso V.
Editor
PRÓLOGO ESPECIAL
por
R.P. Malachi Martin, SJ.
por
R.P. Malachi Martin, SJ.
Este primer volumen de la colección Eli, Eli, Lamma Sabacthani? coloca al autor Atila Sinke Guimarães como uno de los actuales estudiosos mejor informados de aquel evento que marcó época: el Concilio Vaticano II. Hasta el momento, el examen más enciclopédico y detalladamente informado sobre el Concilio había sido realizado por el profesor (Romano) Amerio, en su Iota Unum. La colección de Guimarães concurre justamente a reemplazar Iota Unum como el mejor libro de fuente, de múltiples finalidades, sobre el Concilio. Y no es arriesgado o apresurado predecir que esta obra de Guimarães será un trabajo de referencia sobre la materia, inclusive a lo largo del siglo XXI.
El título del primer volumen, En las Aguas Turbias del Concilio Vaticano II, expresa exactamente su contenido. Todos los que vivimos en los años del Vaticano II (1962-1965) y tuvimos que tratar con sus consecuencias, podemos reconocer inmediatamente la entera precisión de este volumen. La ambigüedad, cultivada y, como fue, perfeccionada en la composición de los dieciséis principales documentos del Concilio, es ahora vista como el medio más hábil encontrado tanto para destruir el carácter romano y la catolicidad de la Iglesia Católica romana, como para entregarles toda esa organización institucional de mil millones de miembros a las manos listas y ávidas de aquellos para quienes la existencia del Papado tradicional y de la organización jerárquica fue por un largo tiempo un anatema.
Se lee este volumen con un cierto sentimiento de malestar, el cual ha sido causado por la manera unificada por la que los propios teólogos y prelados de la Iglesia conspiraron conscientemente, para hacer efectiva la actual tendencia de des-romanización y des-catolización de la otrora monolítica institución.
Nueva York, 25 de septiembre de 1997.
Se lee este volumen con un cierto sentimiento de malestar, el cual ha sido causado por la manera unificada por la que los propios teólogos y prelados de la Iglesia conspiraron conscientemente, para hacer efectiva la actual tendencia de des-romanización y des-catolización de la otrora monolítica institución.
Nueva York, 25 de septiembre de 1997.
ACLARACIONESDEL AUTOR
§1 El título de este volumen, En las Aguas Turbias del Concilio Vaticano II, podría parecer una acusación irrespetuosa lanzada al Concilio justo en el inicio de una obra que busca analizarlo con imparcialidad.
Sin embargo, la imagen de las “aguas turbias” referidas al Vaticano II no es nuestra. Ella fue usada por Mons. Philippe Delhaye, profesor de la Universidad de Louvain-la-Neuve y secretario general de la Comisión Teológica Internacional (1973 a 1988). En efecto, Mons. Delhaye dice: “El Vaticano II fue una cúspide en la vida de la Iglesia, para el cual concurrieron movimientos de ideas tales como las del movimiento litúrgico: una cúspide de la cual fluyen y fluirán torrentes de agua viva para la Iglesia. Por el momento estas aguas están, algunas veces, turbias; ocurrieron ciertas desviaciones; pero acontecerá con este Concilio lo que sucedió con otros: tomará años para que se puedan ver sus efectos”.
§2 El cardenal Leo Józef Suenens, arzobispo de Malinas, uno de los cuatro moderadores que dirigieron el Concilio y ciertamente uno de los más influyentes personajes en la asamblea conciliar, también empleó la metáfora de las aguas turbulentas. Afirma él: “En pocas palabras, un trabajo falta por hacer: el de armonizar dos puntos de vista y conducirlos a una síntesis perfecta. Existe en Irlanda un lugar muy conocido por los turistas llamado the meeting of the waters. Es un valle en el cual dos ríos chocan impetuosamente uno contra otro para formar, después, un solo río de aguas calmas. Les ofrezco esta metáfora como un convite para llevar a término, en un diálogo fraterno, la maravillosa sinfonía – infelizmente incompleta como toda la creación humana – de la Lumen gentium”.
§3 Refiriéndose al mismo conflicto de tendencias, esta vez en la fase post-conciliar del pontificado de Paulo VI, el cardenal Suenens también utiliza la metáfora de “las aguas turbias”: “Paulo VI debía conducir la barca de Pedro entre corrientes opuestas que enturbiaron las aguas. Para algunos, en la propia Roma, él fue muy favorable a las tendencias de la mayoría [los progresistas], y las reformas que él realizó encontraron una fuerte oposición local. Mientras que, fuera de Roma, las hesitaciones y las tardanzas [hacia las reformas] se acentuaban”.
§4 Se ve entonces, que la imagen de las aguas turbias y aguas revueltas no provienen originalmente de nosotros. La razón de usar la metáfora de las “aguas turbias”, empleada por Mons. Delhaye y el cardenal Suenens, como título para este volumen es porque creemos
que expresa la actual realidad.
Cualquier intento irrespetuoso, por lo tanto, está lejos de nuestros motivos.
Sin embargo, la imagen de las “aguas turbias” referidas al Vaticano II no es nuestra. Ella fue usada por Mons. Philippe Delhaye, profesor de la Universidad de Louvain-la-Neuve y secretario general de la Comisión Teológica Internacional (1973 a 1988). En efecto, Mons. Delhaye dice: “El Vaticano II fue una cúspide en la vida de la Iglesia, para el cual concurrieron movimientos de ideas tales como las del movimiento litúrgico: una cúspide de la cual fluyen y fluirán torrentes de agua viva para la Iglesia. Por el momento estas aguas están, algunas veces, turbias; ocurrieron ciertas desviaciones; pero acontecerá con este Concilio lo que sucedió con otros: tomará años para que se puedan ver sus efectos”.
§2 El cardenal Leo Józef Suenens, arzobispo de Malinas, uno de los cuatro moderadores que dirigieron el Concilio y ciertamente uno de los más influyentes personajes en la asamblea conciliar, también empleó la metáfora de las aguas turbulentas. Afirma él: “En pocas palabras, un trabajo falta por hacer: el de armonizar dos puntos de vista y conducirlos a una síntesis perfecta. Existe en Irlanda un lugar muy conocido por los turistas llamado the meeting of the waters. Es un valle en el cual dos ríos chocan impetuosamente uno contra otro para formar, después, un solo río de aguas calmas. Les ofrezco esta metáfora como un convite para llevar a término, en un diálogo fraterno, la maravillosa sinfonía – infelizmente incompleta como toda la creación humana – de la Lumen gentium”.
§3 Refiriéndose al mismo conflicto de tendencias, esta vez en la fase post-conciliar del pontificado de Paulo VI, el cardenal Suenens también utiliza la metáfora de “las aguas turbias”: “Paulo VI debía conducir la barca de Pedro entre corrientes opuestas que enturbiaron las aguas. Para algunos, en la propia Roma, él fue muy favorable a las tendencias de la mayoría [los progresistas], y las reformas que él realizó encontraron una fuerte oposición local. Mientras que, fuera de Roma, las hesitaciones y las tardanzas [hacia las reformas] se acentuaban”.
§4 Se ve entonces, que la imagen de las aguas turbias y aguas revueltas no provienen originalmente de nosotros. La razón de usar la metáfora de las “aguas turbias”, empleada por Mons. Delhaye y el cardenal Suenens, como título para este volumen es porque creemos
que expresa la actual realidad.
Cualquier intento irrespetuoso, por lo tanto, está lejos de nuestros motivos.
CAPÍTULO I
AMBIGÜEDAD EN LOS TEXTOS DE LOS DOCUMENTOS
OFICIALES DEL VATICANO II
AMBIGÜEDAD EN LOS TEXTOS DE LOS DOCUMENTOS
OFICIALES DEL VATICANO II
§1 Si alguien dotado de una cultura católica media y motivado por su amor a la Iglesia estudia los documentos del Concilio Vaticano II, a medida que avanza en su lectura, su espíritu se verá gradualmente invadido de preguntas.
Ya en el primer capítulo de la constitución dogmática Lumen gentium,se sorprendería al leer: “La única Iglesia de Cristo que en el Símbolo confesamos Una, Santa, Católica y Apostólica (…) constituida y organizada en este mundo como una sociedad, subsiste en la Iglesia Católica gobernada por el sucesor de Pedro (…), si bien fuera de su estructura visible se encuentren varios elementos de santificación y verdad. Estos elementos, como dones propios de la Iglesia de Cristo, impelen a la unidad católica” (LG 8b).
Este pasaje habría sido claro si hubiese afirmado que la Iglesia de Cristo es la Iglesia Católica o que la Iglesia de Cristo existe exclusivamente en la Iglesia Católica. Escrito como está, queda afirmado implícitamente que existirían dos realidades distintas – la Iglesia de Cristo y la Iglesia Católica – y que la segunda, que sería más restringida, recibiría su vida de la primera, más universal y más noble.
¿Qué “Iglesia de Cristo” sería esta, diferente y más noble que la Iglesia Católica, de la cual esta última recibiría su propia vida? ¿Sería una “iglesia” que contendría “elementos de santificación y verdad” que se encuentran “fuera” de la estructura visible de la Iglesia Católica? A la búsqueda de una explicación, el lector deparará con una aún más grande confusión: ¿entonces, pueden habitualmente existir elementos de “santificación y verdad” fuera del seno sagrado de la Iglesia Católica?
Esta afirmación implícita, de la existencia de dos iglesias diferentes,choca frontalmente con la enseñanza perenne del magisterio y con el sentido católico de los fieles, que siempre se han nutrido, como niños de su leche materna, de la creencia de que la Iglesia Católica es la única Iglesia de Cristo. Deseoso de encontrar una respetuosa solucióna tal afirmación disonante, el fiel católico es llevado a preguntarse si la expresión, subsistit in, no fue usada inadecuadamente.
La impresión de ambigüedad se hace aún más sorprendente cuando,después de la consideración anterior, volvemos al texto con el propósito de ver si se lo puede interpretar de una manera benigna, pero coherente.
“La única Iglesia de Cristo que en el Símbolo confesamos (…) Católica (…) subsiste en la Iglesia Católica gobernada por el Sucesor de Pedro”.
Si la intención era afirmar que la Iglesia Católica es la Iglesia de Cristo, como siempre ha sido enseñado, ¿por qué lanzar una duda como esa en la mente del fiel? ¿Por qué esta ambigüedad del subsistit in?
§2 Más adelante, al leer el inicio del capítulo II de la misma constitución dogmática, un espíritu católico no puede dejar de levantar,con preocupación, varias preguntas acerca de si habría sido oportuno sustituir la noción de una Iglesia jerárquica y sacra por la noción de “pueblo de Dios”. Nos gustaría decir una palabra sobre su contexto, dejando el análisis del texto para después. Si bien la expresión “pueblo de Dios”, por sí misma, puede ser aplicada legítimamente a la Iglesia,un católico podría preguntarse si en un mundo, devastado por la tendencia de abolir toda superioridad, contaminado por los errores de la Ilustración y la Revolución Francesa, y, además, profundamente minado por los gérmenes virulentos del comunismo, habrá sido oportuno presentar la estructura de la Iglesia, predominantemente como un pueblo y ya no más como una jerarquía. ¿No es esto abrir la puerta a esa tendencia igualitaria?.
En este contexto, la afirmación del sacerdocio común de los fieles(8), ¿no es estimular el mito rousseauniano de la soberanía popular? ¿No es esto un renacimiento de los viejos errores de la Acción católica(9) que instaban a los laicos a participar en el munus (oficio) jerárquico?
§3 Habiendo el Concilio aprobado nociones tan singulares, en aparente detrimento de la constitución jerárquica de la Iglesia, ¿cómo se podría evitar entonces, los excesos a que llegaron un Fr. Leonardo Boff y un P. Edward Schillebeeckx, que preconizan una iglesia igualitaria? En el largo plazo, ¿qué eficacia tendrán las loables advertencias que el entonces cardenal Ratzinger hizo a esos autores, que en realidad se sienten protegidos por la ambigüedad en el texto y contexto de la Lumen gentium?
§4 En el caso de la noción eclesiológica de “pueblo de Dios”, la ambigüedad se encuentra no sólo en pasajes incidentales sino que impregna todo el contexto en el que la Iglesia parece adaptarse a los errores de la Ilustración, de la Revolución Francesa e, indirectamente, al comunismo(13), todos los cuales hasta entonces Ella siempre combatió.
§5 Quien analiza el conjunto de los documentos conciliares, comenzando por la Lumen gentium, tiene un momento de distención cuando llega al capítulo II. En efecto, ahí se lee: “No podrán salvarse aquellos hombres que, conociendo que la Iglesia Católica fue instituida por Dios a través de Jesucristo como necesaria, sin embargo, se nieguen a entrar o a perseverar en ella” (LG 14a).
Estamos, en efecto, delante del axioma perenne de la enseñanza dogmática: extra Ecclesiam nulla salus (fuera de la Iglesia no hay salvación).
En este pasaje, la coherencia del pensamiento del Vaticano II con toda la tradición de la Iglesia da a la persona que lo estudia una sensación de seguridad, confianza y esperanza de que las ambigüedades citadas anteriormente puedan ser resueltas por una explicación cristalina.
Sin embargo, tales esperanzadores y filiales sentimientos se deshacen como una ola que choca en una roca cuando se llega al texto del decreto sobre el ecumenismo, Unitatis redintegratio; y más adelante, al de la declaración sobre la libertad religiosa, Dignitatis humanae; y finalmente, al de la declaración sobre las relaciones con las religiones no-cristianas, Nostra aetate.
Consideremos, por ejemplo, el decreto Unitatis redintegratio, en el cual se lee: “Comunidades no pequeñas se separaron de la plena comunión de la Iglesia Católica. (…) Sin embargo, quienes ahora nacen en esas comunidades y se nutren con la fe de Cristo no pueden ser acusados de pecado de separación, y la Iglesia Católica los abraza con fraterno respeto y amor. (…) Además de los elementos o bienes que conjuntamente edifican y dan vida a la propia Iglesia, pueden encontrarse algunos, más aún, muchísimos y muy valiosos, fuera del recinto visible de la Iglesia Católica: la palabra de Dios escrita, la vida de la gracia, la fe, la esperanza y la caridad y otros dones interiores del Espíritu Santo y los elementos visibles. (…) Los hermanos separados de nosotros practican también no pocas acciones sagradas de la religión cristiana, las cuales (…) hay que considerarlas aptas para abrir el acceso a la comunión de la salvación” (UR 3a, b, c).
En este caso no parece más tratarse de ambigüedades; se diría que estamos delante de la incoherencia y de la contradicción. ¿Cómo no ver una contradicción entre lo que se dice aquí y la cita anterior de la Lumen gentium?
§6 Hemos presentado tres ejemplos de ambigüedad y contradicción tomados de apenas dos de los dieciséis documentos finales del Concilio Vaticano II.
¡Cuánto se tendría que escribir para hacer un análisis completo sólo de los puntos ambiguos, contradictorios e incompletos de tales documentos!
Ya en el primer capítulo de la constitución dogmática Lumen gentium,se sorprendería al leer: “La única Iglesia de Cristo que en el Símbolo confesamos Una, Santa, Católica y Apostólica (…) constituida y organizada en este mundo como una sociedad, subsiste en la Iglesia Católica gobernada por el sucesor de Pedro (…), si bien fuera de su estructura visible se encuentren varios elementos de santificación y verdad. Estos elementos, como dones propios de la Iglesia de Cristo, impelen a la unidad católica” (LG 8b).
Este pasaje habría sido claro si hubiese afirmado que la Iglesia de Cristo es la Iglesia Católica o que la Iglesia de Cristo existe exclusivamente en la Iglesia Católica. Escrito como está, queda afirmado implícitamente que existirían dos realidades distintas – la Iglesia de Cristo y la Iglesia Católica – y que la segunda, que sería más restringida, recibiría su vida de la primera, más universal y más noble.
¿Qué “Iglesia de Cristo” sería esta, diferente y más noble que la Iglesia Católica, de la cual esta última recibiría su propia vida? ¿Sería una “iglesia” que contendría “elementos de santificación y verdad” que se encuentran “fuera” de la estructura visible de la Iglesia Católica? A la búsqueda de una explicación, el lector deparará con una aún más grande confusión: ¿entonces, pueden habitualmente existir elementos de “santificación y verdad” fuera del seno sagrado de la Iglesia Católica?
Esta afirmación implícita, de la existencia de dos iglesias diferentes,choca frontalmente con la enseñanza perenne del magisterio y con el sentido católico de los fieles, que siempre se han nutrido, como niños de su leche materna, de la creencia de que la Iglesia Católica es la única Iglesia de Cristo. Deseoso de encontrar una respetuosa solucióna tal afirmación disonante, el fiel católico es llevado a preguntarse si la expresión, subsistit in, no fue usada inadecuadamente.
La impresión de ambigüedad se hace aún más sorprendente cuando,después de la consideración anterior, volvemos al texto con el propósito de ver si se lo puede interpretar de una manera benigna, pero coherente.
“La única Iglesia de Cristo que en el Símbolo confesamos (…) Católica (…) subsiste en la Iglesia Católica gobernada por el Sucesor de Pedro”.
Si la intención era afirmar que la Iglesia Católica es la Iglesia de Cristo, como siempre ha sido enseñado, ¿por qué lanzar una duda como esa en la mente del fiel? ¿Por qué esta ambigüedad del subsistit in?
§2 Más adelante, al leer el inicio del capítulo II de la misma constitución dogmática, un espíritu católico no puede dejar de levantar,con preocupación, varias preguntas acerca de si habría sido oportuno sustituir la noción de una Iglesia jerárquica y sacra por la noción de “pueblo de Dios”. Nos gustaría decir una palabra sobre su contexto, dejando el análisis del texto para después. Si bien la expresión “pueblo de Dios”, por sí misma, puede ser aplicada legítimamente a la Iglesia,un católico podría preguntarse si en un mundo, devastado por la tendencia de abolir toda superioridad, contaminado por los errores de la Ilustración y la Revolución Francesa, y, además, profundamente minado por los gérmenes virulentos del comunismo, habrá sido oportuno presentar la estructura de la Iglesia, predominantemente como un pueblo y ya no más como una jerarquía. ¿No es esto abrir la puerta a esa tendencia igualitaria?.
En este contexto, la afirmación del sacerdocio común de los fieles(8), ¿no es estimular el mito rousseauniano de la soberanía popular? ¿No es esto un renacimiento de los viejos errores de la Acción católica(9) que instaban a los laicos a participar en el munus (oficio) jerárquico?
§3 Habiendo el Concilio aprobado nociones tan singulares, en aparente detrimento de la constitución jerárquica de la Iglesia, ¿cómo se podría evitar entonces, los excesos a que llegaron un Fr. Leonardo Boff y un P. Edward Schillebeeckx, que preconizan una iglesia igualitaria? En el largo plazo, ¿qué eficacia tendrán las loables advertencias que el entonces cardenal Ratzinger hizo a esos autores, que en realidad se sienten protegidos por la ambigüedad en el texto y contexto de la Lumen gentium?
§4 En el caso de la noción eclesiológica de “pueblo de Dios”, la ambigüedad se encuentra no sólo en pasajes incidentales sino que impregna todo el contexto en el que la Iglesia parece adaptarse a los errores de la Ilustración, de la Revolución Francesa e, indirectamente, al comunismo(13), todos los cuales hasta entonces Ella siempre combatió.
§5 Quien analiza el conjunto de los documentos conciliares, comenzando por la Lumen gentium, tiene un momento de distención cuando llega al capítulo II. En efecto, ahí se lee: “No podrán salvarse aquellos hombres que, conociendo que la Iglesia Católica fue instituida por Dios a través de Jesucristo como necesaria, sin embargo, se nieguen a entrar o a perseverar en ella” (LG 14a).
Estamos, en efecto, delante del axioma perenne de la enseñanza dogmática: extra Ecclesiam nulla salus (fuera de la Iglesia no hay salvación).
En este pasaje, la coherencia del pensamiento del Vaticano II con toda la tradición de la Iglesia da a la persona que lo estudia una sensación de seguridad, confianza y esperanza de que las ambigüedades citadas anteriormente puedan ser resueltas por una explicación cristalina.
Sin embargo, tales esperanzadores y filiales sentimientos se deshacen como una ola que choca en una roca cuando se llega al texto del decreto sobre el ecumenismo, Unitatis redintegratio; y más adelante, al de la declaración sobre la libertad religiosa, Dignitatis humanae; y finalmente, al de la declaración sobre las relaciones con las religiones no-cristianas, Nostra aetate.
Consideremos, por ejemplo, el decreto Unitatis redintegratio, en el cual se lee: “Comunidades no pequeñas se separaron de la plena comunión de la Iglesia Católica. (…) Sin embargo, quienes ahora nacen en esas comunidades y se nutren con la fe de Cristo no pueden ser acusados de pecado de separación, y la Iglesia Católica los abraza con fraterno respeto y amor. (…) Además de los elementos o bienes que conjuntamente edifican y dan vida a la propia Iglesia, pueden encontrarse algunos, más aún, muchísimos y muy valiosos, fuera del recinto visible de la Iglesia Católica: la palabra de Dios escrita, la vida de la gracia, la fe, la esperanza y la caridad y otros dones interiores del Espíritu Santo y los elementos visibles. (…) Los hermanos separados de nosotros practican también no pocas acciones sagradas de la religión cristiana, las cuales (…) hay que considerarlas aptas para abrir el acceso a la comunión de la salvación” (UR 3a, b, c).
En este caso no parece más tratarse de ambigüedades; se diría que estamos delante de la incoherencia y de la contradicción. ¿Cómo no ver una contradicción entre lo que se dice aquí y la cita anterior de la Lumen gentium?
§6 Hemos presentado tres ejemplos de ambigüedad y contradicción tomados de apenas dos de los dieciséis documentos finales del Concilio Vaticano II.
¡Cuánto se tendría que escribir para hacer un análisis completo sólo de los puntos ambiguos, contradictorios e incompletos de tales documentos!
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Tomado de: Devoción Católica
"Houve no passado e haverá no futuro um único e oficial Rito Romano da Missa. Durante o futuro próximo, haverá duas variações oficialmente sancionadas daquele sagrado Rito Romano: a tradicional, que floresceu durante mais de mil anos antes de o Concílio de Trento lhe conferir uma sanção especial; e o Novus Ordo do Papa Paulo VI, o qual, num estado reformado, também está autorizado. Ambos serão ditos em latim, conforme foi decretado pelo Concílio Vaticano II, exceptuando-se as orações em vernáculo ditas pelo povo. O Novus Ordo paulino será purificado de suas partes suspeitas, as palavras validatórias da Consagração serão restauradas nele, sendo completamente expurgados os acréscimos de Lutero. A realização de uma ou outra Missa será decidida não por sufrágio popular mas por ordens diretas da Santa Sé. Todas as sanções eclesiásticas fulminadas contra os movimentos ditos tradicionalistas e seus líderes estão doravante revogadas. Ademais, a maioria delas já era nula e sem efeito desde o início." Esse “Decreto” foi publicado num romance de Malachy Martin, em 1990, no livro The Keys of this Blood, (New York: Simon & Schuster, 1990, p. 693).
Orlando Fedeli
Há anos já, a Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX) havia se pronunciado que só iniciaria trâmites com a Cúria Romana, caso o Papa — naquele tempo, João Paulo II — desse prova cabal e concreta de que alguma coisa estava mudando no Vaticano. Um incontestável sinal de mudança era exigido pelos tradicionalistas
Como prova cabal e concreta de que algo estava realmente mudando em Roma, a FSSPX sugeria que a Santa Sé fizesse um decreto, declarando que a Missa de São Pio V jamais fora proibida, e que qualquer sacerdote que quisesse poderia rezá-la, sem pedir, para isso, licença ao seu Bispo. Pediam ainda os lefebvristas que fosse levantada e anulada a excomunhão lançada contra Dom Lefebvre e Dom Mayer. Por fim, diziam que só retornariam a uma situação de normalidade, caso o Papa garantisse à FSSPX um estatuto jurídico que permitisse a ela continuar livremente sua luta contra o Modernismo.
Pareciam medidas impossíveis de serem aceitas pelos Cardeais da Cúria, radicalmente defensores do Concílio Vaticano II.
Entretanto, os anos foram passando, e a crise na Igreja foi crescendo.
Cada vez mais ficava patente que a causa de tanta desordem na Igreja provinha dos erros do Vaticano II.
A Liturgia estava convulsionada pelas Missas-Show. A moral eclesiástica estava no chão com o escândalo do homossexualismo nos seminários, e da pedofilia, nas sombras das sacristias. Os erros teológicos eram escancarados escandalosamente na mídia por padres que já nada temiam e nada sabiam. A autoridade do Papa era contestada pela desobediência sistemática das Conferências Episcopais que se arrogavam poderes ilegítimos, para fazer ocas Campanhas da Fraternidade, políticas e demagógicas, que nada tinham a ver com a salvação das almas.
No Brasil, elas elegeram o Lula do mensalão.
As vocações caíram vertiginosamente em número, e, pior ainda, em qualidade. “Seminarista” começou a ser tido como adjetivo do qual se desconfiava. Multiplicavam-se os cursos de Teologia, e a Teologia foi para o abismo, exposta por teólogos e teólogas marca barbante. Todo o mundo virou teólogo.
Os sermões dominicais comprovavam a completa ignorância dos novos padres. Criou-se até a Pastoral do Turismo enquanto as famílias se afogavam nas praias da separação e do divórcio. No Brasil, a CNBB esquecida das coisas do céu, instituía a Pastoral da Terra, para ajudar a bolchevização do país.
Começou um êxodo das paróquias para as seitas mais estranhas. As ordens religiosas definharam, meditando Yoga, e dançando nas cristotecas, enquanto nasciam como cipós parasitas os movimentos da nova evangelização, quase todos ardendo no fogo fátuo do emocionalismo pentecostal e do exibicionismo. Quase todos catando dinheiro para a banda que passava, tocando o sucesso do momento. Quase todos baseados na emoção histérica, e pregando grosseiros erros modernistas.
A Nova Igreja conciliar se protestantizava a olhos vistos.
Foi quando o Cardeal Ratzinger foi eleito Papa Bento XVI, derrotando os modernistas Martini, Kasper, Lehman e Danneels.
A noite conciliar começava a ser vencida?...
Já quando ainda Cardeal, Ratzinger falava em reforma da Missa reformada, e fazia críticas ao Novus Ordo de Paulo VI...
E houve um Sínodo sobre a Missa...
Ferviam os rumores.
***
Repentinamente anunciou-se que o Papa recebera Dom Fellay.
Falava-se em acordo do Papa com os chamados tradicionalistas defensores da Missa de sempre, e inimigos da Missa Nova de Paulo VI e dos erros do Vaticano II.
Roma estava mudando?
Discutia-se.
Boatos começaram a ser cochichados.
O Cardeal Dario Castrillón Hoyos foi visitado por Dom Fellay durante cinco horas.
Tomaram chá...
Um chá de cinco horas...
Os boatos começaram a correr na Internet
Dizia-se que o Papa Bento XVI ia liberar a Missa de sempre. Que ia ser levantada a excomunhão de Dom Lefebvre e de Dom Mayer. Que ia ser concedida uma Administração Apostólica Mundial à FSSPX. Que haveria uma reforma da Nova Missa reformada. Que a Nova missa reformada por Bento XVI seria dita em latim, sem rock, o padre ficando de costas para o povo e com canto gregoriano.
Adeus Padre Marcelo Rossi.
Vá jogar balde d´água no quintal.
Não na Missa.
Adeus Cardeal Arinze.
Como esse Cardeal disse certa vez: “Ite, Missa Nova est”
“Ide, a Missa Nova acabou”
Deo gratias!!!
Pior até: chamou a Nova Missa de “Mass do it yourself” --- “Missa faça-a você mesmo”.
Houve Consistórios.
Houve reuniões dos Cardeais da Cúria com o Papa. Discutiram a Missa antiga e a nova.
O Cardeal Castrillón saiu do Consistório dizendo que a Igreja, agora, estava de braços abertos para receber a FSSPX.
Já se esperava Dom Fellay para o tal abraço.
Dom Williansom resmungou: ele era contra abraços aos “romanos” como ele chama as autoridades máximas da Igreja. Explica-se: ele foi anglicano, e até hoje não perdeu certos vícios de linguagem dessa seita.
O Cardeal Arinze era contra a Missa de sempre. Lançou até uma carta manifesto escrita por seu Secretário, o modernista Monsenhor Sorrentino.
O Papa nomeou-lhe um novo secretário amigo de Dom Fellay e devoto da Missa de sempre: Dom Malcolm Pranjith Patabene Dom.
E o Papa “promoveu” Monsenhor Sorrentino a Arcebispo, para removê-lo de Roma e incomodar menos.
O ecumênico Monsenhor Fitzgerald só faltou por turbante para agradar os muçulmanos e fazer propaganda da Nostra Aetate.
Ele pensava que ia ser nomeado Cardeal.
Equivocou-se.
Bento XVI o transferiu para o Cairo para ecumenizar-se com múmias secas e ulemás barbudos.
Deus é grande!
Os Bispos franceses, reunidos em Lourdes, declararam que receberiam generosamente os Bispos tradicionalistas. Mesmo fazendo cara feia para uma anunciada concessão de uma Administração Apostólica aos lefebvristas
Dizia-se por toda a parte na Internet, isto é, no mundo: Vai sair o decreto liberando a Missa.
Vai ser na Quinta-Feira Santa.
Não saiu.
Vai sair na Páscoa.
Não saiu.
Um famoso jornalista de viés modernista triunfou: era tudo boato. Não vai haver mudança nenhuma.
Os vazamentos de um possível acordo de Bento XVI com os tradicionalistas recomeçaram. O Cardeal Medina -- um velho Cardeal chileno (Notem meu sublinhado) — falou em revogação de excomunhões. Ainda no condicional...
Publicaram-se artigos e livros criticando a Nova Missa de Paulo VI.
Ainda nesta semana, em Roma, vai ser publicada a edição italiana de um livro defendendo a Missa voltada para Deus contra a Missa virada para o povo, como estabeleceu esdruxulamente Paulo VI.
E o livro tem um prefácio do Cardeal Ratzinger, o atual Papa Bento XVI.
Eta livro prestigiado!
Todo o mundo espera que a Missa de sempre seja liberada pelo Papa de um momento para outro. Todos, direitistas e esquerdistas, consideram provável o levantamento das excomunhões de Dom Lefebvre e de Dom Mayer, assim como a oferta de uma Administração Apostólica a Dom Fellay.
Dom Williansom chia.
Um Bispo “tradicionalista” sem compromissos — Dom Rifan — com cara de indigestão... sorri amarelo, em seu rosto turgidamente vermelho.
Vai sair o decreto?
Será mesmo?
***
Vejam, transcrito aqui, o texto de um decreto Papal lido num Consistório:
"Houve no passado e haverá no futuro um único e oficial Rito Romano da Missa. Durante o futuro próximo, haverá duas variações oficialmente sancionadas daquele sagrado Rito Romano: a tradicional, que floresceu durante mais de mil anos antes de o Concílio de Trento lhe conferir uma sanção especial; e o Novus Ordo do Papa Paulo VI, o qual, num estado reformado, também está autorizado. Ambos serão ditos em latim, conforme foi decretado pelo Concílio Vaticano II, exceptuando-se as orações em vernáculo ditas pelo povo. O Novus Ordo paulino será purificado de suas partes suspeitas, as palavras validatórias da Consagração serão restauradas nele, sendo completamente expurgados os acréscimos de Lutero. A realização de uma ou outra Missa será decidida não por sufrágio popular mas por ordens diretas da Santa Sé. Todas as sanções eclesiásticas fulminadas contra os movimentos ditos tradicionalistas e seus líderes estão doravante revogadas. Ademais, a maioria delas já era nula e sem efeito desde o início."
Que decreto é esse?
De onde saiu isso?
É verdade?
Parece ser de hoje!
Mas não é.
Não é senão “historical fiction”.
É romance. Esse “Decreto” foi publicado num romance de Malachy Martin, em 1990, no livro The Keys of this Blood, (New York: Simon & Schuster, 1990, p. 693).
Mas esse texto de romance histórico é incrivelmente coincidente com o que se diz que está para acontecer.
E que pode realmente acontecer, pois há inúmeros e fortíssimos indícios de sua possibilidade.
Como Malachy Martin descreveu com tanta exatidão o que está acontecendo hoje?
Ele inclusive põe em cena um velho Cardeal chileno!...
Tão exata coincidência da ficção com a realidade ou é profecia, ou é a execução de um plano.
É impossível que Malachy Martin tenha profetizado, pois profeta ele nunca foi, e ele nem foi Caifás, e nem, muito menos, ele pode ser comparado à mula de Balaão.
Profecia, então, não é.
Será um plano?
Um plano não pode ser, pois que um plano, executado com tantos pormenores imprevisíveis, é absurdo e não pode ser realizado.
Então o que significa essa incrível coincidência do texto de Malachy Martin de 1990 com os – por enquanto – boatos galopantes na Internet em 2.006?
Malachy Martin foi um padre jesuíta, que viveu alguns anos no Vaticano, exercendo então o cargo de secretário do muito modernista Cardeal Bea, um antigo confessor do conservador Pio XII (Papas conservadores arranjam cada confessor herege!).
Disse Malachy Martin, nesse mesmo livro - The Keys of this Blood New York: Simon & Schuster, 1990, p. 630).– que:
“O verdadeiro conteúdo desse “Terceiro Segredo” permaneceu por um longo tempo secreto até o Pontificado de João Paulo II. Nessa época, o conteúdo dele foi revelado para um suficiente número de pessoas em base privada, e ambos, João Paulo II e Joseph Ratzinger falaram com suficiente franqueza acerca do conteúdo de tal modo que afinal o essencial da mensagem podia ser seguramente esboçado” (Malachy Martin, The Keys of this Blood,
“O verdadeiro conteúdo desse “Terceiro Segredo” permaneceu por um longo tempo secreto até o Pontificado de João Paulo II. Nessa época, o conteúdo dele foi revelado para um suficiente número de pessoas em base privada, e ambos, João Paulo II e Joseph Ratzinger falaram com suficiente franqueza acerca do conteúdo de tal modo que afinal o essencial da mensagem podia ser seguramente esboçado” (Malachy Martin, The Keys of this Blood,
Será que Malachy Martin, nesse tempo em que trabalhava na Cúria Romana, leu o texto do famoso Terceiro Segredo de Fátima?
É bem possível que sim.
E que dizia o verdadeiro texto do Terceiro Segredo?
O Vaticano só publicou, — de repente — apenas a visão desse Terceiro Segredo e não o texto que acompanhava e explicava a visão dos três pastorezinhos...
Não se sabe porquê, talvez desgostoso com o que via acontecer no Vaticano, Malachy Martin deixou a Cúria, quis ser reduzido ao estado leigo, mas com o direito de rezar Missa em casa.
Desde então escreveu ele uma série de livros, nos quais desvelava muitas coisas que aconteciam no Vaticano.
De repente, ele foi encontrado morto em Nova York.
É um perigo saber muita coisa.
Morreu por tanto saber...
Que pensar então desse decreto papal “profético” — decreto de romance — publicado em 1990, e que tanto coincide com os boatos atuais?
O mistério é grande demais para ser entendido por quem, como eu, sabe tão pouco dos bastidores romanos, e que só aguarda, rezando, para que o Papa Bento XVI vença os lobos que uivam na noite do século XXI.
Rezemos pela alma de Malachy Martin, que sabia demais.
Por vezes é conveniente saber de menos.
E rezemos pelo Papa.
Porque há muitos lobos em Roma.
E no Brasil há guarás, que são lobos tupiniquins.
Rezemos então também pelo Brasil, que está em estado lulal mensaleiro.
Que é uma forma de estado de coma moral.
Tanto se falou em Fome Zero que o Brasil ficou em estado de COMA!
Engolindo lula.
Pois não disse Lula: “Vão ter que me engolir?”
Rezemos pelo Brasil.
Que indigestão!
São Paulo, 25 de Abril de 2.006
Orlando Fedeli
Para citar este texto: Orlando Fedeli - "Um decreto papal"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=decreto_papal
"Pergunta-se, como Paulo VI venceu, onde todos os inimigos da Igreja foram derrotados. A explicação é fácil: eles atacaram a Igreja de fora, enquanto que, com Montini, ela foi, pouco a pouco, roída de dentro... Mas, como, diante de um tal resultado, ("a autodemolição da Igreja ", como o próprio Paulo VI o definiu), os olhos não se abriram? Aí, também, a explicação é fácil: foi o genial jogo duplo de Paulo VI que cegou todo o mundo. Por exemplo, ir à ONU confessar sua fé na Carta dos Direitos do Homem... e, em seguida confessar sua fé em Deus, compondo um Credo... Nenhum papa teve a audácia de suprimir o Santo Ofício... Nenhum papa impôs, com tal autoridade, uma reforma do conclave, excluindo todos os cardeais com mais de oitenta anos! Nenhum papa teve a audácia de impor uma "missa" revolucionária.
Paulo VI: O Homem que Arrematou o Concílio Mons. Montini deveria vencer onde o Cardeal Rampolla tinha sido derrotado!
Desde antes da sua eleição, já deixava entrever sua "religião". Num discurso em Turim, 27 Mar 1960, ele afirmou:"... o homem moderno somente surgirá no dia em que, progressivamente, seus estudos científicos avançarem e descobrirem as leis e realidades ocultas por trás da face muda da matéria, aproximando seus ouvidos da voz maravilhosa do espírito que palpita nele. Não será isto a religião do futuro? Ou talvez não seja esta minha religião de hoje?... 0 trabalho não percorre a trajetória que conduz diretamente à religião?" (Doc. Cath. 19 Jun 1960, n° 1330, col. 765). Aqueles que possuem algumas noções de panteísmo, mormente na forma dada por Teilhard de Chardin, poderão, facilmente, reconhecê-lo nessas palavras. De acordo com essa doutrina, Deus é imanente ao universo, e se manifesta nele, sobretudo na sua expressão mais alta, o homem.
"Sobre o assunto, Richard Cavendish, no seu tratado de magia negra ("La Magia Nera", Ed. Mediteranée, 1984, p. 29), remontando aos conceitos fundamentais, cabalístico-talmúdicos, de macrocosmo e microcosmo, escreveu: "0 universo, e cada coisa que está nele, constitui Deus". 0 universo é um gigantesco organismo humano (macrocosmo), e o homem é sua imagem reduzida, uma réplica de Deus em miniatura (microcosmo). Como ele próprio é uma representação do universo (mesmo que numa escala muito reduzida), por meio de um processo de expansão espiritual, o homem pode, misticamente, estender seu ser até compreender o criador na sua totalidade, submetendo-o à sua vontade. Considerando que todas as coisas são aspectos de uma coisa única, todas as coisas podem ser como grãos para o moinho do mago, isto é, do homem que experimentou tudo e a tudo dominou, que submeteu a natureza e a escalada ao mais alto dos céus. Chegar a isto constitui a Grande Obra. (Francesco Brunnelii
"Príncipi e Metodi della massoneria operativa", Bastogi, 1982, p. 84). Quer dizer, fazer-se igual a Deus, conforme o conselho da Serpente Ancestral" (Doutor Carlo Alberto Agnoli, op. cit.).
Paulo VI, igualmente, confirma o aggiornamento da Igreja ao mundo, inaugurado por João XXIII.
"A Igreja busca se adaptar à linguagem, aos costumes, às tendências do homem do nosso tempo, completamente absorvido pela rapidez da evolução material e, da mesma maneira, exigentes quanto às suas particularidades individuais. Mais tarde acrescentará que: Esta abertura está no espírito da Igreja".
"Nós amaremos os católicos, os cismáticos, os protestantes, os anglicanos, os indiferentes, os muçulmanos, os pagãos, os ateus... Nós amaremos nossa época: as formas e atividades da nossa civilização, da nossa arte, do nosso esporte. Nós amaremos nosso mundo" (L'Eglise et le Conciie", Ed. Saint Paul, Paris, 1965, pp. 44-45).
"Eu não me sentia atraído pelo clericalismo que me aparecia, freqüentemente, sob formas estáticas, fechadas... implicando, também, num fechamento de todas as tendências mundanas, na medida em que o próprio mundo está condenado" (Jean Guitton: "Diálogo com Paulo VI", Fayard, 1967, p. 298).
"Que o mundo saiba que a Igreja o olha com uma profunda compreensão, com uma admiração verdadeira, sinceramente disposta, não a subjugá-lo, mas a servi-lo" (29 Set 1963, após a 2a sessão do Concílio).
"A Igreja aceita, reconhece, e serve ao mundo tal como ele se apresenta a ela atualmente."
"Certamente, ouvimos falar da severidade dos Santos quanto aos males do mundo. Muitos ainda estão familiarizados com os livros de ascese, que contêm um julgamento globalmente negativo sobre a corrupção terrestre. Mas, também é certo que vivemos num clima espiritual diferente, e estamos sendo convidados, especialmente pelo presente Concílio, a lançar um olhar otimista sobre o mundo moderno, seus valores, conquistas... A célebre Constituição Gaudium Et Spes é, toda ela, encorajamento a essa nova atitude espiritual" (Doc.Cath. 21 Jul 1974, n.°1658,pp. 60e61).
"Nosso testemunho é um sinal da atitude da Igreja para com o mundo moderno: Uma atitude feita de atenção, de compreensão, de admiração, e de amizade" ( 8 Jun 1964, Actes Pontifícaux, n.° 139, p. 21").
"Poderia a Igreja, e poderíamos nós fazer outra coisa senão olhar para o mundo e amá-lo?" (14 Set 1965, Doc. Conc. N.° 6 ),
"Uma torrente de amor e admiração transbordou do Concílio sobre o mundo humano moderno. Seus valores não só foram respeitados como honrados" ( 7 Dez 1965).
Para uma análise detalhada desses textos, remeteremos à revista "La Voie" , nº 5 e seguintes. Vamos nos contentar, aqui, em ressaltar a oposição evidente entre esses discursos e os ensinamentos das Santas Escrituras: "Não ameis o mundo, nem o que está no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, posto que tudo que está no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, e orgulho de vida. Isto não é do Pai, mas do mundo" ( I Jo, II, 14 - 17 ). "Não vos conformeis ao século presente" ( Ro, XII, II).
Esse mesmo Cardeal Montini já exercia sua influência bem antes do Concílio.Montini, em pessoa, ainda está excluído dos preparativos (do Concílío) Nesta data (1960)". Porém, "O cardeal João Batista Montini conseguiu introduzir seu mentor ( e futuro Cardeal ), 0 Pe. Giulio Bevilacqua, oratoriano, na Comissão Litúrgica" ( Pe. Hebblethwaite, op. cit., p. 409 ). Ressaltamos que o secretário da comissão é o futuro pai da "missa nova", Annibale Bugnini, cuja filiação à Maçonaria iria ser provada.
"Em março de 1963, alguns meses antes da sua morte, João XXIII confidenciou ao bergamasco Mons. Pietro Sigismonde, da Propaganda e Fé: "Minhas malas estão prontas e estou tranqüilo: aquele que virá depois de mim levará ao seu termo o pouco de bem que fiz, o Concílio sobretudo. Temos Montini, Agagianian, e Lercaro" ( Benny Lae: 7/ Papa non eletto, Laterza, Roma-Bari, 1993, p. 83, n.° 7 ). Foi assim que Montini visitou Lercaro, na noite de 18 de Junho, na casa dos Oblatos Regulares Beneditinos de Priscila, Via Salutaria, em Roma, congregação religiosa fundada pelo tio de Andreotti, dom Belvedere, e ali se puseram de acordo sobre o nome de Montini, de quem se ouviu declarar, logo depois, não ter "jamais desejado, nenhum um pouco e nem mesmo favorecido sua eleição" ( Paulo VI, discurso de 21 Jun 1972, citado em "Uattività della Santa Sede", Tip. Pol. Vaticana 1972, p. 221 ). As reuniões para orientar o Concílio, e, em seguida, para o iminente Conclave, foram realizadas na casa de um maçon, Ortolani, que já desempenhava um determinado papel no Vaticano, sob João XXIII. O papel de Ortolani, e da Maçonaria, na eleiçâo de Paulo VI, não foi secundário conforme confirmou o padre salesiano dom Píer Giorgio Garrino, que até sua morte trágica, em agosto de 1995, desempenhou importantes funções na Cúria Arquidiocesana de Turim. Sei de fonte idônea que Garrino sustentava que a eleição de Paulo VI foi favorecida pela Maçonaria" (Sodalitium, n.°42, "0 Papa do Concilio" XI parte, p.38 ).
Nas suas últimas vontades, Pio XII expressou isto: "Que Montini e Tondi não se tomem, jamais, cardeais". Pio XII queria evitar que a Igreja visse um desses personagens elevado ao pontificado supremo. Digamos, simplesmente, que o Santo Padre sabia que Mons. Montini tinha mantido relações constantes com os comunistas2.
Paulo VI, com certeza, beneficiou-se de muitos apoios ocultos.
A revista "Panorama", de 10 Ago 1970, já citada, comenta a lista dos prelados franco-maçons que ela publicou, afirmando: "... se a lista for autêntica, a Igreja estaria nas mãos de francos-maçons. Paulo VI estaria rodeado. Mais ainda, teriam sido eles que teriam desempenhado o papel de seus grandes eleitores e, a seguir, teriam pilotado suas decisões mais importantes, durante seus treze anos de pontificado. E, antes ainda, teriam sido eles que puseram o Concílio Vaticano II no caminho das reformas".
Citemos, também, o relato do Sr. Winckler, oficial intérprete.
"Diversas circunstâncias, devidas ao meu desejo de juntar-me ao exército de Leclerc, fizeram com que eu me encontrasse na Tunísia, quando da ocupação pelas tropas do Eixo. Um certo jornalista, apelidado "Martin orelhudo", julgou ser inteligente "circuncidar-me" num artigo de jornal, o que resultou, para mim, em muitos dissabores com os ocupantes (oito prisões).
"Finalmente, pude engajar-me, e após ter sido mandado para Trípoli, Casablanca e Argel, desembarquei no E.M.F. [Estado-Maior Francês] de Roma, como oficial intérprete... O senhor sabe que é da tradição romana confiar as finanças de S. Pedro a católicos de origem judia. Com a reputação feita por Martín, receberam-me com todas as honras devidas a um irmão que tinha sofrido... Apresentaram-me ao grande irmão Montini, e eu o servi na Missa que ele dizia às quintas-feiras, para os diplomados pela universidade. Na ordem-do-dia a "abertura ao mundo", porém, muito habilmente, e com palavras muito, muito veladas.
Os participantes não se preocupavam tanto, mas eu só fui poder saber das coisas através de Mons. Serge Pignedoli... Ele confirmou-me que a mãe de João Batista Montini, futuro Paulo VII, Judith Alghisi, converteu-se quando se casou com Georges Montini, ele também de origem judia (ver Livro de Ouro da nobreza italiana)... Encorajado por Gasparri, apoiado por instâncias muito elevadas, "considerado" por causa dos seus costumes contra a natureza3, ele seria transformado no futuro papa!
Seus melhores apoiadores se encontravam em um grupo iniciático, cujos principais ancestrais têm nomes que nada significam para aqueles que ignoram, até mesmo, a existência do misterium iniquitatis, como, por exemplo, H. P. Blavatsky, H. S. Olcott, Théodore Reuss, etc. Pignedoli conduziu-me, em 2 Jan 1945, à casa do sobrinho do cardeal que, sem o veto (motivado pela sua filiação à 0. T. 0., loja de Zurique), nos teria privado de São Pio X, "niente meno" (nada menos)!
Cautelosamente, Pignedoli foi juntando, para mim, os pedaços: contou-me toda a história do complô Rampolla e assegurou-me de que desta vez, com Montini a coisa estava segura. O venerável da loja (o príncipe E. de Naples Rampolla, sobrinho do defunto cardeal) retirou-se e eu distanciei-me de dom Sergio, bem como de Mons. Montini.
Infelizmente, através de Maritain, fizeram-me entender que era indesejado em Roma, e me repatriaram. 0 raivoso filosofo se tinha feito amigo do bispo traidor, mentiroso e sodomita. Não posso Ihe confirmar se ele era B'nai B’'rith (uma maçonaria mundial reservada, exclusivamente, aos judeus); sei, somente que as negociações se faziam nas mais altas esferas de um determinado projeto mundialista judeu, num setor que não era o do sionismo" (Latour, Loubier e Alexandre: "Qui occupe la siège de Pierre?", pp. 61 e 62; Cahiers de Cassiciacum, 1o MaM979, p. 101).
Na sua revista "Bonum Certamen", o Pe. Mouraux escreveu:
"Paulo VI é de ascendência judia por seu avô materno e sua mãe, que nasceu judia e foi batizada na véspera do seu casamento, donde o nome de João Batista que escolheu para o filho. Ele mesmo usou, muitas vezes, o EPHOD , insígnia do sumo sacerdote, usada quando este condenou Jesus. Durante o conclave que deveria eleger Paulo VI, desprezando todas as regras ( o que faz pairar um dúvida sobre a validade da eleição), o Cardeal Tisseraní saiu. Um alto prelado de Roma me disse que ele foi consultar os B'nai B’rith (filhos d'aliança), organização maçônica reservada, com exclusividade, aos judeus. Isto passou-se depois que o cardeal Siri tinha sido eleito5, com pequena maioria de votos, e teve sua eleição anulada. Foram, com certeza, os guardas nobres que revelaram a coisa, e, por este motivo, teriam sido dissolvidos6.
"Uma revista americana que se fez eco desses rumores, publicou, alguns meses após a eleição de Paulo VI, sua foto em companhia de dirigentes dos "Filhos d'Aliança". Em 25 Jan 1966 a revista "Look" (tiragem de sete milhões de exemplares) publicou um artigo explosivo, revelando as negociações feitas entre o cardeal Bea e a maçonaria judaica, sob o título: "Como os judeus mudaram o pensamento católico" .
Um dos agentes eficazes dessa mutação foi o famoso Bugnini, criador do Novus Ordo Missae, que foi submetido, antes de sua publicação, às instancias judias, protestantes e muçulmanas. Assim, descobriu-se o objetivo perseguido: a instauração da religião monoteísta universal, sob a égide da Trilateral, dirigida pelos judeus" ("Bonum Certamen", n° 55).
Comparecendo a uma das sedes mais importantes da Maçonaria internacional, a ONU, em 4 Out 1965, Paulo VI entregou esta mensagem aos inimigos declarados da Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana: "Além da nossa homenagem pessoal, nós vos trazemos a do Concílio Ecumênico do Vaticano... temos consciência de estarmos vivendo um instante privilegiado, quando se realiza um desejo que trazemos no coração há quase vinte séculos..." (Doc. Cath. n° 1457, de 24 Out 1965, pp. 1730 - 1738).
"Pelo que nos conta o Pe. Rosário Espósito, o abraço "fraternal", entre a hierarquia Católica e a Maçonaria, já tinha sido predito e programado por Montini, que, na época, ainda era bispo, entre 1948 e 1950. Naqueles tempos, falando com o Pe. Morlion, um dominicano, o futuro Paulo VI teria dito: "Não passará uma geração sem que seja feita a paz entre as duas sociedades" (Igreja e Maçonaria). (Y. A. Ferrer Benimeli, G. Caprile "Maçonaria e Igreja Católica", Ed. Paulinas, 1979, p. 91, nota 70).
Por outro lado, não se pode ignorar que Paulo VI, como atesta o Pe. Espósiío, "acompanhava e encorajava" os encontros, até mesmo públicos, entre eclesiásticos e altos dignitários maçônicos, que ocorreram entre 1968 e 1977, a fim de se chegar a um acordo público, de modelo ecumênico, entre a Igreja e a Maçonaria (Doutor Carlo Alberto Agnoli, op. cit.).
Por ocasião da sua morte, os franco-maçons declararam: "Para nós, é a morte daquele que derrubou a condenação de Clemente XII e seus predecessores. Pela primeira vez, na história da Maçonaria moderna, morreu o chefe da maior religião ocidental sem que estivesse em estado de hostilidade* contra os Maçons. E, pela primeira vez na história, os Maçons podem levar sua homenagem à tumba de um Papa, sem ambigüidade nem contradição". (Revista Maçônica n° 5, julho de 1978, art. intitulado "Ne ambiguitá ne contraddizione", Ref LXIX-Xlll da nova série).
Essa homenagem dos filhos da viúva constitui, em si mesma, um testemunho de tal peso que dispensa qualquer comentário.
Paulo VI foi, também, um propagador dos ideais da Revolução no seio da Igreja. Em 1o Set 1963, declarou:
"Ao mesmo tempo, constata-se um fermento novo: idéias vivas, coincidências entre os grandes princípios da Revolução, a qual não quer outra coisa senão aproximar-se de certas idéias cristãs: fraternidade, liberdade, igualdade, progresso, desejo de elevação das classes humildes. Tudo isso é cristão, mas tinha tomado um revestimento anti-religioso". (Doc Cath. n° 1440, 20 Out 1966, p. 1372). O celebérrimo cabalista Eliphas Lévi (ex-padre Constant), autor do famoso livro "Dogma e Ritual da Alta Magia", na sua obra "0 Grande Arcano", publicada em 1896, depois de ter maldito os anátemas da Igreja Católica como "atos do papado de Satanás" (Eliphas Lévi, "II Grande Arcano", Atanor, 1989, p. 84), escreveu: "Virá um dia quando os últimos anátemas de um Concílio Ecumênico serão estes: maldita seja a maldição, que os anátemas sejam anátemas, e todos os homens sejam benditos! Então, não se verá de um lado a humanidade, e, do outro, a Igreja, Porque a Igreja abraçará a humanidade e, quem estiver na humanidade não poderá estar fora da Igreja".
"Pergunta-se, como Paulo VI venceu, onde todos os inimigos da Igreja foram derrotados. A explicação é fácil: eles atacaram a Igreja de fora, enquanto que, com Montini, ela foi, pouco a pouco, roída de dentro... Mas, como, diante de um tal resultado, ("a autodemolição da Igreja ", como o próprio Paulo VI o definiu), os olhos não se abriram? Aí, também, a explicação é fácil: foi o genial jogo duplo de Paulo VI que cegou todo o mundo. Por exemplo, ir à ONU confessar sua fé na Carta dos Direitos do Homem... e, em seguida confessar sua fé em Deus, compondo um Credo... Nenhum papa teve a audácia de suprimir o Santo Ofício... Nenhum papa impôs, com tal autoridade, uma reforma do conclave, excluindo todos os cardeais com mais de oitenta anos! Nenhum papa teve a audácia de impor uma "missa" revolucionária.
Em resumo, encontramo-nos face a um plano, literalmente demoníaco, de subversão mundial, no sentido profundo do termo... Durante o Vaticano II passou-se, de uma religião cristã tradicional, a uma pseudo-religião humanitária... Totalmente penetrada por concepções maçônicas. Após o Vaticano II, uma nova religião está em vias de substituir-se à antiga. São Pio X tinha previsto esta situação, quando escreveu na Pascendi : "Os artífices de erros não devem ser procurados, hoje, entre os inimigos declarados. Eles se ocultam... no próprio seio e no coração da Igreja: Nós estamos falando de um grande número de padres que, sob o disfarce de amor à Igreja... impregnados até a medula de um veneno de erro, obtido junto aos adversários da Fé Católica, posam... de renovadores da Igreja". (Léon de Poncins: "Christianisme et Franc-Maçonnerie", DPF, Chíré-en-Montreuil, 1975, pp. 283-292).
Extraído de "UEglise Ecclipsée, Les Amis du Christ Roi, Edições Delacroix, B. P. 18-35430, Chateauneuf, França (E 21,34).
1-0 padre apóstata Roca falou da mesma maneira: "Hoje em dia, constata-se, experimentalmente, que o espírito está no fundo de todas as coisas, e que a matéria mais opaca o exuda por todos os poros" {"La fin de 1'ancien monde", p. 163).
2 - A respeito das relações de Mons. Montini com os comunistas, ver Itineraires n° 72 e 280.
3 - O livro de F. Bellegrandi relata muitos fatos a esse respeito (op. cit., pp. 85 - 86).
4 - A foto de Paulo VI portando o EPHOD foi publicada no Paris-Match, em 29 Ago 1970, e noutros periódicos.
5 - Temos aqui uma confirmação complementar ao testemunho do Pe. Malachi Martin.
6-0 príncipe Scortesco, primo do príncipe Borghese, foi encontrado morto, em circunstancias muito suspeitas, alguns dias depois de ter revelado que ele tinha a prova de que Paulo VI era maçon.
*— Isto é, em "estavo de graça" maçônico. (n. d. t.).
fonte:isto é católico
Desde antes da sua eleição, já deixava entrever sua "religião". Num discurso em Turim, 27 Mar 1960, ele afirmou:"... o homem moderno somente surgirá no dia em que, progressivamente, seus estudos científicos avançarem e descobrirem as leis e realidades ocultas por trás da face muda da matéria, aproximando seus ouvidos da voz maravilhosa do espírito que palpita nele. Não será isto a religião do futuro? Ou talvez não seja esta minha religião de hoje?... 0 trabalho não percorre a trajetória que conduz diretamente à religião?" (Doc. Cath. 19 Jun 1960, n° 1330, col. 765). Aqueles que possuem algumas noções de panteísmo, mormente na forma dada por Teilhard de Chardin, poderão, facilmente, reconhecê-lo nessas palavras. De acordo com essa doutrina, Deus é imanente ao universo, e se manifesta nele, sobretudo na sua expressão mais alta, o homem.
"Sobre o assunto, Richard Cavendish, no seu tratado de magia negra ("La Magia Nera", Ed. Mediteranée, 1984, p. 29), remontando aos conceitos fundamentais, cabalístico-talmúdicos, de macrocosmo e microcosmo, escreveu: "0 universo, e cada coisa que está nele, constitui Deus". 0 universo é um gigantesco organismo humano (macrocosmo), e o homem é sua imagem reduzida, uma réplica de Deus em miniatura (microcosmo). Como ele próprio é uma representação do universo (mesmo que numa escala muito reduzida), por meio de um processo de expansão espiritual, o homem pode, misticamente, estender seu ser até compreender o criador na sua totalidade, submetendo-o à sua vontade. Considerando que todas as coisas são aspectos de uma coisa única, todas as coisas podem ser como grãos para o moinho do mago, isto é, do homem que experimentou tudo e a tudo dominou, que submeteu a natureza e a escalada ao mais alto dos céus. Chegar a isto constitui a Grande Obra. (Francesco Brunnelii
"Príncipi e Metodi della massoneria operativa", Bastogi, 1982, p. 84). Quer dizer, fazer-se igual a Deus, conforme o conselho da Serpente Ancestral" (Doutor Carlo Alberto Agnoli, op. cit.).
Paulo VI, igualmente, confirma o aggiornamento da Igreja ao mundo, inaugurado por João XXIII.
"A Igreja busca se adaptar à linguagem, aos costumes, às tendências do homem do nosso tempo, completamente absorvido pela rapidez da evolução material e, da mesma maneira, exigentes quanto às suas particularidades individuais. Mais tarde acrescentará que: Esta abertura está no espírito da Igreja".
"Nós amaremos os católicos, os cismáticos, os protestantes, os anglicanos, os indiferentes, os muçulmanos, os pagãos, os ateus... Nós amaremos nossa época: as formas e atividades da nossa civilização, da nossa arte, do nosso esporte. Nós amaremos nosso mundo" (L'Eglise et le Conciie", Ed. Saint Paul, Paris, 1965, pp. 44-45).
"Eu não me sentia atraído pelo clericalismo que me aparecia, freqüentemente, sob formas estáticas, fechadas... implicando, também, num fechamento de todas as tendências mundanas, na medida em que o próprio mundo está condenado" (Jean Guitton: "Diálogo com Paulo VI", Fayard, 1967, p. 298).
"Que o mundo saiba que a Igreja o olha com uma profunda compreensão, com uma admiração verdadeira, sinceramente disposta, não a subjugá-lo, mas a servi-lo" (29 Set 1963, após a 2a sessão do Concílio).
"A Igreja aceita, reconhece, e serve ao mundo tal como ele se apresenta a ela atualmente."
"Certamente, ouvimos falar da severidade dos Santos quanto aos males do mundo. Muitos ainda estão familiarizados com os livros de ascese, que contêm um julgamento globalmente negativo sobre a corrupção terrestre. Mas, também é certo que vivemos num clima espiritual diferente, e estamos sendo convidados, especialmente pelo presente Concílio, a lançar um olhar otimista sobre o mundo moderno, seus valores, conquistas... A célebre Constituição Gaudium Et Spes é, toda ela, encorajamento a essa nova atitude espiritual" (Doc.Cath. 21 Jul 1974, n.°1658,pp. 60e61).
"Nosso testemunho é um sinal da atitude da Igreja para com o mundo moderno: Uma atitude feita de atenção, de compreensão, de admiração, e de amizade" ( 8 Jun 1964, Actes Pontifícaux, n.° 139, p. 21").
"Poderia a Igreja, e poderíamos nós fazer outra coisa senão olhar para o mundo e amá-lo?" (14 Set 1965, Doc. Conc. N.° 6 ),
"Uma torrente de amor e admiração transbordou do Concílio sobre o mundo humano moderno. Seus valores não só foram respeitados como honrados" ( 7 Dez 1965).
Para uma análise detalhada desses textos, remeteremos à revista "La Voie" , nº 5 e seguintes. Vamos nos contentar, aqui, em ressaltar a oposição evidente entre esses discursos e os ensinamentos das Santas Escrituras: "Não ameis o mundo, nem o que está no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, posto que tudo que está no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, e orgulho de vida. Isto não é do Pai, mas do mundo" ( I Jo, II, 14 - 17 ). "Não vos conformeis ao século presente" ( Ro, XII, II).
Esse mesmo Cardeal Montini já exercia sua influência bem antes do Concílio.Montini, em pessoa, ainda está excluído dos preparativos (do Concílío) Nesta data (1960)". Porém, "O cardeal João Batista Montini conseguiu introduzir seu mentor ( e futuro Cardeal ), 0 Pe. Giulio Bevilacqua, oratoriano, na Comissão Litúrgica" ( Pe. Hebblethwaite, op. cit., p. 409 ). Ressaltamos que o secretário da comissão é o futuro pai da "missa nova", Annibale Bugnini, cuja filiação à Maçonaria iria ser provada.
"Em março de 1963, alguns meses antes da sua morte, João XXIII confidenciou ao bergamasco Mons. Pietro Sigismonde, da Propaganda e Fé: "Minhas malas estão prontas e estou tranqüilo: aquele que virá depois de mim levará ao seu termo o pouco de bem que fiz, o Concílio sobretudo. Temos Montini, Agagianian, e Lercaro" ( Benny Lae: 7/ Papa non eletto, Laterza, Roma-Bari, 1993, p. 83, n.° 7 ). Foi assim que Montini visitou Lercaro, na noite de 18 de Junho, na casa dos Oblatos Regulares Beneditinos de Priscila, Via Salutaria, em Roma, congregação religiosa fundada pelo tio de Andreotti, dom Belvedere, e ali se puseram de acordo sobre o nome de Montini, de quem se ouviu declarar, logo depois, não ter "jamais desejado, nenhum um pouco e nem mesmo favorecido sua eleição" ( Paulo VI, discurso de 21 Jun 1972, citado em "Uattività della Santa Sede", Tip. Pol. Vaticana 1972, p. 221 ). As reuniões para orientar o Concílio, e, em seguida, para o iminente Conclave, foram realizadas na casa de um maçon, Ortolani, que já desempenhava um determinado papel no Vaticano, sob João XXIII. O papel de Ortolani, e da Maçonaria, na eleiçâo de Paulo VI, não foi secundário conforme confirmou o padre salesiano dom Píer Giorgio Garrino, que até sua morte trágica, em agosto de 1995, desempenhou importantes funções na Cúria Arquidiocesana de Turim. Sei de fonte idônea que Garrino sustentava que a eleição de Paulo VI foi favorecida pela Maçonaria" (Sodalitium, n.°42, "0 Papa do Concilio" XI parte, p.38 ).
Nas suas últimas vontades, Pio XII expressou isto: "Que Montini e Tondi não se tomem, jamais, cardeais". Pio XII queria evitar que a Igreja visse um desses personagens elevado ao pontificado supremo. Digamos, simplesmente, que o Santo Padre sabia que Mons. Montini tinha mantido relações constantes com os comunistas2.
Paulo VI, com certeza, beneficiou-se de muitos apoios ocultos.
A revista "Panorama", de 10 Ago 1970, já citada, comenta a lista dos prelados franco-maçons que ela publicou, afirmando: "... se a lista for autêntica, a Igreja estaria nas mãos de francos-maçons. Paulo VI estaria rodeado. Mais ainda, teriam sido eles que teriam desempenhado o papel de seus grandes eleitores e, a seguir, teriam pilotado suas decisões mais importantes, durante seus treze anos de pontificado. E, antes ainda, teriam sido eles que puseram o Concílio Vaticano II no caminho das reformas".
Citemos, também, o relato do Sr. Winckler, oficial intérprete.
"Diversas circunstâncias, devidas ao meu desejo de juntar-me ao exército de Leclerc, fizeram com que eu me encontrasse na Tunísia, quando da ocupação pelas tropas do Eixo. Um certo jornalista, apelidado "Martin orelhudo", julgou ser inteligente "circuncidar-me" num artigo de jornal, o que resultou, para mim, em muitos dissabores com os ocupantes (oito prisões).
"Finalmente, pude engajar-me, e após ter sido mandado para Trípoli, Casablanca e Argel, desembarquei no E.M.F. [Estado-Maior Francês] de Roma, como oficial intérprete... O senhor sabe que é da tradição romana confiar as finanças de S. Pedro a católicos de origem judia. Com a reputação feita por Martín, receberam-me com todas as honras devidas a um irmão que tinha sofrido... Apresentaram-me ao grande irmão Montini, e eu o servi na Missa que ele dizia às quintas-feiras, para os diplomados pela universidade. Na ordem-do-dia a "abertura ao mundo", porém, muito habilmente, e com palavras muito, muito veladas.
Os participantes não se preocupavam tanto, mas eu só fui poder saber das coisas através de Mons. Serge Pignedoli... Ele confirmou-me que a mãe de João Batista Montini, futuro Paulo VII, Judith Alghisi, converteu-se quando se casou com Georges Montini, ele também de origem judia (ver Livro de Ouro da nobreza italiana)... Encorajado por Gasparri, apoiado por instâncias muito elevadas, "considerado" por causa dos seus costumes contra a natureza3, ele seria transformado no futuro papa!
Seus melhores apoiadores se encontravam em um grupo iniciático, cujos principais ancestrais têm nomes que nada significam para aqueles que ignoram, até mesmo, a existência do misterium iniquitatis, como, por exemplo, H. P. Blavatsky, H. S. Olcott, Théodore Reuss, etc. Pignedoli conduziu-me, em 2 Jan 1945, à casa do sobrinho do cardeal que, sem o veto (motivado pela sua filiação à 0. T. 0., loja de Zurique), nos teria privado de São Pio X, "niente meno" (nada menos)!
Cautelosamente, Pignedoli foi juntando, para mim, os pedaços: contou-me toda a história do complô Rampolla e assegurou-me de que desta vez, com Montini a coisa estava segura. O venerável da loja (o príncipe E. de Naples Rampolla, sobrinho do defunto cardeal) retirou-se e eu distanciei-me de dom Sergio, bem como de Mons. Montini.
Infelizmente, através de Maritain, fizeram-me entender que era indesejado em Roma, e me repatriaram. 0 raivoso filosofo se tinha feito amigo do bispo traidor, mentiroso e sodomita. Não posso Ihe confirmar se ele era B'nai B’'rith (uma maçonaria mundial reservada, exclusivamente, aos judeus); sei, somente que as negociações se faziam nas mais altas esferas de um determinado projeto mundialista judeu, num setor que não era o do sionismo" (Latour, Loubier e Alexandre: "Qui occupe la siège de Pierre?", pp. 61 e 62; Cahiers de Cassiciacum, 1o MaM979, p. 101).
Na sua revista "Bonum Certamen", o Pe. Mouraux escreveu:
"Paulo VI é de ascendência judia por seu avô materno e sua mãe, que nasceu judia e foi batizada na véspera do seu casamento, donde o nome de João Batista que escolheu para o filho. Ele mesmo usou, muitas vezes, o EPHOD , insígnia do sumo sacerdote, usada quando este condenou Jesus. Durante o conclave que deveria eleger Paulo VI, desprezando todas as regras ( o que faz pairar um dúvida sobre a validade da eleição), o Cardeal Tisseraní saiu. Um alto prelado de Roma me disse que ele foi consultar os B'nai B’rith (filhos d'aliança), organização maçônica reservada, com exclusividade, aos judeus. Isto passou-se depois que o cardeal Siri tinha sido eleito5, com pequena maioria de votos, e teve sua eleição anulada. Foram, com certeza, os guardas nobres que revelaram a coisa, e, por este motivo, teriam sido dissolvidos6.
"Uma revista americana que se fez eco desses rumores, publicou, alguns meses após a eleição de Paulo VI, sua foto em companhia de dirigentes dos "Filhos d'Aliança". Em 25 Jan 1966 a revista "Look" (tiragem de sete milhões de exemplares) publicou um artigo explosivo, revelando as negociações feitas entre o cardeal Bea e a maçonaria judaica, sob o título: "Como os judeus mudaram o pensamento católico" .
Um dos agentes eficazes dessa mutação foi o famoso Bugnini, criador do Novus Ordo Missae, que foi submetido, antes de sua publicação, às instancias judias, protestantes e muçulmanas. Assim, descobriu-se o objetivo perseguido: a instauração da religião monoteísta universal, sob a égide da Trilateral, dirigida pelos judeus" ("Bonum Certamen", n° 55).
Comparecendo a uma das sedes mais importantes da Maçonaria internacional, a ONU, em 4 Out 1965, Paulo VI entregou esta mensagem aos inimigos declarados da Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana: "Além da nossa homenagem pessoal, nós vos trazemos a do Concílio Ecumênico do Vaticano... temos consciência de estarmos vivendo um instante privilegiado, quando se realiza um desejo que trazemos no coração há quase vinte séculos..." (Doc. Cath. n° 1457, de 24 Out 1965, pp. 1730 - 1738).
"Pelo que nos conta o Pe. Rosário Espósito, o abraço "fraternal", entre a hierarquia Católica e a Maçonaria, já tinha sido predito e programado por Montini, que, na época, ainda era bispo, entre 1948 e 1950. Naqueles tempos, falando com o Pe. Morlion, um dominicano, o futuro Paulo VI teria dito: "Não passará uma geração sem que seja feita a paz entre as duas sociedades" (Igreja e Maçonaria). (Y. A. Ferrer Benimeli, G. Caprile "Maçonaria e Igreja Católica", Ed. Paulinas, 1979, p. 91, nota 70).
Por outro lado, não se pode ignorar que Paulo VI, como atesta o Pe. Espósiío, "acompanhava e encorajava" os encontros, até mesmo públicos, entre eclesiásticos e altos dignitários maçônicos, que ocorreram entre 1968 e 1977, a fim de se chegar a um acordo público, de modelo ecumênico, entre a Igreja e a Maçonaria (Doutor Carlo Alberto Agnoli, op. cit.).
Por ocasião da sua morte, os franco-maçons declararam: "Para nós, é a morte daquele que derrubou a condenação de Clemente XII e seus predecessores. Pela primeira vez, na história da Maçonaria moderna, morreu o chefe da maior religião ocidental sem que estivesse em estado de hostilidade* contra os Maçons. E, pela primeira vez na história, os Maçons podem levar sua homenagem à tumba de um Papa, sem ambigüidade nem contradição". (Revista Maçônica n° 5, julho de 1978, art. intitulado "Ne ambiguitá ne contraddizione", Ref LXIX-Xlll da nova série).
Essa homenagem dos filhos da viúva constitui, em si mesma, um testemunho de tal peso que dispensa qualquer comentário.
Paulo VI foi, também, um propagador dos ideais da Revolução no seio da Igreja. Em 1o Set 1963, declarou:
"Ao mesmo tempo, constata-se um fermento novo: idéias vivas, coincidências entre os grandes princípios da Revolução, a qual não quer outra coisa senão aproximar-se de certas idéias cristãs: fraternidade, liberdade, igualdade, progresso, desejo de elevação das classes humildes. Tudo isso é cristão, mas tinha tomado um revestimento anti-religioso". (Doc Cath. n° 1440, 20 Out 1966, p. 1372). O celebérrimo cabalista Eliphas Lévi (ex-padre Constant), autor do famoso livro "Dogma e Ritual da Alta Magia", na sua obra "0 Grande Arcano", publicada em 1896, depois de ter maldito os anátemas da Igreja Católica como "atos do papado de Satanás" (Eliphas Lévi, "II Grande Arcano", Atanor, 1989, p. 84), escreveu: "Virá um dia quando os últimos anátemas de um Concílio Ecumênico serão estes: maldita seja a maldição, que os anátemas sejam anátemas, e todos os homens sejam benditos! Então, não se verá de um lado a humanidade, e, do outro, a Igreja, Porque a Igreja abraçará a humanidade e, quem estiver na humanidade não poderá estar fora da Igreja".
"Pergunta-se, como Paulo VI venceu, onde todos os inimigos da Igreja foram derrotados. A explicação é fácil: eles atacaram a Igreja de fora, enquanto que, com Montini, ela foi, pouco a pouco, roída de dentro... Mas, como, diante de um tal resultado, ("a autodemolição da Igreja ", como o próprio Paulo VI o definiu), os olhos não se abriram? Aí, também, a explicação é fácil: foi o genial jogo duplo de Paulo VI que cegou todo o mundo. Por exemplo, ir à ONU confessar sua fé na Carta dos Direitos do Homem... e, em seguida confessar sua fé em Deus, compondo um Credo... Nenhum papa teve a audácia de suprimir o Santo Ofício... Nenhum papa impôs, com tal autoridade, uma reforma do conclave, excluindo todos os cardeais com mais de oitenta anos! Nenhum papa teve a audácia de impor uma "missa" revolucionária.
Em resumo, encontramo-nos face a um plano, literalmente demoníaco, de subversão mundial, no sentido profundo do termo... Durante o Vaticano II passou-se, de uma religião cristã tradicional, a uma pseudo-religião humanitária... Totalmente penetrada por concepções maçônicas. Após o Vaticano II, uma nova religião está em vias de substituir-se à antiga. São Pio X tinha previsto esta situação, quando escreveu na Pascendi : "Os artífices de erros não devem ser procurados, hoje, entre os inimigos declarados. Eles se ocultam... no próprio seio e no coração da Igreja: Nós estamos falando de um grande número de padres que, sob o disfarce de amor à Igreja... impregnados até a medula de um veneno de erro, obtido junto aos adversários da Fé Católica, posam... de renovadores da Igreja". (Léon de Poncins: "Christianisme et Franc-Maçonnerie", DPF, Chíré-en-Montreuil, 1975, pp. 283-292).
Extraído de "UEglise Ecclipsée, Les Amis du Christ Roi, Edições Delacroix, B. P. 18-35430, Chateauneuf, França (E 21,34).
1-0 padre apóstata Roca falou da mesma maneira: "Hoje em dia, constata-se, experimentalmente, que o espírito está no fundo de todas as coisas, e que a matéria mais opaca o exuda por todos os poros" {"La fin de 1'ancien monde", p. 163).
2 - A respeito das relações de Mons. Montini com os comunistas, ver Itineraires n° 72 e 280.
3 - O livro de F. Bellegrandi relata muitos fatos a esse respeito (op. cit., pp. 85 - 86).
4 - A foto de Paulo VI portando o EPHOD foi publicada no Paris-Match, em 29 Ago 1970, e noutros periódicos.
5 - Temos aqui uma confirmação complementar ao testemunho do Pe. Malachi Martin.
6-0 príncipe Scortesco, primo do príncipe Borghese, foi encontrado morto, em circunstancias muito suspeitas, alguns dias depois de ter revelado que ele tinha a prova de que Paulo VI era maçon.
*— Isto é, em "estavo de graça" maçônico. (n. d. t.).
fonte:isto é católico
Papa Bento XVI e a Liturgia:“Estou convencido de que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do colapso da liturgia” (J. Ratzinger, “La mia vita”, p. 112)
Papa Bento XVI e a liturgia - Parte I
Importância e centralidade da liturgia Prof. Davide Venturain Papa Bento XVI e a Liturgia
Que a liturgia seja um tema que está no coração do Papa Bento XVI é coisa amplamente demonstrada pela dimensão e pela frequência de suas intervenções nesta matéria nestes primeiros anos de seu pontificado.Inúmeros já são os discursos, as alocuções, as catequeses dedicadas ao tema, que retorna com insistência também nos documentos “maiores”, das encíclicas ao recente motu proprio “Summorum Pontificum”.Estas intervenções, ocorridas em épocas próximas a nós e “sob os refletores” do pontificado, são bastante conhecidas, embora não resultará inútil dedicar-lhes uma visão de conjunto. Menos conhecidas talvez sejam as muitas obras que o Papa escreveu sobre a liturgia antes de sua eleição, como teólogo – somadas a variadas entrevistas e discursos.Todo este material manifesta uma total continuidade com o seu atual magistério, e se desenvolve com uma força de pensamento e uma profundidade de análise que deixa o leitor admirado.Ademais, pela sua condição menos “rígida” do que a dos documentos magisteriais, em geral relativamente breves e focados em circunstâncias particulares, os escritos do então Cardeal Ratzinger são de grande ajuda para manifestar plenamente o pensamento na sua inspiração de fundo. Sem pretender substituir uma leitura das obras em questão (que, ao contrário, é fortemente recomendada), estas páginas visam a examinar algumas orientações fundamentais do pensamento litúrgico do Papa baseando-se em suas palavras, escritas ou pronunciadas, tanto antes quanto depois de sua eleição; e isto para ajudar a melhor nos orientarmos também nas controvérsias que tal ensinamento tem ocasionalmente suscitado – como sempre acontece quando o sal do Evangelho recusa-se obstinadamente a perder seu sabor.Por que afinal um tal posto central para a liturgia? Não teriam razão aqueles ambientes eclesiais que tendem a relegá-la a um segundo plano, como se se tratasse de um simples elemento formal – uma questão de usos e de costumes, no fundo, pouco importante? Não para o Papa.No livro-entrevista “Rapporto sulla fede”, assim se exprime o então cardeal: “Além dos modos diversos de conceber a liturgia há, como de costume, modos diversos de conceber a Igreja, enfim Deus e as relações do homem com Ele. O discurso litúrgico não é marginal: foi o próprio Concílio a recordar-nos que aqui nos encontramos no coração da fé cristã”.O ponto não é banal: se o fim do homem é conhecer, amar e servir a Deus, então torna-se essencial o modo em que a gente se põe diante d’Ele para receber os dons sacramentais, para expiar as próprias faltas, para render graças pela salvação oferecida em Cristo. A vida cristã é uma relação pessoal com o Pai que chama para si os seus filhos; é portanto fundamentalmente diálogo. Este diálogo pode ser privado e individual; mas para ser realmente tal, tem de ser sustentado e quase imerso naquele perene canto de amor da Esposa para seu Esposo que é a liturgia pública da Igreja. E este canto tem ritmos e tonalidade bem próprios, que se tornam, eles próprios, conteúdo, e não meramente forma. “Lex orandi, lex credendi”, diziam os cristãos dos primeiros séculos: os modos e as formas do orar – entendido como orar público, litúrgico – determinam os conteúdos do crer. E, historicamente, é inegável que as mudanças ocorridas na “lex orandi” acompanham e assinalam invariavelmente mudanças paralelas das acentos e da compreensão dos conteúdos da fé.Em outra obra, o então cardeal retoma o mesmo tema recordando a atitude, a seu ver, superficial com que por muitos foi acolhido o convite do Concílio Vaticano II a uma renovação da liturgia: “Poderia parecer a muitos que a preocupação por uma forma correta da liturgia fosse uma questão de pura praxe, uma procura pela forma de Missa mais adequada e acessível aos homens de nosso tempo. Neste ínterim, vê-se sempre mais claramente que na liturgia trata-se da nossa compreensão de Deus e do mundo, de nossa relação com Cristo, com a Igreja e com nós mesmos. Na relação com a liturgia se decide o destino da fé e da Igreja. Assim a questão litúrgica adquiriu hoje uma importância que antes não podíamos prever”. (J. Ratzinger, “Cantate al Signore um canto nuovo”, p. 9).Num outro lugar ainda o mesmo conceito é expresso com drástica concisão: “Estou convencido de que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do colapso da liturgia” (J. Ratzinger, “La mia vita”, p. 112).Mas no pensamento do Papa a importância da liturgia se estende também para além dos limites da Igreja, por constituir um elemento fundamental da vida e do ambiente humano: “O direito e a moral não estão unidos se não estiverem ancorados no centro litúrgico e não tirarem dele inspiração. [...] Somente se a relação com Deus é justa também as outras relações do homem – as dos homens entre si e do homem com as outras realidades criadas – podem funcionar”. (J. Ratzinger, “Introduzione allo spirito della liturgia”, p. 16.).É um texto extremamente empenhativo, e serámos tentados a pô-lo em dúvida se as circunstâncias de nosso tempo não confirmassem tão clamorosamente sua validade.Mas onde reside o fundamento desta influência do culto litúrgico sobre a vida humana em geral? O futuro Papa responde na sequência do texto citado: “A adoração, a justa modalidade do culto, da relação com Deus, é constitutiva para a justa existência humana no mundo, assim é exatamente porque ao longo da vida cotidiana faz-nos partícipes do modo de existir do ‘céu’, do mundo de Deus, deixando assim transparecer a luz do mundo divino no nosso mundo. [...] (O culto) prefigura uma vida mais definitiva e, deste modo, dá à vida presente a sua medida. Uma vida à qual falta esta antecipação, na qual o céu não é mais esboçado, torna-se pesada e vazia”.Trata-se de uma visão de notável força: para o Papa a liturgia da Igreja torna-se o canal privilegiado do governo divino sobre a terra, e possui em si uma força demiúrgica que plasma no seu modelo os eventos mundanos, fazendo-se “medida” para a “vida presente”. A liturgia é o céu sobre a terra; esta por isso deve falar a língua do céu – este é o motivo pelo qual não se trata de procurar a forma “mais adequada e acessível aos homens de nosso tempo”, como mencionado acima.
Papa Bento XVI e a liturgia - Parte II
O valor do missal antigo
e oMotu Proprio “Summorum Pontificum
”Prof. Davide Venturain Papa Bento XVI e a Liturgia
Leia antes: Parte IPagamos de imediato o necessário tributo à atualidade, e entre as muitas questões abertas ligadas à liturgia detemo-nos sobre aquela que o magistério do Papa confrontou mais recentemente – e que suscitou as maiores reações também na opinião “laica”. É conhecido por muitos que em 1970 o Papa Paulo VI promulgou o novo missal elaborado nos anos precedentes pela comissão encarregada da realização da reforma litúrgica iniciada por impulso do Concílio Vaticano II. Tal missal continha, com efeito, substancias mudanças em relação àquele que até então estava em vigor, editado por João XXIII em 1962.Este último não era senão a última revisão menor de um tipo litúrgico que remontava em continuidade à reforma efetuada pelo Concílio de Trento (o assim chamado Missal de Pio V). Por sua vez, Pio V havia no século XVI simplesmente revisto e reproposto um repertório de textos litúrgicos que se transmitira com mínimas mudanças durante toda Idade Média, remontava na sua substância a Gregório Magno (século VI), e continha partes que remontavam à mais remota antiguidade cristã.E aqui se dá o problema: enquanto, como se viu, o missal romano conheceu até 1962 – ao longo de dezessete séculos de história – somente modificações graduais e não particularmente substanciais, bruscamente em 1970, foi introduzida uma forma litúrgica que se distanciava de modo significativo desta imemorável tradição.Contextualmente à introdução do novo se teve na prática a proibição do uso do missal tradicional, coisa que provocou vivas reações em muitos ambientes, ao ponto de se tornar uma das maiores motivações por detrás do cisma promovido por Mons. Lefebvre.O documento publicado por Bento XVI em 7 de julho passado, com o título “Summorum Pontificum”, põe finalmente em ordem, definindo a situação jurídica, que se tornara ao menos ambígua, da liturgia tradicional em relação à reformada. Vale a pena, vista a histórica importância do documento, percorrer os seus conteúdos fundamentais. Em primeiro lugar o Papa declara que o precedente missal jamais fora ab-rogado. Não se trata por isto de uma “reintrodução”, mas sim do reconhecimento de uma perene validade que a introdução do novo missal de 1970 não diminuiu de fato. Ao contrário, depois de algumas observações históricas que louvam a antiguidade e a continuidade de uso durante toda a história da Igreja latina, o Papa define a relação entre os dois Missais com as seguintes palavras: “O Missal Romano promulgado por Paulo VI é a expressão ordinária da ‘lex orandi’ da Igreja Católica de rito latino. Todavia o Missal Romano promulgado por São Pio V e novamente editado pelo B. João XXIII deve ser considerado como expressão extraordinária da mesma ‘lex orandi’ e deve ser tido com a devida honra pelo seu uso venerável e antigo. Estas duas expressões da ‘lex orandi’ da Igreja não conduzirão de modo algum a uma divisão na ‘lex credendi’ da Igreja; são de fato dois usos do único rito romano. Por isto é lícito celebrar o Sacrifício da Missa segundo a edição típica do Missal Romano promulgado pelo B. João XXIII em 1962 e jamais ab-rogado, como forma extraordinária da Liturgia da Igreja”.Depois desta afirmação capital, o Papa prossegue definindo que todo sacerdote possa usar o Missal tradicional nas suas Missas privadas, às quais podem associar-se de própria vontade também outros fiéis. Os institutos de vida consagrada são livres para celebrar, eventual ou mesmo habitualmente, com o velho missal. Grupos estáveis de fiéis no interior das paróquias podem, por sua vez, pedir ao pároco que celebre para eles com o missal de 1962. O pároco é convidado a “acolher com generosidade” a tais pedidos; uma vez que esteja pessoalmente impossibilitado (e – se supõe – que por motivos válidos e não pretextos), o pedido deve passar ao Bispo Diocesano.“Ao Bispo solicita-se vivamente ouvir o desejo deles. Se ele não pode providenciar tal celebração, a coisa seja referida à Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’. O bispo que deseja satisfazer a tais pedidos dos fiéis leigos, mas por várias causas está impedido, pode confiar a questão à Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’, que lhe dará conselho e ajuda”. Se a situação o aconselha, o Bispo pode reagrupar os pedidos com a constituição de uma “paróquia pessoal”.Compreende-se claramente a intenção do Papa: a Missa tradicional, estando ainda em vigor, constitui um direito dos fiéis; os seus pedidos (desde que não feitos para disseminar discórdia...) de aceder a esta forma litúrgica sejam ouvidos: a nível paroquial, onde possível, ou mesmo diocesano. De modo algum tal pedido pode ser simplesmente ignorado – a própria autoridade da Santa Sé, por meio da Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’, torna-se fiadora dele.Depois se reconhece aos membros do clero, obrigados à recitação cotidiana do breviário, possam cumprir esta obrigação mediante o breviário publicado por João XXIII.Extremamente rica de conteúdo é também a carta enviada pelo Papa a todos os bispos em concomitância com a publicação do Motu proprio. Nela diz-se que, no ato de publicação do novo missal de Paulo VI, havia quem pensasse que o uso da forma mais antiga desapareceria por si mesma. Isto porém não aconteceu, e a adesão ao uso antigo permaneceu exatamente “nos países em que o movimento litúrgico havia dado a muitas pessoas uma conspícua formação litúrgica e uma profunda, íntima, familiaridade com a forma anterior da Celebração litúrgica”. Não se trata por isto necessariamente, segundo o Papa, de uma forma de rebelião contra a autoridade da Igreja, mas que “... muitas pessoas, que aceitavam claramente o caráter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, também desejavam todavia re-encontrar a forma, que lhes é cara, da sagrada Liturgia”.E não se trata somente de anciãos: “Aparece claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e a consideram uma forma, particularmente apropriada para eles, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia”.Se esta liturgia, tão antiga e venerável, jamais fora juridicamente ab-rogada, de onde nasce sua quase total desaparição, especialmente considerando que já o Papa João Paulo II havia publicado durante o seu pontificado atos que pediam aos bispos tomarem providências a fim de que os pedidos legítimos para celebrar segundo tal forma fossem mais largamente acolhidos?Mais que de Roma, o problema surgiu entre os episcopados nacionais, “sobretudo porque frequentemente os Bispos, nestes casos, temiam que a autoridade do Concílio fosse posta em dúvida”.Assim, enquanto os documentos de João Paulo II haviam deixado aos bispos uma larga margem aplicativa, Bento XVI conclui que “surgiu uma necessidade de um regulamento jurídico mais claro que, no tempo do Motu Proprio de 1988 não era previsível; estas Normas visam ainda a liberar os Bispos do dever de sempre de novo avaliar como fazer para responder às diversas situações”.“Roma locuta, causa soluta” diziam os antigos: Roma falou, a causa está resolvida. Hoje, infelizmente, isto está longe de ser um fato previsível; mas que Roma tenha falado claramente, isto ninguém poderá por em dúvida.Continua...
fonte:http://christeaudinus.blogspot.com/
Leia antes: Parte IPagamos de imediato o necessário tributo à atualidade, e entre as muitas questões abertas ligadas à liturgia detemo-nos sobre aquela que o magistério do Papa confrontou mais recentemente – e que suscitou as maiores reações também na opinião “laica”. É conhecido por muitos que em 1970 o Papa Paulo VI promulgou o novo missal elaborado nos anos precedentes pela comissão encarregada da realização da reforma litúrgica iniciada por impulso do Concílio Vaticano II. Tal missal continha, com efeito, substancias mudanças em relação àquele que até então estava em vigor, editado por João XXIII em 1962.Este último não era senão a última revisão menor de um tipo litúrgico que remontava em continuidade à reforma efetuada pelo Concílio de Trento (o assim chamado Missal de Pio V). Por sua vez, Pio V havia no século XVI simplesmente revisto e reproposto um repertório de textos litúrgicos que se transmitira com mínimas mudanças durante toda Idade Média, remontava na sua substância a Gregório Magno (século VI), e continha partes que remontavam à mais remota antiguidade cristã.E aqui se dá o problema: enquanto, como se viu, o missal romano conheceu até 1962 – ao longo de dezessete séculos de história – somente modificações graduais e não particularmente substanciais, bruscamente em 1970, foi introduzida uma forma litúrgica que se distanciava de modo significativo desta imemorável tradição.Contextualmente à introdução do novo se teve na prática a proibição do uso do missal tradicional, coisa que provocou vivas reações em muitos ambientes, ao ponto de se tornar uma das maiores motivações por detrás do cisma promovido por Mons. Lefebvre.O documento publicado por Bento XVI em 7 de julho passado, com o título “Summorum Pontificum”, põe finalmente em ordem, definindo a situação jurídica, que se tornara ao menos ambígua, da liturgia tradicional em relação à reformada. Vale a pena, vista a histórica importância do documento, percorrer os seus conteúdos fundamentais. Em primeiro lugar o Papa declara que o precedente missal jamais fora ab-rogado. Não se trata por isto de uma “reintrodução”, mas sim do reconhecimento de uma perene validade que a introdução do novo missal de 1970 não diminuiu de fato. Ao contrário, depois de algumas observações históricas que louvam a antiguidade e a continuidade de uso durante toda a história da Igreja latina, o Papa define a relação entre os dois Missais com as seguintes palavras: “O Missal Romano promulgado por Paulo VI é a expressão ordinária da ‘lex orandi’ da Igreja Católica de rito latino. Todavia o Missal Romano promulgado por São Pio V e novamente editado pelo B. João XXIII deve ser considerado como expressão extraordinária da mesma ‘lex orandi’ e deve ser tido com a devida honra pelo seu uso venerável e antigo. Estas duas expressões da ‘lex orandi’ da Igreja não conduzirão de modo algum a uma divisão na ‘lex credendi’ da Igreja; são de fato dois usos do único rito romano. Por isto é lícito celebrar o Sacrifício da Missa segundo a edição típica do Missal Romano promulgado pelo B. João XXIII em 1962 e jamais ab-rogado, como forma extraordinária da Liturgia da Igreja”.Depois desta afirmação capital, o Papa prossegue definindo que todo sacerdote possa usar o Missal tradicional nas suas Missas privadas, às quais podem associar-se de própria vontade também outros fiéis. Os institutos de vida consagrada são livres para celebrar, eventual ou mesmo habitualmente, com o velho missal. Grupos estáveis de fiéis no interior das paróquias podem, por sua vez, pedir ao pároco que celebre para eles com o missal de 1962. O pároco é convidado a “acolher com generosidade” a tais pedidos; uma vez que esteja pessoalmente impossibilitado (e – se supõe – que por motivos válidos e não pretextos), o pedido deve passar ao Bispo Diocesano.“Ao Bispo solicita-se vivamente ouvir o desejo deles. Se ele não pode providenciar tal celebração, a coisa seja referida à Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’. O bispo que deseja satisfazer a tais pedidos dos fiéis leigos, mas por várias causas está impedido, pode confiar a questão à Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’, que lhe dará conselho e ajuda”. Se a situação o aconselha, o Bispo pode reagrupar os pedidos com a constituição de uma “paróquia pessoal”.Compreende-se claramente a intenção do Papa: a Missa tradicional, estando ainda em vigor, constitui um direito dos fiéis; os seus pedidos (desde que não feitos para disseminar discórdia...) de aceder a esta forma litúrgica sejam ouvidos: a nível paroquial, onde possível, ou mesmo diocesano. De modo algum tal pedido pode ser simplesmente ignorado – a própria autoridade da Santa Sé, por meio da Pontifícia Comissão ‘Ecclesia Dei’, torna-se fiadora dele.Depois se reconhece aos membros do clero, obrigados à recitação cotidiana do breviário, possam cumprir esta obrigação mediante o breviário publicado por João XXIII.Extremamente rica de conteúdo é também a carta enviada pelo Papa a todos os bispos em concomitância com a publicação do Motu proprio. Nela diz-se que, no ato de publicação do novo missal de Paulo VI, havia quem pensasse que o uso da forma mais antiga desapareceria por si mesma. Isto porém não aconteceu, e a adesão ao uso antigo permaneceu exatamente “nos países em que o movimento litúrgico havia dado a muitas pessoas uma conspícua formação litúrgica e uma profunda, íntima, familiaridade com a forma anterior da Celebração litúrgica”. Não se trata por isto necessariamente, segundo o Papa, de uma forma de rebelião contra a autoridade da Igreja, mas que “... muitas pessoas, que aceitavam claramente o caráter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, também desejavam todavia re-encontrar a forma, que lhes é cara, da sagrada Liturgia”.E não se trata somente de anciãos: “Aparece claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e a consideram uma forma, particularmente apropriada para eles, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia”.Se esta liturgia, tão antiga e venerável, jamais fora juridicamente ab-rogada, de onde nasce sua quase total desaparição, especialmente considerando que já o Papa João Paulo II havia publicado durante o seu pontificado atos que pediam aos bispos tomarem providências a fim de que os pedidos legítimos para celebrar segundo tal forma fossem mais largamente acolhidos?Mais que de Roma, o problema surgiu entre os episcopados nacionais, “sobretudo porque frequentemente os Bispos, nestes casos, temiam que a autoridade do Concílio fosse posta em dúvida”.Assim, enquanto os documentos de João Paulo II haviam deixado aos bispos uma larga margem aplicativa, Bento XVI conclui que “surgiu uma necessidade de um regulamento jurídico mais claro que, no tempo do Motu Proprio de 1988 não era previsível; estas Normas visam ainda a liberar os Bispos do dever de sempre de novo avaliar como fazer para responder às diversas situações”.“Roma locuta, causa soluta” diziam os antigos: Roma falou, a causa está resolvida. Hoje, infelizmente, isto está longe de ser um fato previsível; mas que Roma tenha falado claramente, isto ninguém poderá por em dúvida.Continua...
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