quarta-feira, 10 de julho de 2019

Monastère de Chevetogne Comunidade Visita guiada Ofícios Hospitalidade Tópico Galeria fotográfica Contato Loja

Please click here or on your language to enter our site
Cliquez ici ou sur votre langue pour accéder à notre site

Francais Nederlands English Deutsch Italiano Español Portugues Russian Romana Украї́нська мо́ва


Ecumenical Vocation

Vocação ecuménica

Desde a sua fundação em 1925, por Dom Lambert Beauduin (1873-1960), um pioneiro do ecumenismo na igreja católica, a abadia de Chevetogne quer ser um lugar de oração, de encontro e de trabalho teológico, para a unidade dos cristãos de todas as denominações.

Os monges repartem-se em dois grupos litúrgicos, um celebrando segundo a tradição do Ocidente, o outro segundo a tradição do Oriente bizantino, como aliás se fez algumas vezes noutros mosteiros, ao longo da história. A especificidade do projeto monástico de Chevetogne deve-se ao facto de que os dois ritos foram adotados por razões ecuménicas, tendo em vista a reconciliação do Oriente e do Ocidente cristãos, para lá das ruturas confessionais. Querem dar corpo à primazia da oração. É ela que, num laborioso caminho de conversão, unifica cada pessoa, tal como prepara as nossas comunidades e as nossas Igrejas, para receberem plenamente o dom da unidade.

Se é verdade que não nos podemos apreciar sem nos conhecermos, o primeiro passo para a reconciliação é aprender do outro quem ele é. A comunidade de Chevetogne colocou-se, desde a sua origem, na escola do Oriente cristão, e da ortodoxia russa em particular.

O ofício bizantino é celebrado em Chevetogne em eslavo, enquanto que a divina liturgia (eucaristia) é, por vezes, celebrada também em grego.
As relações mantidas com as antigas igrejas orientais, mas também com a Comunhão anglicana e as igrejas saídas da Reforma, permitem à comunidade abraçar, na sua súplica, todos os discípulos de Cristo e apresentar o desejo de comunhão das igrejas.


Igreja latina

A igreja latina, dedicada ao Santo Salvador, foi construída entre  1981 e 1988. Inspira-se no plano basilical (atrium, nave e santuário). A primeira pedra, proveniente do Monte Sião, em Jerusalém, foi colocada em 2 de Novembro de 1981 pelo arcebispo de Cantorbéry, o Dr R. Runcie, e o cardinal G. Danneels, arcebispo de Malines. A consagração, por Mgr. A.- M. Léonard, bispo de Namur, assistido por Mgr Ph. Bär, bispo emérito de Roterdão, teve lugar em  11 de Maio de 1996.
A igreja está decorada com dois frescos de inspiração romana, da autoria do monge iconógrafo russo, o arquimandrita Zénon. Um, no atrium, representa Jerusalém celeste e o outro, na abside, é um Maiestas Domini (Cristo em Majestade). No chão do atrium, um labirinto simboliza a busca humana de Deus.



Igreja bizantina

igreja bizantina do mosteiro de Chevetogne (1958-1960), construída no estilo de Novgorod e dedicada à Exaltação da Santa Cruz, foi edificada para ser um sinal permanente da oração pela unidade das igrejas e testemunhar as riquezas espirituais do Oriente cristão.
Uma igreja, na tradição bizantina, quer oferecer, pela arquitetura e decoração interior, como que uma condensação do cosmos, um espaço onde se unem harmoniosamente as realidades visíveis e invisíveis da fé. A ação litúrgica encontra aí um lugar apropriado.
O fiel que entra na igreja atravessa primeiro o nártex exterior e o nártex. Atrás da grade em ferro forjado descobre o templo propriamente dito, a nave, encimada por uma cúpula. Atrás da iconóstase encontra-se, finalmente, o santuário. Esta progressão em quatro etapas, do mundo até ao santuário, faz pensar nas quatro partes do templo de Salomão: o pátio exterior, o pátio interior, o Santo e o Santo dos Santos.
nártex é a antecâmara da igreja; aí estão representadas cenas do Antigo Testamento: a Criação do primeiro homem, o Pecado de Adão e Eva e a sua expulsão do Paraíso, a arca de Noé, o Sacrifício de Abraão, Moisés batendo no rochedo; e, do outro lado: o Sonho de Daniel, o Velo de Gedeão, a Unção de David, a Assunção de Elias, a Visão de Isaías, Jonas saindo do peixe prefigurando Cristo a sair do túmulo.

templo, constituído pela nave encimada por uma cúpula, simboliza a imagem do céu sobre a terra. A cúpula hemisférica evoca a abóbada dos céus, a circularidade do cosmos, enquanto que a linha fechada da circunferência, não tendo nem princípio nem fim, evoca o infinito de Deus. Por oposição, a superfície quadrangular da nave sugere um espaço bem definido e limitado, o do mundo criado, o da terra. A igreja é, pois, o céu sobre a terra, o universo restaurado e, o fiel que transpõe o seu limiar, é convidado a «abandonar todo o cuidado do mundo» e a participar nos louvores que toda a criação, desde toda a eternidade, apresenta ao seu Criador.

Os frescos da cúpula e da nave exprimem a descida do Céu à humanidade.
Na claraboia da cúpula, o Cristo Pantocrator (Cristo Todo-Poderoso) domina toda a história, da qual Ele é o princípio e o fim, o Criador no início dos tempos e o Juiz supremo no fim do mundo, o Salvador que desce à terra para tomar toda a humanidade e a levar de volta com Ele até ao trono do Pai.
A nave simboliza a terra. Os frescos aí retratam, portanto, a vida de Cristo, a estadia do Verbo na terra, desde o Nascimento à Ressurreição. Às cenas do Batismo e da Transfiguração (abside sul) correspondem o Sepultamento de Cristo e a Descida aos Infernos (abside norte), a Morte e Ressurreição do Salvador sendo prefiguradas pelo aviltamento no Jordão e a glorificação luminosa do Tabor.

Santuário encerra os mais altos sinais da presença divina.
O altar é considerado como o trono do Verbo e o Evangeliário aí repousa em permanência. Por cima do altar a Sagrada Reserva está suspensa numa pomba de bronze dourado, que lembra o Espírito Santo, por quem nos vem toda a santificação.
O lugar mais elevado de todo o edifício é o trono do bispo, situado no fundo da abside. Simboliza o trono de Deus Pai, o «trono elevado» da visão de Isaías (Is.6,1). É diante deste trono que Cristo se oferece sobre o altar e é para este trono que se dirige toda a oração.
O Santuário está ladeado, à direita, pelo Diakonikon, lugar de serviço ou espécie de sacristia e, à esquerda, pelo Prothesis, lugar de preparação do pão e do vinho. É aí que o padre, com a ajuda duma faca em forma de lança, talha, num pão redondo, o quadrado do «cordeiro», uma incisão em forma de cruz tal como Cristo foi trespassado. Imediatamente a seguir deita no cálice o vinho e a água, como o sangue e a água que jorraram do lado de Cristo.
No momento da transferência dos dons, o pão e o vinho serão levados em procissão e depositados sobre o altar como imagem da deposição de Cristo no túmulo. As portas e o véu da iconóstase serão fechadas tal como a pedra foi rolada sobre o túmulo.
Durante a anáfora (a oração eucarística) o padre implora a Deus que envie o seu sopro de vida, isto é, o Espírito Santo, sobre os fiéis, bem como sobre o pão e o vinho, pra que estes se tornem o corpo vivo do Ressuscitado e para que os fiéis, comungando, se tornem um só corpo em Cristo.
iconóstase é a parede que separa o santuário do resto da igreja. Esta separação, desenvolvimento do cancelo das igrejas antigas, tão caraterístico do rito bizantino, tomou a forma atual a partir do séc. IX, quando os defensores das imagens triunfaram dos iconoclastas: pretenderam expor as imagens e afirmar a legitimidade do seu culto.
A iconóstase está perfurada com três aberturas: no centro as portas santas, nas quais estão representados a Anunciação, enquanto acontecimento que abriu as portas da Salvação, bem como os quatro Evangelistas. Por cima das portas santas encontra-se a santíssima Trindade e a Comunhão dos Apóstolos.
Nas portas laterais da iconóstase, dos lados norte e sul, estão representados os santos Arcanjos Miguel e Gabriel, guardando, por assim dizer, as portas desse Paraíso que é o santuário.

cripta é dedicada ao Espírito Santo e são-lhe consagrados três frescos: sobre o arco triunfal, o Espírito de Deus pairando sobre as águas; à direita, três Anjos, os três visitantes de Abraão, nos quais a tradição reconhece o símbolo da Santíssima Trindade; à esquerda, o Segundo Concílio ecuménico, reunido em Constantinopla, em 381, onde foi proclamado o dogma da divindade do Espírito Santo. A iconóstase da cripta, em madeira esculpida, data do séc. XIX.

Pintores. A iconóstase da igreja foi pintada por Georges Morozoff. Os frescos do santuário e o Pantocrator são obra de Léon Raffin. Todos os outros frescos da igreja e os da cripta são de dois pintores gregos, Rallis Kopsidis e Georges Chochlidakis.

Webcast

 

Mosteiro

A hospedaria destinada aos hóspedes masculinos está situada no interior da clausura do mosteiro. Podem ser aí acolhidas umas catorze de pessoas.

Contacto: hotelier.monastere@monasterechevetogne.com

Betânia

O nome de Betânia é uma reminiscência muito concreta do Evangelho. Betânia, a curta distância de Jerusalém, era uma aldeia onde viviam Lázaro, amigo de Jesus, e as suas duas irmãs, Marta e Maria, em casa de quem Jesus se hospedava. Estas pessoas, na complementaridade que têm entre elas, são símbolos do acolhimento que o mosteiro deseja oferecer aos seus hóspedes.
As características destes três habitantes de Betânia surgem na sua relação com Jesus. Enquanto que Marta é aquela que se preocupa com o bom acolhimento e o serviço, Maria, sentada aos pés do Senhor, bebe as suas palavras. Lázaro, por sua vez, sentado à mesa com Cristo, o seu amigo, é o verdadeiro objetivo da visita do Senhor a Betânia, visita que dá também sentido à actividade de Marta e Maria, porque, anterior ao serviço e à escuta, há a comunhão na presença, cuja origem é o conhecimento, o respeito e o amor recíproco (Lc 10, 38 - 42; Jn 11, 36; Jn 12, 1 - 2).

Contacto: hotelier.bethanie@monasterechevetogne.com