sábado, 3 de janeiro de 2009




Olhando para o ano passado vemos que cresceu muito o uso da santa Missa Tridentina nos diversos países. Os institutos que celebram só a Liturgia Tridentina cresceram e estão abrindo novos seminários onde não faltam vocações, criaram-se as chamadas paróquias pessoais em várias dioceses onde se celebra só a Missa Tridentina, foi o caso da Igreja da Trindade em Roma.Vários cardeais e bispos celebraram ao longo do ano a Missa Tridentina de que apresentamos uma lista.

Cardeais: Castrillón Hoyos (Colombia); Ving-Trois, Ricard, Rodé (Francia); Pell (Australia); Paskai (Hungría); Medina Estévez (Chile); Piovanelli, Poggi, Antonelli (Italia); Zen (Hong-Kong); Antonio (toledo Espanha)

Bispos: Varga, Farhat (Hungría); Elliot, Coleridge, Jarret (Australia); Mixa (Alemania); Guillaume, Rey, Fikart, Aumonier, Gaidon (Francia); Roussin, Miller, Prendergast, Blais (Canadá); Depo, Deca, Malysiak (Polonia); Stack, McMahon, Kenney, Malcolm (Reino Unido); Haas (Liechtenstein); Oliveri, Giovanetti, Brugnaro, Rabitti, Molinari, De Magistris (Italia); Laise (Argentina); Nienstedt, Bruskewitz, Finn, Morlino, Dewane, Bevard, Serratelli, Perry, Slattery, Burke, Matano, Burbidge, Foleih (EE.UU.); Schneider (Kazajstan); Martin, Magee (Irlanda); Meeking (Nueva Zelanda); Leonard (Bélgica); Ranjith (Sri Lanka); Basil (Gabón); Escaler, Obayan, De Gregorio (Filipinas).


CARTA DO SANTO PADRE
BENTO XVI
AOS BISPOS QUE ACOMPANHA O "MOTU PROPRIO"
SUMMORUM PONTIFICUM
SOBRE O USO DA LITURGIA ROMANA
ANTERIOR À REFORMA REALIZADA EM 1970


Todos sabemos que, no movimento guiado pelo Arcebispo Lefebvre, a fidelidade ao Missal antigo apareceu como um sinal distintivo externo; mas as razões da divisão, que então nascia, encontravam-se a maior profundidade. Muitas pessoas, que aceitavam claramente o carácter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, desejavam contudo reaver também a forma, que lhes era cara, da sagrada Liturgia; isto sucedeu antes de mais porque, em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes consideravam-se como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou frequentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável.

Falo por experiência, porque também eu vivi aquele período com todas as suas expectativas e confusões. E vi como foram profundamente feridas, pelas deformações arbitrárias da Liturgia, pessoas que estavam totalmente radicadas na fé da Igreja.



Bento XVI
Por isso, o Papa João Paulo II viu-se obrigado a estabelecer, através do Motu Proprio «Ecclesia Dei» de 2 de Julho de 1988, um quadro normativo para o uso do Missal de 1962, que no entanto não contém prescrições detalhadas, mas fazia apelo, de forma mais geral, à generosidade dos Bispos para com as «justas aspirações» dos fiéis que requeriam este uso do Rito Romano. Naquela altura, o Papa queria assim ajudar sobretudo a Fraternidade São Pio X a encontrar de novo a plena unidade com o Sucessor de Pedro, procurando curar uma ferida que se ia fazendo sentir sempre mais dolorosamente.

Até agora, infelizmente, esta reconciliação não se conseguiu; todavia várias comunidades utilizaram com gratidão as possibilidades deste Motu Proprio. Continuava aberta, porém, a difícil questão do uso do Missal de 1962 fora destes grupos, para os quais faltavam precisas normas jurídicas, antes de mais porque, nestes casos, frequentemente os Bispos temiam que a autoridade do Concílio fosse posta em dúvida.

Logo a seguir ao Concílio Vaticano II podia-se supor que o pedido do uso do Missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia.


Bento XVI
Surgiu assim a necessidade duma regulamentação jurídica mais clara, que, no tempo do Motu Proprio de 1988, não era previsível; estas Normas pretendem também libertar os Bispos do dever de avaliar sempre de novo como hão-de responder às diversas situações.

Em segundo lugar, nas discussões à volta do esperado Motu Proprio, manifestou-se o temor de que uma possibilidade mais ampla do uso do Missal de 1962 levasse a desordens ou até a divisões nas comunidades paroquiais. Também este receio não me parece realmente fundado. O uso do Missal antigo pressupõe um certo grau de formação litúrgica e o conhecimento da língua latina; e quer uma quer outro não é muito frequente encontrá-los.

Por estes pressupostos concretos, já se vê claramente que o novo Missal permanecerá, certamente, a Forma ordinária do Rito Romano, não só porque o diz a normativa jurídica, mas também por causa da situação real em que se encontram as comunidades de fiéis.

Bento XVI
É verdade que não faltam exageros e algumas vezes aspectos sociais indevidamente vinculados com a atitude de fiéis ligados à antiga tradição litúrgica latina. A vossa caridade e prudência pastoral hão-de ser estímulo e guia para um aperfeiçoamento. Aliás, as duas Formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente: no Missal antigo poderão e deverão ser inseridos novos santos e alguns dos novos prefácios.

A Comissão «Ecclesia Dei», em contacto com os diversos entes devotados ao usus antiquior, estudará as possibilidades práticas de o fazer. E, na celebração da Missa segundo o Missal de Paulo VI, poder-se-á manifestar, de maneira mais intensa do que frequentemente tem acontecido até agora, aquela sacralidade que atrai muitos para o uso antigo.

A garantia mais segura que há de o Missal de Paulo VI poder unir as comunidades paroquiais e ser amado por elas é celebrar com grande reverência em conformidade com as rubricas; isto torna visível a riqueza espiritual e a profundidade teológica deste Missal.

Bento XVI
Cheguei assim à razão positiva que me motivou para actualizar através deste Motu Proprio o de 1988. Trata-se de chegar a uma reconciliação interna no seio da Igreja.

Olhando para o passado, para as divisões que no decurso dos séculos dilaceraram o Corpo de Cristo, tem-se continuamente a impressão de que, em momentos críticos quando a divisão estava a nascer, não fora feito o suficiente por parte dos responsáveis da Igreja para manter ou reconquistar a reconciliação e a unidade; fica-se com a impressão de que as omissões na Igreja tenham a sua parte de culpa no facto de tais divisões se terem podido consolidar.

Esta sensação do passado impõe-nos hoje uma obrigação: realizar todos os esforços para que todos aqueles que nutrem verdadeiramente o desejo da unidade tenham possibilidades de permanecer nesta unidade ou de encontrá-la de novo. Vem-me à mente uma frase da segunda carta aos Coríntios, quando Paulo escreve: «Falámo-vos com toda a liberdade, ó Coríntios. O nosso coração abriu-se plenamente. Há nele muito lugar para vós, enquanto no vosso não há lugar para nós (…): pagai-nos na mesma moeda, abri também vós largamente o vosso coração» (2 Cor 6, 11-13).

É certo que Paulo fala noutro contexto, mas o seu convite pode e deve tocar-nos também a nós, precisamente neste tema. Abramos generosamente o nosso coração e deixemos entrar tudo aquilo a que a própria fé dá espaço.


Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura. Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar.

Obviamente, para viver a plena comunhão, também os sacerdotes das Comunidades aderentes ao uso antigo não podem, em linha de princípio, excluir a celebração segundo os novos livros. De facto, não seria coerente com o reconhecimento do valor e da santidade do novo rito a exclusão total do mesmo.

Em conclusão, amados Irmãos, tenho a peito sublinhar que as novas normas não diminuem de modo algum a vossa autoridade e responsabilidade sobre a liturgia nem sobre a pastoral dos vossos fiéis. Com efeito, cada Bispo é o moderador da liturgia na própria diocese (cf. Sacrosanctum Concilium, n.º 22: «Sacræ Liturgiæ moderatio ab Ecclesiæ auctoritate unice pendet quæ quidem est apud Apostolicam Sedem et, ad normam iuris, apud Episcopum»).




Além disso, convido-vos, amados Irmãos, a elaborar para a Santa Sé um relatório sobre as vossas experiências, três anos depois da entrada em vigor deste Motu Proprio. Se verdadeiramente tiverem surgido sérias dificuldades, poder-se-á procurar meios para lhes dar remédio.

Amados Irmãos, com ânimo grato e confiante, entrego ao vosso coração de Pastores estas páginas e as normas do Motu Proprio. Tenhamos sempre presente as palavras dirigidas pelo Apóstolo Paulo aos anciãos de Éfeso: «Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho» (Act 20, 28).

Confio à poderosa intercessão de Maria, Mãe da Igreja, estas novas normas e de coração concedo a minha Bênção Apostólica a vós, amados Irmãos, aos párocos das vossas dioceses, e a todos os sacerdotes, vossos colaboradores, como também a todos os vossos fiéis.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 7 de Julho de 2007.

BENEDICTUS PP. XVI

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


CARTA DO SANTO PADRE
BENTO XVI
AOS BISPOS QUE ACOMPANHA O "MOTU PROPRIO"
SUMMORUM PONTIFICUM
SOBRE O USO DA LITURGIA ROMANA
ANTERIOR À REFORMA REALIZADA EM 1970

Amados Irmãos no Episcopado,

Com grande confiança e esperança, coloco nas vossas mãos de Pastores o texto duma nova Carta Apostólica «Motu Proprio data» sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma realizada em 1970. O documento é fruto de longas reflexões, múltiplas consultas e de oração.

Notícias e juízos elaborados sem suficiente informação criaram não pouca confusão. Há reacções muito divergentes entre si que vão de uma entusiasta aceitação até uma férrea oposição a respeito de um projecto cujo conteúdo na realidade não era conhecido.


Bento XVI
Contrapunham-se de forma mais directa a este documento dois temores, dos quais me quero ocupar um pouco mais detalhadamente nesta carta.

Em primeiro lugar, há o temor de que seja aqui afectada a autoridade do Concílio Vaticano II e que uma das suas decisões essenciais – a reforma litúrgica – seja posta em dúvida. Tal receio não tem fundamento. A este respeito, é preciso antes de mais afirmar que o Missal publicado por Paulo VI, e reeditado em duas sucessivas edições por João Paulo II, obviamente é e permanece a Forma normal – a Forma ordinária – da Liturgia Eucarística.



Bento XVI
A última versão do Missale Romanum, anterior ao Concílio, que foi publicada sob a autoridade do Papa João XXIII em 1962 e utilizada durante o Concílio, poderá, por sua vez, ser usada como Forma extraordinária da Celebração Litúrgica. Não é apropriado falar destas duas versões do Missal Romano como se fossem «dois ritos». Trata-se, antes, de um duplo uso do único e mesmo Rito.

Bento XVI
Quanto ao uso do Missal de 1962, como Forma extraordinária da Liturgia da Missa, quero chamar a atenção para o facto de que este Missal nunca foi juridicamente ab-rogado e, consequentemente, em princípio sempre continuou permitido. Na altura da introdução do novo Missal, não pareceu necessário emanar normas próprias para um possível uso do Missal anterior. Supôs-se, provavelmente, que se trataria de poucos casos individuais que seriam resolvidos um a um na sua situação concreta.

Bem depressa, porém, se constatou que não poucos continuavam fortemente ligados a este uso do Rito Romano que, desde a infância, se lhes tornara familiar. Isto aconteceu sobretudo em países onde o movimento litúrgico tinha dado a muitas pessoas uma formação litúrgica notável e uma profunda e íntima familiaridade com a Forma anterior da Celebração Litúrgica.
(continua)

Don Manuel Folgar num encontro com o Papa João Paulo II

A Fraternidade de Cristo Sacerdote e Maria Reina celebra hoje ,2 de Janeiro de 2009, Festa do Santíssimo Nome de Jesus, o seu 19º aniversário de Fundação .

Queremos unir-nos em acção de Graças a Deus e à Santíssima Virgem por todas as graças distribuídas a todos os seus membros e de modo especial naquele que é o seu Fundador, o Reverendo Don Manuel Folgar .

Auguramos frutos de santidade a todos os seus membros e crescimento naquele espírito de fidelidade ao Santo Padre Bento XVI em sermos apóstolos e promotores da Santa Missa Tridentina



Don Manuel Folgar
A Fraternidade de Cristo Sacerdote e Maria Reina é composta por religiosos, religiosas, leigos, consagrados e sacerdotes diocesanos que pretendem aprofundar na consciência e na vivência do sacerdócio comum que todos receberam no santo baptismo, pelo que procurem viver estreitamente unidos a Cristo Sacerdote que não cessa de oferecer -se por nós no altar, e à Virgem Co-redentora que é Nossa Mãe na ordem da graça.


Don Manuel Folgar
Conscientes de que pelo santo baptismo somos chamados a tomar parte no plano da Redenção, fazendo de toda a sua vida um acto de culto à glória de Deus, oferecem-se com Cristo ao Pai pelas mãos maternas de Maria.

O trabalho e as fadigas de cada dia adquirem um valor sobrenatural imenso se os unimos ao Sacrifício que Cristo oferece ao Pai diariamente sobre o altar através do ministério dos sacerdotes. Mediante a oblação e o oferecimento a nossa vida fica completamente orientada para Deus.



Don Manuel Folgar
Os nossos deveres diários, o trabalho, a vida familiar, as relações sociais, nossas lutas, esforços e dificuldades, as nossas alegrias, doenças e sofrimentos ... Tudo tem que ser orientado para a glória de Deus e, tudo isso, se o oferecemos unindo-nos a Cristo por meio de Maria, adquire um valor redentor para a salvação do mundo.

Na obra da Redenção na qual estão envolvidas as Três Pessoas da Santíssima Trindade, associando intimamente à sua obra Nossa Senhora, Mãe do Verbo encarnado e Co-redentora do mundo com uma missão única e singular.




Don Manuel Folgar
Mas , nós não fomos deixados de fora, porque somos chamados a ser cooperadores de Cristo na renovação do mundo, orientando-o novamente para a glória de Deus. Isto devemos fazê-lo " oferecendo-nos" juntamente com Cristo pelas mãos de Maria.
Então, nossa vida ver-se-á fecundada e enriquecida dum valor sobrenatural e divino.



Don Manuel Folgar
A Redenção, fruto do amor infinito de Deus, levou-se a cabo mediante a entrega e a doação de Deus aos homens. Em Jesus e Maria achamos a resposta ao amor do Pai: ambos se entregaram até ao "extremo". Isso mesmo também Deus espera de cada um de nós: uma resposta de amor e, portanto, uma entrega até ao extremo de quanto somos e temos. É a lógica do amor redentor.



Don Manuel Folgar
Este espírito de sacrifício e de identificação com Cristo Sacerdote e Vítima é requerido com um novo título a todos aqueles que receberam o sacramento da ordenação sacerdotal e cuja missão é precisamente completar a obra da Redenção realizada por Jesus, Sumo e eterno Sacerdote.

Fonte : Fraternidad Cristo Sacerdote e Maria Reina

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009




Quem não respeita a liturgia assume a sua responsabilidade frente ao Magistério da Igreja. A liturgia não se inventa, nem se anula nem se deforma nada. O Ano Novo inauguramo-lo com a liturgia. Conversamos com um dos peritos, Monsenhor Nicola Bux, ao qual confiamos a tarefa, significativa , para inaugurar o ano de entrevistas do blog Pontifex …

Monsenhor Bux, que espera para a liturgia para o ano que apenas começou?

"Entretanto, quero fazer um voto a todos vocês, aos leitores e aos fiéis de um bom ano, vivido na serenidade e na graça de Deus. Espero que em todos prevaleça sempre a maturidade e sentido de responsabilidade".

Quanto à Santa Liturgia. O que nos deseja? :

" Só aquilo que tão sabiamente disse, com equilíbrio e inteligência na França o Papa Bento XVI, ou seja que o Novo e o Velho rito podem coexistir pacificamente e harmoniosamente entre si, sublinhando que nenhum dos dois ritos exclui o outro."

Às vezes esta tentação existe:

" Efectivamente sim, mas direi que é bilateral."


Mons. Bux
Em que sentido, é bilateral? "

O Novo... não tem nenhum direito de excluir o Velho, que faz parte da tradição da Igreja, é um património e, portanto, é necessário respeitar o espírito do Motu proprio, como disse o Santo Padre em sua carta introdutória ao Motu Proprio.

Além disso, mesmo aqueles que são culturalmente e idealmente ligados ao Rito Antigo, façam alguns passos para a frente para aceitar o Novo. Enfim, na Igreja, na liturgia, como nas coisas da vida é necessário sempre equilíbrio. Nada se cancela de um só golpe , então, como é idealmente errado pensar que o Motu proprio quase suplantou o moderno, o mesmo vale no sentido oposto.

Quero dizer que as duas formas da Missa, ambas belas e valiosas, podem coexistir pacificamente, sem dualismos e polémicas. "

O Papa Bento XVI, no seu documento introdutório ao Motu proprio, mencionou que houve no tempo abusos litúrgico no limite do tolerável. Que coisa queria dizer o Papa?

" Aquilo que lhe acabo de sublinhar."


MOns.Bux

Ou seja? :

"Olhe, existe um documento de 2004 da Congregação para o Culto Divino que exigia aos sacerdotes o respeito , mesmo escrupuloso, das normas litúrgicas e de quanto estabelecido pelo Concílio Vaticano II".

Bem, mas esse documento, muitas vezes permaneceu letra morta, porque os abusos continuaram. Quais são exactamente os abusos?

"Agora fazer uma lista seria chato. Digo apenas que ninguém na liturgia, é patrão de nada. A liturgia pertence à Igreja e só a ela. Então, o padre não tem nenhuma faculdade para acrescentar fórmulas, eliminá-las, criá-las ou pior ainda deformá-las. Em suma, o sacerdote celebrante não é o centro da missa que é Deus. Repito, temos que recuperar rapidamente, o sentido do sagrado ".


Mons.Bux

Mas se ocorrem abusos, isso significa que quem deveria vigiar não o faz:

" pior para ele, além de ter que responder diante da sua consciência, que já é pesada, responderá disso perante o Magistério e a autoridade da Igreja."

O ano liturgicamente começa com Maria

" do ponto de vista espiritual e teológico é importante. Entregamo-nos à materna protecção de quem gerou Cristo. Historicamente, a celebração encontra esta data em obediência à oitava do Natal. "

Fonte: Pontifex.roma

A todos os amigos que habitualmente nos visitam desejamos as maiores bênçãos de Deus e da Santíssima Virgem Maria para o Novo Ano 2009 . Certamente que temos muito que fazer para tornar conhecido e amado o Novo Movimento Litúrgico iniciado por Sua Santidade , o Papa Bento XVI : é Ele o nosso guia, queremos caminhar a seu lado e dar-lhe todo o nosso apoio . Professamos a nossa obediência ao "doce Cristo na terra" que é o Santo Padre a quem Cristo prometeu "tudo o que ligares na terra será ligado no céu".

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008



A 28 de Dezembro de 2008 um bispo húngaro, D.Lajos Varga, bispo auxiliar da VCA,na Hungria celebrou pela primeira vez a Missa Tridentina :é assim o primeiro Prelado corajoso do seu país a dar uma resposta ao Motu Proprio de Sua Santidade, o Papa Bento XVI


Outras fotos da Missa Pontifical Tridendina celebrada pelo Núncio de Sua Santidade na Hungria no final das Jornadas sobre a Liturgia Tradicional oferecida pelo Papa Bento XVI com o Motu Proprio a toda a Igreja



Vésperas solenes na Basílica de Santo Estêvão em Budapeste após o 1º dia das Jornadas


Missa Tridentina na Igreja de Nª Sªda Asunção em Budapeste

Missa Tridentina solene na Igreja de S.Teresa de Ávila em Budapeste

Temos estas fotos vindas da Hungria onde em finais de agosto de 2008 houve umas Jornadas dedicadas à Missa Tridentina , as quais foram seguidas com muito interesse e que vem assim relançar o Novo Movimento Litúrgico iniciado pelo Papa Bento XVI com o Motu Proprio Summorum Pontificum ,num país onde há dezenas de anos não se celebrava a Missa Tridentina e que agora estão entusiasmados por essa possibilidade que o Papa Bento XVI oferece a todo o povo cristão de celebrar os divinos mistérios na liturgia de sempre da Igreja católica e que é a Missa Tridentina.

Fonte:New Liturgical Movement


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI
PARA A CELEBRAÇÃO DO
DIA MUNDIAL DA PAZ

1 DE JANEIRO DE 2009

COMBATER A POBREZA, CONSTRUIR A PAZ

1. Desejo, também no início deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convidá-los a reflectir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. Já o meu venerado antecessor João Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercussões negativas que acaba por ter sobre a paz a situação de pobreza em que versam populações inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os factores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados.

Estes últimos, por sua vez, alimentam trágicas situações de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia João Paulo II –, outra séria ameaça à paz: muitas pessoas, mais ainda, populações inteiras vivem hoje em condições de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas nações economicamente mais desenvolvidas.

Trata-se de um problema que se impõe à consciência da humanidade, visto que as condições em que se encontra um grande número de pessoas são tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o autêntico e harmónico progresso da comunidade mundial ».(1)



Bento XVI
2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. Tal análise é já importante do ponto de vista metodológico, porque convida a pôr em prática o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e sociólogos sobre tantos aspectos da pobreza.

Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projecto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade.

Em tal perspectiva, é preciso ter uma visão ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais características, seriam suficientes as ciências sociais que nos ajudam a medir os fenómenos baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo.

Sabemos porém que existem pobrezas imateriais, isto é, que não são consequência directa e automática de carências materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avançadas, existem fenómenos de marginalização, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar económico, vivem diversas formas de transtorno.

Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequências negativas do « superdesenvolvimento ».(3) Não esqueço também que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento económico é entravado por impedimentos culturais, que não permitem uma conveniente utilização dos recursos. Seja como for, não restam dúvidas de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana.

Quando o homem não é visto na integridade da sua vocação e não se respeitam as exigências duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se também as dinâmicas perversas da pobreza, como é evidente em alguns âmbitos sobre os quais passo a deter brevemente a minha atenção.


Bento XVI

Pobreza e implicações morais

3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demográfico. Em consequência disso, realizam-se campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional, até com métodos que não respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o número dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – não respeitam sequer o direito à vida. O extermínio de milhões de nascituros, em nome da luta à pobreza, constitui na realidade a eliminação dos mais pobres dentre os seres humanos.

Contra tal presunção, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da população mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo saído da pobreza populações caracterizadas precisamente por um incremento demográfico notável. O dado agora assinalado põe em evidência que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da população.

E não se há-de esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu quatro mil milhões e tal fenómeno diz respeito, em larga medida, a países que surgiram recentemente na cena internacional como novas potências económicas e conheceram um rápido desenvolvimento graças precisamente ao elevado número dos seus habitantes.

Além disso, dentre as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a população confirma-se como uma riqueza e não como um factor de pobreza.

Bento XVI

4. Outro âmbito de preocupação são as pandemias, como por exemplo a malária, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da população, influem enormemente no agravamento das condições gerais do país. As tentativas para travar as consequências destas doenças na população nem sempre alcançam resultados significativos. E sucede além disso que os países afectados por algumas dessas pandemias se vêem, ao querer enfrentá-las, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda económica à actuação de políticas contrárias à vida.

Sobretudo a SIDA, dramática causa de pobreza, é difícil combatê-la se não se enfrentarem as problemáticas morais associadas com a difusão do vírus. É preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha já deram frutos significativos, fazendo diminuir a difusão da SIDA.

Depois há que colocar à disposição também das populações pobres os remédios e os tratamentos necessários; isto supõe uma decidida promoção da pesquisa médica e das inovações terapêuticas e, quando for preciso, uma aplicação flexível das regras internacionais de protecção da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necessários tratamentos sanitários de base.

5. Terceiro âmbito, que é objecto de atenção nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intrínseca dimensão moral, é a pobreza das crianças. Quando a pobreza atinge uma família, as crianças são as suas vítimas mais vulneráveis: actualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta é constituída por crianças.

O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crianças induz a reter como prioritários os objectivos que mais directamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o serviço educativo, o acesso às vacinas, aos cuidados médicos e à água potável, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da família e da estabilidade das relações no seio da mesma.

Quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças. Onde não é tutelada a dignidade da mulher e da mãe, a ressentir-se do facto são de novo principalmente os filhos.



Bento XVI
6. Quarto âmbito que, do ponto de vista moral, merece particular atenção é a relação existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupação o actual nível global de despesa militar. É que, como já tive ocasião de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, são desviados dos projectos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto está contra o estipulado na própria Carta das Nações Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacional com o mínimo dispêndio dos recursos humanos e económicos mundiais para os armamentos'' (art. 26) ».(6)

Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecução dos grandes objectivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Além disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em factor de instabilidade, tensão e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento é o novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados são chamados a fazer uma séria reflexão sobre as razões mais profundas dos conflitos, frequentemente atiçados pela injustiça, e a tomar providências com uma corajosa autocrítica.

Se se chegar a uma melhoria das relações, isso deverá consentir uma redução das despesas para armamentos. Os recursos poupados poderão ser destinados para projectos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esforço despendido em tal direcção é um serviço à paz no seio da família humana.

7. Quinto âmbito na referida luta contra a pobreza material diz respeito à crise alimentar actual, que põe em perigo a satisfação das necessidades de base. Tal crise é caracterizada não tanto pela insuficiência de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fenómenos especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de instituições políticas e económicas que seja capaz de fazer frente às necessidades e às emergências.

A má nutrição pode também provocar graves danos psicofísicos nas populações, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situação de pobreza. E isto contribui para alargar a distância angular das desigualdades, provocando reacções que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos últimos decénios indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres.

Causas principais de tal fenómeno são, sem dúvida, por um lado a evolução tecnológica, cujos benefícios se concentram na faixa superior da distribuição do rendimento, e por outro a dinâmica dos preços dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os preços dos produtos agrícolas e das matérias primas na posse dos países mais pobres. Isto faz com que a maior parte da população dos países mais pobres sofra uma dupla marginalização, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de preços mais altos.



Bento XVI
Luta contra a pobreza e solidariedade global

8. Uma das estradas mestras para construir a paz é uma globalização que tenha em vista os interesses da grande família humana.(8) Mas, para guiar a globalização é preciso uma forte solidariedade global (9) entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo ricas. É necessário um « código ético comum »,(10) cujas normas não tenham apenas carácter convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consciência de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15).

Porventura não sente cada um de nós, no íntimo da consciência, o apelo a dar a própria contribuição para o bem comum e a paz social? A globalização elimina determinadas barreiras, mas isto não significa que não possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geográfica e temporal não cria, de per si, as condições para uma verdadeira comunhão e uma paz autêntica.

A marginalização dos pobres da terra só pode encontrar válidos instrumentos de resgate na globalização, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injustiças existentes no mundo e pelas violações dos direitos humanos ligadas com elas.

A Igreja, que é « sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano »,(11) continuará a dar a sua contribuição para que sejam superadas as injustiças e incompreensões e se chegue a construir um mundo mais pacífico e solidário.