sábado, 19 de setembro de 2009

REFORMA DA REFORMA DE BENTO XVI


Extractos da Homilia do Papa Bento XVI em Paris a 13 de Setembro de 2008

Como chegar a Deus? Como chegar a encontrar ou reencontrar Aquele que o homem busca no mais profundo de si mesmo, embora O esqueça tão frequentemente? Para O descobrirmos, São Paulo pede-nos que façamos uso não apenas da nossa razão, mas sobretudo da nossa fé. Pois bem, o que é que a fé nos diz? O pão que partimos é comunhão no Corpo de Cristo; o cálice de bênção que abençoamos é comunhão no Sangue de Cristo. Uma revelação extraordinária, que nos vem de Cristo e nos é transmitida pelos Apóstolos e por toda a Igreja, há quase dois mil anos: Cristo instituiu o sacramento da Eucaristia na noite de Quinta-Feira Santa.

Cristo quis que o seu sacrifício estivesse de novo presente, de maneira não sangrenta, todas as vezes que um sacerdote repete as palavras da consagração sobre o pão e o vinho. Milhões de vezes desde há vinte séculos, tanto na mais humilde das capelas como na mais grandiosa das basílicas ou das catedrais, o Senhor ressuscitado entregou-Se ao seu povo, tornando-Se assim, segundo a fórmula de Santo Agostinho, «mais íntimo a nós do que nós mesmos» (cf. Confissões III, 6.11).

Irmãos e irmãs, rodeemos da maior veneração o sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, o Santíssimo Sacramento da presença real do Senhor na sua Igreja e na humanidade inteira. Nada descuremos para Lhe manifestar o nosso respeito e o nosso amor. Ofereçamos-Lhe os maiores sinais de honra! Através das nossas palavras, dos nossos silêncios e dos nossos gestos, nunca permitamos que se atenue, em nós e ao nosso redor, a fé em Cristo ressuscitado, presente na Eucaristia.

Como diz de modo magnífico o próprio São João Crisóstomo: «Passemos em revista as graças inefáveis de Deus e todos os bens que nos faz desfrutar, quando Lhe oferecemos este cálice, quando comungamos, dando-Lhe graças por ter libertado o género humano do erro, por ter aproximado de Si aqueles que se tinham afastado, por ter feito de desesperados e ateus deste mundo um povo de irmãos, de co-herdeiros do Filho de Deus» (Homilia 24 sobre a Primeira Carta aos Coríntios, 1). Com efeito – continua ele – «o que está no cálice é precisamente aquilo que escorreu do seu lado, e é nisto que participamos» (Ibidem). Não há somente participação e partilha, há também «união» – diz ele.

A Missa é o sacrifício de acção de graças por excelência, o que nos permite unir a nossa acção de graças à do Salvador, o Filho eterno do Pai. Em si mesma, a Missa convida-nos também a fugir dos ídolos, porque – como São Paulo insiste – «vós não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos espíritos malignos» (1 Cor 10, 21). A Missa convida-nos a discernir aquilo que, em nós, obedece ao Espírito de Deus e o que, em nós, permanece à escuta do espírito do mal.

Na Missa, desejamos pertencer unicamente a Cristo, retomando com gratidão – com «acção de graças» – o brado do Salmista: «Como retribuirei ao Senhor todo o bem que Ele me fez?» (Sl 116, 12). Sim, como agradecer ao Senhor pela vida que Ele me deu? A resposta à pergunta do Salmista encontra-se no próprio Salmo, porque misericordiosamente a própria Palavra de Deus responde às questões que formula. Como dar graças ao Senhor por todo o bem que Ele nos faz, senão atendo-nos às suas próprias palavras: «Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor» (Sl 116, 13)?
Porventura elevar o cálice da salvação e invocar o nome do Senhor não é precisamente o melhor meio para «fugir dos ídolos», como nos pede São Paulo?

Cada vez que uma Missa é celebrada, cada vez que Cristo Se torna sacramentalmente presente na sua Igreja, realiza-se a obra da nossa salvação. Por isso, celebrar a Eucaristia significa reconhecer que só Deus é capaz de nos dar a felicidade plena, de nos ensinar os verdadeiros valores, os valores eternos que jamais conhecerão ocaso. Deus está presente no altar, mas encontra-Se também presente no altar do nosso coração quando, comungando, O recebemos no sacramento eucarístico. Só Ele nos ensina a fugir dos ídolos, miragens do pensamento.
Pois bem, queridos irmãos e irmãs, quem pode elevar o cálice da salvação e invocar o nome do Senhor por conta de todo o povo de Deus, a não ser o sacerdote ordenado pelo Bispo para tal finalidade?

Extracto do discurso do Santo Padre Bento XVI aos bispos franceses reunidos em Lourdes por ocasião da sua peregrinação àquele Santuário:

"O culto litúrgico é a expressão suprema da vida sacerdotal e episcopal, como também do ensino catequético.Queridos irmãos, o vosso ofício de santificar os fiéis é essencial para o crescimento da Igreja. Senti-me impulsionado a precisar no "Motu proprio" Summorum Pontificum as condições para exercer esta responsabilidade pelo que respeita à possibilidade de utilizar tanto o missal do Beato João XXIII(1962) como o do Papa Paulo VI(1970).

Já se deixam ver os frutos destas novas disposições, e espero a necessária calma dos espíritos que, graças a Deus, está acontecendo.
Tenho em conta as dificuldades que encontrais, mas não tenho a menor dúvida de que podeis chegar, num tempo razoável,a soluções satisfatórias para todos,para que a túnica de Cristo não se rasgue ainda mais.


Ninguém está a mais na Igreja.Todos, sem excepção, hão-de sentir-se nela "como em sua casa", e nunca desprezados.Deus, que ama todos os homens e não quer que nenhum se perca, confia-nos esta missão fazendo-nos Pastores da sua grei.Só nos resta dar-lhe graças pela honra e pela confiança que Ele nos concede.Portanto esforcemo-nos por sermos sempre servidores da unidade".
Da homilia do Santo padre nas Vésperas na Catedral de Notre Dame em Paris :

"As nossas liturgias terrenas, inteiramente voltadas a celebrar este único acto da história, nunca alcançarão exprimir totalmente a sua infinita densidade. A Beleza dos ritos não será nunca demasiado investigada, ou demasiado cuidada ,demasiado elaborada,já que nada é demasiado belo para Deus, que é a Beleza infinita...as liturgias terrestres não poderão ser mais do que um pálido reflexo da Liturgia, que se celebra na Jerusalém celeste, ponto de chegada da nossa peregrinação sobre a terra ;é preciso realizar todo o esforço para nos aproximarmos o mais possivel da liturgia celeste e fazê-la saborear".


Difusão da Missa Tridentina no mundo

12th Liturgical Conference of Cologne

The NLM is pleased to provide a guest report which Fr. Sven Conrad, FSSP, in turn provided to us. Fr. Conrad was himself involved in this conference. As an aside, I had the pleasure to meet Fr. Conrad last year in Budapest, where he and I presented as part of our own round table discussion at that conference.

The present report tells us of a liturgical conference which takes place in Cologne, Germany, which included a number of figures that will be recognizable to NLM's readers, including Martin Mosebach (author of The Heresy of Formlessness) and Dr. Guido Rodheudt, who has been mentioned upon the NLM before in relation to his paper at CIEL a few years ago on the topic of Josef Pieper and the liturgy.

Also included in the report are a number of photos of the liturgies which took place at this conference.

Guest Report on the 12th Liturgical Conference of Cologne


About 130 people gathered together at Herzogenrath over Passion Sunday for the 12th Kölner Liturgische Tagung (Liturgical Conference of Cologne). The conference was organized by Initiativkreis katholischer Laien und Priester Cologne, Hamburg, Netzwerk Katholischer Priester, "Orietur-Occidens“ Hamburg-Dinslaken and UNA VOCE Deutschland. Special thanks to the Parish Priest of Herzogenrath, Dr. Guido Rodheudt, for his kind hospitality and to both – him and Mr. E. Pellengahr - for the organization!



For the first time in its history, the congress started with a meeting especially for the clergy in order to discuss the implementation of the Motu Proprio Summorum Pontificum in the parishes and in the program of formation for the priesthood. It was pointed out that there is a significant difference between parishes in the countryside and the structure of a parish within the city; it is easier to integrate the older liturgy into the parish life of the city.








Some splendid liturgies were also celebrated during the conference. Thanks to Dr. Michael Tunger, Mr. René Rolle, the schola of St. Franziskus (Heerlen, NL), the Schola Carolina, Mr. Herbert Nell and the choirs of St. Getrud (Herzogenrath).

The most important liturgy was the Pontifical High Mass offered by H. E. Dr. Klaus Dick, auxiliary emeritus of Cologne, in the beautiful Romanesque Church of the seminary of Rolduc (NL).






(The vesting of the bishop)











The speakers of the meeting drafted a message to the Bishops to take the Motu Proprio seriously, especially in the programme of formation for the priesthood. Following the spirit of the Motu Proprio, seminarians should be trained also in the older form of the Roman Rite. This training should not only include practical matters, but it has to provide a true positive approach to the old liturgy, based on it's history and spirituality. The candidates for the priesthood also have to be well prepared in Latin in order to execute the sacred rites in an appropriate and fruitful way.

An important event – one that has to be repeated!

(From the closing Mass)


Cardinal Cañizares Pontificates in the Usus Antiquior at the Lateran

Cardinal Antonio Cañizares Llovera, Prefect of the Congregation for Divine Worship and the Discipline of the Sacraments, has celebrated Pontifical Mass according to the usus antiquior this morning in the Lateran Basilica. This is the first time since the liturgical reforms of the late 1960s, as far as I am aware, that a sitting Prefect of the Congregation responsible for the liturgy has publicly celebrated Pontifical Mass in the usus antiquior. Moreover, he has done so not just anywhere, but in the Lateran Archbasilica of the Most Holy Saviour, St. John the Baptist and St. John the Evangelist, Cathedral of Rome and thus of the Pope, and "mater et caput" of all the churches of the city and the world.

In addition to the advance pictures already posted, our good friends at Rinascimento Sacro have let us know that images taken by the Franciscans of the Immaculate, who also provided the liturgical service including the major ministers and the chant for this occasion, have become available. Here is a selection (click to enlarge):









cal Mass in the Czech Republic

Bishop of Litoměřice (Leitmeritz) in Northern Bohemia, Most Rev. Jan Baxant, on the same day celebrated a Pontifical Mass in the usus antiquior in the parish church of Počaply (Potschapl) which is about 5 km from his See city. The Mass was in honour of St. Adalbert of Prague, to whom the beautiful church (built in its current form by the famous Kilian Ignaz Dientzenhofer) is dedicated and a relic of whom was venerated on the occasion. The website of the Czech and Slovak Association of Juventutem has posted a photo gallery, of which here are some samples:












hop Burke Celebrates Pontifical Mass in the Usus Antiquior in Lourdes

Archbishop Raymond Burke, the Prefect of the Apostolic Signatura, pontificated in the Extraordinary Form in the Basilica of the Immaculate Conception at Lourdes in the context of the annual pilgrimage of the Institute of Christ the King Sovereign Priest (ICRSS). As the Spanish blog Benedicámus Dómino reports, afterwards the Archbishop gave a talk and a Q&A session, and on the Sunday the Superior of the ICRSS, Gilles Wach, celebrated Solemn Mass, again in the Basilica, at which Archbishop Burke assisted.


Here are some picture from Benedicámus Dómino, and also from Fr George David Byers's bloggingLOURDES.







FONTE:NEW LITURGICAL MOVEMENT




sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Focus sulla nuova Commissione Ecclesia Dei.

.

Domenica 20 settembre, Monsignor Pozzo, Segretario della Commissione Ecclesia Dei, celebrerà la Santa Messa in occasione dei due anni dall'entrata in vigore del Motu Proprio Summorum Pontificum. La cerimonia, secondo la forma straordinaria del rito latino, avrà luogo presso la parrocchia romana della Trinità dei Pellegrini, alle 10 e 30.

Due anni dopo l´entrata in vigore del Motu Proprio Summorum Pontificum, la liberalizzazione della messa di sempre da parte del Santo Padre non sembra aver portato tutti i suoi frutti a causa di numerose reticenze da parte di alcuni vescovi. Competente - in virtù dell'articolo 12 del Motu Proprio - per far applicare la volontà pontificia ovunque la legittima domanda dei fedeli incontri il silenzio, il disprezzo o il rifiuto arbitrario, la Commissione Ecclesia Dei è stata completamente riorganizzata all'inizio dell'estate. Abbiamo chiesto al nostro corrispondente a Roma, Guillaume Ferluc, di darci qualche notizia a riguardo.

PL: In seguito all'andata in pensione del Cardinal Castrillon Hoyos e all'accorpamento della Commissione Ecclesia Dei alla Congregazione per la Dottrina della Fede, può fare per noi un punto sulla nuova organizzazione della Commissione?

GF: Innanzitutto si può certamente affermare che si tratta di una nuova Commissione. Oltre al pensionamento dal Cardinale Castrillon, la Commissione ha anche perduto il suo vicepresidente, Monsignor Perl, uomo di lunga esperienza, e il suo segretario aggiunto, Monsignor Marini, richiamato a Dio anzitempo. Privata dei suoi tre membri più importanti, la Commissione è di fatto entrata in una nuova era con la pubblicazione, a luglio, del Motu Proprio Ecclesiae Unitatem. Posta sotto l´autorità del Prefetto per la Congregazione della Dottrina della Fede, la Commissione è stata ormai integrata a questo importante dicastero. Essa è diretta, in effetti, dal suo nuovo segretario, Monsignor Guido Pozzo, egli stesso proveniente dai ranghi dell'ex Sant'Uffizio. Se non abbiamo ancora i dettagli della squadra che affiancherà Monsignor Pozzo - non c'è, per esempio, un interlocutore designato in modo chiaro per il mondo francofono - sappiamo però che la tregua estiva è stata molto breve per il personale della Commissione.
Questa è stata spesso criticata per la sua lentezza o per i suoi silenzi, ma dobbiamo riconoscere che c'era davvero molto lavoro da svolgere.
Non si può certo dimenticare una serie di interventi decisivi in particolare a favore degli altri riti latini (ambrosiano, domenicano, ecc) o relativi al rispetto integrale del messale del 1962.
La Commissione Ecclesia Dei sembra oggi pronta a studiare i dossier che le sono stati fatti pervenire. Dalla fine di luglio è stata resa pubblica una lettera che risponde punto per punto alle interrogazioni di un fedele brasiliano e, inoltre, un amico di Paix Liturgique, che aveva scritto durante l´estate per chiedere un incontro, ha già ricevuto una risposta positiva da parte di Monsignor Pozzo.


PL: Questi esempi sembrano in effetti indicare che la nuova Commissione non perderà tempo, il che è un buon segno visto il numero di dossier in attesa di risposta. Ma si possono trarre altre insegnamenti da queste esperienze?

GF : Di quello con la Francia non ancora. Si dovrà aspettare che abbia luogo l´incontro a Roma. Di quello che riguarda il Brasile, invece si. Rivelato su internet (sul blog wdtprs.com), il suo contenuto è molto chiaro in quanto fa leva direttamente sugli articoli del MP Summorum Pontificum per ricordare che:
- il sacerdote non ha bisogno di ottenere un'autorizzazione da parte del suo vescovo per celebrare secondo la forma straordinaria;
- la valutazione della consistenza del "gruppo di fedeli" per la celebrazione della messa secondo il rito straordinario è soggetta soltanto al giudizio del sacerdote che ha ricevuto la richiesta;
- non è necessaria alcuna verifica della conoscenza del latino da parte dei fedeli, in quanto è sufficiente l'utilizzo di un messale bilingue o anche semplicemente del foglio della messa.
Certo, alle domande del fedele brasiliano riguardanti l'eventuale dovere del vescovo o del nunzio apostolico ad intervenire per far applicare il Motu Proprio, Monsignor Pozzo si contenta di rinviare alle disposizioni del testo e di ricordare l'obbedienza al Santo Padre. Una prudenza tutto sommato molto ecclesiastica, ma assolutamente legittima in assenza di documenti canonici a precisare le condizioni particolari di applicazione del Motu Proprio.


PL: Lei ha citato il recente Motu Proprio Ecclesiae Unitatem da una parte destinato a fissare il quadro delle discussioni teologiche fra Roma e la Fraternità Sacerdotale San Pio X, ma che ha anche dato luogo all'accorpamento della Commissione Ecclesia Dei alla Congregazione per la Dottrina della Fede: in cosa sono cambiati i compiti propri della Commissione Ecclesia Dei, e, in particolare, cosa è cambiato nell'applicazione del Summorum Pontificum?

GF: Di fatto in nulla, come ha sottolineato il cardinale francese, Mons. Ricard in un comunicato con il quale si ricorda che questa lettera apostolica concerne le sole questioni di ordine dottrinale; quelle di ordine liturgico e canonico sono invece regolate dal MP Summorum Pontificum. L'unico fatto degno di nota, a parte l'arrivo di Monsignor Pozzo, è l'aggregazione diretta dell'Ecclesia Dei alla Dottrina della Fede, uno dei più importanti dicasteri della Curia. Un rafforzamento del quale non possiamo che essere lieti.


PL : Per concludere, se lei avesse un consiglio da dare a coloro che sono costretti a ricorrere ai servizi della Commissione? (*)

GL: Per coloro che hanno potuto inviare un dossier nel passato io li inviterei semplicemente a riprendere immediatamente contatto con la Commissione per sapere se il loro caso è in corso di esame o no, e, in caso, a rispedire una breve lettera. Per gli altri, consiglierei di costituire un dossier dettagliato del loro caso e, una volta messi a punto i documenti, di fare una telefonata direttamente alla Commissione prima di spedirli per avvisare dell'invio.


(*) In Francia, oggi, circa 350 gruppi di fedeli che hanno formalizzato una domanda di messa secondo il Motu Proprio si trovano di fronte il silenzio o il rifiuto non giustificato da parte del clero diocesano.

Fonte :rinascimento sacro

O debate sobre o Vaticano II

[Dolcedo_2_1.jpg]

Após o encerramento do Concílio, foi necessário esperar mais de quarenta anos para que fosse oficialmente admitido em princípio que existe um problema, que este problema é doutrinal, e que é necessário que se fale dele. O debate foi mesmo, antes do tempo, institucionalizado: terá lugar entre os bispos da FSSPX e a Santa Sé.

O problema está na existência persistente de objeções ao que provém do Concílio. Os pareceres são compartilhados em cada caso sobre o ponto de saber se as anomalias procedentes do Vaticano II provêm de uma má interpretação (e aplicação) dos textos conciliares, ou melhor, de alguns desses próprios textos. Este debate não é sem interesse, mas é secundário, cremos nós, ao lado das realidades resultantes, com ou sem razão, mas procedentes de fato do Concílio. Elas marcam profundamente a vida da Igreja e a sua crise há quase meio século.

Exemplo. A nova missa é resultante do Concílio. Com ou sem razão: qual seja, o essencial é examinar as objeções doutrinais que ela levanta em si mesma.

Encontrar-se-á a chave da situação atual no livro de Louis Salleron: La nouvelle messe (NEL 1970, segunda edição expandida: 1976). Não é um livro da FSSPX. Mas é o livro que, quando de seu interrogatório em Roma, em 11 de janeiro de 1979, Mons. Lefebvre depositou nas mãos dos cardeais inquisidores, como resposta decisiva à questão que lhe interrogava suas razões de recusar a missa de Paulo VI. Neste livro, como em La querelle de la nouvelle messe (DMM 1973), Louis Salleron afirmou claramente: “É impossível isolar o problema da missa de todos os outros problemas”. É porque aí se encontra o essencial das objeções doutrinais que se pode fazer ao Concílio e àquilo que dele é resultante.

Durante cerca de quarenta anos os bispos franceses, com um ar astuto, garantiram que viam efetivamente que por detrás do caso da missa os tradicionalistas escondiam uma oposição doutrinal ao Vaticano II. O livro de Salleron prova que, desde o começo, é o Concílio que era posto em causa, muito abertamente, muito visivelmente. Aliás, três anos antes da nova missa, já em 1966, os bispos franceses tinham condenado a revista Itinéraires por sua oposição ao “espírito de renovação iniciado”, noutros termos: “o espírito do Concílio”.

Ao contrário do que se pôde supor muito apressadamente, o problema da missa, onde se reúnem para o essencial os outros problemas conciliares, não está, todavia, resolvido. A nova missa, evolutiva e incerta, ainda está instalada com prioridade, ou mesmo com exclusividade, na maior parte das dioceses, sempre apresentada como o mais belo êxito do espírito do Concílio. O imenso e corajoso favor de Bento XVI foi repudiar a proibição da missa tradicional, — proibição que havia sido arbitrariamente confirmada por Paulo VI em nome explicitamente invocado da “autoridade suprema que [lhe] vem de Cristo Jesus” (24 de maio de 1976). Há na matéria relevantes estudos teológicos que, parece, não viram ainda a luz do dia; mas que são inevitáveis.

A questão que se coloca neste momento não é formular as objeções doutrinais dadas pelo Concílio e sua aplicação. A questão é sair da recusa de debater que foi oposta desde o início às objeções formuladas. Certamente aquelas de Mons. Lefebvre e da FSSPX. Cronologicamente, primeiramente aquelas do abbé Georges de Nantes. Em seguida, as que têm seu enunciado global em La nouvelle messe de Louis Salleron, que põe em causa “a idéia que preside todas as mudanças atuais”: a idéia de evolução. Ou seja, de um evolucionismo revolucionário, mais ou menos conscientemente marcado por um sopro de dialética marxista. O catolicismo banido do temporal como resultado da Segunda Guerra mundial (sem mais nenhum grande Estado que seja católico), o clero e sua hierarquia se encontram então expostos a todos os contágios.

JEAN MADIRAN

fonte:Dominus vobiscum

18 de Septiembre, Festividad de San José de Cupertino



or aquellas calendas agitábanse los pueblos con las convulsiones propias del nacimiento de una nueva época: la Edad Moderna.

El antes glorioso Imperio otomano estaba en decadencia; Rusia se regía por zares, sedientos de grandezas; en Alemania se incubaban guerras intestinas; otro tanto ocurría en Inglaterra en los inicios de su hegemonía marítima; en Francia el "Rey Sol" deslumbraba con las fastuosidades de su Versalles; mientras que íbase declinando el poderío español.

En estos momentos históricos, siendo papa Clemente VIII y reinando en España y Nápoles Felipe III, plugo a Dios que viniera al mundo el niño José Desa, como para confundir con su ignorancia a los petulantes de aquel siglo.

Ni por razón de la patria, ni del hogar, puede decirse que resplandeciera este gran santo desde su infancia.

Vino al mundo en un establo de la pequeña aldea napolitana de Cupertino. Su madre, Francisca Panara, hubo de refugiarse en aquel escondrijo, para huir de los ejecutores de la sentencia de embargo, dictada contra el cabeza de familia, Félix Desa, por no poder pagar a sus acreedores.

Eran gente honrada; pero los escasos ingresos de un pobre carpintero de aldea no permitían vivir con desahogo económico y, como los agentes judiciales no suelen tener entrañas de misericordia...

En compensación de estas penurias económicas, abundaba aquella familia en caudales de fe tradicional y buenas costumbres, Por lo que el pequeño fue educado en el santo temor de Dios y la mayor pureza de vida. Para ponerle bajo la protección de la Santísima Virgen, le añadieron en la confirmación el sobrenombre de María, y así José María desde su infancia pudo contar con dos madres: la del cielo y la de la tierra

Era ésta una ruda aldeana de carácter fuerte, que no le consentía el menor desliz o travesura, castigándole duramente, hasta el extremo de dejarle alguna noche fuera de casa, teniendo que refugiarse, para dormir, en el atrio de la iglesia parroquial, según cuentan algunos autores.

En lo que todos sus hagiógrafos coinciden es en afirmar que era de muy cortos alcances intelectuales, por lo que no pudo lograr casi ningún adelanto en la escuela rural, donde le matricularon sus padres.

En vista de que el estudiar era para él tiempo perdido, le sacaron de la escuela sin saber leer y, para que ayudase a aliviar las angustias domésticas, le pusieron sus padres como aprendiz en la zapatería del pueblo.

No era muy complicado este oficio de artesanía; mas la ineptitud de José para los estudios corrió pareja con la que mostraba en este aprendizaje, durante el que más de una vez tendría que experimentar las caricias del tirapié, para que se espabilase...

Desechado como inútil por el maestro zapatero, hubo de quedarse en su propia casa, cuyos problemas agrandó más, en vez de ayudar a resolverlos, porque le sobrevino entonces una larga y penosa enfermedad. Su cuerpo se le cubrió de postemas repugnantes y dolorosas, que le ocasionaban muchos sufrimientos, aunque supo soportarlos con ejemplar paciencia, hasta que un buen día la Santísima Virgen le devolvió la salud.

Una vez repuesto corporalmente, como para nada servía, se dedicó a una vida de oración y caridad, prestando a todos, con mejor gana que acierto, sus pobres servicios.

Para lo único que tenía gran habilidad era para orar y mortificarse. Se pasaba largas horas de hinojos en la iglesia, y ni se preocupaba de comer, siendo frugalísimo su alimento, cuando le obligaban a tomarlo.

Así fueron pasando los días de su adolescencia y, al frisar en los diecisiete años, sintióse llamado a la vida religiosa en la Orden de los franciscanos conventuales.

Para solicitar el ingreso en ella, acudió a un convento que le era conocido, por tener allí dos tíos suyos frailes. Gracias a la eficaz recomendación de éstos, fue admitido como lego, ya que, por su ineptitud para las letras, no podía aspirar al sacerdocio. Viéndose en la casa de Dios, se acrecentaron sus fervores, de tal modo que sólo se preocupaba de orar y hacer penitencia, pero descuidando y realizando mal los encargos que se le hacían. Todos reconocieron que era muy santo, pero inútil para la vida de comunidad, pues no servía ni para pelar patatas o fregar platos, por lo que hubieron de despedirle del convento, con gran pena de todos.

Fracasado este primer intento, pensó en pedir el hábito en otra Orden más austera y, en 1620, llamó a las puertas del convento que tenían los capuchinos en Martina.

El ambiente de pobreza y recogimiento de aquella casa encantó a José. Los religiosos también quedaron gratamente impresionados al ver su profunda humildad y oírle hablar de las cosas divinas con tanto fervor, por lo que, ad experimentum, le recibieron entre los hermanos legos. Pronto llegaron hasta allí rumores de que se trataba de un haragán histérico, inservible para todo. Las sencillas pruebas a que le sometieron confirmaron estas apreciaciones: la santidad de aquel postulante no parecía muy sólida, ya que lo que le sobraba de oración, le faltaba de obediencia, pues se olvidaba de los encargos o los hacía al revés. A su capacidad deficiente en lo intelectual, se le añadieron raras enfermedades en los ojos y las rodillas, por lo que hubieron de despedirle con pena por inservible.

Así plugo al Señor acrisolar a esta alma predilecta suya, llevándole por la penosa senda de las humillaciones y fracasos. Para colmo de desdichas, cuando retornó a su hogar, vio que había muerto su padre y los acreedores de éste quisieron poner en la cárcel al hijo, para saldar las cuentas familiares; pero ¿de dónde sacaría dinero, si para nada servía?...

Como José supo que uno de sus tíos franciscanos estaba predicando en Vetrara, decidió encaminarse allá, para impetrar orientación y auxilio.

El buen franciscano, en vista del doble fracaso de su sobrino, le recibió con mal talante, reprendiéndole por su inconstancia e inutilidades; pero compadecido y edificado al ver su humildad, se animó a recomendarle a sus hermanos de la pequeña residencia de Santa María de Grotella, donde fue admitido, en 1621, como mero oblato, para ayudar en los servicios más ínfimos.

Aquellos padres conventuales, religiosos de mucho espíritu, supieron apreciar el oro de santidad, encubierto bajo la escoria de las deficiencias del joven oblato, y le admitieron como novicio en 1625, ciñéndole el glorioso cordón franciscano. ¡Todo se lo debía a su Madre del cielo!

El humilde fray José, al verse tonsurado y recibido entre los aspirantes al sacerdocio, henchióse de santo júbilo; pero no cesaron por eso sus amarguras, pues el nuevo genero de vida le obligaba a dedicar largas horas al estudio y sus cortas facultades mentales no daban para tanto. Las letras no entraban en su cabeza y a duras penas logró aprender a traducir el sencillo lenguaje evangélico. Cada examen era para él un martirio y un fracaso...

Mas sus progresos en la virtud eran extraordinarios y compensaban este retardo mental; en vista de ello, sus superiores decidieron en 1626 concederle la profesión, al terminar su noviciado, y hasta le dispensaron de los exámenes, para que el señor obispo de Nardó, don Jerónimo de Franchis, le concediera las órdenes menores y el subdiaconado, que recibió el 30 de enero y el 27 de febrero respectivamente.

Al aspirar al diaconado, quiso el señor obispo examinarle personalmente, lo que puso a fray José en un trance peligroso. Temblando fue hacia la sede episcopal, después de haberse encomendado con todo fervor a su querida Virgen de la Grotella. Como de costumbre, presentó el prelado al ordenando los evangelios, para que picase, leyera e hiciese la exégesis del que le correspondiese. Abrió el libro, al azar, por el texto mariano: Beatus venter, qui te portavit..., y al punto lo tradujo con tal maestría y lo explanó con tan devota elocuencia, que a todos dejó prendados de su saber, por lo que pudo recibir el diaconado el 30 de marzo del mismo año.

Salvado así este difícil trance, prosiguió fray José sus estudios con igual tesón e idéntico resultado fatal en el aprovechamiento, hasta que, para aspirar al presbiterado, hubo de presentarse ante el tribunal que presidía el obispo de Castro, don Juan Bautista Detti. Presentóse con otros compañeros de claustro que tenían grandes dotes de talento, por lo que el contraste habría de resultarle muy bochornoso; pero la Santísima Virgen se valió de esto mismo para sacar con bien a su devoto; los primeros examinandos probaron su competencia con tal brillantez, que aquel prelado, aunque tenía fama de riguroso, creyendo que todos los condiscípulos estarían a la misma altura, suspendió la sesión, cuando le iba a tocar a fray José, y dio por aprobados a los restantes... Por tan extraordinario favor pudo recibir el 18 de marzo del 1628 los poderes sacerdotales.

Como reconocía que su ordenación era un singular favor de la Santísima Virgen de la Grotella, en este reducido santuario quiso celebrar su primera misa, para dedicar las primicias del sacerdocio a su celestial Madre.

Desde entonces se repitieron casi diariamente los éxtasis y comenzó a prodigar favores milagrosos a cuantos necesitados de auxilio recurrían al convento. Una vida tan extraordinaria y tales hechos taumatúrgicos originaron envidias, habladurías y rumores calumniosos, que llegaron hasta las oficinas curiales, por lo que cierto vicario se creyó obligado a delatar el caso de fray José al Santo Tribunal de la Inquisición, que funcionaba en Nápoles. Tremenda y afrentosa era esta prueba, ya que este Tribunal se cuidaba de extirpar la plaga de herejes y hechiceros. Los inquisidores tomaron cartas en asunto de tanta resonancia en la provincia de Bari y citaron a juicio al acusado.

Harto prolijo y a fondo debió ser el examen, ya que duró dos semanas y le dedicaron tres largas sesiones, indagando su género de vida y arguyéndole sobre las cuestiones teológicas más debatidas entonces, a todo lo cual respondió con una seguridad y acierto asombrosos. Más aún, pues allí mismo verificó un milagro, ya que le mandaron leer en un breviario las lecciones históricas de Santa Catalina de Siena, que contenían un error histórico y, no viendo lo que tenía ante sus ojos, hizo por tres veces una lectura correcta y exacta. Nada encontraron aquellos doctos y ecuánimes jueces que fuera censurable o erróneo en fray José, por lo que proclamaron su inocencia y sabiduría, pues era evidente que tenía ciencia infusa.

Esta gracia gratis data se comprueba mejor en los atestados hechos para el proceso de su canonización. Pero aún hay otro testimonio de más valía, dado por la boca de un pequeñuelo que apenas sabía hablar. Cuando se le presentó su madre al Santo, acaricióle éste, rogándole que repitiera: "Fray José es un pecador, que merece el infierno", y con voz clara el chiquitín dijo: "Fray José es un gran santo, que merece el cielo"...

Como la fama de tales portentos se dilataba cada vez más, de todas partes acudían al convento donde residía el frailecito de Cupertino, por lo que el padre ministro general de los conventuales, fray Juan B. Berardiceldo, decidió llamarle a su residencia de Roma. Recibióle con cautela y dio órdenes para que se le aposentara en la más apartada celda de aquel convento.

Todo fue en vano. Los éxtasis y los milagros se multiplicaron, y las más altas dignidades eclesiásticas se preocupaban de ver al taumaturgo. Hasta el mismo Papa manifestó deseos de conocerle y, conducido por el padre ministro general, fue recibido en audiencia particular por el papa Urbano VIII; pero hete aquí que, nada más ver al Vicario de Cristo, se quedó extático fray José y, en suave levitación, permaneció suspenso en el aire por largo rato, hasta que su superior le mandó que descendiera. Al terminar la audiencia, el Papa dijo al general: "Si este fraile muriese durante nuestro pontificado, Nos mismo daríamos testimonio de lo sucedido hoy".

Tan extraordinario fenómeno místico llegó a ser cosa corriente en la vida de fray José. Parecía como que su mortificada carne estaba ya exenta de las leyes ordinarias de la gravitación y, en cuanto una idea u objeto le recordaba algo divino, sus sentidos se enajenaban, y el cuerpo ascendía por los aires, a veces hasta unirse con la imagen, que le atraía como suave imán, pasando por encima de las velas encendidas, sin que sus llamas quemaran el pobre sayal.

En 1639 fue destinado al observante convento de Asís, donde le sobrevinieron graves crisis de aridez espiritual y lúbricas tentaciones, a lo que se juntaron otras penosas enfermedades y humillaciones; pero, cuando su general le volvió a trasladar a Roma en 1644, se le acabaron todas estas pruebas y comenzó otra serie de compensaciones gloriosas, que continuaron después, al retornar a vivir junto al sepulcro de su padre; allí prodigó los milagros, compuso discordias, purificó las costumbres y evitó una sangrienta revuelta, por todo lo cual llegó a merecer que las autoridades y el pueblo le proclamasen hijo adoptivo de aquella histórica ciudad, perla de Umbría.

Esta serie de éxitos ruidosos despertó otra de nuevas contradicciones y hasta de diabólicas venganzas.

En cierta ocasión, caminando a caballo de uno a otro convento, al pasar por un estrecho puente, la furia infernal espantó a la noble bestia y el jinete cayó al río; pero lo maravilloso fue que fray José salió del agua tranquilamente con el hábito seco. Contaba después este lance con su ordinaria sencillez, diciendo que fue el diablo quien le dio un empujón, exclamando: "¡Muere aquí, fraile hipócrita, abandonado de Dios!"; pero que él le había respondido: "En todo momento quiero esperar en el Señor, que siempre me ayuda, y no habrá quien me haga desconfiar de Él..."

También debió ser otra diabólica trama la nueva persecución, suscitada en Roma contra el Santo de Cupertino. Cuando subió al solio pontificio Inocencio X, decidió acabar de una vez con todas las disputas que había en torno a los hechos portentosos de fray José y, para esclarecer la verdad y evitar posibles amaños, mandó que se le recluyera en el escondido convento capuchino de Petra Rubra, para librar así a los conventuales de calumniosas maledicencias. Todo fue en vano; pues el ambiente aislador se trocó en nueva exaltación, y aquella recóndita casa convirtióse en centro de peregrinación y manantial de prodigios, creciendo más el frenesí de los fieles. Esto motivó un nuevo traslado a Fesonbrone, pero continuaron allí los éxitos del taumaturgo igual que antes.

Con el cambio de Pontífice, pudieron lograr los conventuales que se permitiera al discutido fraile retornar a vivir entre sus hermanos de la primitiva Orden, y sus superiores le señalaron como residencia claustral a Osimo, en la región de Las Marcas.

Desde que llegó a la que iba a ser su última morada, hasta que enfermó en ella el 10 de agosto de 1663, puede decirse que pasó el ocaso de su vida en un continuado y dulcísimo rapto. Hubieron de separarle de la comunidad y señalarle un oratorio interior, para que celebrase con sus extraordinarios fervores el santo sacrificio, que solía durar casi una hora.

El don de profecía, que había mostrado antes en favor de otros, sirvióle también entonces para conocer la proximidad de su muerte.

Preparóse para el trance final con singular fervor, y pidió él mismo que le administrasen los últimos sacramentos.

Aunque yacía consumido por la fiebre en su pobrísimo lecho, al sentir el toque de la campanilla que anunciaba la proximidad del viático, como impulsado por el resorte de su amor, dio su postrer vuelo para salir, de hinojos sobre el aire, al encuentro de Jesús, exclamando: "¡Oh, vése libre cuanto antes mi alma de la prisión de este cuerpo, para unirse con Vos!"

Después entró en suave agonía, fijos los ojos siempre en lo alto y repitiendo el Cupio dissolvi... ¿Qué contemplaría entonces quien durante su vida disfrutó de tan dulcísimos raptos?... ¡Misterios de la vida interior! Sólo sabemos que sus últimas palabras fueron: Monstra te esse Matrem!... Así entregó su espíritu a Dios este fino amante de María el 18 de septiembre de 1663. Aquel perfume milagroso y celestial, que tantas veces había descubierto su presencia en los recovecos de los conventos, se difundió por todas partes y duró en su celda más de trece años.

JOSÉ MARÍA FERAUD GARCÍA
fonte:santoral

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VADEMECUM BENTO XVI




É na diversidade essencial entre sacerdócio ministerial e sacerdócio comum que se entende a identidade específica dos fiéis ordenados e leigos. Por essa razão é necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos. Nessa perspectiva, portanto, os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja.


Diversamente, os sacerdotes devem permanecer afastados de um engajamento pessoal na política, a fim de favorecerem a unidade e a comunhão de todos os fiéis e assim poderem ser uma referência para todos. É importante fazer crescer esta consciência nos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos, encorajando e vigiando para que cada um possa sentir-se motivado a agir segundo o seu próprio estado.


O aprofundamento harmônico, correto e claro da relação entre sacerdócio comum e ministerial constitui atualmente um dos pontos mais delicados do ser e da vida da Igreja. É que o número exíguo de presbíteros poderia levar as comunidades a resignarem-se a esta carência, talvez consolando-se com o fato de a mesma evidenciar melhor o papel dos fiéis leigos. Mas, não é a falta de presbíteros que justifica uma participação mais ativa e numerosa dos leigos.

Na realidade, quanto mais os fiéis se tornam conscientes das suas responsabilidades na Igreja, tanto mais sobressaem a identidade específica e o papel insubstituível do sacerdote como pastor do conjunto da comunidade, como testemunha da autenticidade da fé e dispensador, em nome de Cristo-Cabeça, dos mistérios da salvação.

Sabemos que «a missão de salvação, confiada pelo Pai a seu Filho encarnado, é confiada aos Apóstolos e, por eles, aos seus sucessores; eles recebem o Espírito de Jesus para agirem em seu nome e na sua pessoa. Assim, o ministro ordenado é o laço sacramental que une a ação litúrgica àquilo que disseram e fizeram os Apóstolos e, por eles, ao que disse e fez o próprio Cristo, fonte e fundamento dos sacramentos» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1120). ~


Por isso, a função do presbítero é essencial e insubstituível para o anúncio da Palavra e a celebração dos Sacramentos, sobretudo da Eucaristia, memorial do Sacrifício supremo de Cristo, que dá o seu Corpo e o seu Sangue. Por isso urge pedir ao Senhor que envie operários à sua Messe; além disso, é preciso que os sacerdotes manifestem a alegria da fidelidade à própria identidade com o entusiasmo da missão.

Por outro lado, também aqueles que receberam as Ordens sacras são chamados a viver com coerência e em plenitude a graça e os compromissos do batismo, isto é, a oferecerem-se a si mesmos e toda sua vida em união com a oblação de Cristo. A celebração quotidiana do Sacrifício do Altar e a oração diária da Liturgia das Horas devem ser sempre acompanhadas pelo testemunho de toda existência que se faz dom a Deus e aos outros e torna-se assim orientação para os fiéis.


Ao longo dos meses que estão decorrendo, a Igreja tem diante dos olhos o exemplo do Santo Cura d’Ars, que convidava os fiéis a unirem suas vidas ao Sacrifício de Cristo e oferecia-se a si mesmo, exclamando: «Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!» (Le Curé d’Ars. Sa pensée – son cœur, coord. Bernard Nodet, 1966, pág. 104). Ele continua sendo um modelo atual para os vossos presbíteros, expressamente na vivência do celibato como exigência do dom total de si mesmos, expressão daquela caridade pastoral que o Concílio Vaticano II apresenta como centro unificador do ser e do agir sacerdotal.

Quase contemporaneamente vivia no vosso amado Brasil, em São Paulo, Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, que tive a alegria de canonizar a 11 de maio de 2007: também ele deixou um «testemunho de fervoroso adorador da Eucaristia (…), [vivendo] em laus perene, em atitude constante de oração» (Homilia na sua canonização, n. 2). Deste modo ambos procuraram imitar Jesus Cristo, fazendo-se cada um deles não só sacerdote, mas também vítima e oblação como Jesus.




1-No estudo e na meditação quotidiana da Sagrada Escritura, Pedro Damião descobre os significados místicos da Palavra de Deus, encontrando nela alimento para sua vida espiritual. Neste sentido, chama a cela do eremitério de "sala onde Deus conversa com os homens". Isso é importante também hoje para nós, ainda que não sejamos monges: saber fazer silêncio em nós para escutar a voz de Deus; buscar, por assim dizer, uma "sala" onde Deus fale conosco: aprender a Palavra de Deus na oração e na meditação é o caminho da vida.

2- Também a meditação sobre a figura de Cristo tem reflexos práticos significativos, ao estar toda a Escritura centrada n'Ele. Cristo, portanto, deve estar no centro da vida do monge: "Cristo deve ser ouvido em nossa língua, Cristo deve ser visto em nossa vida, deve ser percebido em nosso coração" (Sermo VIII, 5). A íntima união com Cristo deve envolver não somente os monges, mas todos os batizados. Supõe também para nós um intenso convite a não deixar-nos absorver totalmente pelas atividades, pelos problemas e pelas preocupações de cada dia, esquecendo-nos de que Jesus deve estar verdadeiramente no centro da nossa vida.

3-A comunhão com Cristo cria unidade de amor entre os cristãos. "A Igreja de Cristo está unida pelo vínculo da caridade até o ponto de que, como é uma em muitos membros, também está totalmente reunida misticamente em um só de seus membros, de forma que toda a Igreja universal se chama justamente única Esposa de Cristo em singular, e cada alma escolhida, pelo mistério sacramental, considera-se plenamente Igreja".

4-Prezados Irmãos, nos decênios sucessivos ao Concílio Vaticano II, alguns interpretaram a abertura ao mundo, não como uma exigência do ardor missionário do Coração de Cristo, mas como uma passagem à secularização, vislumbrando nesta alguns valores de grande densidade cristã como igualdade, liberdade, solidariedade, mostrando-se disponíveis a fazer concessões e descobrir campos de cooperação. Assistiu-se assim a intervenções de alguns responsáveis eclesiais em debates éticos, correspondendo às expectativas da opinião pública.

5- mas deixou-se de falar de certas verdades fundamentais da fé, como do pecado, da graça, da vida teologal e dos novíssimos. Insensivelmente caiu-se na autossecularização de muitas comunidades eclesiais; estas, esperando agradar aos que não vinham, viram partir, defraudados e desiludidos, muitos daqueles que tinham: os nossos contemporâneos, quando vêm ter conosco, querem ver aquilo que não vêem em parte alguma, ou seja, a alegria e a esperança que brotam do fato de estarmos com o Senhor ressuscitado.


6-São os jovens desta nova geração que batem hoje à porta do Seminário e que necessitam encontrar formadores que sejam verdadeiros homens de Deus, sacerdotes totalmente dedicados à formação, que testemunhem o dom de si à Igreja, através do celibato e da vida austera, segundo o modelo do Cristo Bom Pastor. Assim esses jovens aprenderão a ser sensíveis ao encontro com o Senhor, na participação diária da Eucaristia, amando o silêncio e a oração, procurando, em primeiro lugar, a glória de Deus e a salvação das almas.