Cidade  do Vaticano, 6 de janeiro de 2010
Uma Conferência para o Ano  Sacerdotal
por Mons. Guido Marini,
Mestre de Cerimônias das  Celebrações  Litúrgicas do Papa
Tradução:  Fabiano Rollim
Proponho  focar em alguns aspectos ligados ao  espírito da liturgia e  refletir  sobre eles  convosco; na verdade,  pretendo abordar um aspecto  que vai exigir  bastante de  mim. Não apenas  porque é uma tarefa  exigente e complexa falar sobre o  espírito  da  liturgia, mas também  porque muitas obras importantes sobre este  assunto  já  foram escritas  por autores de alto calibre inquestionável em  teologia e  liturgia.  Penso em duas pessoas em particular dentre muitos:  Romano  Guardini e o   Cardeal Joseph Ratzinger.
Por  outro lado, actualmente é mais do que necessário falar sobre o   espírito  da  liturgia, especialmente para nós membros do sacerdócio   sagrado. Mais  ainda, há  uma necessidade urgente de reafirmar o   “autêntico” espírito da liturgia,  tal  como está presente na tradição   ininterrupta da Igreja e atestado, em  continuidade com o passado, nos   ensinamentos mais recentes do  Magistério: desde  o Concílio Vaticano II   até o presente pontificado. Uso a propósito a  palavra   “continuidade”,  uma palavra muito querida pelo nosso actual Santo  Padre.  Ele tem  feito  desta palavra o único critério fidedigno pelo  qual alguém pode   interpretar  correctamente a vida da Igreja, e mais  especificamente, os  documentos  conciliares, incluindo todas as  reformas propostas contidas  ali. E como  poderia  ser diferente?  Poderia alguém falar de uma Igreja  do passado e de uma  Igreja do   futuro como se alguma ruptura histórica  no corpo da Igreja tivesse   ocorrido?  Poderia alguém dizer que a Esposa  de Cristo viveu sem a  assistência do  Espírito  Santo em algum período  particular do passado,  de maneira que sua memória  devesse  ser apagada,  esquecida  propositalmente?
Mesmo  assim parece às vezes que alguns indivíduos são  verdadeiramente   partidários de  certa forma de pensar que pode se  definir justa e  propriamente como uma  ideologia, ou melhor, uma noção  preconcebida  aplicada à história da  Igreja que  não tem nada a ver com a  verdadeira  fé.Continua a ler...

- E senti o espírito  inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3  de janeiro de 1944,  em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra) inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3  de janeiro de 1944,  em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)

