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Vocação ecuménica
Desde a sua fundação em 1925, por Dom Lambert Beauduin (1873-1960), um pioneiro do ecumenismo na igreja católica, a abadia de Chevetogne quer ser um lugar de oração, de encontro e de trabalho teológico, para a unidade dos cristãos de todas as denominações.
Os monges repartem-se em dois grupos litúrgicos, um celebrando segundo a tradição do Ocidente, o outro segundo a tradição do Oriente bizantino, como aliás se fez algumas vezes noutros mosteiros, ao longo da história. A especificidade do projeto monástico de Chevetogne deve-se ao facto de que os dois ritos foram adotados por razões ecuménicas, tendo em vista a reconciliação do Oriente e do Ocidente cristãos, para lá das ruturas confessionais. Querem dar corpo à primazia da oração. É ela que, num laborioso caminho de conversão, unifica cada pessoa, tal como prepara as nossas comunidades e as nossas Igrejas, para receberem plenamente o dom da unidade.
Se é verdade que não nos podemos apreciar sem nos conhecermos, o primeiro passo para a reconciliação é aprender do outro quem ele é. A comunidade de Chevetogne colocou-se, desde a sua origem, na escola do Oriente cristão, e da ortodoxia russa em particular.
O ofício bizantino é celebrado em Chevetogne em eslavo, enquanto que a divina liturgia (eucaristia) é, por vezes, celebrada também em grego.
Os monges repartem-se em dois grupos litúrgicos, um celebrando segundo a tradição do Ocidente, o outro segundo a tradição do Oriente bizantino, como aliás se fez algumas vezes noutros mosteiros, ao longo da história. A especificidade do projeto monástico de Chevetogne deve-se ao facto de que os dois ritos foram adotados por razões ecuménicas, tendo em vista a reconciliação do Oriente e do Ocidente cristãos, para lá das ruturas confessionais. Querem dar corpo à primazia da oração. É ela que, num laborioso caminho de conversão, unifica cada pessoa, tal como prepara as nossas comunidades e as nossas Igrejas, para receberem plenamente o dom da unidade.
Se é verdade que não nos podemos apreciar sem nos conhecermos, o primeiro passo para a reconciliação é aprender do outro quem ele é. A comunidade de Chevetogne colocou-se, desde a sua origem, na escola do Oriente cristão, e da ortodoxia russa em particular.
O ofício bizantino é celebrado em Chevetogne em eslavo, enquanto que a divina liturgia (eucaristia) é, por vezes, celebrada também em grego.
As relações mantidas com as antigas igrejas orientais, mas também com a Comunhão anglicana e as igrejas saídas da Reforma, permitem à comunidade abraçar, na sua súplica, todos os discípulos de Cristo e apresentar o desejo de comunhão das igrejas.
Igreja latina
A igreja latina, dedicada ao Santo Salvador, foi construída entre 1981 e 1988. Inspira-se no plano basilical (atrium, nave e santuário). A primeira pedra, proveniente do Monte Sião, em Jerusalém, foi colocada em 2 de Novembro de 1981 pelo arcebispo de Cantorbéry, o Dr R. Runcie, e o cardinal G. Danneels, arcebispo de Malines. A consagração, por Mgr. A.- M. Léonard, bispo de Namur, assistido por Mgr Ph. Bär, bispo emérito de Roterdão, teve lugar em 11 de Maio de 1996.
A igreja está decorada com dois frescos de inspiração romana, da autoria do monge iconógrafo russo, o arquimandrita Zénon. Um, no atrium, representa Jerusalém celeste e o outro, na abside, é um Maiestas Domini (Cristo em Majestade). No chão do atrium, um labirinto simboliza a busca humana de Deus.
A igreja está decorada com dois frescos de inspiração romana, da autoria do monge iconógrafo russo, o arquimandrita Zénon. Um, no atrium, representa Jerusalém celeste e o outro, na abside, é um Maiestas Domini (Cristo em Majestade). No chão do atrium, um labirinto simboliza a busca humana de Deus.
Igreja bizantina
A igreja bizantina do mosteiro de Chevetogne (1958-1960), construída no estilo de Novgorod e dedicada à Exaltação da Santa Cruz, foi edificada para ser um sinal permanente da oração pela unidade das igrejas e testemunhar as riquezas espirituais do Oriente cristão.
Uma igreja, na tradição bizantina, quer oferecer, pela arquitetura e decoração interior, como que uma condensação do cosmos, um espaço onde se unem harmoniosamente as realidades visíveis e invisíveis da fé. A ação litúrgica encontra aí um lugar apropriado.
Uma igreja, na tradição bizantina, quer oferecer, pela arquitetura e decoração interior, como que uma condensação do cosmos, um espaço onde se unem harmoniosamente as realidades visíveis e invisíveis da fé. A ação litúrgica encontra aí um lugar apropriado.
O fiel que entra na igreja atravessa primeiro o nártex exterior e o nártex. Atrás da grade em ferro forjado descobre o templo propriamente dito, a nave, encimada por uma cúpula. Atrás da iconóstase encontra-se, finalmente, o santuário. Esta progressão em quatro etapas, do mundo até ao santuário, faz pensar nas quatro partes do templo de Salomão: o pátio exterior, o pátio interior, o Santo e o Santo dos Santos.
O nártex é a antecâmara da igreja; aí estão representadas cenas do Antigo Testamento: a Criação do primeiro homem, o Pecado de Adão e Eva e a sua expulsão do Paraíso, a arca de Noé, o Sacrifício de Abraão, Moisés batendo no rochedo; e, do outro lado: o Sonho de Daniel, o Velo de Gedeão, a Unção de David, a Assunção de Elias, a Visão de Isaías, Jonas saindo do peixe prefigurando Cristo a sair do túmulo.
O templo, constituído pela nave encimada por uma cúpula, simboliza a imagem do céu sobre a terra. A cúpula hemisférica evoca a abóbada dos céus, a circularidade do cosmos, enquanto que a linha fechada da circunferência, não tendo nem princípio nem fim, evoca o infinito de Deus. Por oposição, a superfície quadrangular da nave sugere um espaço bem definido e limitado, o do mundo criado, o da terra. A igreja é, pois, o céu sobre a terra, o universo restaurado e, o fiel que transpõe o seu limiar, é convidado a «abandonar todo o cuidado do mundo» e a participar nos louvores que toda a criação, desde toda a eternidade, apresenta ao seu Criador.
Os frescos da cúpula e da nave exprimem a descida do Céu à humanidade.
Na claraboia da cúpula, o Cristo Pantocrator (Cristo Todo-Poderoso) domina toda a história, da qual Ele é o princípio e o fim, o Criador no início dos tempos e o Juiz supremo no fim do mundo, o Salvador que desce à terra para tomar toda a humanidade e a levar de volta com Ele até ao trono do Pai.
A nave simboliza a terra. Os frescos aí retratam, portanto, a vida de Cristo, a estadia do Verbo na terra, desde o Nascimento à Ressurreição. Às cenas do Batismo e da Transfiguração (abside sul) correspondem o Sepultamento de Cristo e a Descida aos Infernos (abside norte), a Morte e Ressurreição do Salvador sendo prefiguradas pelo aviltamento no Jordão e a glorificação luminosa do Tabor.
O Santuário encerra os mais altos sinais da presença divina.
O altar é considerado como o trono do Verbo e o Evangeliário aí repousa em permanência. Por cima do altar a Sagrada Reserva está suspensa numa pomba de bronze dourado, que lembra o Espírito Santo, por quem nos vem toda a santificação.
O lugar mais elevado de todo o edifício é o trono do bispo, situado no fundo da abside. Simboliza o trono de Deus Pai, o «trono elevado» da visão de Isaías (Is.6,1). É diante deste trono que Cristo se oferece sobre o altar e é para este trono que se dirige toda a oração.
O Santuário está ladeado, à direita, pelo Diakonikon, lugar de serviço ou espécie de sacristia e, à esquerda, pelo Prothesis, lugar de preparação do pão e do vinho. É aí que o padre, com a ajuda duma faca em forma de lança, talha, num pão redondo, o quadrado do «cordeiro», uma incisão em forma de cruz tal como Cristo foi trespassado. Imediatamente a seguir deita no cálice o vinho e a água, como o sangue e a água que jorraram do lado de Cristo.
No momento da transferência dos dons, o pão e o vinho serão levados em procissão e depositados sobre o altar como imagem da deposição de Cristo no túmulo. As portas e o véu da iconóstase serão fechadas tal como a pedra foi rolada sobre o túmulo.
Durante a anáfora (a oração eucarística) o padre implora a Deus que envie o seu sopro de vida, isto é, o Espírito Santo, sobre os fiéis, bem como sobre o pão e o vinho, pra que estes se tornem o corpo vivo do Ressuscitado e para que os fiéis, comungando, se tornem um só corpo em Cristo.
O templo, constituído pela nave encimada por uma cúpula, simboliza a imagem do céu sobre a terra. A cúpula hemisférica evoca a abóbada dos céus, a circularidade do cosmos, enquanto que a linha fechada da circunferência, não tendo nem princípio nem fim, evoca o infinito de Deus. Por oposição, a superfície quadrangular da nave sugere um espaço bem definido e limitado, o do mundo criado, o da terra. A igreja é, pois, o céu sobre a terra, o universo restaurado e, o fiel que transpõe o seu limiar, é convidado a «abandonar todo o cuidado do mundo» e a participar nos louvores que toda a criação, desde toda a eternidade, apresenta ao seu Criador.
Os frescos da cúpula e da nave exprimem a descida do Céu à humanidade.
Na claraboia da cúpula, o Cristo Pantocrator (Cristo Todo-Poderoso) domina toda a história, da qual Ele é o princípio e o fim, o Criador no início dos tempos e o Juiz supremo no fim do mundo, o Salvador que desce à terra para tomar toda a humanidade e a levar de volta com Ele até ao trono do Pai.
A nave simboliza a terra. Os frescos aí retratam, portanto, a vida de Cristo, a estadia do Verbo na terra, desde o Nascimento à Ressurreição. Às cenas do Batismo e da Transfiguração (abside sul) correspondem o Sepultamento de Cristo e a Descida aos Infernos (abside norte), a Morte e Ressurreição do Salvador sendo prefiguradas pelo aviltamento no Jordão e a glorificação luminosa do Tabor.
O Santuário encerra os mais altos sinais da presença divina.
O altar é considerado como o trono do Verbo e o Evangeliário aí repousa em permanência. Por cima do altar a Sagrada Reserva está suspensa numa pomba de bronze dourado, que lembra o Espírito Santo, por quem nos vem toda a santificação.
O lugar mais elevado de todo o edifício é o trono do bispo, situado no fundo da abside. Simboliza o trono de Deus Pai, o «trono elevado» da visão de Isaías (Is.6,1). É diante deste trono que Cristo se oferece sobre o altar e é para este trono que se dirige toda a oração.
O Santuário está ladeado, à direita, pelo Diakonikon, lugar de serviço ou espécie de sacristia e, à esquerda, pelo Prothesis, lugar de preparação do pão e do vinho. É aí que o padre, com a ajuda duma faca em forma de lança, talha, num pão redondo, o quadrado do «cordeiro», uma incisão em forma de cruz tal como Cristo foi trespassado. Imediatamente a seguir deita no cálice o vinho e a água, como o sangue e a água que jorraram do lado de Cristo.
No momento da transferência dos dons, o pão e o vinho serão levados em procissão e depositados sobre o altar como imagem da deposição de Cristo no túmulo. As portas e o véu da iconóstase serão fechadas tal como a pedra foi rolada sobre o túmulo.
Durante a anáfora (a oração eucarística) o padre implora a Deus que envie o seu sopro de vida, isto é, o Espírito Santo, sobre os fiéis, bem como sobre o pão e o vinho, pra que estes se tornem o corpo vivo do Ressuscitado e para que os fiéis, comungando, se tornem um só corpo em Cristo.
A iconóstase é a parede que separa o santuário do resto da igreja. Esta separação, desenvolvimento do cancelo das igrejas antigas, tão caraterístico do rito bizantino, tomou a forma atual a partir do séc. IX, quando os defensores das imagens triunfaram dos iconoclastas: pretenderam expor as imagens e afirmar a legitimidade do seu culto.
A iconóstase está perfurada com três aberturas: no centro as portas santas, nas quais estão representados a Anunciação, enquanto acontecimento que abriu as portas da Salvação, bem como os quatro Evangelistas. Por cima das portas santas encontra-se a santíssima Trindade e a Comunhão dos Apóstolos.
Nas portas laterais da iconóstase, dos lados norte e sul, estão representados os santos Arcanjos Miguel e Gabriel, guardando, por assim dizer, as portas desse Paraíso que é o santuário.
A cripta é dedicada ao Espírito Santo e são-lhe consagrados três frescos: sobre o arco triunfal, o Espírito de Deus pairando sobre as águas; à direita, três Anjos, os três visitantes de Abraão, nos quais a tradição reconhece o símbolo da Santíssima Trindade; à esquerda, o Segundo Concílio ecuménico, reunido em Constantinopla, em 381, onde foi proclamado o dogma da divindade do Espírito Santo. A iconóstase da cripta, em madeira esculpida, data do séc. XIX.
Pintores. A iconóstase da igreja foi pintada por Georges Morozoff. Os frescos do santuário e o Pantocrator são obra de Léon Raffin. Todos os outros frescos da igreja e os da cripta são de dois pintores gregos, Rallis Kopsidis e Georges Chochlidakis.
A iconóstase está perfurada com três aberturas: no centro as portas santas, nas quais estão representados a Anunciação, enquanto acontecimento que abriu as portas da Salvação, bem como os quatro Evangelistas. Por cima das portas santas encontra-se a santíssima Trindade e a Comunhão dos Apóstolos.
Nas portas laterais da iconóstase, dos lados norte e sul, estão representados os santos Arcanjos Miguel e Gabriel, guardando, por assim dizer, as portas desse Paraíso que é o santuário.
A cripta é dedicada ao Espírito Santo e são-lhe consagrados três frescos: sobre o arco triunfal, o Espírito de Deus pairando sobre as águas; à direita, três Anjos, os três visitantes de Abraão, nos quais a tradição reconhece o símbolo da Santíssima Trindade; à esquerda, o Segundo Concílio ecuménico, reunido em Constantinopla, em 381, onde foi proclamado o dogma da divindade do Espírito Santo. A iconóstase da cripta, em madeira esculpida, data do séc. XIX.
Pintores. A iconóstase da igreja foi pintada por Georges Morozoff. Os frescos do santuário e o Pantocrator são obra de Léon Raffin. Todos os outros frescos da igreja e os da cripta são de dois pintores gregos, Rallis Kopsidis e Georges Chochlidakis.