sábado, 7 de fevereiro de 2009

COMPÊNDIO DE CITAÇÕES PAPAIS A RESPEITO DE NOSSA SENHORA MEDIANEIRA DE TODAS AS GRAÇAS


Bento XIV, Bula Gloriosæ Dominæ:

"Nossa Senhora é o rio que traz aos miseráveis mortais todas as graças e presentes de Deus".

Pio VII, Bula Ampliatio privilegiorum ecclesiae Beatæ Mariæ Virginis ab angelo salutatae in cenobio Fratrum Ordinis Servorum Beatæ Mariæ Virginis:

"Nossa Senhora é, pois, a dispensadora de todas as graças de Deus aos homens" (gratiarum omnium dispensatricem).

Pio IX, Bula Ineffabilis Deus (dogma da Imaculada Conceição):

"E depois reafirmamos a Nossa mais confiante esperança na beatíssima Virgem, que, toda bela e imaculada, esmagou a cabeça venenosa da crudelíssima serpente, e trouxe a salvação ao mundo; naquela que é glória dos Profetas e dos Apóstolos, honra dos Mártires, alegria e coroa de todos os Santos; seguríssimo refúgio e fidelíssimo auxilio de todos os que estão em perigo; poderosíssima mediadora e reconciliadora de todo o mundo junto a seu Filho Unigênito; fulgidíssima beleza e ornamento da Igreja, e sua solidíssima defesa."


Papa Leão XIII, Iucunda Semper Expectatione:

8. Para este mesmo fim, em perfeita harmonia com os mistérios, tende a oração vocal. Procede, como é justo, a oração dominical dirigida ao Pai celeste. Em seguida, após haver invocado o mesmo Pai com a mais Pobre das orações, do trono da sua majestade a nossa suplicante volve-se para Maria, em obséquio à lembrada lei da sua, mediação e da sua intercessão, expressa por S. Bernardino de Sena com as seguintes palavras: "Toda graça que é comunicada a esta terra passa por três ordens sucessivas. De Deus é comunicada a Cristo, de Cristo à Virgem, e da Virgem a nós" (S. Bernardino de Sena, Sermo VI in Festis B. M. V., De Annunciatione, a. 1, c. 2).


Leão XIII, Iucunda Semper Expectatione:
"20. E Deus, ó Veneráveis Irmãos, que "na sua misericordiosa bondade nos deu uma Mediadora tão poderosa" (S. Bernardo, De C II Praerogativis B. M. V., n. 2), "e quis que tudo nos viesse pelas mãos de Maria" (S. Bernardo, Sermo in Nativitatem B. M. V., n. 7), pela intercessão e pelo favor dela acolha propício os votos e satisfaça as esperanças de todos. Como auspício, pois, destes bens, juntamos de todo coração para vós, para o vosso clero e para o vosso povo a Bênção Apostólica."

Leão XIII, Adjutricem Populi:
4. Impossível seria, pois, dizer que amplitude e que eficácia hajam adquirido os seus socorros, quando ela foi levada para junto de seu divino Filho, àquele fastígio de glória que convinha à sua dignidade e ao esplendor dos méritos. Com efeito, de lá do alto, consoante os desígnios de Deus, ela começou a velar sobre a Igreja, a assistir-nos e a proteger-nos como uma mãe; de modo que, depois de ter sido a cooperadora da redenção humana, tornou-se também, pelo poder quase ilimitado que lhe foi conferido, a dispensadora da graça que em todos os tempos jorra dessa redenção.

Por isto, com bem razão as almas cristãs, obedecendo como que a um instinto natural, sentem-se arrastadas para Maria, para lhe comunicarem com toda confiança os seus projetos e as suas obras, as suas angústias e as suas alegrias; para recomendarem com filial abandono suas pessoas e suas coisas à bondade e solicitude d'Ela. Por este justíssimo motivo, todos os povos e todos os ritos têm-lhe tributado louvores, que têm vindo sempre crescendo com o sufrágio dos séculos. Donde os títulos a ela dados de "Mãe nossa, nossa Mediadora" (S. Bernardo, Sermo II in Advento Domini, n. 5), "Reparadora do mundo inteiro" (S. Tharasius, Oratio in Praesentatione Deiparae), "Dispensadora dos dons celestes" (In Off. Graec., 8 dec., post oden 9).


Leão XIII, Octobri Mense:

"... assim, tal como não se pode ir ao Pai Supremo senão pelo Filho, não se pode chegar a Cristo senão por Sua Mãe".


Leão XIII, Fidentem Piumque Animum

7. E quem quererá considerar excessiva e censurar a grande confiança depositada no auxilio e na proteção da Virgem? Todos estão de acordo em admitir que o nome e a função de perfeito Mediador não convém senão a Cristo: porque só Ele, conjuntamente, Deus e Homem, reconciliou o gênero humano com seu sumo Pai: "Um mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus Homem, aquele que a si mesmo se deu como preço de resgate por todos" (1 Tim. 2, 5-6). Mas se, como ensina o Angélico, "nada proíbe que algum outro se chame, sob certos aspectos, mediador entre Deus e os homens, quando dispositiva e ministerialmente coopera para a união do homem com Deus" (S. Thomas de Aquino, 3 q. 26 a. 1), como é o caso dos Anjos, dos Santos, dos profetas e dos sacerdotes do velho e do novo Testamento, sem dúvida alguma tal título de glória convém, em medida ainda maior, à Virgem excelsa.

Com efeito, é impossível imaginar outra criatura que tenha realizado ou esteja para realizar uma obra semelhante à dela, na reconciliação dos homens com Deus. Foi ela que, para os homens fadados à eterna ruína, gerou o Salvador; quando, ao anúncio do mistério de paz trazido à terra pelo Anjo, ela deu o seu admirável assentimento, "em nome de todo o gênero humano" (S. Thomas de Aquino, 3 q. 30 a. 1). Ela é aquela "da qual nasceu Jesus", sua verdadeira Mãe, e por isto digna e agradabilíssima "Mediadora junto ao Mediador”.

8. Como estes mistérios são sucessivamente propostos, no Rosário, à meditação dos fiéis, segue-se que esta oração põe em evidencia os méritos de Maria na obra da nossa reconciliação e da nossa salvação. Ninguém - assim pensamos pode subtrair-se a uma suave emoção ao contemplar a Virgem, ou quando visita a casa de Isabel para lhe dispensar os divinos carismas, ou quando apresenta seu filho pequenino aos pastores, aos reis, a Simeão. E que não sentirá a alma fiel quando refletir que o Sangue de Cristo, derramado por nós, e os membros nos quais ele mostra ao Pai as feridas recebidas "como penhor da nossa liberdade", não são outra coisa senão carne e sangue da Virgem? E, na realidade: "A carne de Jesus é carne de Maria; e, embora sublimada pela glória de ressurreição, todavia a natureza dessa carne permaneceu e permanece a mesma que foi tomada de Maria" (De Assumptione B. M. V., c. V, inter operas S. Augustini, PL, XL, Incerti Auctoris ac Pii, col. 1141-1145).


S. Pio X, Ad Diem Illum (50 anos do Dogma da Imaculada Conceição)

8. Mas não foi apenas para seu próprio louvor que a Virgem ministrou a matéria de sua carne ao Filho unigênito de Deus, que haveria de nascer com membros humanos (S. Beda Ven. lib. IV in Luc. XI), e que ela preparou, desta forma, uma vítima para a salvação dos homens; sua missão foi também velar por esta vítima, nutri-la e apresenta-la ao altar, no tempo estabelecido. Por isto, entre Maria e Jesus reinou perpétua sociedade de vida e sofrimentos, que nos permite aplicar a ambos estas palavras do Profeta: A minha vida vai se consumindo com a dor e os meus anos com os gemidos (Sl 30, 11). E quando chegou a hora derradeira de Jesus, vemos a Virgem "aos pés da cruz", horrorizada certamente ante a visão do espetáculo, "mas feliz porque seu Filho se oferecia como vítima pela salvação dos homens e, ademais, de tal modo partícipe de suas dores que teria preferido padecer os tormentos que cruciavam o seu Filho, tal lhe fosse dado fazer" (S. Bonav., 1 Sent., d. 48, ad Litt., dub. 4). — Em conseqüência dessa comunhão de sentimentos e de dores entre Maria e Jesus, a Virgem fez jus ao mérito de se tornar legitimamente a reparadora da humanidade decaída (Eadmeri Mon., De Excellentia Virginis Mariæ,c. IX) e, portanto, dispensadora de todos os tesouros que Jesus nos adquiriu por sua morte e por seu sangue.

9. Não se pode dizer, sem dúvida, que a dispensação destes tesouros não seja de alçada própria e particular de Jesus Cristo, porque fruto exclusivo de sua morte e por Ele mesmo, em virtude de sua natureza, o mediador entre Deus e os homens. Contudo, em vista dessa comunhão de dores e de angústia, já mencionada, entre a Mãe e o Filho, foi concedido à Virgem o ser, junto do Filho unigênito, a medianeira poderosíssima e advogada de todo o mundo (Pio IX, Bula Ineffabilis). O manancial, pois, é Jesus Cristo: E todos nós recebemos de sua plenitude (Jo 1, 16), do qual todo o corpo coligado e unido por todas as juntas que mutuamente se auxiliam, segundo a operação da medida de cada membro efetua o aumento do corpo de si mesmo em caridade (Ef. 4, 16). Como nota com acerto S. Bernardo, Maria é, na verdade, o aqueduto (Serm. De Temp., in Nativ. B. V., De Aquæductu, n. 4); ou então, essa parte média que tem por missão unir o corpo à cabeça e transmitir àquele os influxos e eficácias desta, o que vale dizer: o pescoço. Sim, diz S. Bernadino de Sena, ela é o pescoço de nossa Cabeça, pelo qual comunica todos os dons espirituais a seu corpo místico (S. Bern. Sen., Quadrag. de Evangelio æterno serm. X, a. III, c. 3). Torna-se, por conseguinte, evidente que não atribuímos à Mãe de Deus uma virtude geradora da graça, virtude esta que é só de Deus. Contudo, porque Maria excede a todos em santidade e em união com Cristo, e por ter sido associada por Ele à obra redentora, ela nos merece de congruo, segundo a expressão dos teólogos, o que Jesus Cristo nos mereceu de condigno, sendo ela ministra suprema da dispensação das graças . Ele (Jesus) está sentado à direita da Majestade nas alturas (Heb 1, 3). Ela, Maria, está à direita de seu Filho: O refúgio mais seguro, o mais valioso amparo de quantos se acham em perigo; nada, pois, temos a temer sob sua conduta, seus auspícios, seu patrocínio, sua égide (Pio IX, Bula Ineffabilis).


Bento XV, Inter Sodalicia:

"Com efeito ela sofreu e quase morreu com seu Filho sofredor e moribundo, abdicou dos seus direitos maternos para salvação dos homens, e tanto quanto lhe pertencia, imolou seu Filho para apaziguar a justiça de Deus, de modo que se pode justamente dizer que ela resgatou, com Cristo, o genero humano. Conseqüentemente, todas as graças que recebemos do tesouro são distribuidas pelas mãos da dolorosa virgem."


"Assim, toda graça e bênção vem a nós por meio de Nossa Santa Senhora. Portanto, além da intercessão dos santos, deve ser incluida a influencia dela, a quem os Santos Padres, saudaram com o título Mediatrix omnium gratiam "


Pio XII, Ad Cæli Reginam:

37. E certo que no sentido pleno, próprio e absoluto, somente Jesus Cristo, Deus e homem, é rei; mas também Maria - de maneira limitada e analógica, como Mãe de Cristo-Deus e como associada à obra do divino Redentor, à sua luta contra os inimigos e ao triunfo deles obtido participa da dignidade real. De fato, dessa união com Cristo-Rei deriva para ela tão esplendente sublimidade, que supera a excelência de todas as coisas criadas: dessa mesma união com Cristo nasce aquele poder real, pelo qual ela pode dispensar os tesouros do reino do Redentor divino; finalmente, da mesma união com Cristo se origina a inexaurível eficácia da sua intercessão junto do Filho e do Pai.


38. Portanto, não há dúvida alguma que Maria santíssima se avantaja em dignidade a todas as coisas criadas e tem sobre todas o primado, a seguir ao seu Filho. "Tu finalmente, canta S. Sofrônio, superaste em muito todas as criaturas... Que poderá existir mais sublime que tal alegria, ó Virgem Mãe? Que pode existir mais elevado que tal graça, a qual por divina vontade só tu tiveste em sorte?" "A esses louvores acrescenta S. Germano: "A tua honra e dignidade colocam-te acima de toda a criação: a tua sublimidade faz-te superior aos anjos". João Damasceno chega a escrever o seguinte: "É infinita a diferença entre os servos de Deus e a sua Mãe".


39. Para melhor compreendermos a sublime dignidade, que a Mãe de Deus atingiu acima de todas as criaturas, podemos considerar que a santíssima Virgem, desde o primeiro instante da sua conceição, foi enriquecida de tal abundância de graças, que supera a graça de todos os santos. Por isso, como escreveu na carta apostólica Ineffabilis Deus o nosso predecessor, de feliz memória, Pio IX, Deus "fez a maravilha de a enriquecer, acima de todos os anjos e santos, de tal abundância de todas as graças celestiais hauridas dos tesouros da divindade, que ela - imune de toda a mancha do pecado, e toda bela apresenta tal plenitude de inocência e santidade, que não se pode conceber maior abaixo de Deus, nem ninguém a pode compreender plenamente senão Deus".


40. Nem a bem-aventurada virgem Maria teve apenas, ao seguir a Cristo, o supremo grau de excelência e perfeição, mas também participou ainda daquela eficácia pela qual justamente se afirma que o seu divino Filho e nosso Redentor reina na mente e na vontade dos homens. Se, de fato, o Verbo de Deus opera milagres e infunde a graça por meio da humanidade que assumiu - e se utiliza dos sacramentos e dos seus santos, como instrumentos, para salvar as almas; por que não há de servir-se do múnus e ação de sua Mãe santíssima para nos distribuir os frutos da redenção? "Com ânimo verdadeiramente materno para conosco - como diz o mesmo predecessor nosso, de feliz memória, Pio IX - e ocupando-se da nossa salvação, ela, que pelo Senhor foi constituída rainha do céu e da terra, toma cuidado de todo o gênero humano, e - tendo sido exaltada sobre todos os coros dos anjos e as hierarquias dos santos do céu, e estando à direita do seu unigênito Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor - com as suas súplicas maternas impetra com eficácia, obtém quanto pede, nem pode deixar de ser ouvida". A esse propósito, outro nosso predecessor, de feliz memória, Leão XIII, declarou que foi concedido à bem-aventurada virgem Maria um poder "quase ilimitado" na distribuição das graças; S. Pio X acrescenta que Maria desempenha esta missão "como por direito materno".


Paulo VI, Signum Magnum:

2. Mas de que modo coopera Maria no crescimento dos membros do Corpo Místico na vida da graça? Em primeiro lugar mediante a sua incessante súplica, inspirada por uma ardente caridade. A Virgem Santa, embora feliz pela visão da augusta Trindade, não esquece os seus filhos que caminham como Ela outrora na «peregrinação da fé» (L.G. 58). Contemplando-os em Deus e vendo bem as suas necessidades, em comunhão com Jesus Cristo que está «sempre vivo a interceder por eles» (Heb 7,25), deles se constitui Advogada, Auxiliadora, Amparo e Medianeira (cfr. L.G. 62). Desta sua ininterrupta intercessão junto do Filho pelo Povo de Deus, tem estado a Igreja desde os primeiros séculos persuadida, como testemunha esta antiquíssima antífona que, com algumas ligeiras diferenças, faz parte da oração litúrgica tanto no Oriente como no Ocidente: «à tua protecção nos acolhemos ó Mãe de Deus; não desprezes as nossas súplicas nas necessidades, mas salva-nos de todos os perigos ó (tu) que só (és) a bendita». Nem se pense que a intervenção maternal de Maria traga prejuízo à eficácia predominante e insubstituível de Cristo, nosso Salvador; pelo contrário, ela tira a sua força da mediação de Cristo e é dela uma prova luminosa (cfr. L.G. 62).


12. O que deve ainda estimular mais os fiéis a imitar os exemplos da Virgem Santíssima, é o facto de o próprio Jesus, tendo-lha dado por Mãe, implicitamente a ter apontado como modelo a imitar. De facto, é natural que os filhos tenham os mesmos sentimentos que as mães e reproduzam os seus méritos e virtudes. Portanto, assim como cada um de nós pode repetir com S. Paulo: «O Filho de Deus amou-me e entregou-se a Si mesmo por mim» (Ga 2,20; cfr. Ef 5,2), do mesmo modo com igual confiança pode acreditar que o Salvador Divino lhe deixou, também a ele, em herança espiritual a Sua própria Mãe, com todos os tesouros de graça e de virtude de que a tinha cumulado, a fim de que os derramasse sobre nós, como efeito da Sua poderosa intercessão e da nossa corajosa imitação. É por isso que com razão S. Bernardo afirma: «Vindo a Ela o Espírito Santo, encheu-a de graça para Ela mesma; inundando-A novamente o mesmo Espírito, Ela tornou-se superabundante e transbordante de graça também para nós».


"Deus Filho comunicou a Sua Mãe tudo o que adquiriu pela Sua vida e pela Sua morte, os Seus méritos infinitos e as Suas virtudes admiráveis, e fê-la tesoureira de tudo o que o Pai lhe deu em herança; é por ela que Ele aplica os Seus méritos aos Seus membros, que comunica as Suas virtudes e distribui as Suas graças; é o Seu misterioso canal, o Seu aqueduto, por onde faz passar docemente e abundantemente as Suas misericórdias" (S. Luis Maria G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora, nº 24).

TEMPO LITÚRGICO DOS DOMINGOS DA SEPTUAGÉSIMA, SEXAGÉSIMA E QÜINQUAGÉSIMA

Catecismo Maior de São Pio X

Chamam-se domingos da Septuagésima, da Sexuagésima e da Qüinquagésima o sétimo, o sexto e o quinto Domingo antes do domingo da Paixão.

A Igreja, desde o Domingo da Septuagésima até o Sábado Santo, omite nos ofícios divinos o Aleluia, que é o grito de alegria, e usa os paramentos de cor roxa, cor de tristeza, para com estes sinais de tristeza afastar os fiéis das vãs alegrias do mundo, e para levá-los ao espírito de penitência.

Nos ofícios da semana da Septuagésima a Igreja apresenta-nos a queda dos nossos primeiros pais, e o seu justo castigo; nos da semana da Sexagésima apresenta-nos o dilúvio universal, mandado por Deus para castigo dos pecadores; nos dos três primeiros dias da semana da Quinquagésima apresenta-nos a vocação de Abraão, e a recompensa concedida por Deus à sua obediência e à sua fé.

Neste tempo mais do que em qualquer outro, vêem-se tantas desordens em muitos cristãos por maldade do demónio, que, desejando contrariar os desígnios da Igreja, faz seus maiores esforços para levar os cristãos a viver segundo os ditames do mundo e da carne.

Para nos conformarmos com os desígnios da Igreja no tempo do carnaval, devemos afastar-nos dos espectáculos e divertimentos perigosos, e aplicar-nos com maior diligência à oração e à mortificação, fazendo alguma visita extraordinária ao Santíssimo Sacramento, sobretudo quando está exposto à adoração pública; e isto para reparar as grandes desordens com que Deus é ofendido neste tempo.

Quem por necessidade tiver de assistir a algum divertimento perigoso do carnaval, deve implorar o auxílio da graça, para evitar todo o pecado; depois ir ao divertimento com grande modéstia e recato, e recolher o espírito na consideração de algum máxima do Evangelho.

CONFERÊNCIA EPISCOPAL DA POLÓNIA APOIA O PAPA BENTO XVI POR TER RETIRADOA A EXCOMUNHÃO AO 4 BISPOS DA FSSPX


Los Obispos de Polonia han elogiado al Santo Padre por haber levantado las excomuniones a los cuatro obispos de la Fraternidad de San Pío X, calificando su decisión como un acto de gran valentía. Es de destacar la actitud de este episcopado que marca una diferencia con la de tantos otros obispos que, en lugar de manifestar su agradecimiento al Papa por sus esfuerzos por la unidad de la Iglesia, han expresado su preocupación sobre la conveniencia de dichas medidas, o lo que es peor, han hablado directamente de una supuesta inoportunidad de las mismas. Ofrecemos una traducción de gran parte de este comunicado.

***

Varsovia, 6 de febrero de 2009

Amado Santo Padre:

En nombre de los obispos de la Conferencia Episcopal Polaca, deseo expresar a Su Santidad nuestra gratitud por los recientes gestos y actos que han mostrado la preocupación del Sucesor de San Pedro por la unidad de la Iglesia de Cristo.

Abrir la puerta al diálogo con el fin de sanar una dolorosa división es un acto de gran valentía y auténtica caridad pastoral, […].

Confiamos en que este gesto paternal será recibido con la misma voluntad y apertura por parte de los obispos y fieles de la Fraternidad de San Pío X, y los llevará a aceptar sin reservas la totalidad de la enseñanza y disciplina de la Iglesia, incluyendo el Concilio Vaticano II y el Magisterio de los últimos Papas.

En respuesta a su pedido de oración, le aseguramos, Santo Padre, que la Iglesia en Polonia está apoyando constantemente al Sucesor de Pedro en su preocupación por todas las Iglesias y ruega al Señor para que cada paso hacia la reconciliación de los fieles cristianos pueda producir sus frutos. […].

† Józef Michalik

Arzobispo Metropolitano de Przemyśl

Presidente de la Conferencia Episcopal Polaca

† Stanisław Gądecki
Vicepresidente de la Conferencia Episcopal Polaca

† Stanisław Budzik
Secretario General de la Conferencia Episcopal Polaca

FONTE:La buhardilla dee jeronimo

HOJE É DIA DA FESTA DAS CINCO CHAGAS



Sejam amadas porque são fontes de graça

«O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira de Portugal com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada no dia 7 de Fevereiro.»

Secretariado Nacional de Liturgia


Terço das Santas Chagas
ou Coroa da Misericórdia


Com um terço normal

ORAÇÕES INICIAS:
- Ó Jesus, Divino Redentor, tende misericórdia de nós e de todo o mundo. Ámen.

- Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e de todo o mundo. Ámen.

- Graça e misericórdia, ó meu Jesus, nos perigos presentes. Cobri-nos do vosso Preciosíssimo Sangue. Ámen.

- Eterno Pai, tende misericórdia de nós pelo Sangue de Jesus Cristo, vosso único Filho. Tende misericórdia de nós, nós Vos pedimos. Ámen. Ámen. Ámen.

NAS CONTAS GRANDES DO TERÇO (em lugar do Pai-Nosso):

Eterno Pai, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, para curar as chagas das nossas almas.*


NAS CONTAS PEQUENAS DO TERÇO (em lugar da Ave-Maria):

Ó meu Jesus, perdão e misericórdia, pelos méritos das vossas santas Chagas.*


NO FIM DO TERÇO (repetir 3 vezes):

Eterno Pai, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, para curar as chagas das nossas almas.*


As invocações “Eterno Pai, eu Vos ofereço…” e “Ó meu Jesus, perdão e misericórdia…” foram reveladas à Irmã Visitandina Maria Marta Chambon (1841-1907) pelo próprio Jesus.
"Imagem de Buenos Aires Landscapes: http://buenosaires.muvhaus.com/en/2008/05/02/basilica-de-nuestra-senora-del-pilar/ "

Desde 1868, o Convento da Visitação de Chambéry (França), onde vivia a Irmã Maria Marta, utilizou as jaculatórias ensinadas pelo Senhor, para rezar um "Terço das Santas Chagas".
As religiosas tomaram o costume de começar este Terço com umas orações inspiradas a um sacerdote de Roma.

A iniciativa deste Terço, agradável ao Senhor, começou assim a ser praticada e divulgada.
Encarregada por Cristo em reavivar a devoção às suas Chagas, a humilde Irmã Chambon recebeu d’Ele as seguintes revelações:

“Concederei tudo o que me pedirem, invocando as minhas Santas Chagas. É necessário difundir esta devoção.”

“Na verdade, esta oração não é da terra mas do Céu…e pode alcançar tudo.”

“As minhas Santas Chagas sustêm o mundo…que elas sejam amadas constantemente porque elas são fontes de graça. É necessário invocá-las muitas vezes, imprimir nas almas esta devoção.” “Quando sofreis, levai prontamente as vossas penas às minhas Chagas, e sereis aliviados.”

“Repeti muitas vezes junto dos doentes esta jaculatória: ‘Ó meu Jesus, perdão e misericórdia, pelos méritos das vossas santas Chagas’. Esta oração confortará o corpo e a alma.”

“O pecador que dirá: ‘Eterno Pai, eu Vos ofereço as Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, para curar as chagas das nossas almas’, alcançará a conversão.”

“As minhas Chagas serão o abrigo das vossas chagas.”

“Não conhecerá a morte a alma que expirará nas minhas Chagas…elas dão a verdadeira vida.”

“A cada palavra da Coroa da Misericórdia (Terço das Santas Chagas), deixo cair uma gota de meu Sangue na alma de um pecador.”

“A alma que honrou as minhas Santas Chagas, oferecendo-as ao Pai Eterno pelas almas do purgatório, será acompanhada pela Santíssima Virgem e pelos Anjos na hora da morte, e, na minha glória a receberei para coroá-la.”

“As Santas Chagas são o Tesouro dos tesouros pelas almas do purgatório.”

“A devoção às minhas Chagas é o remédio nestes tempos de iniquidade.”

“Das minhas Chagas brotam frutos de santidade. Meditando nelas, encontrareis sempre um novo alimento de amor.”

“Minha filha, se mergulhares as tuas obras nas minhas Santas Chagas, terão valor; qualquer acto coberto de meu Sangue satisfará o meu Coração.”

“É necessário oferecer as minhas Santas Chagas ao meu Eterno Pai; por elas, e por meio de minha Mãe Imaculada, virá o triunfo da Igreja.”


A Congregação para a Doutrina da Fé, por um decreto de 23 de Março de 1999, concedeu às Religiosas da Ordem da Visitação, assim como às pessoas que desejam rezar em união com elas, a faculdade oficial de venerar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo com as invocações que foram reveladas à Serva de Deus, Irmã Maria Marta Chambon, religiosa da Visitação, que faleceu com fama de santidade a 21 de Março de 1907, no Mosteiro de Chambéry, França.

CARDEAL LOZANO BARRAGÁN MINIMIZA A NEGAÇÃO DO HOLOCAUSTO


Entrevista con LA NACION
Minimiza un cardenal la negación del Holocausto
Para Javier Barragán, purpurado y virtual ministro de Salud del gabinete de Benedicto XVI, los dichos de Williamson son una tontería

Pese a la tormenta que se desató en los últimos días sobre el Vaticano y a la retractación pública que antayer le exigió el Papa al obispo negacionista Richard Williamson, el cardenal mexicano Javier Lozano Barragán definió ayer las declaraciones del prelado británico como una "tontería".

En una entrevista , relativizó el escándalo y aseguró que las "malas" opiniones del obispo ultratradicionalista, que fueron "desenterradas" por los medios con "mala leche" [sic], eran una "tontería", ningún pecado grave.

Como es sabido, en una entrevista con la televisión sueca difundida el 21 de enero, el mismo día de la firma del decreto con el que Benedicto XVI levantó la excomunión a los obispos ordenados sin autorización por el ultratradicionalista Marcel Lefebvre (fundador de la Fraternidad San Pío X) en 1988, Williamson puso en duda el Holocausto. Dijo que las cámaras de gas de los campos de concentración nazi funcionaban para desinfectar a los prisioneros, y que sólo entre 200.000 y 300.000 judíos fueron asesinados.

En contraste con el comunicado difundido anteayer por la Secretaría de Estado de la Santa Sede, el cardenal Barragán aseguró, además, que los cuatro obispos lefebvristas rehabilitados por el Papa firmaron antes un documento en el que reconocieron las enseñanzas del Concilio Vaticano II y otros puntos en discusión.

-¿Qué opina de la famosa excomunión de los lefebvristas?

-Es un tema muy espinoso. Yo tengo conocidos, no de segunda, sino de primerísima mano, que dicen que este obispo Williamson expresó esa opinión siguiendo una teoría inglesa que dice eso que dijo Williamson hace un año, en algo que quedó archivado, por decirlo así. Ahora, el papa Benedicto XVI ha hecho lo posible para que no haya un cisma. Entonces, cuatro obispos pertenecientes a esta asociación que se llama Pío X firmaron lo que era necesario firmar: el reconocimiento del Concilio Vaticano II y del rito de la misa, porque ellos solamente querían la misa del rito tridentino o el de Juan XXIII, que después la reformó un poquito, y decían que la misa como la celebramos ahora era herética, que el papa no era el papa, que los papas se habían acabado con Pío XII y todas esas cosas. Entonces, estos obispos reconocieron que todas estas posiciones estaban mal.

-¿Y eso ya lo firmaron?

-Sí, ellos firmaron y fueron reconocidos de nuevo como obispos y el Papa les levantó la excomunión. Cuando esto sucedió, desenterraron algo del obispo Williamson, que había opinado malamente hace un año y, como dicen en la Argentina, con mala leche, lo unieron con la excomunión y dijeron que Benedicto XVI la había levantado, aunque estos fueran en contra de los israelíes y no reconocieran la shoá (Holocausto). Estos fueron los hechos. Por eso, yo digo que hay que redimensionar: una cosa es que el obispo Williamson haya dicho una tontería, la dijo, ya, hace un año.

-Al parecer, la dijo muchas veces, ya que en Canadá estuvo a punto de ser procesado en 1989?

-Pero otra cosa es que por eso el Papa les haya levantado la excomunión; es como que lo ligan. Pero el Papa levanta la excomunión porque reconocen puntos básicos que obstaculizaban la comunión católica. Ahora, una persona, cualquiera de nosotros, puede decir una tontería, sí, ¿y ya por eso lo van a excomulgar? En la Iglesia sabemos que existe el pecado y decir una tontería es un pecado, pero no todos los pecados llevan a la excomunión, sino sólo los pecados más graves. Antiguamente, eran las tres aes: apostasía, asesinato y adulterio. Ahora, el Código de Derecho Canónico dice exactamente cuáles son los pecados que llevan a la excomunión, por ejemplo, el aborto consciente, y hay otros, pero son pocos. ¿Decir una tontería es un pecado? Sí, si se hace con conciencia y maldad. Pero no por eso una persona va a ser excomulgada. ¿Y por eso el Papa va a estar de acuerdo? El Papa no está de acuerdo y lo ha dicho muchisimas veces. El Papa ha reconocido la shoá. Otra cosa es que lamentemos esas destrucciones terribles que están haciendo en la Franja de Gaza, y lamentemos también que Hamas esté mandando misiles, asesinando a gente inocente. Es una situación tremenda.

-Volviendo al tema de Williamson, ¿qué pasó en la maquinaria vaticana, una de las mejores del mundo, para que hubiera semejante error? En el comunicado de la Secretaría de Estado, se dice que el Papa ignoraba las posiciones de Williamson sobre el Holocausto?

-Sí.

-Pero entonces hay algo que no funciona en la Curia o en el entorno del Papa?

-Bueno, es que nosotros no tenemos el FBI. [Risas.]

-Pero si uno va a Internet, en Google se encuentra enseguida la información sobre los antecedentes de Williamson?

-Bueno, pero le repito que una persona queda fuera de la Iglesia Católica cuando desconoce esencialmente los puntos básicos de la Iglesia Católica, no porque cometa un pecado. Un adúltero, por ejemplo, no queda fuera de la Iglesia. Un divorciado vuelto a casar no queda fuera de la Iglesia Católica, y así sucesivamente. Son pecados muy especiales, pocos, por los cuales alguien queda fuera de la Iglesia Católica.

-Pero ¿entiende la indignación de la comunidad judía?

-Sí, ¡cómo no! Recuerde que el campo de Auschwitz fue una aniquilación enorme de todos los que no fueran de la raza aria. Estuvieron muchísimos judíos, pero también católicos -ahí está el padre Maximiliano Kolbe-; estuvieron muchos gitanos, muchos latinos. Claro, era una especial animadversión contra los judíos, pero no sólo eso

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

CARDEAL RATZINGER :UM HISTÓRICO DISCURSO DE GRANDE ACTUALIDADE



Dos semanas después de las ordenaciones episcopales realizadas por Monseñor Lefebvre sin mandato pontificio, el entonces Cardenal Ratzinger viajó a Chile como Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe. En el encuentro con el episcopado de esa nación, el actual Papa se refirió precisamente a la cuestión que se abría con aquellas ordenaciones. Si bien hay partes de ese discurso que han perdido su actualidad en estos 20 años (y, gracias a Dios, en algunos casos se trata de evoluciones positivas) hay otras que aún la conservan y que pueden incluso iluminar la actual situación así como los próximos diálogos entre la FSSPX y la Santa Sede.

Fue precisamente en ese importante discurso donde el Cardenal Ratzinger criticó a quienes pretendían considerar al Vaticano II como un “superdogma”. Además, el Prefecto de la Doctrina de la Fe intentó analizar qué errores se cometieron en la Iglesia que dieron lugar a tan trágicos acontecimientos, qué verdades dejaron de vivirse y de amarse.

El Cardenal Ratzinger afirmaba que “un cristiano nunca puede ni debe alegrarse de una desunión”, palabras particularmente actuales si pensamos en la amargura de muchos con el levantamiento de las excomuniones. El actual Papa también afirmaba que “es una contradicción que sean precisamente aquellos que no han dejado pasar por alto ninguna ocasión para vocear en todo el mundo su desobediencia al Papa y a las declaraciones magisteriales de los últimos 20 años, los que juzgan esta postura demasiado tibia y piden que se exija una obediencia omnímoda hacia el Vaticano II”.

Sin duda, este histórico discurso puede orientarnos en algunos aspectos del siguiente paso en las relaciones entre la Fraternidad y la Santa Sede, paso que, con la gracia de Dios y la firme voluntad del Santo Padre, se llevará a cabo a pesar de toda la oposición y de toda la polémica fabricada que hemos visto en estos días y que seguiremos viendo. Ofrecemos el texto completo, que hemos tomado desde la revista Humanitas, de la Pontificia Universidad Católica de Chile.



¡Estimados y queridos hermanos!

En primer lugar, querría agradecer de corazón su invitación tan amable para visitar vuestro país, y también para ofrecerme esta ocasión de encuentro y de diálogo fraterno. No me hago la ilusión de que se pueda conocer un país con una estadía de pocos días; sin embargo, es muy importante para mí la oportunidad de poder ver los lugares donde ustedes trabajan, y tener en alguna medida la experiencia del ambiente de la vida de la Iglesia en esta tierra.

El fin de mis palabras es encarecer el diálogo que queremos tener mutuamente. De modo general, suelo aprovechar la ocasión que me brindan estos encuentros para exponer brevemente algunas de las cuestiones de mayor importancia del trabajo en la Congregación para la Doctrina de la Fe. Sin embargo, el cisma que parece abrirse con las ordenaciones de obispos del 30 de junio, me lleva a apartarme, por esta vez, de esa costumbre. Hoy querría simplemente comentar algunas cosas sobre el caso que concierne a Mons. Lefebvre.

Más que detenerse en lo ocurrido, me parece que puede tener mayor trascendencia valorar las enseñanzas que puede sacar la Iglesia, para hoy y para el día de mañana, del conjunto de los acontecimientos. Para ello, querría anticipar, en primer lugar, algunas observaciones sobre la actitud de la Santa Sede en los coloquios con Mons. Lefebvre, y continuar después con una reflexión sobre las causas generales que originan esta situación y que, por encima del caso particular, nos atañen a todos.

I. La actitud de la Santa Sede en los coloquios con Lefebvre

En los últimos meses hemos invertido una buena cantidad de trabajo en el problema de Lefebvre, con el empleo sincero de crear para su movimiento un espacio vital adecuado en el interior de la Iglesia. Se ha criticado a la Santa Sede por esto desde muchas partes. Se ha dicho que había cedido a la presión del cisma; que no había defendido con la fuerza debida el Concilio Vaticano II; que, mientras actuaba con gran dureza con los movimientos progresistas, mostraba demasiada comprensión con la rebelión restauradora. El desarrollo ulterior de los acontecimientos ha refutado suficientemente estas aseveraciones.

El mito de la dureza del Vaticano, cara a las digresiones progresistas, ha resultado una elucubración vacía. Hasta la fecha, se han emitido fundamentalmente amonestaciones, y en ningún caso penas canónicas en el sentido propio. El hecho de que Lefebvre haya denunciado al final el acuerdo firma­do, muestra que la Santa Sede, a pesar de haber hecho concesiones verdaderamente amplias, no le ha otorgado la licencia global que deseaba.

En la parte fundamental de los acuerdos, Lefebvre había reconocido que debía aceptar el Vaticano II y las afir­maciones del Magisterio postconciliar, con la autoridad propia de cada documento. Es una contradicción que sean precisamente aquellos que no han dejado pasar por alto ninguna ocasión para vocear en todo el mundo su desobediencia al Papa y a las declaraciones magisteriales de los últimos 20 años, los que juzgan esta postura demasiado tibia y piden que se exija una obediencia omnímoda hacia el Vaticano II.

También se pretendía que el Vaticano había concedido a Lefebvre un derecho al disenso, que se niega persistentemente a los componentes de tendencia progresista. En realidad, lo único que se afirmaba en el convenio -siguiendo a la Lumen Gentium en su núm. 25- era el simple hecho, de que no todos los documentos del Concilio tienen el mismo rango.

En el acuerdo se preveía también explícitamente que debía evitarse la polémica pública, y se solicitaba una actitud positiva de respeto a las medidas y declaraciones oficiales. Se concedía, asimismo, que la confraternidad pudiera presentar a la Santa Sede -quedando intacto el derecho de decisión de ésta- sus dificultades en cuestiones de interpretación y de reformas en el ámbito jurídico y litúrgico.

Todo esto ciertamente muestra suficientemente que Roma ha unido, en este difícil diálogo, la generosidad en todo lo negociable, con la firmeza en lo esencial. Es muy reveladora la explicación que el mismo Mons. Lefebvre ha dado de la retractación de su asentimiento.

Declaró que ahora había comprendido que el acuerdo suscrito apuntaba solamente a integrar su fundación en la “Iglesia del Concilio”. La Iglesia Católica en comunión con el Papa es, para él, la “Iglesia del Concilio” que se ha desprendido de su propio pasado. Parece que ya no logra ver que se trata sencillamente de la Iglesia Católica con la totalidad de la Tradición, a la que también pertenece el Concilio Vaticano II.

II. Reflexiones sobre las causas más profundas del caso Lefebvre

El problema planteado por Lefebvre, sin embargo, no se termina con la ruptura del 30 de junio. Sería demasiado cómodo dejarse llevar por una especie de triunfalismo, y pensar que este problema ha dejado de serlo desde el momento en que el movimiento de Lefebvre se ha separado netamente de la Iglesia. Un cristiano nunca puede ni debe alegrarse de una desunión. Aunque con toda seguridad la culpa no pueda achacarse a la Santa Sede, es nuestra obligación preguntarnos qué errores hemos cometido, qué errores estamos cometiendo.

Las pautas con que se valora el pasado, desde la aparición del decreto sobre el ecumenismo del Vaticano II, deben, como es lógico, tener valor también para el presente. Uno de los descubrimientos fundamentales de la teología del ecumenismo es que los cismas se pueden producir únicamente cuando, en la Iglesia, ya no se viven y aman algunas verdades y algunos valores de la fe cristiana.

La verdad marginada se independiza, queda arrancada de la totalidad de la estructura eclesial, y alrededor de ella se forma entonces el nuevo movimiento. Nos debe hacer reflexionar el hecho de que no pocos hombres, más allá del círculo más restringido de los miembros de la confraternidad de Lefebvre, están viendo en este hombre una especie de guía o, por lo menos, un aleccionador útil. No es suficiente remitirse a motivos políticos, o a la nostalgia y otras razones secundarias de tipo cultural.

Esas causas no serían suficientes para atraer también, y de modo especial, jóvenes, de muy diversos países, y bajo condiciones políticas o culturales, completamente diferentes. Ciertamente, la visión estrecha, unilateral, se nota en todas partes; sin embargo, el fenómeno en su conjunto no sería pensable si no estuvieran también en juego elementos positivos, que generalmente no encuentran suficiente espacio vital en la Iglesia de hoy.

Por todo ello, deberíamos considerar esta situación primordialmente como una ocasión de examen de conciencia. Debemos dejarnos preguntar en serio sobre las deficiencias en nuestra pastoral, que son denunciadas por todos estos acontecimientos. De este modo podremos ofrecer un lugar a los que están buscando y preguntando dentro de la Iglesia, y así lograremos convertir el cisma en superfluo, desde el mismo interior de la Iglesia. Querría nombrar tres aspectos que, según mi opinión, tienen un papel importante a este respecto.

a) Lo santo y lo profano

Hay muchas razones que pueden haber motivado que muchas personas busquen un refugio en la vieja liturgia. Una primera e importante es que allí encuentran custodiada la dignidad de lo sagrado. Con posterioridad al Concilio, muchos elevaron intencionadamente a nivel de programa la «desacralización», explicando que el Nuevo Testamento había abolido el culto del Templo: la cortina del Templo desgarrada en el momento de la muerte de cruz de Cristo significaría –según ellos– el final de lo sacro. La muerte de Jesús fuera de las murallas, es decir, en el ámbito público, es ahora el culto verdadero. El culto, si es que existe, se da en la no-sacralidad de la vida cotidiana, en el amor vivido.

Empujados por esos razonamientos, se arrinconaron las vestimentas sagradas; se libró a las iglesias, en la mayor medida posible, del esplendor que recuerda lo sacro; y se redujo la liturgia, en cuanto cabía, al lenguaje y gestos de la vida ordinaria, por medio de saludos, signos comunes de amistad y cosas parecidas.

Sin embargo, con tales teorías y una tal praxis se desconocía completamente la conexión real entre el Antiguo y el Nuevo Testamento; se había olvidado que este mundo todavía no es el Reino de Dios y que «el Santo de Dios» (Io 6,69) sigue estando en contradicción con el mundo; que necesitamos de la purificación para acercarnos a Él; que lo profano, también después de la muerte y resurrección de Jesús, no ha llegado a ser lo santo. El Resucitado se ha aparecido sólo a aquellos cuyo corazón se ha dejado abrir para Él, para el Santo: no se ha manifestado a todo el mundo.

De este mundo se ha abierto el nuevo espacio del culto, al que ahora estamos remitidos todos; a ese culto que consiste en acercarse a la comunidad del Resucitado, a cuyos pies se postraron las mujeres y le adoraron (Mt 28,9). No quiero en este momento desarrollar más este punto, sino sólo sacar directamente la conclusión: debemos recuperar la dimensión de lo sagrado en la liturgia. La liturgia no es festival, no es una reunión placentera.

No tiene importancia, ni de lejos, que el párroco consiga llevar a cabo ideas sugestivas o elucubraciones imaginativas. La liturgia es el hacerse presente del Dios tres veces santo entre nosotros, es la zarza ardiente, y es la Alianza de Dios con el hombre en Jesucristo, el Muerto y Resucitado. La grandeza de la liturgia no se funda en que ofrezca un entretenimiento interesante, sino en que llega a tocarnos el Totalmente-Otro, a quien no podríamos hacer venir. Viene porque quiere.

Dicho de otro modo, lo esencial en la liturgia es el misterio, que se realiza en el rito común de la Iglesia; todo lo demás la rebaja. Los hombres lo experimentan vivamente, y se sienten engañados cuando el misterio se convierte en diversión, cuando el actor principal en la liturgia ya no es el Dios vivo, sino el sacerdote o el animador litúrgico.

b) La no-arbitrariedad de la fe y su continuidad

Defender el Concilio Vaticano II, en contra de Monseñor Lefebvre, como válido y vinculante en la Iglesia, es y va a seguir siendo una necesidad. Sin embargo, exis­te una actitud de miras estrechas que aísla el Vaticano II y que ha provocado la oposición.

Muchas exposiciones dan la impresión de que, después del Vaticano II, todo haya cambiado y lo anterior ya no puede tener validez, o, en el mejor de los casos, sólo la tendrá a la luz del Vaticano II. El Concilio Vaticano Segundo no se trata como parte de la totalidad de la Tradición viva de la Iglesia, sino directamente como el fin de la Tradición y como un recomenzar enteramente de cero.

La verdad es que el mismo Concilio no ha definido ningún dogma y ha querido de modo consciente expresarse en un rango más modesto, meramente como Concilio pastoral; sin embargo, mu­chos lo interpretan como si fuera casi el superdogma que quita importancia a todo lo demás.

Esta impresión se refuerza especialmente por hechos que ocurren en la vida corriente. Lo que antes era considerado lo más santo –la forma transmitida por la liturgia–, de repente aparece como lo más prohibido y lo único que con seguridad debe rechazarse.

No se tolera la crítica a las medidas del tiempo postconciliar; pero donde están en juego las antiguas reglas, o las grandes verdades de la fe –por ejemplo, la virginidad corporal de María, la resurrección corporal de Jesús, la inmortalidad del alma, etc.–, o bien no se reacciona en absoluto, o bien se hace sólo de forma extremadamente atenuada.

Yo mismo he podido ver, cuando era profesor, cómo el mismo obispo que antes del Concilio había rechazado a un profesor irreprochable por su modo de hablar un poco tosco, no se veía capaz, después del Concilio, de rechazar a otro profesor que negaba abiertamente algunas verdades fundamentales de la fe.

Todo esto lleva a muchas personas a preguntarse si la Iglesia de hoy es realmente todavía la misma de ayer, o si no será que se la han cambiado por otra sin avisarles. La única manera para hacer creíble el Vaticano II es presentarlo claramente como lo que es: una parte de la entera y única Tradición de la Iglesia y de su fe.

c) La unicidad de la verdad

Dejando ahora aparte la cuestión litúrgica, los puntos centrales del conflicto son, actualmente, el ataque contra el decreto sobre la libertad religiosa y contra el pretendido espíritu de Asís. En ellos Lefebvre traza las fronteras entre su posición y la de la Iglesia Católica de hoy.

No es necesario añadir expresamente que no se pueden aceptar sus afirmaciones en este terreno. Pero no vamos a ocuparnos aquí de sus errores, sino que queremos preguntarnos dónde está la falta de claridad en nosotros mismos. Para Lefebvre, se trata de la lucha contra el liberalismo ideológico, contra la relativización de la verdad.

Evidentemente, no estamos de acuerdo con él en que el texto del Concilio sobre la libertad religiosa o la oración de Asís, según las intenciones queridas por el Papa, son relativizaciones. Sin embargo, es verdad que, en el movimiento espiritual del tiempo postconciliar, se daba muchas veces un olvido, incluso una supresión de la cuestión de la verdad; quizás apuntamos aquí al problema crucial de la teología y la pastoral de hoy.

La «verdad» apareció de pronto como una pretensión demasiado alta, un «triunfalismo» que ya no podía permitirse. Este proceso se verifica de modo claro en la crisis en la que han caído el ideal y la praxis misionera. Si no apuntamos a la verdad al anunciar nuestra fe, y si esa verdad ya no es esencial para la salvación del hombre, entonces las misiones pierden su sentido.

En efecto, se deducía y se deduce la conclusión que, en el futuro, se debe buscar sólo que los cristianos sean buenos cris­tianos, los musulmanes buenos musulmanes, los hindúes buenos hindúes, etc. Pero, ¿cómo se puede saber cuándo alguien es «buen» cristiano o «buen» musulmán? La idea de que todas las religiosas son, hablando con propiedad, solamente símbolos de lo incomprensible en último término, gana terreno rápidamente también en la teología y ya entra profundamente en la praxis litúrgica.

Allí donde se produce ese fenómeno, la fe como tal queda abandonada, pues consiste precisamente en que yo me confío a la verdad en tanto que reconocida. Así, cierta­mente, tenemos todas las motivaciones para volver al buen sentido también en esto. Si conseguimos mostrar y vivir de nuevo la totalidad de lo católico en estos puntos, entonces podemos esperar que el cisma de Lefebvre no será de larga duración.
Fonte: La Buhardilla de jeronimo

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CRUZADA DE ORAÇÕES PELO PAPA BENTO XVI


CRUZADA DE ORACIONES POR EL SANTO PADRE BENEDICTO XVI

1. El día de hoy, 4 de febrero de 2009, la Secretaría de Estado de Su Santidad ha hecho pública una nota acerca de los últimos acontecimientos relativos a la decisión del Santo Padre de levantar la pena de excomunión latae sententiae que pesaba sobre los cuatro obispos de la Fraternidad Sacerdotal de San Pío X (FSSPX) desde 1988, cuando fueron consagrados ilícitamente por monseñor Marcel Lefebvre.

Como se sabe, unas declaraciones –anteriores al decreto de la Congregación para los Obispos de 21 de enero último e inéditas– de monseñor Richard Williamson, en las que el prelado se mostraba partidario de tesis revisionistas sobre la Shoah, han provocado una campaña intensiva en los medios de comunicación dirigida contra el Santo Padre Benedicto XVI, en la que es acusado de favorecer el antisemitismo por “rehabilitar a un obispo que niega el holocausto”.

En estas circunstancias, algunos sectores han aprovechado, además, para reiterar sus ataques al Papa por llevar a cabo lo que juzgan una “política de regresión y de olvido del concilio Vaticano II” que marcaría su pontificado con medidas como la liberalización de la misa romana anterior a las reformas postconciliares y la mano tendida a los dirigentes de la FSSPX.

2. La nota de la Secretaría de Estado de Su Santidad a la que nos referimos concluye con esta exhortación: “El Santo Padre pide el acompañamiento de la oración de todos los fieles para que el Señor ilumine el camino de la Iglesia. Que aumente el compromiso de los Pastores y de todos los fieles en apoyo de la delicada y pesada misión del Sucesor del Apóstol Pedro como «custodio de la unidad» en la Iglesia” (traducción castellana de La Buhardilla de Jerónimo).

Conscientes, pues, de nuestro deber como católicos, fieles hijos del Papa, queremos hacernos eco de esta petición y de sus intenciones, poniéndonos resueltamente de su lado en estas difíciles circunstancias y ofreciendo nuestras plegarias por sus intenciones. Al mismo tiempo, hacemos un humilde pero ferviente llamado a todos los católicos para que nos unamos todos en una cruzada de oración por el Santo Padre Benedicto XVI a llevarse a cabo este próximo viernes 6 de febrero, primer viernes de mes, dedicado especialmente al Sagrado Corazón de Jesús, “fuente de todo consuelo” y “paz y reconciliación nuestra”.

3. Así pues, proponemos:

a) a los sacerdotes:

- que ofrezcan la misa votiva del Sagrado Corazón ad mentem Romani Pontificis y con las conmemoraciones Pro Papa,
- que, en la adoración eucarística, antes de reservar, añadan –si no lo hacen ya- las preces Pro Romano Pontifice.

b) a los fieles:

- que ofrezcan la santa comunión reparadora especialmente por la salud, intenciones e incolumidad del Santo Padre,
- que asistan a la adoración eucarística allí donde ésta tenga lugar y se unan a las preces por el Papa,
- que ofrezcan el rezo del Santo Rosario, en privado o en común, íntegramente por el Romano Pontífice.

c) a todos:

- si es posible, recitar públicamente (o al menos en privado) los Salmos Penitenciales y las Letanías de los Santos en reparación por los ataques de los que es objeto el papa Benedicto XVI y la Santa Madre Iglesia.

Agradecemos de antemano la acogida brindada a esta iniciativa, nacida del amor y la adhesión al sucesor de Pedro, piedra de toque del verdadero catolicismo, y rogamos encarecidamente que se extienda a cuantas más personas sea posible para estrechar espiritualmente filas en torno a Benedicto XVI, a quien Dios guarde muchos años para bien de su Iglesia.


Barcelona, a 4 de febrero de 2009
Annum Paulinum
Annum Pacellianum

DA NATUREZA DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA E DA PRESENÇA REAL DE JESUS CRISTO NESTE SACRAMENTO




SANTÍSSIMA EUCARISTIA

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA
Catecismo Maior de São Pio X

1. DA NATUREZA DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA E DA PRESENÇA REAL DE JESUS CRISTO NESTE SACRAMENTO
A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual.

Na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da Santíssima Virgem Maria.

Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque Ele mesmo o disse, e assim no-lo ensina a Santa Igreja.

A matéria do Sacramento da Eucaristia é a que foi empregada por Jesus Cristo, a saber: o pão de trigo e o vinho de uva.

A forma do Sacramento da Eucaristia são as palavras usadas por Jesus Cristo: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue.

A hóstia antes da consagração é pão de trigo. Depois da consagração, a hóstia é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de pão.

No cálice antes da consagração está vinho com algumas gotas de água. Depois da consagração, há no cálice o verdadeiro Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies de vinho.

A conversão do pão no Corpo e do vinho no Sangue de Jesus Cristo faz-se precisamente no ato em que o sacerdote, na Santa Missa, pronuncia as palavras da consagração.

A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas palavras: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu Sangue’.

Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela Igreja transubstanciação.

Foi o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, Deus omnipotente, que deu tanta virtude às palavras da consagração.

Depois da consagração ficam só as espécies do pão e do vinho. Dizem-se espécies a quantidade e as qualidades sensíveis do pão e do vinho, como a figura, a cor e o sabor. As espécies do pão e do vinho ficam maravilhosamente sem a sua substância por virtude de Deus Omnipotente.

Tanto debaixo das espécies de pão, como debaixo das espécies de vinho, está Jesus Cristo vivo e todo inteiro com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Tanto na hóstia como no cálice está Jesus Cristo todo inteiro, porque Ele está na Eucaristia vivo e imortal como no Céu; por isso onde está o seu Corpo, está também o seu Sangue, sua Alma e sua Divindade; e onde está seu Sangue está também seu Corpo, sua Alma e Divindade, pois tudo isto é inseparável em Jesus Cristo.

Quando Jesus está na hóstia, não deixa de estar no Céu, mas encontra-se ao mesmo tempo no Céu e no Santíssimo Sacramento.

Jesus Cristo está em todas as hóstias consagradas por efeito da onipotência de Deus, a quem nada é impossível. Quando se parte a hóstia, não se parte o Corpo de Jesus Cristo, mas partem-se somente as espécies do pão. O Corpo de Jesus Cristo fica inteiro em todas e em cada uma das partes em que a hóstia foi dividida. Tanto numa hóstia grande como na partícula de uma hóstia, está sempre o mesmo Jesus Cristo.

Conserva-se nas igrejas a Santíssima Eucaristia para que seja adorada pelos fiéis, e levada aos enfermos, quando necessário.

A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
2. DA INSTITUIÇÃO E DOS EFEITOS DO SACRAMENTO DA EUCARISTIA

Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia na Última Ceia que celebrou com seus discípulos, na noite que precedeu sua Paixão. Jesus Cristo instituiu a Santíssima Eucaristia por três razões principais:
1. para ser o sacrifício da Nova Lei;
2. para ser alimento da nossa alma;
3. para ser um memorial perpétuo da sua Paixão e Morte, e um penhor precioso do seu amor para conosco e da vida eterna.

Jesus Cristo instituiu este Sacramento debaixo das espécies de pão e de vinho porque a Eucaristia devia ser nosso alimento espiritual, e era por isso conveniente que nos fosse dada em forma de comida e de bebida.

Os principais efeitos que a Santíssima Eucaristia produz em quem a recebe dignamente são estes:
1. conserva e aumenta a vida da alma, que é a graça, assim como o alimento material sustenta e aumenta a vida do corpo;
2. perdoa os pecados veniais e preserva dos mortais;
3. produz consolação espiritual.

A Santíssima Eucaristia produz em nós outros três efeitos, a saber:
1. enfraquece as nossas paixões, e em especial amortece em nós o fogo da concupiscência;
2. aumenta em nós o fervor e ajuda-nos a proceder em conformidade com os desejos de Jesus Cristo;
3. dá-nos um penhor da glória futura e da ressurreição do nosso corpo.
3. DAS DISPOSIÇÕES NECESSÁRIAS PARA BEM COMUNGAR

Para fazer uma comunhão bem feita, são necessárias três coisas:
1. estar em estado de graça;
2. estar em jejum desde a meia-noite até o momento da comunhão* (*esta lei não está mais em vigor, bastando, actualmente, o jejum de uma hora);
3. saber o que se vai receber e aproximar-se da sagrada comunhão com devoção";

"Estar em estado de graça" quer dizer: ter a consciência limpa de todo o pecado mortal.

Quem sabe que está em pecado mortal deve fazer uma boa confissão antes de comungar; porque para quem está em pecado mortal, não basta o ato de contrição perfeita, sem a confissão, para fazer uma comunhão bem feita. A Igreja ordenou, em sinal de respeito a este Sacramento, que quem é culpado de pecado mortal não ouse receber a Comunhão sem primeiro se confessar.

Quem comungasse em pecado mortal receberia a Jesus Cristo, mas não a sua graça; pelo contrário, cometeria sacrilégio e incorreria na sentença de condenação.

O jejum eucarístico consiste em abster-se de qualquer espécie de comida ou bebida** (**exceto a água natural). Quem engoliu restos de comida presos aos dentes pode comungar, porque já não são tomados como alimentos ou perderam tal condição. Comungar sem estar em jejum é permitido aos doentes que estão em perigo de morte, e aos que obtiveram permissão especial do Papa em razão de doença prolongada. A comunhão feita pelos doentes em perigo de morte chama-se Viático, porque os sustenta na viagem que eles fazem desta vida à eternidade.

"Saber o que vai receber" quer dizer: conhecer o que ensina com respeito a este Sacramento a Doutrina Cristã e acreditá-lo firmemente.

"Comungar com devoção" quer dizer: aproximar-se da sagrada Comunhão com humildade e modéstia, tanto na própria pessoa como no vestir, e fazer a preparação antes e a acção de graças depois da Comunhão.

A preparação antes da Comunhão consiste em nos entretermos algum tempo a considerar quem é Aquele que vamos receber e quem somos nós; e em fazer actos de fé, de esperança, de caridade, de contrição, de adoração, de humildade e de desejo de receber a Jesus Cristo.

A acção de graças depois da Comunhão consiste em nos conservarmos recolhidos a honrar a presença do Senhor dentro de nós mesmos, renovando os actos de fé, de esperança, de caridade, de adoração, de agradecimento, de oferecimento e de súplica, pedindo sobretudo aquelas graças que são mais necessárias para nós e para aqueles por quem somos obrigados a orar.

No dia da Comunhão deve-se manter, o mais possível, o recolhimento, e ocupar-se em obras de piedade, bem como cumprir com grande esmero os deveres de estado.

Depois da sagrada Comunhão, Jesus Cristo permanece em nós com a sua graça enquanto não se peca mortalmente; e com a sua presença real permanece em nós enquanto não se consomem as espécies sacramentais.

4. DA MANEIRA DE COMUNGAR

No ato de receber a sagrada Comunhão, devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada Hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta.

A toalha ou a patena da Comunhão deve-se segurar de maneira que recolha a sagrada Hóstia, caso ela venha a cair.
Devemos procurar engolir a sagrada Hóstia o mais depressa possível, e convém abster-nos de cuspir algum tempo. Se a sagrada Hóstia se pegar ao céu da boca, é preciso despegá-la com a língua, nunca porém com os dedos.


5. DO PRECEITO DA COMUNHÃO

Há obrigação de comungar todos os anos pela Páscoa, na própria paróquia, e, além disso, em perigo de morte. O preceito da Comunhão pascal começa a obrigar na idade em que a criança é capaz de recebê-la com as devidas disposições.

Aqueles que, tendo a idade capaz para serem admitidos à Comunhão, não comungam, ou porque não querem ou porque não estão instruídos por sua própria culpa, pecam sem dúvida. Pecam igualmente os seus pais, ou quem lhes faz as vezes, se o adiamento da Comunhão se dá por sua culpa, e hão de dar por isso severas contas a Deus.

É coisa óptima comungar frequentemente e até todos os dias, contanto que se faça com as devidas disposições. Pode-se comungar tão freqüentemente quanto o permita o conselho de um confessor piedoso

DON FELLAY DÁ SEGUNDA INTREVISTA APÓS O DECRETO DO PERDÃO DA EXCOMUNHÃO


DON FELLAY EM ORDENAÇÕES NA ARGENTINA
Monsenhor, no dia 30 de Junho de 1988, o senhor era consagrado Bispo por Monsenhor Marcel Lefebvre, junto com outros três sacerdotes da Fraternidade São Pío X. Esse acto fez de V. Excias e do Bispo brasileiro Dom Antônio de Castro Mayer os primeiros excomungados depois do Concílio Vaticano II. Hoje V. Excia é o Superior Geral da Fraternidade, o que no apressado linguajar jornalístico é definido como “o chefe dos lefevrianos”. Estamos em Menzingen, Suíça, na Casa Geral. Temos sobre a mesa o decreto da Santa Sé que levanta aquelas excomunhões. Que sente, V. Excia?

Dom Fellay: “Alegria, satisfação. Não são os sentimentos de uma pessoa que pensa ter vencido. O que a Fraternidade Sacerdotal de São Pío X fez desde sua fundação até hoje, e que continuará fazendo sempre, o fez e o fará só pelo bem da Igreja. Também as consagrações episcopais de 1988 foram realizadas com esse fim. Pelo bem da Igreja e por nossa sobrevivência. Monsenhor Lefebvre devia – repito: devia - assegurar a continuidade. Não somos mais que um pequeno bote de salvação em um mar tempestuoso. Nós sempre estivemos a serviço da Igreja e sempre o estaremos. O levantamento das excomunhões, junto ao Motu Proprio do Papa Bento XVI sobre a Missa antiga, é um sinal importante, realmente importante, para nosso pequeno bote. É por isso que falo de alegria e satisfação”.

Onde e quando V.Excia soube do decreto?

Dom Fellay: “Soube dele poucos dias atrás em Roma, no escritório de um Cardeal, o Cardeal Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Ecclesia Dei. Nós nos abraçamos. Em seguida, em primeiro lugar, dei graças à Virgem Maria, porque este é um presente dEla. Foi para obter sua intercessão que reunimos mais de um milhão e setecentos mil terços, rezados pelos fiéis que desejavam o levantamento das excomunhões”.

Quem trabalhou mais no Vaticano para chegar a essa solução?

Dom Fellay: “Seguramente o Cardeal Hoyos, que é o presidente de a Comissão encarregada das relações entre a Santa Sé e a Fraternidade de São Pío X. Porém, sobretudo, o Papa Bento XVI. Eu o compreendi desde a primeira audiência em que me encontrei com ele, pouco depois de sua eleição. Ainda quando nos repreendia, o Santo Padre tinha um tom doce, verdadeiramente paternal”.

No decreto se diz que o Santo Padre confia em vosso compromisso “de não poupar esforços para aprofundar as necessárias discussões com a Autoridade da Santa Sé nos assuntos que permanecem abertos”. Que quer dizer isso?

Dom Fellay: “Quer dizer que, como todos os filhos da Igreja, somos chamados a discutir aquelas questões que consideramos fundamentais para a fé e para a vida da própria Igreja. Creio que isso reconhece, ao menos, a seriedade de nossa posição crítica sobre estes últimos quarenta anos. Nós não pedimos mais que clareza. O facto de que a vontade do Santo Padre vá nessa direcção é realmente de grande consolo. O importante é que se entenda que, inclusive nos momentos em que fazemos críticas severas, nós não estamos nunca contra a Igreja ou contra o papado. E como poderíamos estar contra o Papado? Amiúde nos acusaram de ser “lefevrianoss”, porém nós não somos “lefevranos”, ainda que esse nome continue sendo para nós um título de honra: nós somos católicos. O primeiro a não ser lefevriano foi nosso fundador, Monsenhor Lefebvre. Quando isso fique claro, se comprenderá melhor nossas posições. Levará algum tempo porém creio que, pouco a pouco, ficará claro que tudo o que fazemos é obra de Igreja”.

O levantamento das excomunhões é fruto de uma tratativa e de um acordo ou é um acto unilateral da Santa Sé?

Dom Fellay: “Nós pedimos em várias ocasiões a liberdade para a celebração da Missa antiga e o levantamento das excomunhões. Porém, o que aconteceu agora não é fruto de uma tratativa ou de um acordo. Foi um acto gratuito e unilateral que demonstra que Roma realmente nos quer bem. Um verdadeiro bem. Por muito tempo tivemos a impressão de que Roma não queria entrar no assunto. Logo depois tudo mudou e isso nós o devemos ao Papa”.

Por que Bento XVI quis tanto esse acto? Deu-se conta ele da complicação em que ele se colocou com o levantamento das excomunhões?

Dom Fellay: “Ah sim, creio que ele está bem consciente das reacções mais diversas e mais desordenadas. Ademais, em várias ocasiões, antes e depois de sua eleição papal, ele falou da crise da Igreja em termos nada ambíguos. Quando mencionei sua doçura paternal eu me referia ao fato de que nele se manifestam, juntos, a consciência dos tempos em que vivemos, a firmeza para dar-lhes remédio e a atenção para com todos seus filhos. Isto faz que as reacções mais ou menos inadequadas ante seus actos podem fazê-lo sofrer porém certamente não fazem com que ele mude de parecer. E aqui está também o motivo dessa decisão”.

Neste contexto, poder-se-ia sintetizar essa notícia dizendo que a Tradição já não está excomungada?

Dom Fellay: “Sim, ainda que se necessitará tempo antes de que isso se converta em moeda corrente dentro do mundo católico. Até hoje, em muitos ambientes temos sido considerados e tratados pior que o diabo. Tudo o que fazíamos e dizíamos era necessariamente algo mau. Não creio que a situação possa mudar repentinamente. Porém, hoje existe um cato da Santa Sé que nos permite dizer que a Tradição não está excomungada”.

E que se sente viver como excomungado?

Dom Fellay: “Sente-se dor pelo uso malicioso e instrumentalizado de uma marca de infâmia. A respeito de nossa situação, em troca, devo dizer que nunca nos sentimos excomungados, nunca nos sentimos cismáticos. Sempre nos sentimos como parte da Igreja e a notícia da qual estamos falando demonstra que tínhamos razão”.

Chegados a este ponto nos perguntamos por que essa situação se prolongou tanto. E, sobretudo, de que natureza são as questões que o documento da Santa Sé e V. Excias mesmo dizem que devem ser ainda discutidas?

Dom Fellay:”Eu o resumo brevemente. Num momento, dentro da Igreja vimos que se tomava um caminho novo, segundo nós um caminho que levaria a grandes problemas. Nós não fizemos mais do que pensar, ensinar e praticar o que a Igreja havia feito sempre até aquele momento: nada mais e nada menos. Não inventamos nada. Seguimos, de fato, a Tradição. E hoje a Tradição já não está excomungada.

Fonte:Jornal Libero - "Segunda entrevista de D Fellay após o decreto"
MONTFORT Associação Cultural

A IGREJA NÃO TOLERA A NEGAÇÃO DO HOLOCAUSTO


Vaticano responde a Angela Merkel: a Igreja não tolera a negação do Holocausto e a posição do Papa a esse propósito não podia ser mais clara

4/2/2009) Com uma declaração entregue aos jornalistas, o Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, respondeu à chanceler alemã, Angela Merkel, afirmando que a Igreja não tolera a negação do Holocausto e que a readmissão na comunhão da Igreja de D. Richard Williamson foi um ‘gesto de misericórdia paterna’.
Horas antes, Ângela Merkel pedira ao Vaticano que expressasse a sua real posição sobre o ‘negacionismo’, a conduta de negar o massacre de judeus no período do ‘Holocausto’.

“A condenação das declarações ‘negacionistas’ do Holocausto, por parte do Papa, ‘não podia ser mais clara’, e é evidente que se referiam seja à opinião de D. Richard Williamson como a posições análogas” – afirmou Padre Lombardi, no seu comunicado.

D. Williamson, que afirmou que as câmaras de gás não existiram e que os judeus não foram vítimas dos nazistas, é um dos quatro bispos integrantes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X que tiveram a excomunhão revogada por Bento XVI no mês passado.

“O pensamento do Papa sobre o tema do Holocausto foi expresso com muita clareza na Sinagoga de Colónia , a 19 de Agosto de 2005, no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, a 28 de Maio de 2006, na audiência geral de 31 de Maio de 2006 no Vaticano e na audiência de 28 de Janeiro passado, com palavras inequívocas” – disse Padre Lombardi, recordando apenas algumas delas:

“Enquanto renovo com afecto a minha plena e indiscutível solidariedade para com nossos irmãos judeus, auspicio que a memória da Shoah induza a humanidade a reflectir sobre a imprevisível potência do mal quando conquista o coração do homem” - destacou.
“A Shoah deve ser para todos uma advertência contra o esquecimento, contra a negação e contra o reducionismo” - acrescentou o Papa, naquela ocasião.

PAPA BENTO XVI DESCONHECIA OPINIÕES DO BISPO WILLIAMSON E EXIGE SUA RETRATAÇÃO


O BISPO WILLIAMSON EM ORDENAÇÕES EM ÊCONE

A Secretaria de Estado emite uma nota esclarecendo a situação dos bispos lefebvristas

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI «desconhecia a postura do bispo Richard Williamson sobre a Shoá no momento de levantar a excomunhão», e portanto este «deverá tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância» delas antes de «ser admitido às funções episcopais na Igreja».

Assim expressa uma Nota da Secretaria de Estado vaticana, divulgada nesta quarta-feira, na qual explica que o levantamento da excomunhão aos quatro bispos ordenados por Dom Marcel Lefebvre em 1988 não supõe sua reabilitação no ministério.

A Secretaria, órgão que colabora mais de perto com o sumo pontífice, considerou oportuno emitir esta nota «a partir das reações suscitadas» pelo levantamento da excomunhão aos quatro prelados da Fraternidade São Pio X, «e em relação às declarações negacionistas ou reducionistas da Shoá por parte do bispo Williamson».

O documento consta de três partes, nas quais se declaram os motivos da remissão desta grave pena, assim como a situação dos quatro prelados na Igreja e a questão concreta das declarações do bispo Williamson sobre o Holocausto.

Quanto à primeira questão, a nota explica que o Papa com este gesto de «benignidade» «quis tirar um impedimento que prejudicava a abertura de uma porta ao diálogo» após o cisma.



Agora, o bispo de Roma «espera que a mesma disponibilidade seja expressada pelos quatro bispos, em total adesão à doutrina e à disciplina da Igreja».

Com relação à segunda questão, a situação dos prelados, a Secretaria de Estado declara que o levantamento da excomunhão «liberou os quatro bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X».

Esta, «por enquanto, não goza de reconhecimento algum na Igreja Católica», declara.

«Tampouco os quatro bispos, ainda que liberados da excomunhão, têm uma função canônica na Igreja e não exercem licitamente um ministério nela.»

Para que este reconhecimento se dê, é «condição indispensável», afirma a nota, «o reconhecimento pleno do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI».


Negação da Shoá

Com relação às declarações que geraram a polêmica, «absolutamente inaceitáveis e firmemente rejeitadas pelo Santo Padre», a nota declara que estas eram «desconhecidas pelo Papa no momento da remissão da excomunhão».

«O bispo Williamson, para ser admitido às funções episcopais na Igreja, deverá também tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância de suas posturas sobre a Shoá», acrescenta a Nota.

Por outro lado, declara, o Papa já esclareceu sua postura sobre o Holocausto em 28 de janeiro passado, «quando, referindo-se àquele selvagem genocídio, reafirmou sua plena e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança».

Por último, o Papa «pede o acompanhamento na oração de todos os fiéis, para que o Senhor ilumine o caminho da Igreja», e pede o apoio de pastores e fiéis para a «delicada e pesada missão do sucessor do apóstolo Pedro como guardião da unidade da Igreja».

HUGO DE SÃO VICTOR SERMO XIV DAS VESTES SAGRADAS,


HUGO DE SÃO VICTOR
SERMO XIV
DAS VESTES SAGRADAS, POR OCASIÃO DE UM SÍNODO, OU DA FESTA DE SACERDOTES CONFESSORES
(Sermone Centum)

"Revistam-se, ó Senhor, os teus sacerdotes de justiça".
Salmo 131, 9

É necessário, irmãos caríssimos, que nós que exercemos o sacerdócio na casa de Deus vivamos neste sacerdócio uma digna justiça e nos revistamos, neste ofício, com vestes honestas, ou melhor, que exerçamos as virtudes que são significadas por estas vestes. De que nos aproveitará, efetivamente, que nos ornamentemos com as vestes, se não nos ornamentarmos com as virtudes?

Se víssemos um sacerdote celebrar a missa sem as vestimentas sacerdotais, sem alba, sem estola, sem insígnias sacerdotais, certamente isto nos admiraria muito e com grande horror detestaríamos semelhante ministro. Se, portanto, deve ser detestado quem se aproxima do altar sem as vestes adequadas, quão detestável e quão horrível não será quem presumir aproximar-se dele repleto de vícios e carecendo de virtudes?

Tanto quanto difere qualquer prato da comida, tanta é a diferença entre o que significa e o significado. As vestes significam, as virtudes são significadas. As vestes ornamentam exteriormente diante do povo, as virtudes recomendam o ministro interiormente diante de Deus. Assim como, portanto, não ousamos aproximar-nos do altar sem as vestes, assim também não presumamos aproximar-nos sem virtudes.

Examinemos, portanto, quais são estas vestes, e quais são as virtudes por elas significadas.

As vestimentas são a alba interior e a alba exterior; o amito sobre os ombros, que podemos chamar de super humeral; o cíngulo, a estola, o manípulo, a casula.

Antes de tudo o mais o sacerdote deve depor suas vestimentas habituais, lavar as mãos e revestir-se de vestimentas brancas. Depor as vestimentas habituais significa a renúncia ao homem velho, a ablução das mãos significa a confissão dos crimes e a tomada das novas vestimentas a prática das virtudes.

A alba interna é o interior, a externa o exterior. Aquela permanece oculta, esta é manifesta. Aquela se esconde, esta se revela. Por causa disto a interior significa a pureza do coração, a exterior a pureza do corpo.

O super humeral, que é colocado sobre os ombros, onde costumam colocar-se os pesos, significa a paciência nos trabalhos presentes, que nos é necessária se quisermos ser verdadeiros sacerdotes. De onde que, dos que a perderam está escrito:

"Ai dos que perderam a paciência".
Ecl. 2, 16

E o Senhor, louvando no Evangelho a paciência, diz:

"Na vossa paciência possuireis as vossas almas".
Luc. 21, 19

Sustentemos, portanto, irmãos, tudo o que nos suceder de adverso, para que

"assim como recebemos os bens da mão de Deus, assim também haveremos de receber os males".
Jó 2, 10

O cíngulo, que circunda os rins e estreita as vestimentas para que não esvoacem, sugere a virtude da continência, que refreia o fluxo lascivo de nossa luxúria.

A estola, que é colocada ao pescoço, designa o suave jugo do Senhor, do qual o Senhor nos diz no Evangelho:

"O meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
Mat. 11, 30

Segue-se-lhe o manípulo, que pende do braço esquerdo, que nada mais denota do sacramento, senão ser ali colocado como uma cautela, para que o sacerdote não faça nada em seu ministério sem cautela e com negligência, mas realize tudo com diligência, como alguém que está na presença de Deus e dos santos anjos. Significa, portanto, a cautela pela qual evitamos o que devemos evitar e fazemos o que devemos fazer.

O ministro do Senhor, revestido e adornado com todas estas coisas, ainda não está apto para o ofício sacerdotal, nem presume cumprí-lo se não acrescentar e superpor a todas estas uma sétima, que é dita casula. Esta vestimenta é mais excelente que as demais e mais eminente do que todas. Que virtude diremos ser significada por ela, senão a caridade, da qual diz o Apóstolo:

"Vou mostrar-vos um caminho ainda mais excelente. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como um bronze que soa ou como um címbalo que tine",
I Cor. 12, 31-13, 1

palavras que vossa fraternidade bem conhece. Ele, de quem era bem evidente possuir tantos dons espirituais e virtudes, diz todavia da caridade:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar os montes, ainda que distribuísse todos os meus bens e entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, nada me aproveitaria".
1 Cor. 13, 1-3

Bem aventurada virtude da caridade! E bem aventurado será somente aquele que até o fim nela perseverar. Quem, portanto, com as demais virtudes possuir a caridade, este é sacerdote. E quem, ainda que possua as demais sem ela, sacerdote não é.

Se queremos, portanto, e o devemos, ser verdadeiros sacerdotes, tenhamos a alba interior pela pureza do coração e a exterior pela pureza do corpo; o super humeral pela paciência, o cíngulo pela continência, a estola pela obediência, o manípulo pela cautela, a casula pela caridade fraterna. Armados com tudo isto, ofereçamos santa e religiosamente o holocausto ao Senhor e de nós será dito o que está escrito:

"Vós sois gente eleita, sacerdócio real".
1 Pe. 2, 9

Tais foram os santos cuja solenidade hoje celebramos. Tais, irmãos caríssimos, procuremos ser, para que nos revistamos de justiça, e tornados com eles participantes dos méritos, mereçamos também tornar-nos sócios dos prêmios.

Que pelos seus méritos e por sua intercessão aquele que vive e reina se digne vir em nosso auxílio.
Fonte:S.Pio V

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

CALENDÁRIO LTÚRGICO DE FEVEREIRO



DOMINGO 1. IV domingo después de Epifanía. (II clase, verde) Gloria y Credo. Prefacio de la Santísima Trinidad. (Se omite por este año la fiesta de San Ignacio de Antioquía)

LUNES 2. Presentación de Jesús y Purificación de la Santísima Virgen (II clase, blanco) Gloria y Credo. Prefacio de Navidad. Si hay bendición de las velas

MARTES 3. Feria. Conmemoración de San Blas, obispo y mártir. (IV clase, verde) Misa del domingo IV tras Epifanía. 2ª Oración de San Blas. Sin Gloria. Prefacio común.

MIERCOLES 4. San Andrés Corsino, obispo y confesor. (III clase, blanco) Gloria y prefacio común. En algunos lugares, San Juan Brito.

JUEVES 5. Santa Águeda, virgen y mártir. (III clase, rojo) Gloria y prefacio común. En algunos lugares san Felipe de Jesús.

VIERNES 6. San Tito, obispo y confesor (III clase, blanco) Conmemoración de santa Dorotea, virgen y mártir. Gloria y prefacio común. 2ª Oración de Santa Dorotea.

Primer viernes de Mes: se puede decir misa votiva del Sagrado Corazón.

SÁBADO 7. San Romualdo, abad (III clase, blanco) Gloria y prefacio común.

DOMINGO 8. Domingo de Septuagésima (II clase, morado). Sin Gloria, pero si Credo. Se saltan los domingos V y VI de Epifanía y se comienza con la Septuagésima. (Se omite por este año la fiesta de San Juan de Mata).

Normas para el tiempo de septugésima:
-se suprimen el Aleluya hasta la misa de la noche de Pascua y en su lugar se recita o canta el Tracto.
-No se dice Gloria, pero si Credo.
-Se sigue diciendo Prefacio de la Trinidad.


LUNES 9. San Cirilo, obispo de Alejandría y doctor (III clase, blanco) Conmemoración de Santa Apolonia, virgen y mártir. Gloria y prefacio común. 2ª oración de Santa Apolonia. Tracto.

MARTES 10. Santa Escolástica, virgen. (III clase, blanco) Gloria y prefacio común. Tracto.

MIÉRCOLES 11. Aparición de Nuestra Señora de Lourdes (III clase, blanco) Gloria y prefacio de la Virgen, se dice “et in Conceptione Immaculata”.Sin Credo. Tracto.

JUEVES 12. Los siete santos fundadores de los Servitas de María, confesores (III clase, blanco) Gloria y prefacio común. Tracto. En algunos lugares, Santa Eulalia de Barcelona.

VIERNES 13. Feria (IV clase, morado) Misa del Domingo de Septuagésima. Prefacio Común.

SÄBADO 14. Santa María en Sábado. (IV clase, blanco) Conmemoración de San Valentín, sacerdote y mártir. Gloria y prefacio de la Virgen.

DOMINGO 15. Domingo de Sexagésima (II clase, morado) Sin Gloria, pero si Credo. Tracto.

LUNES 16. Feria (IV clase, morado) Misa del Domingo de Sexagésima. Prefacio Común.

MARTES 17. Feria (IV clase, morado) Misa del Domingo de Sexagésima. Prefacio Común.

MIÉRCOLES 18. Feria (IV clase, morado) Conmemoración de San Simeón, obispo y mártir. Misa del Domingo de Sexagésima. Prefacio Común.

JUEVES 19. Feria (IV clase, morado) Misa del Domingo de Sexagésima. Prefacio Común.

VIERNES 20. Feria (IV clase, morado) Misa del Domingo de Sexagésima. Prefacio Común.

SÁBADO 21. Santa María en Sábado (IV clase, blanco) Gloria y Prefacio de la Virgen. Tracto.

DOMINGO 22. Domingo de la Quincuagésima. (II clase, morado) Sin Gloria, pero si Credo. Tracto. Conmemoración de la Cátedra de San Pedro (Doble oración con única conclusión)

LUNES 23. San Pedro Damián, obispo y doctor (III clase, blanco) Gloria y prefacio común. Tracto.

MARTES 24. San Marías, apóstol (II clase, rojo) Gloria y Credo. Prefacio de los Apóstoles. Tracto.

COMIENZO de la CUARESMA

Normas generales de la Cuaresma:
-No se ponen flores ni reliquias en los altares.
-No se utilizan ni dalmáticas ni tunicelas.
-Se suspenden las solemnidades nupciales durante toda ella.
-Los ornamentos son morados si no se celebra la festividad de un santo.
-Las misas feriales de Lunes, Miércoles y Viernes tienen tracto después de la Epístol, en cuyo rezo ha de hacerse genuflexión.
- En las misas feriales, después de la Poscomunión se dice la oración super populum.
-Se permite el uso del órgano durante la misa solamente para sostener el canto.


MIÉRCOLES 25. Miércoles de Ceniza (I clase, morado) Prefacio de Cuaresma. Después de la postcomunión, se recita la oración sobre el pueblo.

JUEVES 26. Feria (III clase, morado) Prefacio de Cuaresma. Después de la postcomunión, se recita la oración sobre el pueblo.

VIERNES 27. Feria (III clase, morado) Prefacio de Cuaresma. Después de la postcomunión, se recita la oración sobre el pueblo. 2ª oración de san Gabriel de la Dolorosa. En algunos lugares, San Leandro, obispo y doctor.

SÁBADO 28. Feria (III clase, morado) Prefacio de Cuaresma. Después de la postcomunión, se recita la oración sobre el pueblo.
Publicado por Fraternidad de Cristo Sacerdote y Santa María Reina