sábado, 12 de novembro de 2011

* Elder Porphyrios continually emphasizes that our f... * Elder Porphyrios of Kavsokalyvia (1906 - 1991) * PRIÈRE DE JÉSUS * Père PORPHYRIOS : comment nos prières sont exaucée... * Elder Porphyrios : Christ. He is our friend * Les enseignements de Père Porphyrios : La prière a... * L'Anziano Porphyrios diceva: "La vita senza Cristo... * Staretz Porphyrios: Comment vaincre la dépression * Prayer – Wounded by Love, Elder Porphyrios * The Farewell Letter of Elder Porphyrios * The Power of the Name By Bishop Kallistos Ware of ... * Writings from Elder Porphyrios * Melancholy, sadness, anxiety by Elder Porphyrios... * Elder Porphyrios on the Jesus Prayer: don’t put yo...

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA:
 
2666. Mas o nome que tudo encerra é o que o Filho de Deus recebe na sua encarnação: JESUS. O nome divino é indizível para lábios humanos mas, ao assumir a nossa humanidade, o Verbo de Deus comunica-no-lo e nós podemos invocá-lo: «Jesus», « YHWH salva» . O nome de Jesus contém tudo: Deus e o homem e toda a economia da criação e da salvação. Rezar «Jesus» é invocá-Lo, chamá-Lo a nós. O seu nome é o único que contém a presença que significa. Jesus é o Ressuscitado, e todo aquele que invocar o seu nome, acolhe o Filho de Deus que o amou e por ele Se entregou.
 
2667. Esta invocação de fé tão simples foi desenvolvida na tradição da oração sob as mais variadas formas, tanto no Oriente como no Ocidente. A formulação mais habitual, transmitida pelos espirituais do Sinai, da Síria e de Athos, é a invocação: «Jesus, Cristo, Filho de Deus, Senhor, tende piedade de nós, pecadores!». Ela conjuga o hino cristológico de Fl 2, 6-11 com a invocação do publicano e dos mendigos da luz (14). Por ela, o coração sintoniza com a miséria dos homens e com a misericórdia do seu Salvador.
 
2668. A invocação do santo Nome de Jesus é o caminho mais simples da oração contínua. Muitas vezes repetida por um coração humildemente atento, não se dispersa num «mar de palavras», mas «guarda a Palavra e produz fruto pela constância». E é possível «em todo o tempo», porque não constitui uma ocupação a par de outra, mas é a ocupação única, a de amar a Deus, que anima e transfigura toda a acção em Cristo Jesus.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

* A Sacralidade da Santa Missa Interessantíssima ent... * O Pleito pela Missa Latina por Dietrich von Hildeb... * Cardénal Albert Malcolm Ranjith, affirme : « La me... * Blessed Newman points out that NEVER in her histor... * Pontifical Mass for the Feat of the Sacred Heart a... * A ACÇÃO SAGRADA DA MISSA : O Santo Sacrifício da M... * VENERÁVEL PIO XII MEDIATOR DEI SOBRE A SAGRADA LIT... * Card. Darío Castrillón : Evangéliser sur Internet ... * * Prayer – Wounded by Love, Elder Porphyrios *... * * Pope Benedict asks the faithful to love God’s la... * Pope Benedict asks the faithful to love God’s law ... * संत पापा बेनेडिक्ट 16 वें को इटली के नात्स साब नगर... * Legea lui Dumnezeu nu cere să fie îndeplinită cu a... * Katechese von Papst Benedikt XVI. über das Gebet: ... * Audience générale du 9 novembre 2011: Prier le Ps ...


A Sacralidade da Santa Missa Interessantíssima entrevista de Dom Fernando Rifan sobre sobre o caráter sagrada da liturgia Missa antiga

  Um dos motivos pelos quais nós conservamos e amamos a liturgia romana na sua forma antiga –que é chamada atualmente de forma extraordinária do rito romano–, é exatamente porque ela expressa bem o caráter sagrado da liturgia...podemos dizer, o caráter vertical da liturgia, de nós para Deus, e não apenas o horizontal, que seria de homem para homem.A liturgia é algo sagrado. Portanto, algo que nos fala de Deus.A liturgia é algo sagrado. Portanto, algo que nos fala de Deus.Aliás, nas grandes religiões também se usa uma língua diferente.A língua, os gestos, as inclinações, as genuflexões, os símbolos, os panos, as toalhas, tudo tem de exprimir um caráter sagrado. Você não usa uma toalha qualquer. É uma toalha diferente. O espaço celebrativo é diferente.Na liturgia há os tempos de silêncio, porque o silêncio é algo bem respeitoso. Na Igreja não se aplaude, como se aplaude em um comício. O silêncio é tão respeitoso que já diz tudo. Não precisa ficar aplaudindo.

 
PAULO, terça-feira, 19 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (Campos, Brasil), Dom Fernando Arêas Rifan, considera que a permissão universal de Bento XVI para se celebrar a missa antiga (chamada também de missa tridentina) promove a paz litúrgica e beneficia tanto tradicionalistas como progressistas.
A Adminstração Apostólica São João Maria Vianney foi criada por João Paulo II em 2002. É uma diocese de caráter pessoal, não territorial, fundada após diálogo com fiéis tradicionalistas que eram numerosos na região.
Nesta entrevista a Zenit, Dom Fernando Rifan fala sobre o caráter sagrado da liturgia.
–Poderia explicar a diferença entre os termos “sagrado” e “profano”?
–Dom Fernando Arêas Rifan: Um dos motivos pelos quais nós conservamos e amamos a liturgia romana na sua forma antiga –que é chamada atualmente de forma extraordinária do rito romano–, é exatamente porque ela expressa bem o caráter sagrado da liturgia. Não que a outra não expresse, mas esta expressa de modo mais claro. Como, aliás, acontece com a diferença entre os vários ritos. Participei recentemente, ao lado de outros bispos, da Missa no rito maronita. O que os bispos mais admiraram foi o respeito e o caráter sagrado que se expressa naquele rito oriental. São modos de expressar a sacralidade, podemos dizer, o caráter vertical da liturgia, de nós para Deus, e não apenas o horizontal, que seria de homem para homem.
A liturgia é algo sagrado. Portanto, algo que nos fala de Deus. É interessante que qualquer pessoa sabe disso. Uma das coisas mais tocantes da história do Brasil foi aquela passagem da carta de Pero Vaz de Caminha, quando ele narra a primeira missa no Brasil. Ele conta que os portugueses chegaram, os padres formaram o altar, prepararam o órgão e começou a missa. Os índios foram chegando e começaram a imitar os gestos dos portugueses. Um detalhe interessante é que durante a missa chegou um outro grupo de índios. Um índio do primeiro grupo, que já estava ali, quando certamente interrogado por um índio do segundo grupo sobre o que estava acontecendo, apontou para a missa e apontou para o céu. Para mim este é o melhor comentário sobre a missa. Apontou para a missa e apontou para o céu: quer dizer, está-se passando a comunicação da terra com o céu. Está-se fazendo uma coisa sagrada. Esse caráter sagrado é que a gente não pode deixar perder na liturgia.
–Poderia dar exemplos de como se expressa o caráter sagrado?
–Dom Fernando Arêas Rifan: O latim, por exemplo, que nós conservamos na liturgia, mas não em tudo, já que as leituras e os cânticos são em português. A liturgia é algo sagrado. Portanto, algo que nos fala de Deus.Aliás, nas grandes religiões também se usa uma língua diferente. No rito maronita, por exemplo, a consagração é em aramaico. Não é a mesma língua que você fala. Até em outras religiões há uma língua sagrada. Não é a língua comum. Então a liturgia nessas religiões tem uma outra língua. Mesmo o Hino Nacional brasileiro não é no linguajar que se usa a cada dia. Mostra que ali há algo sagrado, é o hino da pátria. Não se precisa entender cada palavra. Precisa entender que é algo sagrado que acontece.
A língua, os gestos, as inclinações, as genuflexões, os símbolos, os panos, as toalhas, tudo tem de exprimir um caráter sagrado. Você não usa uma toalha qualquer. É uma toalha diferente. O espaço celebrativo é diferente. Os cânticos são diferentes. Então não se pode usar aquilo que é comum, profano. A não ser que seja santificado, digamos. O pão, por exemplo, você come; mas o pão eucarístico é diferente. É por isso, por exemplo, que existe o ofertório: a retirada de algo do uso comum que se coloca para uso litúrgico. Assim também com a bênção. Você consagra algo para uso mais sagrado. As vestes sacerdotais, o modo de falar. Outro exemplo: o sermão não é um discurso político, não é para ficar contando piada, não é algo reles. Você está ali para ouvir a palavra de Deus. O “terra a terra” você já ouve toda hora. Para que você precisa disso na Igreja?
–O que o senhor chama de “terra a terra” tem a ver com o termo “profano”?
–Dom Fernando Arêas Rifan: “Profano” vem do latim “pro fanum”, em frente ao templo, fora do templo, não sagrado. Por exemplo, a Igreja diz que o instrumento por excelência a ser usado na liturgia é o órgão de tubos. Ele tem um som que o nosso subconsciente já se acostumou como algo sagrado. A Igreja põe como modelo do canto religioso o canto gregoriano. Porque é um canto em que predomina a oração cantada. A oração de melodia com pouca coisa de harmonia e quase nada de ritmo. Nas músicas modernas, por exemplo, bem profanas, tem-se a predominância do ritmo sobre a melodia e sobre a harmonia. Isso já mostra o caráter profano da música. Ela pode ser boa em outro lugar. É como dizia o próprio cardeal Ratzinger: há muita gente que confunde a igreja com o salão paroquial. Há coisas que você pode fazer no salão paroquial, mas não na igreja. Eu, por exemplo, toco acordeão. Toco música popular. Mas não na igreja. Eu toco no salão paroquial, com as crianças, na quermesse, onde as crianças tocam pandeiro, tamborim. Na igreja é o órgão. É preciso que se ressalte bem o caráter religioso, sagrado, ou seja, a sacralidade na Igreja. Na liturgia há os tempos de silêncio, porque o silêncio é algo bem respeitoso. Na Igreja não se aplaude, como se aplaude em um comício. O silêncio é tão respeitoso que já diz tudo. Não precisa ficar aplaudindo.
Nós preferimos a liturgia tradicional por tudo isso. Mas em qualquer liturgia há que se guardar o caráter religioso, sagrado, e não cair na coisa profana. O próprio Papa João Paulo II lamenta isso na Encíclica Ecclesia de Eucharistia: “às vezes transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa” (n. 10). Ou, como disse Bento XVI na carta aos bispos apresentando o Motu Próprio Summorum Pontificum, em muitos lugares, não se atendo às prescrições litúrgicas, consideram-se “autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou frequentemente a deformações da Liturgia ao limite do suportável”. Palavra infelizmente verdadeira: liturgia levada ao limite do suportável! E o Papa acrescenta: “Falo por experiência, porque também eu vivi aquele período com todas as suas expectativas e confusões. E vi como foram profundamente feridas, pelas deformações arbitrárias da Liturgia, pessoas que estavam totalmente radicadas na fé da Igreja”.
–Há um renovado interesse pela liturgia tradicional?
–Dom Fernando Arêas Rifan: Muitos padres novos querem aprender a liturgia na forma antiga. Há dois anos eu participei de um congresso em Oxford, na Inglaterra, promovido por grupos locais, para ensinar aos padres a liturgia tradicional. Foi aberto pelo arcebispo de Birminghan. Na missa, ele falou: ‘vocês todos estão aqui para aprender a forma antiga do rito romano. Vocês vão voltar para suas paróquias e celebrar o rito normal, de Paulo VI, mas vão celebrar melhor, porque, aprendendo o rito tradicional, aprenderão mais sacralidade, a rezar com mais devoção, e isso vai ajudá-los’.
O Papa quis isso. Quando ele permitiu a missa tradicional para o mundo todo, na forma extraordinária do rito romano, ele quis exatamente isso: a paz litúrgica, que um beneficiasse o outro. O rito tradicional pode se beneficiar do rito novo na maior participação que este traz; por outro lado, o rito novo vai aprender com o rito antigo a característica de mais sacralidade.
Depois dessa paz litúrgica que o Papa quis entre os dois ritos, para que um beneficie o outro, tem havido muita procura por sacerdotes. Nós mesmos fizemos um DVD para ensinar o rito tradicional. Muitos padres têm aprendido, muitos bispos têm incentivado nas suas dioceses. Acho que isso é muito importante. Conservar a liturgia tradicional como forma de riqueza da Igreja, uma forma litúrgica de expressar os dogmas eucarísticos e o respeito. Não se trata de confronto, de briga, nada disso. É um modo da Igreja, legítimo, aprovado pela Igreja, sem causar nenhum detrimento à comunhão. Evita divisões. O Bispo local patrocinando a Missa no rito tradicional, colocando-a em suas igrejas com sacerdotes regulares e sob sua jurisdição, evita que alguns católicos caiam na tentação de querer ir buscá-la em grupos separados ou cismáticos. O Bispo poderá dizer: “Nós temos aqui, porque ir buscar a Missa no rito romano antigo em outro lugar?”

DE:http://cooperadordaverdade.wordpress.com/2009/05/20/a-sacralidade-da-santa-missa/

O Pleito pela Missa Latina por Dietrich von Hildebrand : Existe uma ligação íntima entre a reverência e a sacralidade; a reverência permite-nos experimentar o sagrado, ascender para além do profano; a irreverência cega-nos a todo o mundo do sagrado. A reverência, incluindo o medo – em verdade, temor e tremor – é a resposta adequada ao sagrado.


Dietrich von Hildebrand foi um dos filósofos cristãos mais eminentes do mundo. Professor na Fordham University, o Papa Pio XII chamou-o "o Doutor da Igreja no século 20". Ele é autor de vários livros, incluindo Transformation in Christ e Liturgy and Personality.

TRIUMPH, Outubro 1966

Os argumentos da Nova Liturgia foram elegantemente condicionados, e talvez agora sejam estudados por recomendação. A nova forma da missa foi planejada para empenhar o celebrante e o fiel numa atividade comunal. No passado, o fiel servia a missa em isolamento pessoal, com cada crente fazendo suas preces privadas, ou, na melhor, seguindo as fórmulas no missal. Hoje, o fiel pode aproveitar o carácter social da celebração; estão aprendendo apreciá-la tal quais os almoços comunitários.


Antigamente, o sacerdote murmurava em língua morta, o que criava barreiras entre este e o povo. Agora, todos falam em inglês, o que tende a unir estreitamente povo e sacerdote. No passado, o sacerdote realizava a missa de costa para o povo, dando um clima de ritual esotérico. Hoje, a missa é ocasião mais fraternal, pois o sacerdote encara o povo. No passado, o sacerdote entoava estranhos cânticos medievais. Hoje, toda a assembleia executa canções de melodias simples e letras fáceis; estão até flertando com a música popular. Concluindo, o pleito pela missa nova resume-se a isto: fazer o fiel estar mais a vontade na casa de Deus.


Além do mais, dizem ter tais inovações a sanção da Autoridade; elas são apresentadas como resposta obediente ao espírito do Concilio Vaticano II. Todavia, o concílio diz, na sua constituição sobre liturgia, que a missa vernacular só é permitida em casos em que o bispo local ache-a oportuna; a constituição insiste fortemente na permanência da missa latina e aprova, de forma inconteste, o canto gregoriano.


Porém, os "progressistas" litúrgicos não se abalaram com a diferença entre permitir e ordenar. Sequer hesitaram quando autorizaram modificações, tais como o estar de pé ao receber a Santa Comunhão, o que não é mencionado pela constituição. Os progressistas argúem que podem tomar tais liberdades, pois a constituição é, afinal de contas, apenas o primeiro passo num processo evolucionário. Eles parecem estar neste caminho. Hoje, em qualquer lugar, é mui difícil encontrar a missa latina; nos Estados Unidos, são praticamente inexistentes. Até a missa conventual dos mosteiros é falada em vernáculo, e o glorioso gregoriano foi substituído por melodias insignificantes.

Minha preocupação não é com o estatuto legal das mudanças. Insisto: não quero dar a entender que reclamo de a constituição ter permitido o vernáculo substituir o latim. O que deploro é que a missa nova está substituindo a latina, que a antiga liturgia está sendo imprudentemente estraçalhada e negada pela maioria do povo de Deus.


Gostaria de levantar algumas questões àqueles que estão a promover tais desdobramentos: a missa nova, , melhorará o espírito humano mais que a antiga – evoca o sentido de eternidade? Ajudará a elevar nossos corações acima das preocupações mundanas – acima dos aspectos puramente naturais do mundo – até a Cristo? Aumentará a reverência, a apreciação do sagrado?

Certo, tais questões são retóricas e auto-evidentes. Fi-las, pois penso que cristãos sérios vão querer considerar sua importância antes de chegarem a uma conclusão sobre os méritos da nova liturgia. Qual o papel da reverência numa vida verdadeiramente cristã, e, mais importante, numa verdadeira adoração cristã de Deus?A reverência dá ao ser ocasião de falar connosco: a grandeza última do homem é ser capax Dei. A reverência é de importância capital para todos os domínios da vida do homem. Ela pode ser chamada correctamente de "mãe de todas as virtudes", pois esta atitude básica pressupõe todas as virtudes.


O gesto mais elementar de reverência é um reflexo do próprio ser. Ela distingue-se da majestade exterior do ser, que provém da mera ilusão ou ficção; a reverência é o reconhecimento da consistência interior e da positividade do ser – de sua independência às modas arbitrárias. A reverência dá ao ser a ocasião de desdobrar-se para como que falar connosco, fecundar nossas mentes. Portanto, a reverência é indispensável a qualquer intelecção adequada do ser. A profundidade e a plenitude do ser, além de todos os seus mistérios, nunca revelar-se-ão senão a uma mente reverente.


Recordem-se de que a reverência é elemento constitutivo da capacidade de "contemplar", que, como Platão e Aristóteles insistiam, é condição indispensável para a filosofia. De fato, a irreverência é a principal origem do erro filosófico. Se a reverência é a condição necessária para qualquer conhecimento seguro do ser, é, além disso, indispensável para acessar e compreender os valores baseados no ser. Somente o homem reverente, pronto a admitir a existência de algo maior que ele mesmo e predisposto ao silêncio, deixando o objeto falar-lhe – o homem que abre seu espírito – é capaz de penetrar no mundo sublime dos valores. Reconhecida a gradação dos valores, um novo tipo de reverência surge: a que responde não tão-somente à majestade do ser enquanto tal, mas ao valor especifico de um ser especifico e a sua posição na hierarquia de valores. Esta nova reverência permite ainda a descoberta de novos valores.


Somente numa atitude reverente o homem reflecte seu carácter essencialmente receptivo: sua grandeza última é ser capax Dei. Em outras palavras, o homem possui a capacidade de apreender algo maior que ele mesmo, a fim de ser tocado e fecundado, abandonando-se a este algo por vontade própria – como pura resposta a tais valores. A habilidade de transcender-se distingue o homem da planta e do animal; este último empenha-se apenas em desdobrar a própria enteléquia [forma]. Ora, somente o homem reverente pode conscientemente transcender-se, conforme sua condição humana fundamental e situação metafísica.


Melhor iremos ao encontro do Cristo elevando-nos a Ele, ou arrojando-O no mundo ordinário?Por sua vez, o homem irreverente aproxima-se do ser numa atitude de superioridade arrogante ou atrevida, de familiaridade presunçosa. Neste caso, está mutilado; é o caso do homem que, por muito se aproximar duma árvore ou construção, não pode mais vê-las. Em vez de manter a distância espiritual que lhe é própria – conservando um silêncio reverente, o ser talvez diga alguma coisa –, fecha-se; desta feita, silencia o ser. No incondicionado, a reverência é mais importante que a religião. Sabemos como isso afecta a relação do homem para com Deus. Existe uma ligação íntima entre a reverência e a sacralidade; a reverência permite-nos experimentar o sagrado, ascender para além do profano; a irreverência cega-nos a todo o mundo do sagrado. A reverência, incluindo o medo – em verdade, temor e tremor – é a resposta adequada ao sagrado.


Isso foi esclarecido por Rudolf Otto em seu famoso estudo The Idea of the Holy. Kierkegaard também chama atenção para o papel essencial da reverência no ato religioso, no encontro com Deus.

Igualmente, os judeus não estremecem profundamente quando o sacerdote conduz o sacrifício para o sanctum sanctorum? Isaias não estremeceu de medo devoto quando viu Jeová no templo e exclamou: "Ai de mim, estou perdido! Eu que sou um homem de lábios impuros... todavia meus olhos não viram o Rei"? Não foram tais as palavras de São Pedro após a pescaria miraculosa: "Aparta-se de mim, oh! Senhor, pois eu sou um pecador", testificando que quando a realidade de Deus irrompe sobre nós, somos tomados de temor e reverência?


O cardeal Newman expôs num sermão formidável que o homem que não teme nem reverencia não conhece a realidade de Deus. Quando São Boaventura escreve no Itinerarium Mentis ad Deum que somente o homem de desejo (tal como Daniel) pode entender a Deus, quer dizer que certa disposição de alma deve-se atingir a fim de entender o mundo de Deus, para o qual Ele nos quer levar. Este conselho é aplica-se, sobretudo, à liturgia da Igreja. O sursum corda – a elevação de nossos corações – é o primeiro requisito para a participação real na missa. Nada melhor para impedir a confrontação do homem para com Deus que a noção de "irmos ao altar de Deus" como se fôssemos a um divertido e relaxante compromisso social. Eis porque a missa latina com canto gregoriano, que eleva-nos à atmosfera sagrada, é muitíssimo superior à missa vernacular com músicas populares, que nos inclina a uma atmosfera meramente natural e profana.


O erro fundamental da maioria das inovações é imaginar que a nova liturgia traz o Santo Sacrifício da Missa para perto dos fiéis; que a podando dos velhos rituais trará a missa para a substância de nossas vidas. Perguntamos se é melhor encontrar com Cristo na missa elevando-se até Ele, ou arrojando-O em nosso mundo prosaico e ordinário. Os inovadores substituem a sacra intimidade com Cristo por uma inconveniente familiaridade. Realmente, a nova liturgia ameaça frustrar a confrontação com Cristo, pois desencoraja a reverência em face do mistério, elimina o temor, suprime o sentimento do sagrado. Não importa realmente se os fiéis sentem-se em casa na missa, mas se são transportados de suas vidas ordinárias para o mundo do Cristo – seja pela sua atitude de reverência perfeita, seja por estarem impregnados da realidade do Cristo.


Aqueles que decantam a nova liturgia insistem que, com o passar dos anos, a missa perdeu o carácter comunal e tornou-se ocasião de adoração individualista. A missa nova vernacular restauraria o sentimento de comunidade ao substituir as preces privadas pela participação da comunidade. Porém, esquecem-se de que há diferentes níveis e tipos de comunhão com outrem. O nível e a natureza da experiência comunitária são determinados pelo tema da comunhão, em nome de que ou por causa de que os homens estão reunidos.


O maior bem representado pelo tema, o qual empenha todos os homens, se for o mais sublime e profundo, é a comunhão. O ethos e a natureza da experiência comunitária no caso duma emergência nacional é, obviamente, radicalmente diferente da experiência comunitária num cocktail. As diferenças mais admiráveis serão encontradas entre comunidades cujo tema é o sobrenatural ou o meramente natural. A base da união comunitária é realização espiritual dos homens tocados por Cristo – a Santa Comunhão – , muito mais sublime que a de qualquer comunidade natural. O genuíno "nós comungamos" dos fiéis, tão bem expressado pela liturgia da Quinta-feira Santa nas palavras congregavit nos in unum Christi amor, só é possível como fruto da comunhão eu-Tu com o próprio Cristo. Somente a relação direta Deus-homem pode realizar a sagrada união entre os fiéis.

O "nós-experimentamos" despersonalizante é uma versão perversa da comunidade.

Na comunhão em Cristo, não há a auto-afirmação encontrada nas comunhões naturais. Ela exala a Redenção. Liberta o homem de toda auto-centralização. Contudo, essa comunidade não despersonaliza o indivíduo: longe de dissolver o sujeito numa névoa cósmica e panteísta, tão preconizada hoje em dia, realiza por completo o verdadeiro eu do sujeito. Na comunhão com Cristo não existe o conflito entre a pessoa e a comunidade, que se apresenta nas comunhões naturais. Logo, a comunidade da experiência sagrada está realmente em guerra com o despersonalizante "nós-experimentamos" encontrado nas congregações e nas assembleias populares que tendem a absorver e sublimar o individuo.Esta comunhão em Cristo, que fora tão cheia de vida nos primeiros séculos cristãos, de que todos os santos participaram, que descobriu na liturgia uma expressão sem igual, está agora sob ataque – esta comunhão que nunca considerou o individuo apenas como seguimento da comunidade, ou instrumento para servi-la. Para tal propósito, é importante notar que a ideologia totalitária não está só no sacrifício do individual pelo colectivo; algumas das ideias cósmicas de Teilhard de Chardin, por exemplo, implicam no sacrifício colectivista. Teilhard subordina o individual e sua santificação ao suposto desenvolvimento da humanidade. Até na época em que esta teoria perversa foi adoptada por vários católicos, havia muitas razões para que se insistisse vigorosamente no carácter sagrado da verdadeira comunhão em Cristo. Creio que a nova liturgia deva ser julgada por este teste: contribui para a autêntica comunidade sagrada? Concordamos que ela direcciona o carácter da comunidade; porém, é o carácter desejado? Essa comunhão é baseada no recolhimento, na contemplação e na reverência? Qual das duas – a missa nova, ou a missa latina com canto gregoriano – evoca tais atitudes d’alma de modo eficaz, permitindo comunhão mais profunda e verdadeira? Não é patente que o carácter comunal da missa nova é puramente profano, e que, como quaisquer outros encontros sociais, é mistura de entretenimento casual e actividade incessante, impedindo a confrontação reverente e contemplativa com Cristo e o mistério inefável da Eucaristia?

É claro que nossa época esta permeada desse espírito de irreverência. Isso é a noção distorcida da liberdade, que exige direitos ao mesmo tempo em que recusa deveres, que exalta a auto-indulgência, que aconselha o "seja você mesmo". O habitare secum dos Diálogos de São Gregório – o permanecer na presença de Deus, o que pressupõe reverência – hoje é considerado como antinatural, pomposo e servil. Porém, não é a missa nova um compromisso com o espírito moderno? Donde vem a depreciação da genuflexão? Por que a Eucaristia deve ser recebia em pé? Em nossa cultura, não é o ajoelhar-se a expressão clássica da adoração reverente? O argumento de que durante a refeição devemos antes estar de pé que ajoelhados é difícil de engolir. Além disso, esta não é a postura natural para comer: no relógio de Cristo, o estar sentado é o mesmo que dormir. Porém, o mais importante é a concepção irreverente da Eucaristia, para lhe enfatizar o carácter de refeição, em detrimento do carácter especial de mistério sagrado.


Enfatizar a refeição às expensas do sacramento certamente denuncia uma tendência a obscurecer a sacralidade do sacrifício. Tal tendência parece ligada à lamentável crença de que a vida religiosa vai se tormar mais vívida, mais existencial se for imersa em nossa vida cotidiana. Todavia, corremos o perigo de absorver o religioso no mundano, de apagar a diferença entre o sobrenatural e o natural. Temo que isso represente uma intrusão inconsciente do espírito naturalista, do espírito tal como expressado pelo imanentismo de Teilhard de Chardin.


Novamente, porque se aboliu a genuflexão às palavras "et incarnatus est" do Credo? Não era esse um gesto belo e nobre de adoração reverente ao professar o abrasador mistério da Encarnação? Quaisquer que sejam as intenções do inovador, certamente criaram o risco, mesmo que somente psicológico, da diminuição do temor religioso e do respeito ao mistério. Porém, existe mais uma razão para hesitar fazer mudanças desnecessárias na liturgia. As mudanças frívolas ou arbitrarias são aptas a erodir um tipo especial de reverência: a pietas. A palavra latina, como a alemã pietaet, não possui equivalente em inglês, mas pode ser entendida como respeito geral pela tradição; honra àquilo que nos foi legado pelas antigas gerações; fidelidade aos nossos ancestrais e suas obras. Note que pietas é uma palavra derivada de reverência, porém não deve ser confundida com a reverência enquanto tal, que descrevemos como resposta ao grande mistério do ser e sobretudo, uma resposta a Deus. Segue-se que, se o conteúdo de uma dada tradição não corresponde ao objecto de reverência original, não merece a reverência derivada. Se uma tradição incorpora elementos maus, tais como os sacrifícios de seres humanos, no culto dos Astecas, então esses elementos não devem ser tomados por pietas.


Não é, todavia, o caso cristão. Os que idolatram nossa época, que se impressionam com o que é moderno simplesmente por sê-lo, que acreditam que, em nossos dias, o homem finalmente "atingiu a maioridade", carece de pietas. O orgulho desses "nacionalistas temporais" não é somente irreverente, mas incompatível com a fé real. Um católico deve observar a liturgia com pietas. Deve reverenciar, e portanto, temer abandonar as orações, as posturas e as músicas que foram aprovadas por tantos santos durante a Era Cristã, deixadas para nós como preciosa herança. Para não ir muito longe, a ilusão de que possamos substituir o canto gregoriano, com seus hinos inspirados e ritmos, por uma música tão boa quanto, senão melhor, denuncia uma auto-afirmação ridícula e falta de auto-conhecimento.


Não podemos esquecer que, através da história do cristianismo, silêncio e solidão, contemplação e recolhimento foram considerados necessários para alcançar uma confrontação real com Deus. Este não é apenas um conselho da tradição cristã, a qual deve ser respeitada pela pietas: está enraizado na natureza humana. O recolhimento é a base necessária para a verdadeira comunhão; da contemplação surge a base necessária para a acção efectiva na vinha do Senhor. Uma espécie superficial de comunhão – a camaradagem jovial duma relação social – arrasta-nos para a periferia. Uma verdadeira comunhão cristã arrasta-nos para dentro dos abismos espirituais.


O caminho da verdadeira comunhão cristã: reverência..., recolhimento..., contemplação. Claro que devemos lamentar a carolice sentimental e individualista, reconhecendo que muitos católicos praticam-na. A experiência não é remédio para isso, nem a actividade é cura para a pseudo-contemplação. O remédio é encorajar a verdadeira reverência, a atitude de autêntico recolhimento e devoção contemplativa do Cristo. Somente tal atitude possibilita que aconteça uma verdadeira comunhão em Cristo. As leis fundamentais da vida religiosa que governam a imitação de Cristo, a transformação em Cristo, não se modificam de acordo com as modas e hábitos do momento histórico. A diferença entre a experiência comunitária superficial e a experiência comunitária profunda é sempre a mesma. O recolhimento e a adoração contemplativa do Cristo – que só a reverência torna possível – seria a base necessária para a verdadeira comunhão com os demais em Cristo, em qualquer era da história humana.

Cardénal Albert Malcolm Ranjith, affirme : « La messe est un sacrifice, un don, un mystère, indépendamment du prêtre qui la célèbre. Il est important, je dirais même fondamental, que le prêtre se mette de côté : le protagoniste de la messe est Jésus Christ. Je ne comprends donc pas les célébrations eucharistiques qui se transforment en spectacles, avec des danses, des chants ou des applaudissements, comme cela arrive malheureusement assez souvent avec le Novus Ordo ».


L’évêque d’une communauté brésilienne qui célèbre la messe selon l’ancien rite (la forme liturgique ancienne du rite romain appelée tridentine ou de saint Pie V) estime que les abus présents dans la liturgie sont dus à un « manque de spiritualité, de spiritualité sérieuse ».
« La messe attire pour ce qu’elle est, pour sa sacralité et son mystère », affirme Mgr Fernando Arêas Rifan, administrateur apostolique de l’Administration apostolique personnelle Saint Jean-Marie Vianey.
Dans un entretien à ZENIT, l’évêque parle, entre autres, de la beauté et de la richesse de la messe ancienne. Par le Motu Proprio « Summorum Pontificum », publié le 7 juillet 2007, Benoît XVI a étendu à toute l’Eglise la faculté de célébrer la messe selon ce rite.
L’Administration apostolique personnelle Saint Jean-Marie Vianney est une circonscription ecclésiastique qui équivaut, dans le droit canonique, aux diocèses soumis directement au Saint-Siège, en application du canon 368 et du décret « Animarum Bonum ».
Zenit - Dans l’administration apostolique on célèbre la messe selon l’ancien rite romain (précédant la réforme de 1970). Quelles sont les caractéristiques de cette messe ? Mgr Fernando Rifan - Les raisons qui expliquent qu’on aime ou préfère la forme liturgique ancienne du rite romain sont variées. Le 13 juillet 1988, le cardinal Joseph Ratzinger, notre pape actuel, en s’adressant aux évêques chiliens à Santiago, avait dit à ce sujet : « Bien que de nombreuses raisons aient conduit un grand nombre de fidèles à trouver refuge dans la liturgie traditionnelle, le fait qu’ils y aient trouvé une dignité du sacré qui soit encore intacte reste le plus important ».
De fait, cette liturgie, de par sa richesse, sa beauté, son élévation, sa noblesse et la solennité des cérémonies, pour son sens du sacré, son respect révérenciel, pour son sens du mystère, son grand souci de précision et de rigueur, qui sont une garantie et une protection contre les abus, éloignant ainsi toute possibilité d’ambigüité, de liberté, de créativité, d’adaptation, de réductions et d’instrumentalisations (comme le déplorait le pape Jean-Paul II dans son encyclique « Ecclesia de Eucaristia ») et étant pour nous la meilleure expression liturgique des dogmes eucharistiques et un solide aliment spirituel, constitue une des richesses de la liturgie catholique, avec laquelle nous exprimons notre amour et notre communion avec la sainte Eglise. Et le Saint-Siège reconnaît notre adhésion comme étant parfaitement légitime.
Zenit - Le Motu Proprio « Summorum Pontificum » permet une présence plus importante de la célébration de la messe selon l’ancien rite dans la vie de l’Eglise. Cette présence serait-elle bénéfique selon vous ?
Mgr Fernando Rifan - C’était déjà le vœu exprimé par Jean-Paul II quand il a dit dans son Motu proprio « Ecclesia Dei adflicta » du 2 juillet 1988 : « A tous ces fidèles catholiques, qui se sentent attachés à certaines formes liturgiques et disciplinaires antérieures de la tradition latine, je désire aussi manifester ma volonté, à laquelle je demande que s’associent les évêques et tous ceux qui ont un ministère pastoral dans l’Eglise, de leur faciliter la communion ecclésiale grâce à des mesures nécessaires pour garantir le respect de leurs aspirations... par ailleurs, on devra partout respecter les dispositions intérieures de tous ceux qui se sentent liés à la tradition liturgique latine, et cela par une application large et généreuse des directives données en leur temps par le Siège apostolique pour l’usage du missel romain selon l’édition typique de 1962 ».
Ce souhait a été maintenant renforcé et élargi au monde entier par le pape Benoît XVI avec le Motu Proprio « Summorum Pontificum ».
Les bénéfices de la réintroduction et de la diffusion dans la vie de l’Eglise de cette forme extraordinaire du rite romain ont déjà été mentionnés par le pape actuel dans son Motu proprio quand il dit que dans la célébration de la messe selon le missel de Paul VI on pourra manifester, de façon plus intense qu’auparavant, cette sacralité qui attire tant de fidèles vers la tradition ancienne. C’est exactement ce qu’a souligné le cardinal George, de Chicago : « ..Le Saint-Père, lui-même, il y a quelques temps, attirait notre attention sur la beauté et la profondeur du missel de Saint Pie V... la liturgie de 1962 est un rite autorisé de l’Eglise catholique et une source précieuse de compréhension liturgique pour tous les autres rites... Cette liturgie appartient à toute l’Eglise pour véhiculer cet esprit que l’on doit également répandre dans la célébration de la troisième édition typique du missel romain actuel » (cf. Cardinal Francis George, archevêque de Chicago, Etats-Unis, dans la préface aux Actes du Colloque 2002, « La Liturgie et le Sacré », du CIEL, Centre International d’Etudes Liturgiques).
Quand j’ai participé, en août 2007, au congrès d’Oxford réuni pour enseigner la célébration de la messe sous sa forme extraordinaire à quelque 60 prêtres diocésains du Royaume-Uni, l’archevêque de Birmingham, Mgr Vincent Nichols, a dit aux prêtres durant la messe d’ouverture qu’en apprenant à célébrer la messe dans sa forme ancienne, ils auraient appris à beaucoup mieux célébrer la messe dans leurs paroisses, même lorsqu’il s’agit pour eux de la célébrer selon le rite actuel de Paul VI.
Je pense que c’est le bénéfice souhaité par le pape dans son Motu Proprio « Summorum Pontificum ».
Zenit - Quels conseils donneriez-vous à des fidèles qui déplorent une certaine « banalisation » de la liturgie dans leurs communautés ?
Mgr Fernando Rifan - En évoquant les abus qui ont suivi la réforme liturgique, le cardinal Joseph Ratzinger, déplorait de voir la liturgie dégénérer en show, où tout est fait pour essayer de rendre la religion intéressante à l’aide d’éléments à la mode, avec des succès momentanés dans le groupe des « fabricants » liturgiques (introduction au livre « La Réforme Liturgique », de Mgr Klaus Gamber, pag. 6 et 8).
Le cardinal Edouard Gagnon était du même avis : « On ne peut ignorer que la réforme (liturgique) ait donné lieu à beaucoup d’abus et qu’elle ait conduit, dans une certaine mesure, à la disparition du respect pour le sacré. Ce fait doit, hélas, être admis et excuse un bon nombre de ces personnes qui se sont éloignées de notre Eglise ou de leur ancienne communauté paroissiale » (...) (« Intégralisme et conservatisme » - Entretien avec le cardinal Gagnon, « Offerten Zitung - Römisches », nov. déc. 1993, p.35).
Je pense que le point central de ces abus a été mis en lumière par le cardinal Ratzinger lui-même : c’est la porte ouverte à une fausse créativité des célébrants (entretien à la revue « Homme Nouveau », nº 7, octobre 2001).
Derrière cela se cache un manque de sérieux au niveau de la spiritualité, comme si pour attirer le peuple il fallait inventer de nouvelles choses. La sainte messe attire pour ce qu’elle est, pour sa sacralité et son mystère. Il s’agit au fond d’une perte de foi dans les mystères eucharistiques, à laquelle on essaie de suppléer en ayant recours à des nouveautés et à la créativité. Dès l’instant où le célébrant cherche à devenir protagoniste de l’action liturgique, il commence à y avoir des abus. On oublie que le centre de la messe est Jésus Christ.
L’actuel secrétaire de la Congrégation pour le culte divin, Mgr Albert Malcolm Ranjith, affirme : « La messe est un sacrifice, un don, un mystère, indépendamment du prêtre qui la célèbre. Il est important, je dirais même fondamental, que le prêtre se mette de côté : le protagoniste de la messe est Jésus Christ. Je ne comprends donc pas les célébrations eucharistiques qui se transforment en spectacles, avec des danses, des chants ou des applaudissements, comme cela arrive malheureusement assez souvent avec le Novus Ordo ».
La solution à tous ces abus se trouve dans les normes dictées par le magistère, surtout dans le document « Redemptionis Sacramentum », du 25 mars 2004, où il est dit que « selon les possibilités de chacun, tous ont le devoir de prêter une attention particulière à ce que le très saint Sacrement de l’Eucharistie soit défendu contre tout manque de respect et toute déformation, et que tous les abus soient complètement corrigés. Ce devoir, de la plus grande importance, qui est confié à tous et à chacun des membres de l’Église, doit être accompli en excluant toute acception de personnes » (n. 183).
Mais, comme dit Mgr Ranjith, « il existe une quantité de documents (contre ces abus) qui sont malheureusement restés lettre morte, abandonnés dans les librairies ou couverts de poussière ou, pire encore, jetés au panier comme du vieux papier ».

DE:http://news.catholique.org/analyses/18810-a-la-base-des-abus-liturgiques-une-perte-du

Blessed Newman points out that NEVER in her history has the Church abolished or prohibited "orthodox liturgical reforms." In citing Newman on this point approvingly, Ratzinger also acknowledges the evident fact that when a liturgy vanishes from history, that liturgy "belongs to historical times, not the present."


http://stjosaphat.files.wordpress.com/2009/01/dscf0891_0090_090.jpg?w=500&h=375My pupose in this post is to underscore John Henry Cardinal Newman's contribution as an historian to today's debate between the defenders of the traditional Latin Mass, on the one hand, and the opponents of the immemorial right of all Catholics to access the traditional Latin Mass, on the other hand. The problem of Catholic access to the traditional Latin Mass, we know, is historically and contemporarily bound up with what Joseph Cardinal Ratzinger (in 1999) called "the crisis deriving from some of the tendencies hidden in [the New Mass promulgated by Pope Paul VI]." One such tendency, Cardinal Ratzinger expressly states, is desacralization. ~ Is a desacralized liturgy then to monopolize Catholic worship? Here -- on this neuralgic point -- is where Cardinal Newman makes his contribution as an historian. Newman points out that NEVER in her history has the Church abolished or prohibited "orthodox liturgical reforms." In citing Newman on this point approvingly, Ratzinger also acknowledges the evident fact that when a liturgy vanishes from history, that liturgy "belongs to historical times, not the present." By forceful contrast, however, the traditional Latin Mass belongs to the PRESENT. Whence Cardinal Ratzinger's citation of Cardinal Newman's affirmation of the perduring reality of orthodox liturgies. Cardinal Ratzinger writes: "The citation from Cardinal Newman means that the authority of the Church has never in its history abolished with a legal mandate an orthodox liturgy." Contrary then to some sections of opinion in the Church, the traditional Latin Mass was never abolished by Pope Paul VI. On this crucial point, Cardinal Ratzinger is happy indeed to endorse Cardinal Newman's judgment affirming the perduring presence of the Church's classical Roman liturgy. See Letter from Joseph Cardinal Ratzinger to Fr. Matias Auge, Febraury 18, 1999, at _Rorate Caeli_, September 29, 2010, Internet.

DE:http://www.calcatholic.com/news/newsArticle.aspx?id=e27ff0b9-62df-4e4e-b8bd-576d8eda8a57

Pontifical Mass for the Feat of the Sacred Heart and Bishop Rifan's Sermon in the Church of St. Jean Baptiste, New York City



A ACÇÃO SAGRADA DA MISSA : O Santo Sacrifício da Missa, em sua essência e em sua manifestação exterior, não é uma Doutrina, nem é apenas uma Oração. É, sim, uma verdadeira Acção. "Fazei isto em memória de mim." Com esta recomendação, confiou o Senhor a seus Apóstolos a realização da acção que Ele mesmo havia feito na última Ceia. E a santa Igreja, herdeira legítima do testamento do Senhor, continua a agir do mesmo modo através dos séculos, realizando-se assim a acção por excelência da humanidade: a Acção Sagrada.


^


[francesco+090110+11+029.jpg]

- PARTE 1

I. A ACÇÃO SAGRADA

O Santo Sacrifício da Missa, em sua essência e em sua manifestação exterior, não é uma Doutrina, nem é apenas uma Oração. É, sim, uma verdadeira Acção. "Fazei isto em memória de mim." Com esta recomendação, confiou o Senhor a seus Apóstolos a realização da acção que Ele mesmo havia feito na última Ceia. E a santa Igreja, herdeira legítima do testamento do Senhor, continua a agir do mesmo modo através dos séculos, realizando-se assim a acção por excelência da humanidade: a Acção Sagrada.

1. Figuras e profecias

Render culto a Deus é obrigação de tôdoa criatura racional. No estado de inocência em que foi criado, o homem cumpriu êste dever, porque fazia parte de sua felicidade. A vida era um continuado serviço de Deus.
A vontade do homem não conhecia outro lema, senão êste: "Faça-se a vossa vontade."

A graça santificante uniu o homem a Deus em uma santa aliança de amor. Paz e prosperidade eram os frutos dessa união que seria apenas o comêço de uma união definitiva na eternidade.

O primeiro pecado destruiu aquela feliz e harmoniosa união e o homem aprendeu a conhecer o bem e o mal.
Perdida a graça santificante, partiu-se o laço de amor; a morte e o sofrimento entraram na vida do homem.
Cerraram-se para êle as portas do céu. Permaneceu, no entanto, a consciência de um dever: o de render culto ao Senhor. A mesma voz interior ainda lhe falava da obrigação de satisfazer pela culpa cometida. Tão universal era essa voz, que não houve tempo, remoto que fôsse, ou região por demais longínqua, em que se não prestasse um culto e não se oferecesse um sacrifício a Deus.

Um povo, o escolhido do Senhor, em meio de trovões e relâmpagos, no monte Sinai, ouviu da bôca do Deus três vezes Santo: "Eu sou o Senhor, teu Deus." Eram estas palavras a base da Aliança de Deus com o seu povo. Delas se originaram os 10 mandamentos da Lei, como também tôdas as prescrições que regulavam o culto público a ser prestado ao Sumo Senhor, pela criatura dotada de inteligência.

Minuciosas eram as prescrições e numerosas. Cioso de sua honra, Deus exigiu zêlo e atenção daqueles que deviam, prestrando culto, proclamar a glória do Altíssimo e testemunhar a sua própria submissão.

Consistia êsse culto em cânticos e hinos, como na oblação dos frutos da terra e no sacrifício de animais puros. Representaram êles o homem com tôdas as suas intenções. Teriam, porém, conseguido o seu fim, que era: honrar dignamente a Deus, satisfazer pela culpa e levar o homem à sua última perfeição?

O Concílio de Trento responde:
"Na antiga aliança, devido à insuficiência do sacerdócio levítico, não se chegou à perfeição. Era preciso segundo a determinação de Deus, Pai de misericórida, que surgisse, conforme o rito de Melquisedeque, outro Sacerdote, Nosso Senhor Jesus Cristo, que fôsse capaz de consumar, isto é, de conduzir à perfeição tôdos aquêles que deviam ser santificados.

Uma vez sòmente, o filho de Deus oferecer-se-ia , Êle prório, a Deus, seu Pai, sôbre o altar da Cruz, numa oblação em que a morte haveria de intervir a fim de operar a nossa redenção."

Mais uma vez ressoou a voz do Altíssimo. Dessa vez fala pela voz do profeta Malaquias: "Meu afeto não está em vós; nem continuarei a aceitar oferenda alguma de vossa mão. Porque desde o oriente até o poente o meu Nome é grande entre as nações e em todo lugar se sacrifica e se oferece uma oblação pura ao meu Nome; porque o meu Nome é grande entre as nações, assim diz o Senhor dos exércitos". Solenemente estava anunciado um novo Sacrifício, uma nova Ação Sagrada.

A AÇÃO SAGRADA (MISSA) - PARTE 2

2. O Sacrifício do Calvário

A Majestade de Deus, ofendida pelos homens, dêles se compadeceu. Deus mesmo se fêz homem, uniu sua Divindade à nossa humanidade, e assim o fêz para poder tornar-se o Medianeiro entre o Criador e a criatura.

Sendo Deus-Homem, tomou sôbre seus ombros os pecados dos homens e prestou uma satisfação digna e agradável ao Altíssimo. O sumo sacerdote do Antigo Testamento, uma vez apenas, no dia da reconciliação, entrava no Santos dos Santos e aspergia a arca com o sangue de bodes e touros, em expiação dos pecados do povo. Jesus Cristo, porém, é o Eterno e Sumo Sacerdote do Novo Testamento. Chegando a êste mundo, exclama: Sacrifícios e holocaustos não Vos agradam. Então eu disse: Eis que venho para fazer a vossa vontade, ó Deus! (Hebr. 10,5-7). Para reparar a desobediência do homem, fêz-se obediente até a morte e morte de Cruz.

No grande dia da reconciliação da humanidade, a Sexta-feira Santa, entrou no Santo dos Santos não feito por mãos de homens, isto é, entrou no céu. Não veio no sangue dos animais, mas em seu próprio Sangue, que derramou no altar da Cruz. E êste Sangue é mais forte do que o dos  animais, pois purifica os homens de seus pecados e subindo da terra para o céu, pede a alcança o perdão. a morte de Jesus não é sòmente satisfação; é igualmente o mais alto e mais perfeito louvor do Altíssimo, porque Jesus estava unido a Deus. Fazendo-se homem, nos fêz seus irmãos e filhos de seu Pai. Tornou-se participantes da natureza e da santidade de Deus, restituindo-nos a graça santificante.

Fonte:
  • Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas
FONTE:
  • Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

# VENERÁVEL PIO XII MEDIATOR DEI SOBRE A SAGRADA LIT... # Card. Darío Castrillón : Evangéliser sur Internet ... # * Prayer – Wounded by Love, Elder Porphyrios *... # Pope Benedict asks the faithful to love God’s law ... # संत पापा बेनेडिक्ट 16 वें को इटली के नात्स साब नगर... # Legea lui Dumnezeu nu cere să fie îndeplinită cu a... # Katechese von Papst Benedikt XVI. über das Gebet: ... # Audience générale du 9 novembre 2011: Prier le Ps ... # El Señor, la mejor heredad El salmo 119 comentado... # Una riflessione sul Salmo 119 e l'appello per le v...


VENERÁVEL PIO XII MEDIATOR DEI SOBRE A SAGRADA LITURGIA . Venérable Pie XII : le sacrement de l’ordre ...Encyclique MEDIATOR DEI de Sa Sainteté le Pape PIE XII SUR LA SAINTE LITURGIE . Venerable Pío XII : el Sacramento del Orden distingue a los Sacerdotes de todos los demás cristianos no consagrados. MEDIATOR DEI ENCYCLICAL OF THE VENERABLE POPE PIUS XII ON THE SACRED LITURGY . PIO PP. XII SERVO DEI SERVI DI DIO LETTERA ENCICLICA MEDIATOR DEI


 

O sacerdócio externo e visível de Jesus Cristo se transmite na Igreja não de modo universal, genérico e indeterminado, mas é conferido a indivíduos eleitos, com a geração espiritual da ordem, um dos sete sacramentos, o qual não somente confere uma graça particular, própria deste estado e deste ofício, mas ainda um carácter indelével que configura os ministros sagrados a Jesus Cristo sacerdote, demonstrando-os capazes de cumprir aqueles actos legítimos de religião com os quais os homens são santificados e Deus é glorificado, segundo as exigências da economia sobrenatural.




CARTA ENCÍCLICA DO PAPA PIO XII

MEDIATOR DEI

SOBRE A SAGRADA LITURGIA



Aos veneráveis irmãos Patriarcas, Primazes,
Arcebispos, Bispos e aos outros Ordinários locais
em paz e comunhão com a Sé Apostólica


III. A liturgia é regulada pela hierarquia eclesiástica

35. Para melhor compreender, ainda, a sagrada liturgia é necessário considerar outro seu carácter importante.

A Igreja é uma sociedade; exige, por isso, uma autoridade e hierarquia próprias. Se todos os membros do corpo místico participam dos mesmos bens e tendem aos mesmos uns, nem todos gozam do mesmo poder e são habilitados a cumprir as mesmas acções. O divino Redentor estabeleceu, com efeito, o seu reino sob fundamentos da ordem sagrada, que é reflexo da hierarquia celeste. (36). Somente aos apóstolos e àqueles que, depois deles, receberam dos seus sucessores a imposição das mãos, é conferido o poder sacerdotal em virtude do qual, como representam diante do povo que lhes foi confiado a pessoa de Jesus Cristo, assim representam o povo diante de Deus. Esse sacerdócio não vem transmitido nem por herança, nem por descendência carnal, nem resulta da emanação da comunidade cristã ou de delegação popular. Antes de representar o povo, perante Deus, o sacerdote representa o divino Redentor, e porque Jesus Cristo é a cabeça daquele corpo do qual os cristãos são membros, ele representa Deus junto do povo. O poder que lhe foi conferido não tem, pois, nada de humano em sua natureza; é sobrenatural e vem de Deus: "assim como o Pai me enviou, assim eu vos envio:..' ;(40) "quem vos ouve, a mim ouve..."; (41) "percorrendo todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura; quem crer e for batizado, será salvo".(42)

37. Por isso o sacerdócio externo e visível de Jesus Cristo se transmite na Igreja não de modo universal, genérico e indeterminado, mas é conferido a indivíduos eleitos, com a geração espiritual da ordem, um dos sete sacramentos, o qual não somente confere uma graça particular, própria deste estado e deste ofício, mas ainda um carácter indelével que configura os ministros sagrados a Jesus Cristo sacerdote, demonstrando-os capazes de cumprir aqueles actos legítimos de religião com os quais os homens são santificados e Deus é glorificado, segundo as exigências da economia sobrenatural.

38. Com efeito, como o lavacro do batismo distingue os cristãos e os separa dos outros que não foram lavados na água purificadora e não são membros de Cristo, assim o sacramento da ordem distingue os sacerdotes de todos os outros cristãos não consagrados, porque somente eles, por vocação sobrenatural, foram introduzidos no augusto ministério que os destina aos sagrados altares e os constituem instrumentos divinos por meio dos quais se participa da vida sobrenatural com o corpo místico de Jesus Cristo. Além disso, como já dissemos, somente estes são marcados com caráter indelével que os configura ao sacerdócio de Cristo e somente as suas mãos são consagradas "para que seja abençoado tudo o que abençoam e tudo o que consagram seja consagrado e santificado em nome de nosso Senhor Jesus Cristo".(43) Aos sacerdotes, pois, deve recorrer quem quer que deseje viver em Cristo, a fim de receber deles o conforto, o alimento da vida espiritual, o remédio salutar que o curará e o fortificará para que possa felizmente ressurgir da perdição e do abismo dos vícios; deles, enfim, receberá a bênção que consagra a família e por eles o último suspiro da vida mortal será dirigido ao ingresso na beatitude eterna.

39. Já que a sagrada liturgia é exercida sobretudo pelos sacerdotes em nome da Igreja, a sua organização, o seu regulamento e a sua forma não podem depender senão da autoridade da Igreja. Esta é não somente uma conseqüência da natureza mesma do culto cristão, mas é ainda confirmada pelo testemunho da história.

40. Esse direito inconcusso da hierarquia eclesiástica é provado ainda pelo fato de ter a sagrada liturgia estreita ligação com aqueles princípios doutrinários que a Igreja propõe como fazendo parte de verdades certíssimas, e por isso deve conformar-se aos ditames da fé católica proclamados pela autoridade do supremo magistério para proteger a integridade da religião revelada por Deus.

41. A esse propósito, veneráveis irmãos, fazemos questão de pôr em sua justa luz uma coisa que pensamos não ignorais, isto é, o erro daqueles que pretenderam que a sagrada liturgia fosse como uma experimentação do dogma, de modo que, se uma destas verdades tivesse, através dos ritos da sagrada liturgia, trazido frutos de piedade e de santidade, a Igreja deveria aprová-la, e repudiá-la em caso contrário. Donde o princípio: "a lei da oração é lei da fé".

42. Não é, porém, assim que ensina e manda a Igreja. O culto que ela rende a Deus é, como de modo breve e claro diz santo Agostinho, uma contínua profissão de fé católica, e um exercício da esperança e da caridade: "a Deus se deve honrar com a fé, a esperança e a caridade".(44) Na sagrada liturgia fazemos explícita profissão de fé não somente com a celebração dos divinos mistérios, com o cumprimento do sacrifício e a administração dos sacramentos, mas ainda recitando e cantando o Símbolo da fé, que é como o distintivo e a téssera dos cristãos, com a leitura de outros documentos e das sagradas letras escritas por inspiração do Espírito Santo. Toda a liturgia tem, pois, um conteúdo de fé católica enquanto atesta publicamente a fé da Igreja.

43. Por esse motivo, sempre que se tratou de definir um dogma, os sumos pontífices e os concílios, abeberando-se das chamadas "fontes teológicas", não raramente tiraram argumentos também dessa sagrada disciplina, como fez, por exemplo, o nosso predecessor de imortal memória Pio IX quando definiu a imaculada conceição de Maria virgem. Do mesmo modo, a Igreja e os santos padres, quando se discutia uma verdade controversa ou posta em dúvida, não deixaram de pedir luz também aos ritos veneráveis transmitidos pela antiguidade. Assim se tornou conhecida e venerada a sentença: "A lei da oração estabeleça a lei da fé".(45) A liturgia, portanto, não determina nem constitui em sentido absoluto e por virtude própria a fé católica, mas antes, sendo ainda uma profissão da verdade celeste, profissão dependente do supremo magistério da Igreja, pode fornecer argumentos e testemunhos de não pouco valor para esclarecer um ponto particular da doutrina cristã. Se queremos distinguir e determinar, de modo geral e absoluto, as relações que intercorrem entre fé e liturgia, podemos afirmar com razão que "a lei da fé deve estabelecer a lei da oração". O mesmo deve dizer-se ainda quando se trata das outras virtudes teológicas: "na... fé, na esperança e na caridade oramos sempre com desejo contínuo"(46).

Venérable Pie XII : le sacrement de l’ordre range les prêtres à part des autres fidèles du Christ qui n’ont point reçu ce don, car eux seuls, répondant à l’appel d’une sorte d’instinct surnaturel, ont accédé à l’auguste ministère qui les consacre au service des autels et fait d’eux les divins instruments par lesquels la vie céleste et surnaturelle est communiquée au Corps mystique de Jésus-Christ. Et, en outre, comme Nous l’avons dit plus haut, eux seuls sont marqués du caractère indélébile qui les fait " conformes " au Christ Prêtre ; d’eux seuls les mains ont été consacrées, " afin que tout ce qu’ils béniraient soit béni, et tout ce qu’ils consacreraient soit consacré et sanctifié au nom de Notre-Seigneur Jésus-Christ " .


Encyclique MEDIATOR DEI



de Sa Sainteté le Pape PIE XII

SUR LA SAINTE LITURGIE


III. LA LITURGIE EST RÉGLÉE PAR LA HIÉRARCHIE ECCLÉSIASTIQUE

La nature de l’Église exige une hiérarchie…

Pour mieux comprendre ce qu’est la sainte liturgie, il faut encore considérer un autre de ses caractères, qui n’est pas de moindre importance.

L’Église est une société et, comme telle, elle requiert une autorité et une hiérarchie propres. Si tous les membres du Corps mystique participent aux mêmes biens et tendent aux mêmes fins, tous ne jouissent pas pourtant du même pouvoir ni ne sont habilités pour accomplir les mêmes actes. Le divin Rédempteur, en effet, a voulu constituer son royaume et l’appuyer sur des fondements stables selon l’ordre sacré, qui est une sorte d’image de la hiérarchie céleste.

Aux seuls apôtres et à ceux qui, après eux, ont reçu de leurs successeurs l’imposition des mains, a été conféré le pouvoir sacerdotal, en vertu duquel ils représentent leur peuple devant Dieu de la même manière qu’ils représentent devant leur peuple la personne de Jésus-Christ. Ce sacerdoce ne leur est pas transmis par hérédité ni par descendance humaine ; il n’émane pas non plus de la communauté chrétienne et il n’est pas une délégation du peuple. Avant de représenter le peuple auprès de Dieu, le prêtre est l’envoyé du divin Rédempteur, et parce que Jésus-Christ est la Tête de ce Corps dont les chrétiens sont les membres, il représente Dieu auprès du peuple dont il a la charge. Le pouvoir qui lui est confié n’a donc, de sa nature, rien d’humain ; il est surnaturel et il vient de Dieu : " Comme mon Père m’a envoyé, moi aussi je vous envoie… (Jn, XX, 21) ; celui qui vous écoute m’écoute… (Lc X, 16) ; allez dans le monde entier et prêchez l’Évangile à toute créature : celui qui croira et sera baptisé sera sauvé " (Mc XVI, 15-16).

… et donc un sacerdoce extérieur, visible…

C’est pourquoi le sacerdoce extérieur et visible de Jésus-Christ ne se transmet pas dans l’Église d’une manière universelle, générale ou indéterminée : il est conféré à des hommes choisis et constitue une sorte de génération spirituelle que réalise l’un des sept sacrements, l’ordre ; celui-ci ne donne pas seulement une grâce particulière propre à cet état et à cette fonction, mais encore un " caractère " indélébile, qui configure les ministres sacrés à Jésus-Christ Prêtre et qui les rend aptes à exercer légitimement les actes de religion ordonnés à la sanctification des hommes et à la glorification de Dieu, suivant les exigences de l’économie surnaturelle.

… consacré par le sacrement de l’ordre

En effet, de même que le bain baptismal distingue tous les chrétiens et les sépare de ceux que l’eau sainte n’a point purifiés et qui ne sont point membres du Christ, de même le sacrement de l’ordre range les prêtres à part des autres fidèles du Christ qui n’ont point reçu ce don, car eux seuls, répondant à l’appel d’une sorte d’instinct surnaturel, ont accédé à l’auguste ministère qui les consacre au service des autels et fait d’eux les divins instruments par lesquels la vie céleste et surnaturelle est communiquée au Corps mystique de Jésus-Christ. Et, en outre, comme Nous l’avons dit plus haut, eux seuls sont marqués du caractère indélébile qui les fait " conformes " au Christ Prêtre ; d’eux seuls les mains ont été consacrées, " afin que tout ce qu’ils béniraient soit béni, et tout ce qu’ils consacreraient soit consacré et sanctifié au nom de Notre-Seigneur Jésus-Christ " (Pontif. Rom., De ordinatione presbyteri, in manuum unctione.). Qu’à eux donc recourent tous ceux qui veulent vivre dans le Christ, car c’est d’eux qu’ils recevront le réconfort et l’aliment de la vie spirituelle ; d’eux ils recevront le remède du salut, grâce auquel, guéris et fortifiés, ils pourront échapper au désastre où mènent les vices ; par eux, enfin, leur vie commune familiale sera bénie et consacrée, et leur dernier souffle en cette vie mortelle deviendra l’entrée dans la béatitude éternelle.

La liturgie dépend de l’autorité ecclésiastique
a. Par sa nature même

Puisque la liturgie sacrée est accomplie au premier chef par les prêtres au nom de l’Église, son ordonnancement, sa réglementation et sa forme ne peuvent pas ne pas dépendre de l’autorité de l’Église. Ce principe, qui découle de la nature même du culte chrétien, est confirmé par les documents de l’histoire.

b. Par ses relations étroites avec le dogme

Ce droit indiscutable de la hiérarchie ecclésiastique est corroboré encore par le fait que la liturgie sacrée est en connexion intime avec les principes doctrinaux qui sont enseignés par l’Église comme points de vérité certaine, et par le fait qu’elle doit être mise en conformité avec les préceptes de la foi catholique édictés par le magistère suprême pour assurer l’intégrité de la religion révélée de Dieu.

A ce sujet, Nous avons jugé devoir mettre en exacte lumière ceci, que vous n’ignorez sans doute point, Vénérables Frères : à savoir, l’erreur de ceux qui ont considéré la liturgie comme une sorte d’expérience des vérités à retenir comme de foi ; de façon que si une doctrine avait produit, par le moyen des rites liturgiques, des fruits de piété et de sanctification, l’Église l’approuverait, et qu’elle la réprouverait dans le cas contraire. D’où proviendrait l’axiome : Lex orandi, lex credendi ; " la règle de la prière est la règle de la croyance ".

Mais ce n’est point cela qu’enseigne, ce n’est point cela que prescrit l’Église. Le culte qui est rendu par elle au Dieu très saint est, comme le dit de façon expressive saint Augustin, une profession continue de foi catholique et un exercice d’espérance et de charité : Fide, spe, caritate colendum Deum, affirme-t-il. (Enchiridion. cap. 3.) Dans la liturgie sacrée, nous professons la foi catholique expressément et ouvertement, non seulement par la célébration des mystères, l’accomplissement du sacrifice, l’administration des sacrements, mais aussi en récitant ou chantant le " Symbole " de la foi, qui est comme la marque distinctive des chrétiens, et de même en lisant les autres textes, et surtout les Saintes Écritures inspirées par l’Esprit-Saint. Toute la liturgie donc contient la foi catholique, en tant qu’elle atteste publiquement la foi de l’Église.

C’est pourquoi, chaque fois qu’il s’est agi de définir une vérité divinement révélée, les souverains pontifes et les conciles, lorsqu’ils puisaient aux " sources théologiques ", tirèrent maint argument de cette discipline sacrée ; tel, par exemple, Notre prédécesseur d’immortelle mémoire Pie IX, lorsqu’il décréta l’Immaculée Conception de la Vierge Marie. Et de même l’Église et les saints Pères, lorsqu’ils discutaient de quelque vérité douteuse et controversée, ne négligeaient pas de demander des éclaircissements aux vénérables rites transmis depuis l’antiquité, de là vient l’axiome connu et respectable : Legem credendi lex statuat supplicandi, " que la règle de la prière fixe la règle de la croyance " (De gratia Dei " Indiculus "). Ainsi, la sainte liturgie ne désigne et n’établit point la foi catholique absolument et par sa propre autorité, mais plutôt, étant une profession des vérités célestes soumises au suprême magistère de l’Église, elle peut fournir des arguments et des témoignages de grande valeur pour décider d’un point particulier de la doctrine chrétienne. Que si l’on veut discerner et déterminer d’une façon absolue et générale les rapports entre la foi et la liturgie, on peut dire à juste titre : Lex credendi legem statuat supplicandi, " que la règle de la croyance fixe la règle de la prière ". Et il faut parler de même quand il s’agit des autres vertus théologales : In… fide, spe, caritate continuato desiderio semper oramus, " nous, prions toujours et avec une ardeur continue, dans la foi, l’espérance et la charité " (S. Augustin, Epist. 130, ad Probam, 18.).

  

Venerable Pío XII : el Sacramento del Orden distingue a los Sacerdotes de todos los demás cristianos no consagrados, porque sólo ellos, por vocación sobrenatural, han sido introducidos al augusto ministerio que los destina a los sagrados altares, y los constituye en instrumentos divinos, por medio de los cuales se participa en la vida sobrenatural con el Cuerpo místico de Jesucristo. Además, como ya hemos dicho, sólo ellos están investidos del carácter indeleble que los configura al Sacerdocio de Cristo, y sólo sus manos son consagradas «para que sea bendito todo lo que bendigan, y todo lo que consagren sea consagrado y santificado en el nombre de nuestro Señor Jesucristo» .


"Mediator Dei"
Sobre la Sagrada Liturgia
20 de noviembre de 1947


C) NO HAY REPUGNANCIA
50. Por esto en la vida espiritual no puede haber ninguna oposición o repugnancia entre la acción divina, que infunde la gracia en las almas, para continuar nuestra Redención, y la colaboración activa del hombre, que no debe hacer infructuoso el don de Dios; entre la eficacia del rito externo de los Sacramentos, que proviene del valor intrínseco de los mismos («ex opere operato ») y el mérito del que los administra o recibe («ex opere operantis»); entre las oraciones privadas y las plegarias públicas; entre la ética y la contemplación de las verdades sobrenaturales; entre la vida ascética y la piedad litúrgica; entre el poder de jurisdicción y de legítimo magisterio y la potestad eminentemente sacerdotal que se ejercita en el mismo ministerio sagrado.

51. Por graves motivos la Iglesia prescribe a los ministros de los altares y a los religiosos que en los tiempos señalados atiendan a piadosa meditación, al diligente examen y enmienda de la conciencia y a los demás ejercicios espirituales, puesto que están destinados de manera particular a cumplir las funciones litúrgicas del sacrificio y de la alabanza divina.

52. Sin duda, la plegaria litúrgica, siendo como es oración pública de la Esposa Santa de Jesucristo, tiene mayor dignidad que las oraciones privadas; pero esta superioridad no quiere decir que entre los dos géneros de oración haya ningún contraste u oposición. Pues estando animadas de un mismo espíritu, las dos se funden y armonizan, según aquello: «porque Cristo lo es todo en todos» (Colos. 3, 11) y tienden al mismo fin: a formar a Cristo en nosotros.
III. La Liturgia es regulada por la Jerarquía
A) La doctrina

53. Para comprender mejor la Sagrada Liturgia es necesario considerar otro de sus caracteres, no de menor importancia.
La Iglesia es una sociedad y exige por esto una autoridad y jerarquía propias. Si bien todos los miembros del Cuerpo místico participan de los mismos bienes y tienden a los mismos fines, no todos gozan del mismo poder ni están capacitados para realizar las mismas acciones.

B) LOS ARGUMENTOS
1) PRIMER ARGUMENTO: El Sacramento del Orden.
54. En efecto, el Divino Redentor ha establecido su Reino sobre los fundamentos del Orden sagrado, que es un reflejo de la Jerarquía celestial.
Sólo a los Apóstoles y a aquellos que, después de ellos, han recibido de sus sucesores la imposición de las manos, les está conferida la potestad sacerdotal, en virtud de la cual, al mismo tiempo que representan a Cristo ante el pueblo que les ha sido confiado, representan también al pueblo ante Dios.

55. Este Sacerdocio no es transmitido ni por herencia ni por descendencia carnal, ni resulta por emanación de la comunidad cristiana o por diputación popular. Antes de representar al pueblo cerca de Dios, el Sacerdote representa al Divino Redentor, y como Jesucristo es la Cabeza de aquel cuerpo del que los cristianos son miembros, representa también a Dios cerca de su pueblo. La potestad que le ha sido conferida no tiene, por tanto, nada de humano en su naturaleza; es sobrenatural y viene de Dios: «Como me envió mi Padre, así os envío Yo...» (Juan, 20, 21). «El que a vosotros oye, a Mí me oye...» (Luc. 10, 16). «Id por todo el mundo y predicad el Evangelio a toda criatura. El que creyere y fuere bautizado, se salvará» (Marc. 16, 15-16).

56. Por esto el Sacerdocio externo y visible de Jesucristo se transmite a la Iglesia no de modo genérico, universal e indeterminado, sino que es conferido a individuos elegidos con la generación espiritual del Orden, uno de los siete Sacramentos, que no sólo confiere una gracia particular, propia de este estado y de este oficio, sino también un carácter indeleble que configura a los sagrados ministros a Jesucristo Sacerdote, demostrando que son aptos para realizar aquellos legítimos actos de religión, con los que los hombres se santifican y Dios es glorificado según las exigencias de la economía sobrenatural.

57. En efecto, así como el Bautismo distingue a los cristianos y los separa de aquellos que no han sido lavados en el agua purificadora y no son miembros de Cristo, así el Sacramento del Orden distingue a los Sacerdotes de todos los demás cristianos no consagrados, porque sólo ellos, por vocación sobrenatural, han sido introducidos al augusto ministerio que los destina a los sagrados altares, y los constituye en instrumentos divinos, por medio de los cuales se participa en la vida sobrenatural con el Cuerpo místico de Jesucristo. Además, como ya hemos dicho, sólo ellos están investidos del carácter indeleble que los configura al Sacerdocio de Cristo, y sólo sus manos son consagradas «para que sea bendito todo lo que bendigan, y todo lo que consagren sea consagrado y santificado en el nombre de nuestro Señor Jesucristo» (1).

58. A los Sacerdotes, pues, deben recurrir todos los que quieran vivir en Cristo, para que de ellos reciban el consuelo y el alimento de la vida espiritual, la medicina saludable que los curará y los revigorizará para que puedan felizmente resurgir de la perdición y de la ruina de los vicios; de ellos finalmente recibirán la bendición que consagra a la familia, y por ellos el último suspiro de la vida mortal será dirigido al ingreso en la eterna beatitud.

59. Por tanto, puesto que la Sagrada Liturgia es ejercida sobre todo por los Sacerdotes en nombre de la Iglesia, su organización, su regulación y su forma no pueden depender más que de la autoridad de la Iglesia.

2) SEGUNDO ARGUMENTO: La Historia.

60. Esto es no sólo una consecuencia de la naturaleza misma del culto cristiano, sino que está también confirmado por el testimonio de la Historia.
3) TERCER ARGUMENTO: El Dogma.
a) Estrechas relaciones.

61. Este indiscutible derecho de la Jerarquía Eclesiástica es demostrado también por el hecho de que la Sagrada Liturgia tiene estrechas relaciones con aquellos principios doctrinales que la Iglesia propone como formando parte de verdades certísimas, y por consiguiente debe conformarse a los dictámenes de la Fe católica, proclamados por la autoridad del Supremo Magisterio para tutelar la integridad de la Religión revelada por Dios.

b) Un error y la verdad.
62. A este propósito, Venerables Hermanos, queremos plantear en sus justos términos algo que creemos no os será desconocido: el error de aquellos que han pretendido que la Sagrada Liturgia era sólo un experimento del Dogma, en cuanto que si una de sus verdades producía los frutos de piedad y de santidad, a través de los ritos de la Sagrada Liturgia, la Iglesia debería aprobarla, y en caso contrario, reprobarla. De donde aquel principio: La ley de la Oración, es la ley de la Fe.

63. No es, sin embargo, esto lo que enseña y lo que manda la Iglesia. El culto que ésta rinde a Dios es, como breve y claramente dice San Agustín, una continua profesión de Fe católica y un ejercicio de la esperanza y de la caridad: «A Dios se le debe honrar con la fe, la esperanza y la caridad» (2). En la Sagrada Liturgia hacemos explícita profesión de fe, no sólo con la celebración de los divinos misterios, con la consumación del Sacrificio y la administración de los Sacramentos, sino también recitando y cantando el Símbolo de la Fe, que es como el distintivo de los cristianos; con la lectura de los otros documentos y de las Sagradas Letras escritas bajo la inspiración del Espíritu Santo. Toda la Liturgia tiene, pues, un contenido de fe católica, en cuanto atestigua públicamente la fe de la Iglesia.

64. Por este motivo, siempre que se ha tratado de definir un dogma, los Sumos Pontífices y los Concilios, al documentarse en las llamadas fuentes teológicas, no pocas veces han extraído también argumentos de esta Sagrada Disciplina, como hizo, por ejemplo, Nuestro Predecesor de inmortal memoria Pío IX, cuando definió la Inmaculada Concepción de la Virgen María. De la misma forma, la Iglesia y los Santos Padres, cuando se discutía de una verdad controvertida o puesta en duda, no han dejado de recurrir también a los ritos venerables transmitidos desde la antigüedad. Así nació la conocida y veneranda sentencia: «Que la ley de la Oración establezca la ley de la Fe» ("Lex orandi, lex credendi") (3).

65. La Liturgia, pues, no determina ni constituye en un sentido absoluto y por virtud propia la fe católica; pero siendo también una profesión de las verdaderas celestiales, profesión sometida al supremo Magisterio de la Iglesia, puede proporcionar argumentos y testimonios de no escaso valor, para aclarar un punto particular de la doctrina cristiana. De aquí que ti queremos distinguir y determinar de manera absoluta y general las relaciones que existen entre la fe y la Liturgia, podemos afirmar con razón: «La Ley de la Fe, debe establecer la ley de la Oración». Lo mismo debe decirse también cuando se trata de las otras virtudes teologales: «En la fe, en la esperanza y en la caridad oramos siempre en continuo deseo» (4).

MEDIATOR DEI ENCYCLICAL OF THE VENERABLE POPE PIUS XII ON THE SACRED LITURGY : Considering their special designation to perform the liturgical functions of the holy sacrifice and divine office, the Church has serious reason for prescribing that the ministers she assigns to the service of the sanctuary and members of religious institutes betake themselves at stated Times New Roman to mental prayer, to examination of conscience, and to various other spiritual exercises

 http://2.bp.blogspot.com/_wgqHgcDm3Rw/TKJShu5TpUI/AAAAAAAABKk/ZkdYquM41DQ/s1600/Consacrazione+ostia.jpg
MEDIATOR DEI
ENCYCLICAL OF POPE PIUS XII
ON THE SACRED LITURGY
TO THE VENERABLE BRETHREN, THE PATRIARCHS, PRIMATES,
ARCHBISHOPS, BISHIOPS, AND OTHER ORDINARIES
IN PEACE AND COMMUNION WITH THE APOSTOLIC SEE



36. In the spiritual life, consequently, there can be no opposition between the action of God, who pours forth His grace into men's hearts so that the work of the redemption may always abide, and the tireless collaboration of man, who must not render vain the gift of God.[36] No more can the efficacy of the external administration of the sacraments, which comes from the rite itself (ex opere operato), be opposed to the meritorious action of their ministers of recipients, which we call the agent's action (opus operantis). Similarly, no conflict exists between public prayer and prayers in private, between morality and contemplation, between the ascetical life and devotion to the liturgy. Finally, there is no opposition between the jurisdiction and teaching office of the ecclesiastical hierarchy, and the specifically priestly power exercised in the sacred ministry.

37. Considering their special designation to perform the liturgical functions of the holy sacrifice and divine office, the Church has serious reason for prescribing that the ministers she assigns to the service of the sanctuary and members of religious institutes betake themselves at stated Times New Roman to mental prayer, to examination of conscience, and to various other spiritual exercises.[37] Unquestionably, liturgical prayer, being the public supplication of the illustrious Spouse of Jesus Christ, is superior in excellence to private prayers. But this superior worth does not at all imply contrast or incompatibility between these two kinds of prayer. For both merge harmoniously in the single spirit which animates them, "Christ is all and in all."[38] Both tend to the same objective: until Christ be formed in us.[39]

38. For a better and more accurate understanding of the sacred liturgy another of its characteristic features, no less important, needs to be considered.

39. The Church is a society, and as such requires an authority and hierarchy of her own. Though it is true that all the members of the Mystical Body partake of the same blessings and pursue the same objective, they do not all enjoy the same powers, nor are they all qualified to perform the same acts. The divine Redeemer has willed, as a matter of fact, that His Kingdom should be built and solidly supported, as it were, on a holy order, which resembles in some sort the heavenly hierarchy.

40. Only to the apostles, and thenceforth to those on whom their successors have imposed hands, is granted the power of the priesthood, in virtue of which they represent the person of Jesus Christ before their people, acting at the same time as representatives of their people before God. This priesthood is not transmitted by heredity or human descent. It does not emanate from the Christian community. It is not a delegation from the people. Prior to acting as representative of the community before the throne of God, the priest is the ambassador of the divine Redeemer. He is God's vice-gerent in the midst of his flock precisely because Jesus Christ is Head of that body of which Christians are the members. The power entrusted to him, therefore, bears no natural resemblance to anything human. It is entirely supernatural. It comes from God. "As the Father hath sent me, I also send you [40]. . . he that heareth you heareth me [41]. . . go ye into the whole world and preach the gospel to every creature; he that believeth and is baptized shall be saved."[42]

41. That is why the visible, external priesthood of Jesus Christ is not handed down indiscriminately to all members of the Church in general, but is conferred on designated men, through what may be called the spiritual generation of holy orders.

42. This latter, one of the seven sacraments, not only imparts the grace appropriate to the clerical function and state of life, but imparts an indelible "character" besides, indicating the sacred ministers' conformity to Jesus Christ the Priest and qualifying them to perform those official acts of religion by which men are sanctified and God is duly glorified in keeping with the divine laws and regulations.

PIO PP. XII SERVO DEI SERVI DI DIO LETTERA ENCICLICA MEDIATOR DEI : Perciò il solo Sommo Pontefice ha il diritto di riconoscere e stabilire qualsiasi prassi di culto, di introdurre e approvare nuovi riti e di mutare quelli che giudica doversi mutare; i Vescovi, poi, hanno il diritto e il dovere di vigilare diligentemente perché le prescrizioni dei sacri canoni relative al culto divino siano puntualmente osservate. Non è possibile lasciare all'arbitrio dei privati, siano pure essi membri del Clero, le cose sante e venerande che riguardano la vita religiosa della comunità cristiana, l'esercizio del sacerdozio di Gesù Cristo e il culto divino, l'onore che si deve alla SS. Trinità, al Verbo Incarnato, alla sua augusta Madre c agli altri Santi, e la salvezza degli uomini; per lo stesso motivo a nessuno è permesso di regolare in questo campo azioni esterne che hanno un intimo nesso con la disciplina ecclesiastica, con l'ordine, l’unità e la concordia del Corpo Mistico, e non di rado con la stessa integrità della fede cattolica.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/d/d2/Ecce_Agnus_Dei.jpg
Offertory Prepared for E F Mass




PIO PP. XII
SERVO DEI SERVI DI DIO

LETTERA ENCICLICA

MEDIATOR DEI

AI VENERABILI FRATELLI PATRIARCHI
PRIMATI ARCIVESCOVI VESCOVI
E AGLI ALTRI ORDINARI
AVENTI CON L’APOSTOLICA SEDE
PACE E COMUNIONE

«SULLA SACRA LITURGIA»
Progresso e sviluppo della Liturgia

La Gerarchia Ecclesiastica ha sempre usato di questo suo diritto in materia liturgica allestendo e ordinando il culto divino e arricchendolo di sempre nuovo splendore e decoro a gloria di Dio e per il vantaggio dei fedeli. Non dubitò, inoltre - salva la sostanza del Sacrificio Eucaristico e dei Sacramenti - mutare ciò che non riteneva adatto, aggiungere ciò che meglio sembrava contribuire all'onore di Gesù Cristo e della Trinità augusta alla istruzione e a stimolo salutare del popolo cristiano.

La sacra Liturgia, difatti, consta di elementi umani e di elementi divini: questi, essendo stati istituiti dal Divin Redentore, non possono, evidentemente, esser mutati dagli uomini; quelli, invece, possono subire varie modifiche, approvate dalla sacra Gerarchia assistita dallo Spirito Santo, secondo le esigenze dei tempi, delle cose e delle anime. Da qui nasce la stupenda varietà dei riti orientali ed occidentali; da qui lo sviluppo progressivo di particolari consuetudini religiose e pratiche di pietà inizialmente appena accennate; di qui viene che talvolta sono richiamate nell'uso e rinnovate pie istituzioni obliterate dal tempo. Tutto ciò testimonia la vita della intemerata Sposa di Gesù Cristo durante tanti secoli; esprime il linguaggio da essa usato per manifestare al suo Sposo divino la fede e l'amore inesausto suo e delle genti ad essa affidate; dimostra la sua sapiente pedagogia per stimolare e incrementare nei credenti il «senso di Cristo».

Non poche, in verità, sono le cause per le quali si spiega e si evolve il progresso della sacra Liturgia durante la lunga e gloriosa storia della Chiesa. Così, per esempio, una più certa ed ampia formulazione della dottrina cattolica sulla incarnazione del Verbo di Dio, sul Sacramento e sul Sacrificio Eucaristico, sulla Vergine Maria Madre di Dio, ha contribuito all'adozione di nuovi riti per mezzo dei quali la luce più splendidamente brillata nella dichiarazione del magistero ecclesiastico, si rifletteva meglio e più chiaramente nelle azioni liturgiche, per giungere con maggiore facilità alla mente e al cuore del popolo cristiano.

L'ulteriore sviluppo della disciplina ecclesiastica nell'amministrazione dei Sacramenti, per esempio del Sacramento della Penitenza, l'istituzione e poi la scomparsa del catecumenato, la Comunione Eucaristica sotto una sola specie nella Chiesa Latina, ha contribuito non poco alla modificazione degli antichi riti ed alla graduale adozione di nuovi e più confacenti alle mutate disposizioni disciplinari.

A questa evoluzione e a questi mutamenti contribuirono notevolmente le iniziative e le pratiche pie non strettamente connesse con la sacra Liturgia, nate nelle epoche successive per mirabile disposizione di Dio e così diffuse nel popolo: come, per esempio, il culto più esteso e più fervido della divina Eucaristia, della passione acerbissima del nostro Redentore, del sacratissimo Cuore di Gesù, della Vergine Madre di Dio e del suo purissimo Sposo.

Tra le circostanze esteriori ebbero la loro parte i pubblici pellegrinaggi di devozione ai sepolcri dei martiri, l'osservanza di particolari digiuni istituiti allo stesso fine, le processioni stazionali di penitenza che si celebravano in questa alma Città e alle quali non di rado interveniva anche il Sommo Pontefice.

È pure facilmente comprensibile come il progresso delle belle arti, in special modo dell'architettura, della pittura e della musica, abbiano influito non poco sul determinarsi e il vario conformarsi degli elementi esteriori della sacra Liturgia.

La sola autorità competente

Del medesimo suo diritto in materia liturgica si è servita la Chiesa per tutelare la santità del culto contro gli abusi temerariamente introdotti dai privati e dalle chiese particolari. Così accadde che, moltiplicandosi usi e consuetudini di questo genere durante il secolo XVI, e mettendo le iniziative private in pericolo l'integrità della fede e della pietà con grande vantaggio degli eretici e a propaganda del loro errore, il Nostro Predecessore di immortale memoria Sisto V, per difendere i legittimi riti della Chiesa e impedire le infiltrazioni spurie, istituì nel 1588 la Congregazione dei riti, organo cui tuttora compete di ordinare e prescrivere con vigile cura tutto ciò che riguarda la sacra Liturgia.

Perciò il solo Sommo Pontefice ha il diritto di riconoscere e stabilire qualsiasi prassi di culto, di introdurre e approvare nuovi riti e di mutare quelli che giudica doversi mutare; i Vescovi, poi, hanno il diritto e il dovere di vigilare diligentemente perché le prescrizioni dei sacri canoni relative al culto divino siano puntualmente osservate. Non è possibile lasciare all'arbitrio dei privati, siano pure essi membri del Clero, le cose sante e venerande che riguardano la vita religiosa della comunità cristiana, l'esercizio del sacerdozio di Gesù Cristo e il culto divino, l'onore che si deve alla SS. Trinità, al Verbo Incarnato, alla sua augusta Madre c agli altri Santi, e la salvezza degli uomini; per lo stesso motivo a nessuno è permesso di regolare in questo campo azioni esterne che hanno un intimo nesso con la disciplina ecclesiastica, con l'ordine, l’unità e la concordia del Corpo Mistico, e non di rado con la stessa integrità della fede cattolica.