sábado, 31 de dezembro de 2016
O CURA D´ARS PORTUGUÊS
D. Eurico Dias Nogueira, então Arcebispo Primaz, assinou o decreto que introduziu a causa de canonização do PADRE ABÍLIO GOMES CORREIA
Uma outra figura que merece relevo — e não pouco — neste meu humilde trabalho, é a do Padre Abílio Gomes Correia, descrito nas redes sociais como «uma pessoa privilegiada pela natureza: homem de saúde de ferro, alto, fisicamente bem constituído, apreciador das coisas boas e belas, capaz de suportar grandes cargas de trabalho e de aguentar, impávido e sereno, as maiores contrariedades. Perante as adversidades nunca cruzava os braços e lutava, teimosamente, até resolver os problemas.»
Impressionante!
Mas quem foi este sacerdote e o que fez?
Depois de uma meninice comum a todas as crianças e de frequentar a escola da terra natal, em 1900 — tinha então dezoito anos — entrou no seminário de Braga, onde teve como colega António Bento Martins (1881-1963) que mais tarde será Arcebispo Primaz de Braga.
Foi ordenado sacerdote por D. Manuel Baptista da Cunha, a 24 de Setembro de 1904, e continuou — durante três anos — sacerdote na sua terra natal, como auxiliar do pároco. Depois deste período que se poderia chamar “tempo de aprendizagem”, foi nomeado, a 20 de Junho de 1907 pároco de S. Mamede d’Este, na periferia de Braga.
Quando ali chegou ficou espantado com o estado em que se encontrava a paróquia :
«A casa que lhe era destinada estava em ruínas: chovia lá dentro, só tinha um quarto razoável e um espaço bastante amplo que servia de cozinha, sala de jantar e local de atendimento; para a empregada — quando fosse preciso encontrá-la — apenas um cubículo sem ar nem luz onde só cabia a cama; o quarto de banho, nem prático nem cómodo; o soalho esburacado e a janela sem vidros. Não era famoso nem vistoso o palácio que her-dou…»

inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! 