- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sábado, 27 de dezembro de 2008
Bux
Por tudo isso é ocasião de receber como uma boa notícia a publicação do livro de Mons. Nicola Bux, “La riforma de Benedetto XVI (Pieme, pp 128, 12 euros, nas livrarias desde quarta-feira), um volume ágil e ao mesmo tempo denso e documentado, prefaciado por Vittorio Messori.
Um livro que ajuda a “ler” os actos e iniciativas litúrgicas do pontificado ratzingeriano reportando-os ao seu significado mais profundo, sem o qual corre-se o risco de julgá-los como exterioridade nostálgica de uma parte, ou como vinganças restauradores de outra.
Bux, teólogo estimado pelo próprio Pontífice, perito em teologia e liturgia orientais, explica que “a natureza da sagrada liturgia é ser o tempo e o lugar em que seguramente Deus vai ao encontro do homem”, não “alguma coisa a ser construída por nós, algo de inventado para produzir uma experiência religiosa”, sendo ainda “o cantar com o coro das criaturas e o entrar na própria realidade cósmica”.