- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Oblatvs
(Esta é a posição do teólogo e cardeal Joseph Ratzinger: que se retornasse à liturgia versus Deum nas circunstâncias em que isto fosse possível. O Papa continua defendendo a mesma posição, o que não significa que usará sua prerrogativa para impor a mudança pela via legal. Aliás, já se manifestou contrariamente a mudanças frequentes e abruptas na liturgia, mesmo quando desejáveis, para não deformar o senso dos fiéis. Mas certamente não cairá no imobilismo.)
A coisa mais evidente da reforma litúrgica foi a mudança da posição do sacerdote, voltado para o povo, para dar a idéia da comunidade que participa da ceia do Senhor: mas, realizando-a em pé a aproxima mais de um lanche! Ora, quem cogitaria revolucionar a posição do maestro voltando-o para o público?
Observando como celebram os sacerdotes orientais, também neste caso, percebemos na realidade haver abandonado no novo rito a tradição apostólica da qual, diz São Basílio, recebemos o ensinamento de “estar voltados para o oriente durante a oração... Nós todos olhamos para o oriente enquanto rezamos; mas poucos sabem que procuramos a antiga pátria, o paraíso que Deus plantou no Éden, no oriente”.