- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Fotos de Missa Pontifical Tridentina cantada em Viena de Áustria
Eis alguns extractos do prefácio, igualmente interessante, de Vittorio Messori ao livro de Mons. Nicola Bux, La Riforma de Benedetto XVI – La Liturgia tra innovazione e tradizione.
“O povo, sabe-se, é soberano, respeitado, quiçá até venerado, mas somente se aceita os esquemas da Nomenklatura política, social e também religiosa. Se não está de acordo com quem tem o poder de ‘dar a linha’, é reeducado segundo o esquema da ideologia triunfante daquele momento.”
“(...) a reforma litúrgica (mesmo se abstraindo dos conteúdos, falo agora de método) foi a menos ‘democrática’, de facto não consultou os fiéis do presente e distanciou-se daqueles do passado. Não é a Tradição, como foi dito, a ‘democracia dos mortos’? Não é ‘dar a palavra’ aos irmãos que nos precederam?” (Chesterton o disse)
Mons.Bux
“Entre os fiéis desorientados houve os que, não podendo agir de outra forma, ‘votaram com os pés’, no sentido de empregá-los aos domingos para irem a outros lugares e não ao culto, que não mais consideravam seu.”
“(...) a revolução que eu via na prática eclesial não parecia ter nada a ver com o prudente reformismo recomendado pelos Padres .”
“É preciso trabalhar, nos recorda também o autor destas páginas, para despoluir tantas mentalidades – talvez sem que nem mesmo se apercebam – desviadas, ajudando-as a recuperar aquilo que os alemães chamam die katholische Weltanschauung, a perspectiva católica.”
Mons. Bux
“(...) a referência à paciência é porque é uma das chaves interpretativas do magistério de Bento XVI, como bem sublinha também este livro.”
“(...) a restauração da Domus Dei depois de uma das tantas tempestades de sua história. Um projecto longamente meditado e que agora Bento XVI está realizando com coragem e com prudência porque nele, como diz Mons. Bux, opera a ‘paciência do amor’.
Amor por Deus e para sua Igreja, certamente; mas também pelo homem pós-moderno, para ajudá-lo a redescobrir no culto litúrgico o encontro com aquele que se definiu ‘caminho, verdade e vida.”
Fonte:Oblatvs