- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
-No entanto, Bento XVI tem reiterado em diversas ocasiões a conveniência de comungar de joelhos e na boca . Trata-se de algo importante, ou mera questão de formas?
-Não, não é só uma questão de formas. O que significa comungar na boca? O que significa fazer uma genuflexão perante o Santíssimo? O que significa ajoelhar-se durante a consagração na missa? Significa adoração, significa o reconhecimento da presença real de Jesus Cristo na Eucaristia; significa atitude de respeito e atitude de fé de um homem que se prostra perante Deus, porque sabe que tudo vem de Deus e nos sentimos pequenos, espantados, ante a maravilha de Deus, a sua misericórdia e bondade.
É por isso não é a mesma coisa estender a mão e comungar de qualquer maneira e fazê-lo com respeito não é a mesma coisa comungar de joelhos ou de pé, porque todos estes sinais indicam uma atitude profunda. Àquilo que temos chegar é a essa atitude profunda do homem que se prostra diante de Deus , e é isso que quer o Papa.
-É uma atitude que não é observada, talvez, em algumas paróquias que celebram saltando as normas litúrgicas, como comungar com inovações. Qual é o seu diagnóstico de como se celebram as missas em Espanha?
- Expressei em diversas ocasiões que é preciso melhorar as missas aos domingos. Se as melhoramos , haverá uma renovação muito profunda na Igreja. Embora em Espanha não haja habitualmente grandes erros, que são, além disso, inaceitáveis em qualquer caso, penso que podemos ter celebrações muito mais vivas , que haja música muito mais cuidada, vivê-las com fé verdadeira e não apenas participar por puro cumprimento.Nisto podemos dar muitos passos em Espanha e fora de Espanha.