O erro básico da maioria das inovações é imaginar que a nova liturgia conduz ao santo sacrifício da missa para mais perto dos fiéis, que desprovida do seu antigo ritual ,a missa agora, é introduzida na substância das nossas vidas. Porque a questão é saber se na Missa encontramos melhor a Cristo elevando-nos até Ele, ou arrastando-o ao nosso próprio mundo rotineiro. As inovações substituiram a santa intimidade com Cristo por uma familiaridade imprópria. A nova liturgia realmente ameaça frustrar o encontro com Cristo, pois desalenta a reverência perante o mistério, impede o temor e quase extingue um sentido de santidade.
O que realmente importa, certamente, não é se os fiéis se sentem como em sua casa na missa, mas se os leva de sua vida ordinária para o mundo de Cristo - se a sua atitude é a resposta da reverência última: Se são imbuídos da realidade de Cristo.
Aqueles que se expressam com entusiasmo imoderado sobre a nova liturgia dizem que a Missa tinha perdido o seu carácter comunitário e havia se tornado uma ocasião para adoração individualista. A nova Missa vernácula, insistem, restaura o sentido da comunidade, substituindo as devoções privadas, com a participação da comunidade. Mas eles esquecem que existem diferentes níveis e tipos de comunhão com outras pessoas. O nível e a natureza de uma experiência de comunhão é determinada pelo tema da comunhão, o nome ou a causa na qual os homens estão reunidos. Quanto mais alto o bem que o tema representa , mais sublime e mais profunda é a comunhão.
- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)