- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Dietrich von Hildebrand
A profundidade e a plenitude do ser e, acima de todos os seus mistérios, nunca serão revelados a ninguém, mas apenas à mente reverente. Lembre-se que a reverência é um elemento constitutivo da capacidade de " surpreender-se" de que Platão e Aristóteles afirmaram que é a condição indispensável para a filosofia. Na verdade, a irreverência é a fonte principal do erro filosófico.
Mas se reverencia é a base necessária para o conhecimento confiante do ser , é também essencial para compreender e ponderar os valores baseados no ser. Só o homem reverente que está pronto para admitir a existência de algo maior do que ele, quem quer ser silencioso e deixar ao objecto que lhe fale – quem se abre - é capaz de entrar no mundo sublime dos valores.
Além disso, após uma gradação de valores tem sido reconhecida, uma nova espécie de reverência está em ordem, uma reverência que não respondem apenas à majestade de ser, como tal, mas o valor específico e sendo uma linha específica na hierarquia valores mobiliários. E esta nova reverência permite ainda a descoberta de outros valores.